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João Juscelino Hammel com a esposa Neusa. Com bom planejamento, eles evoluíram junto com a Coamo |
O planejamento é fator principal para se obter êxito em qualquer atividade, pessoal ou profissional. Com um planejamento bem elaborado, uma empresa ou pessoa física alcança sucesso e bons resultados, diminuindo o risco de algo dar errado. É isso que o produtor rural João Juscelino Hammel, de Turvo (no Paraná), faz há mais de 40 anos: planejar.
Cooperado da Coamo no município de Boa Ventura de São Roque desde 1978, Hammel avalia positivamente o relacionamento com a cooperativa, que se torna cada vez mais estreito. Segundo ele, com bom planejamento, a cooperativa evoluiu e ele evolui junto.
O cooperado tem registrado todos os preços que comercializou durante os anos. “No início, quando a moeda se desvalorizava rapidamente, era necessário viver aquilo da melhor maneira, estudando e se organizando. Eu fazia comparação entre saca de soja, preço da arroba do boi, dólar, porque houve uma confusão na época da troca dos planos cruzado, cruzado novo, cruzeiro e real. A inflação era tão descontrolada que quando conseguia dinheiro em um dia, tinha que gastá-lo, pois no outro dia estaria valendo menos”, conta o cooperado.
A organização foi importante para o crescimento, dele e da cooperativa. De tão planejado, Hammel foi convidado para fazer parte do Comitê Educativo da Coamo, onde são trazidos dados de todas as inovações e melhorias, e são discutidos para a melhora e crescimento constantes.
Para o cooperado, se ele não fosse planejado, não teria chegado aonde chegou. “Precisamos melhorar e evoluir dia a dia. Uma coisa que acho que os cooperados ainda precisam melhorar é na comercialização para ter mais rentabilidade. Da porteira para dentro, estamos nos saindo bem, a produtividade aumentou, mas na hora de comercializar, ainda temos muito que aprender”, considera.
Hammel conta que no começo do plano real, o primeiro preço da saca de soja era R$ 11,07, hoje os preços chegam à casa dos R$ 160. “A inflação, entre outras coisas deixavam os preços assim. Hoje está bem mais fácil, mas durante a troca de moedas, antes do plano real, tudo era complicado e a desvalorização acontecia muito rápido. Quando entrou o plano real, ficou mais estável. No meu entendimento, o preço da soja está muito bom.”
Sobre o cooperativismo, João Juscelino cita a frase, “uma andorinha sozinha não faz verão”, um indivíduo tem bem mais dificuldade em realizar negócios. Quando se juntam mais pessoas, se compra em maior quantidade e se vende em maior quantidade, trabalha melhor os preços, ou seja, a vantagem é bem maior.
Hammel admira a seriedade com que a Coamo lida com os negócios. “Tenho uma confiança muito grande na cooperativa, tanto na compra de insumos, sempre quando eu necessitar, o produto estará lá, quanto na venda da produção, posso deixar o produto armazenado o tempo que for preciso e não corro risco nenhum.”
Segundo o engenheiro Agrônomo da Coamo em Boa Ventura de São Roque, Rennan Herculano Taques da Silva, Hammel é cooperado desde 1978, e desde então vem buscando inovar no manejo e fazendo uso de alta tecnologia, e isso tem refletido ao longo dos anos em mais produtividade e rentabilidade. “Muito interessante ver as anotações de anos de comercialização do cooperado, e também, a forma como ele faz a comercialização de grãos, pois como possui um histórico de valores, geralmente consegue acertar a melhor época para comercialização e, assim, obter mais rentabilidade da sua colheita.”
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Cooperado João Jucelino Hammel tem registrado todos os preços das safras durante os anos |
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Engenheiro agrônomo, Rennan Herculano Taques da Silva, com o cooperado João Juscelino Hammel |
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