Papel do cooperativismo
Os associados da Coamo em Goioerê, Janiópolis, Quarto Centenário, Rancho Alegre do Oeste, Mariluz, Brasilândia do Sul e Paulistânia têm bons motivos para comemorar. Isso porque a cooperativa está completando dez anos de instalação nessas localidades, fruto do arrendamento, e depois incorporação da Coagel.
Para saber o cenário e as mudanças nessa primeira década, a equipe da Revista Coamo percorreu as sete unidades e ouviu cooperados que conhecem bem a realidade do antes e depois da instalação da cooperativa. As reportagens serão publicadas em duas edições (outubro e novembro).
O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, recorda que, na época, os produtores rurais demonstraram grande interesse e receberam muito bem a cooperativa. “Somos uma empresa voltada para os nossos associados, e a partir do arrendamento das unidades da Coagel, e depois com a incorporação, os produtores rurais destas regiões passaram a contar com os nossos produtos e serviços, entre eles a assistência técnica, o fornecimento de insumos, recebimento e armazenagem da produção, além dos benefícios oferecidos pela Credicoamo e Via Sollus”, destaca.
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Imagem da inauguração da Unidade em Goioerê, em 2009. Gallassini com o então prefeito Beto Costa e o cooperado José Sestak |
"Estávamos em uma cooperativa com dificuldades financeiras e a Coamo se propôs a assumir tudo e cumpriu com o que prometeu."
José Antonio Sestak, de Goioerê
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Para o associado José Antonio Sestak, de Goioerê (Centro-Oeste do Paraná), a chegada da Coamo no município ficou marcada como um recomeço para os produtores rurais que passaram a contar com todos os benefícios e serviços do cooperativismo. “Estávamos em uma cooperativa com dificuldades financeiras e a Coamo se propôs a assumir tudo e cumpriu com o que prometeu. Só temos a agradecer pelo empenho da diretoria da Coamo que não mediu esforços durante todo o processo e hoje nos atende muito bem”, assinala.
Sestak era conselheiro da então Coagel e associado da Coamo em Juranda, onde tinha propriedade, e no dia da inauguração da nova estrutura da Coamo em Goioerê representou os cooperados no descerramento da placa. “A Coamo trouxe mais segurança para nós. Junto, veio a Credicoamo com suas linhas de crédito beneficiando diretamente os associados”, diz.
"A Coamo ajudou a mudar a vida de centenas de agricultores."
Sebastião Nivaldo Esquarize, de Goioerê
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O associado, Sebastião Nivaldo Squarizi, chegou em Goioerê em 1965 e trabalha com a Coamo há mais de 30 anos. A história com a cooperativa começou em Mamborê. “Quando a Coamo veio para Goioerê os agricultores locais, também, passaram a contar com os serviços que já eram oferecidos em outras regiões como insumos, maquinários, peças, assistência técnica e local seguro para a entrega da produção. A cooperativa ajudou a mudar a vida de centenas de agricultores.”
Squarizi ressalta que Goioerê era carente no fornecimento de insumos e recebimento da produção. “A gente via caminhões parados por dois ou três dias na fila para descarregar a soja ou o milho. Hoje, não ficamos mais de meia hora. É um serviço que está melhorando a cada ano devido aos investimentos. Trabalhar com a Coamo é o mesmo que estar no quintal de casa.”
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José Sestak, associado em Goioerê |
Associado, Sebastião Nivaldo Squarizi, com o gerente da Coamo em Goioerê, José Adilson Colaço |
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Goioerê
Associados: 337 Funcionários: 78 Capacidade de armazenagem: 90.000 toneladas |
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Rancho Alegre do Oeste
Associados: 146 Funcionários: 34 Capacidade de armazenagem: 21,8 mil toneladas |
"Os agricultores estavam sofrendo com a falta de produtos e crédito, e a melhor saída foi a Coamo."
Domingos Mercial, de Rancho Alegre do Oeste
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Domingos Mercial, de Rancho Alegre do Oeste (Centro-Oeste do Paraná), pode ser considerado um cooperativista nato. Ele fez parte da administração da Coagel e acompanhou de perto o processo de transição para a Coamo. O associado recorda que a cooperativa incorporada não tinha mais condições de caminhar com as próprias pernas porque, segundo ele, havia passado por administrações ruins. “Os agricultores estavam sofrendo com a falta de produtos e crédito, e a melhor saída foi a Coamo”, frisa.
Ele ressalta que a Coamo mostrou comprometimento com a região e com os associados desde o início, fazendo melhorias em toda estrutura adquirida. “Foram investimentos que ampliaram e agilizaram o recebimento da produção e que ficarão para as próximas gerações de associados”, destaca.
A propriedade do associado é vizinha das instalações da Coamo. “É a extensão da minha casa. Sempre que sobra um tempinho vou até o escritório para tomar um café e conversar com os amigos. Aqui, me sinto em casa e tenho a tranquilidade de saber que tudo está sendo bem administrado.”
Mercial ressalta que até a chegada da Coamo, nunca havia recebido um centavo de sobras e que atualmente aguarda com ansiedade pelo dinheiro. “A gente pega praticamente o valor de um carro por ano. Assim como eu, vários outros associados se beneficiam com as sobras. É um dinheiro que fica na cidade, ajuda a movimentar o comércio”, assinala.
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Domingos Mercial, de Rancho Alegre do Oeste, diz que a Coamo é uma extensão da sua casa |
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JANIÓPOLIS
Associados: 218 Funcionários: 41 Capacidade de armazenagem: 47.000 toneladas |
"Tínhamos uma estrutura precária e a Coamo fez outro Entreposto, mais moderno e com agilidade no recebimento da nossa produção."
Luiz Roberto Dalben Pires, de Janiópolis
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“A vida do agricultor com o cooperativismo é mais tranquila.” A frase é do associado Luiz Roberto Dal Bem Pires, de Janiópolis (Centro-Oeste do Paraná). Ele destaca que mesmo na época da Coagel, com todas as limitações, os produtores rurais se sentiam amparados e com chegada da Coamo a realidade mudou para muito melhor. “Hoje temos mais facilidades e menos preocupação. Tudo o que precisamos para produzir, seja para a agricultura ou pecuária, encontramos na Coamo.”
Ele ressalta que os serviços oferecidos pela Coamo como, por exemplo, os planos agrícolas são importantes para o planejamento dos associados no plantio e condução das lavouras.
“É uma segurança a mais, pois podemos contar com todos os insumos no momento que precisamos”, acrescenta. O associado destaca ainda a comercialização dos produtos, com pagamentos no momento da fixação. “Se o cooperado tem dez ou mil sacas ficam armazenadas até que ele resolva vender, e o dinheiro sai na hora.”
De acordo com Pires, a assistência técnica da cooperativa foi fundamental para a evolução das produtividades. Ele recorda que há dez anos colhia entre 100 e 120 sacas de soja por alqueire, por exemplo, e que hoje já chega a 180 sacas. “Estamos atrás das 200 sacas de médias e vamos conseguir. Somos motivados pela assistência técnica para investir em novas tecnologias que possam melhorar o sistema de produção. Se a Coamo cresce, nós crescemos também.”
O associado ressalta ainda os investimentos realizados em Janiópolis. “Tínhamos uma estrutura precária e a Coamo fez outro Entreposto, mais moderno e com agilidade no recebimento da nossa produção. Nesses dez anos, a evolução foi muito grande e temos uma grande cooperativa em nosso município. Isso é gratificante para todos que se beneficiam direta ou indiretamente da Coamo.”
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Luiz Roberto Dal Bem Pires, de Janiópolis, ressalta os investimentos realizados pela Coamo no município |
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Para Ivan Fuganti, de Quarto Centenário, solidez da Coamo que já estava há vários anos em outras regiões foi um diferencial para cativar os agricultores do município |
"É uma parceria que vem dando muito certo. Todas as decisões e planejamento das safras são tomadas com o apoio da Coamo."
Ivan Fuganti, de Quarto Centenário
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As palavras segurança e solidez foram as mais utilizadas pelos associados, que há dez anos passaram a contar com a Coamo. Para Ivan Fuganti, de Quarto Centenário (Centro-Oeste do Paraná), o cooperativismo da Coamo ajudou a impulsionar a região. “Evoluímos bastante. Mudamos a parte administrativa, melhoramos o sistema produtivo, adquirimos novos maquinários agrícolas e fizemos a construção de um novo barracão. Investimentos em parceria com a Coamo e com financiamentos da Credicoamo.”
Para o associado, a segurança e a solidez da Coamo que estavam há vários anos em outras regiões, foram um diferencial para cativar os agricultores do município. “Com a cooperativa temos segurança em adquirir insumos e retirar quando precisar, sem o risco de deixar na propriedade expostos. Também nos sentimos seguros para entregar a produção e comercializar conforme a necessidade.”
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QUARTO CENTENÁRIO
Associados: 244 Funcionários: 48 Capacidade de armazenagem: 33.600 toneladas |
A propriedade fica cerca de seis quilômetros distante da Unidade e, segundo o associado, o departamento técnico da Coamo tem atuação ativa e importante em todo o processo da produção. “É uma parceria que vem dando muito certo. Todas as decisões e planejamento das safras são tomadas com o apoio da Coamo. O bom relacionamento e a confiança que temos facilitam essas ações”, diz Fuganti, recordando que o pai foi um dos primeiros associados da Coagel. "Sem a Coamo ficaria bem mais difícil trabalhar. Para nós é um privilégio ser associado da Coamo.”
Júlio Jerônimo dos Santos Júnior já era associado da Coamo antes mesmo da instalação em Quarto Centenário. Até então, toda a movimentação era com o Entreposto em Juranda, e ele rodava 90 quilômetros para entregar a produção. “Sempre pedimos para que a Coamo se instalasse aqui no município e isso só aconteceu há dez anos. Respeitamos as decisões da diretoria e agradecemos por todo o empenho desde a chegada em Quarto Centenário.”
O associado lembra que os primeiros atendimentos da Coamo foram feitos em um container, enquanto o novo entreposto era construído. “Mesmo com todas as dificuldades, víamos o empenho e todos se ajudando. Desde então tínhamos a certeza de um caminho promissor, que se concretizou nesses dez anos.”
Seu Júlio define a evolução da Coamo em quatro pilares: estrutura física, técnica, financeira e segurança na entrega da produção. “Desde a chegada em Quarto Centenário, a cooperativa sempre faz alguma coisa para melhorar a estrutura. É um investimento constante e acompanha a evolução no campo”, ressalta.
Sobre a parte técnica, o associado destaca que a cooperativa ajudou a implantar novas tecnologias e a desenvolver as lavouras. “Faltavam coisas simples, como o calcário, por exemplo. Com apoio da Coamo fomos investindo em fertilidade do solo e melhorando o sistema como um todo. A cooperativa trouxe novas tecnologias como a agricultura de precisão, por exemplo, e novas técnicas para o manejo de pragas e doenças. Com a Coamo veio mais conhecimento, que tem ajudado a aumentar a produtividade das lavouras.”
"Faltavam coisas simples, como o calcário, por exemplo. Com apoio da Coamo fomos investindo em fertilidade do solo e melhorando o sistema como um todo."
Júlio Jerônimo dos Santos Júnior, de Quarto Centenário
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A parte financeira é uma das principais questões e envolve todo um planejamento desde o custo de cada safra até a comercialização dos produtos. Na visão do associado, a cooperativa ajuda os agricultores na organização e oferece várias modalidades para comercializar a produção. “São vários os benefícios no sentido de orientar os produtores para que conduzam as lavouras da melhor maneira possível dando a oportunidade de negociação conforme a necessidade de cada um.” Júlio acrescenta ainda a segurança e classificação dos produtos na hora da entrega. “A Coamo trabalha dessa maneira. O que é teu é teu, e o que é dela é dela. Por isso, confiamos na cooperativa que vem tendo grande influência no desenvolvimento da região.”
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Júlio Jerônimo dos Santos Júnior, de Quarto Centenário, define a evolução da Coamo em quatro pilares: estrutura física, técnica, financeira e segurança na entrega da produção |
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