COAMO TEM RECEITA GLOBAL DE R$ 28,823 BILHÕES E SOBRAS LÍQUIDA DE R$ 2,028 BILHÕES

A Coamo Agroindustrial Cooperativa registrou em 2024 receita global de R$ 28,823 bilhões. A sobra líquida atingiu o montante de R$ 2,028 bilhões. Desse valor, após a dedução estatutária, foram distribuídos mais de R$ 694 milhões aos mais de 32 mil cooperados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Os números do exercício 2024 foram aprovados pelo quadro social no dia 11 de fevereiro em Assembleia Geral Ordinária realizada em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná).

O Patrimônio Líquido atingiu o montante de R$ 11,995 bilhões, representando um crescimento de 13% em relação ao ano anterior; e o Ativo Total atingiu o montante de R$ 19,492 bilhões. 

A Coamo apresentou saldo negativo de dívida líquida, no valor de R$ 521,397 milhões, significando que possui mais recursos em caixa do que dívidas de financiamentos, demonstrando solidez financeira.

Os principais índices foram: liquidez corrente 2,72; liquidez geral 1,79; margem de garantia 259,98% e o grau de endividamento de 38,46%, refletindo a boa situação econômico-financeira da cooperativa. Foi gerado e recolhido o montante de R$ 839,703 milhões de reais em impostos, taxas e contribuições sociais.

Segundo o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini, o ano de 2024, diferente dos últimos anos e do esperado pelos cooperados, devido ao clima desfavorável, houve queda significativa de produção dos principais produtos, bem como, redução dos preços de mercado, tendo como consequência a perda de renda na atividade agrícola. Ele diz que tendo em vista o alto volume dos estoques de passagem de 2023 para 2024, o ano foi difícil para a cooperativa, principalmente em se tratando das operações logísticas, em que exigiu um grande esforço da diretoria para manter a qualidade no atendimento dos associados. “Ao longo do ano, a Coamo concentrou esforços na modernização e otimização da infraestrutura operacional, direcionando investimentos para soluções práticas e eficientes.”

Por meio de uma série de programas e iniciativas, a Coamo desempenhou um papel fundamental na transformação da vida dos cooperados, com ênfase na preparação das famílias para garantir a continuidade do cooperativismo, e o cumprimento da missão da cooperativa de gerar renda aos cooperados com desenvolvimento sustentável do agronegócio. “Graças a política de administração praticada desde o início da Coamo, priorizando a capitalização constante, suplantamos as difi culdades apresentadas e com a participação expressiva dos cooperados encerramos o exercício com bons resultados”, comenta Gallassini.

“Reconhecemos com gratidão o trabalho, a dedicação e a expressiva participação dos cooperados, dos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal, e da Diretoria Executiva, que, juntos, foram fundamentais para nosso crescimento e realizações. Também parabenizamos e agradecemos profundamente o empenho de cada funcionário, cuja dedicação diária fez toda a diferença, bem como a colaboração e parceria de nossos clientes, fornecedores, consumidores, instituições financeiras e entidades, que acreditaram em nossa missão e nos apoiaram em nossa trajetória”, diz a mensagem da diretoria no relatório de gestão.

Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo, destaca que os resultados da cooperativa em 2024 aprovados pelos cooperados são expressivos e motivos de orgulho para todos. Ele recorda que apesar de um ano com dificuldades, com grandes desafios, a diretoria e equipe de funcionários em sintonia com os cooperados, consolidou os valores e a essência de um cooperativismo bem-sucedido nesses 54 anos. “Os cooperados receberam grandes benefícios durante o ano, como assistência técnica, tecnologias, fornecimento de insumos, comercialização da produção, entre outros. Enfim, tudo com tranquilidade e segurança, com produtos e serviços de qualidade, e as melhores condições para impulsionar o desenvolvimento das atividades agropecuárias.”

Segundo Galinari, os bons resultados são frutos da participação expressiva dos cooperados na Coamo. Eles estão recebendo sobras de mais de R$ 694 milhões, mas os números são ainda maiores. “Este benefício aos cooperados é muito maior e alcança R$ 824 milhões, que além das sobras somados os retornos da participação em programas permanentes, como o Fideliza (R$ 83,1 milhões), Devolução do capital social aos cooperados com mais de 65 anos (mais de R$ 24,5 milhões); e Devolução de ICMS (R$ 22,24 milhões). Dentro da sua responsabilidade empresarial e social, a Coamo gerou e recolheu o montante de R$ 839,703 milhões de reais em impostos, taxas e contribuições sociais.

José Aroldo Gallassini, presidente do Conselho de Administração da Coamo

Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo

Galinari destaca a importância da união entre cooperados, funcionários e parceiros para a construção dos resultados da cooperativa. “O cooperado se acostumou com os bons resultados da cooperativa. Trabalho que a gente tem que agradecer aos 10.209 funcionários diretos e indiretos. A preocupação é fazer um ano melhor do que o outro”, afirma.

Ele ressalta os desafios enfrentados e a segurança proporcionada pelo cooperativismo. “O ano começa difícil, mas a gente tem uma segurança: a segurança de que vai ser melhor porque estamos juntos.”

Sobre a relação do cooperado com a cooperativa, Galinari explica que a Coamo atua como intermediária na comercialização de insumos e produtos. “O cooperado tem a cooperativa como o seu local de fazer negócios. Ele não compra os insumos na Coamo, ele compra os insumos por meio da Coamo. A cooperativa cria uma massa de negociação, vai ao mercado e faz bons negócios para oferecer ao cooperado.” Da mesma forma, segundo ele, a comercialização da produção ocorre dentro desse modelo cooperativo. “Ele não vende para a cooperativa. Ele colhe e armazena na cooperativa, porque a cooperativa é dele. A área comercial vai buscar os melhores negócios, e a cooperativa transforma esses negócios em outros negócios para remunerar melhor.”

Galinari reforça a transparência da gestão e a importância da participação dos cooperados. “Mais do que entregando os resultados, entregamos a transparência que essa assembleia mostra. Agradecemos essa participação, todos os funcionários e parceiros. É momento de comemorar os resultados e desejar a todos uma excelente safra. Que participem cada vez mais da sua cooperativa, porque vamos procurar buscar sempre os melhores resultados para os cooperados.”

Alcir José Goldoni, presidente Executivo da Credicoamo

Alcir José Goldoni, presidente da Credicoamo, observa que a Assembleia da Coamo estava repleta de pessoas que não olham para o individualismo. “O ano de 2024 foi muito difícil e desafiador. No entanto, quero parabenizar a todos diretoria, funcionários e cooperados pelo excelente resultado alcançado. Esse resultado veio mesmo após uma safra frustrada, com quebra de produtividade e redução dos preços. Ainda assim, a capitalização da cooperativa e a boa gestão dos negócios permitiram que este cenário fosse superado. É importante lembrar que os cooperados são a origem de tudo isso. Nosso reconhecimento e agradecimento vão a todos, porque é assim que se constrói uma cooperativa.”

Ele destaca que os cooperados da Coamo são empreendedores e transformaram a Coamo na maior empresa do Paraná e na 47ª maior do Brasil. “Quando refletimos sobre isso e analisamos os números, vemos que as cooperativas desempenham um papel essencial no desenvolvimento da região. Na Coamo, os associados têm um verdadeiro suporte, incluindo assistência técnica, recebimento da produção, fornecimento de insumos, uma cooperativa de crédito e um plano de saúde da Unimed. Tudo isso é estruturado para garantir a continuidade dos negócios, o bem-estar dos cooperados e um processo de sucessão familiar seguro.”

José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, diz que a Coamo é uma referência e um exemplo nas reivindicações, sendo fundamental para o cooperativismo. “Além disso, é importante ressaltar que o senhor José Aroldo Gallassini compõe a diretoria da Ocepar. Historicamente, a Coamo sempre esteve presente na diretoria da entidade, afinal, é a maior cooperativa do Paraná e do Brasil. Isso demonstra a credibilidade do cooperativismo.”

Ele observa que as sobras da Coamo, que chegaram a R$ 2 bilhões, são integralmente revertidas aos cooperados. “O que não é devolvido diretamente é capitalizado ou investido em novas oportunidades. A grande missão do cooperativismo é criar condições para que os cooperados tenham mais renda e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida para suas famílias, sem depender de terceiros.” 

Segundo Ricken, 2024 foi desafiador para todos e as cooperativas paranaenses perderam mais de oito milhões de toneladas de produção devido às condições climáticas. “Esse volume equivale a tudo o que a Coamo recebe anualmente. Naturalmente, esse impacto refl etiu nos resultados da maioria das cooperativas, especialmente naquelas menos industrializadas. Estamos acompanhando de perto a situação das cooperativas agropecuárias e podemos afirmar que, apesar das difi culdades, o cooperativismo paranaense segue sólido. A redução nos preços também afetou o setor, mas, mesmo assim, devemos ultrapassar R$ 205 bilhões em movimentação anual no Paraná.”

Antônio Carlos Cardoso, presidente da Unimed Campo Mourão, enaltece o trabalho da Coamo e a parceria mantidas entre as cooperativas. “Somos uma cooperativa pequena em faturamento, mas grande em realizações. Também quero agradecer, em público, todo o apoio da Coamo ao longo desses mais de 22 anos de parceria. Apesar de não ser cooperado da Coamo, sou da Credicoamo”, diz. Ele acrescenta que graças a uma parceria com a Credicoamo e a Coamo, a Unimed de Campo Mourão está construindo o Hospital Unimed de Campo Mourão. “São R$ 80 milhões em investimentos. Tenho certeza de que, na próxima Assembleia, estarei aqui para convidar a todos para a inauguração do hospital. Mas, espero que, por enquanto, sejam apenas espectadores da obra. Não quero ver ninguém lá se tratando, porque desejo a todos saúde financeira, física e mental.”

José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar

Antônio Carlos Cardoso,presidente da Unimed Campo Mourão

A Assembleia Geral Ordinária aprovou um plano de investimento de R$ 850,9 milhões que visam modernizar e ampliar as estruturas de recebimento, beneficiamento, armazenagem e expedição de produtos agrícolas e adequar armazéns, áreas de convívio, sistema de despoeiramento e segurança em entrepostos. Também há investimentos em melhorias na área de transportes e máquinas visando mais agilidade de atendimento aos cooperados. Outros investimentos são para atualizar e ampliar os equipamentos que fazem o processamento e armazenamento das informações do sistema de atendimento aos cooperados; licenças de software do sistema de armazenamento de dados; além de investimento nas diversas áreas do parque industrial visando atualização do sistema de industrialização, bem como expansão das indústrias.

Um dos destaques de investimento é para a implantação de uma unidade industrial para produção de biodiesel com capacidade para 600 toneladas/dia, a ser instalada na Unidade Industrial de Processamento de Soja em Paranaguá.

“Os cooperados são testemunhas de que desde a fundação da Coamo investimos em infraestruturas no sentido de agregar valor à produção dos cooperados”, observa José Aroldo Gallassini.  Ele cita que, principalmente no ano passado, houve sérios problemas para armazenar toda produção entregue pelos cooperados, devido a diversas circunstâncias, consequência de fatores internos e externos que afetaram toda economia nacional e mundial no custo de produção e na comercialização da produção de forma geral.

 “Analisando todos esses fatores, elaboramos um plano de investimento que envolve todas as áreas de atividades da Coamo, buscando adequações, ampliações e implementação da indústria de etanol que irá melhorar a comercialização do milho.”

O presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, reitera que a cooperativa está investindo na produção de biodiesel como uma forma de agregar valor à produção dos cooperados e melhorar a rentabilidade. “A Coamo vai entrar definitivamente na produção dos biocombustíveis. A cooperativa tem três indústrias de soja [Campo Mourão, Paranaguá e Dourados], e as duas indústrias de Campo Mourão e Dourados já pegam o óleo bruto que é extraído da soja e produzem produtos mais nobres, como óleo refinado, margarinas e gorduras.

A indústria de Paranaguá não, só produz o óleo bruto. Então, vamos agora usar o produto dessa indústria, e melhorar a rentabilidade, produzindo biodiesel. É uma indústria que produz 120 mil toneladas de óleo por ano, e esse óleo, a partir de agora, vai ser transformado em biodiesel. Esse investimento reforça o compromisso da Coamo com a sustentabilidade e a inovação, além de gerar novas oportunidades de negócios para os cooperados”, destaca Galinari.

Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo, Reinaldo Leme da Silva, cooperado em Campo Mourão, e José Aroldo Gallassini, presidente do Conselho de Administração

As sobras no valor de R$ 694.083.700,52 foram distribuídas aos mais de 32 mil cooperados com base nas fixações de produtos agrícolas e no valor dos bens de fornecimento repassados durante o exercício, nos seguintes valores: soja (saca 60 Kg) R$ 3,50; milho (saca 60 Kg) R$ 1,30; trigo (saca 60 Kg) R$ 1,30; aveia (saca 60 Kg) R$ 0,95; café em coco (saca 40 Kg) R$ 2,67; café benefi ciado (saca 60 Kg) R$ 8,00; bens de fornecimento (percentual sobre o fornecimento) 3,80%. O valor das sobras por saca de soja representa 3% sobre o preço médio de fi xação do ano de 2024, percentual maior do que os 2,79% pagos em 2023.

Reinaldo Leme da Silva, cooperado em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), ressalta que as sobras da Coamo ajudam muito os agricultores. “Esse dinheiro chega na hora certa e faz toda a diferença no planejamento da propriedade. A Coamo tem um desempenho excelente, sempre com bons resultados e devolvendo parte desse retorno aos cooperados. Isso mostra o compromisso da cooperativa com quem faz parte dela.”

Ele classifica trabalho da Coamo como nota 10, sempre auxiliando os cooperados em tudo o que precisam. “A gente sabe que pode contar com a cooperativa, e isso nos dá segurança para seguir investindo na produção e buscando melhorias a cada ano. Essa sobra já virou tradição e, todo ano, sabemos que podemos contar com esse recurso. Já faz parte do nosso planejamento, pois sabemos que esse dinheiro vem em boa hora. Além disso, o adiantamento que recebemos em dezembro já ajudou bastante, e agora, com as sobras, fica ainda melhor. Esse retorno fortalece ainda mais nossa confiança na Coamo e no cooperativismo.”

O cooperado Nadir Antônio Bellaver, de Toledo (Oeste do Paraná), ressalta que 2024 foi um ano sido desafiador, com juros altos e frustrações de safra em algumas regiões, mas, graças à boa gestão da Coamo e ao engajamento dos cooperados, os resultados foram excelentes. “As sobras superaram as expectativas e trouxeram um retorno significativo para todos nós. Muitos cooperados comentaram que não esperavam valores tão expressivos, o que demonstra a valorização do produtor e a eficiência da administração. A Coamo tem realizado bons negócios, tanto na comercialização da safra quanto na oferta de insumos, sempre focada no crescimento sustentável.”

Ele observa que a diretoria da cooperativa tem realizado um trabalho exemplar, com investimentos estratégicos que garantem um futuro promissor para a cooperativa. “Sabemos das dificuldades econômicas do país, mas, mesmo assim, a Coamo segue forte, garantindo boas oportunidades para os cooperados. Agradeço a toda a diretoria, aos funcionários e a cada associado que faz parte desse grande trabalho.”

Verônica Stotzer, cooperada em Guarapuava (Centro-Sul do Paraná), destaca a gratidão que tem pela Coamo pelo retorno que ela proporciona aos cooperados por meio das sobras. “Esse repasse vem em um momento importante e mostra o compromisso da cooperativa com quem faz parte dela. A Coamo sempre valoriza nossa participação e reconhece nosso esforço, garantindo que o trabalho realizado ao longo do ano seja recompensado. As sobras são esperadas por todos nós e refletem a boa gestão e os resultados positivos da cooperativa. “ 

Além do aspecto financeiro, segundo a cooperada, esse retorno fortalece ainda mais a confiança na Coamo, que se mantém firme mesmo em tempos desafi adores. “Agradeço por fazer parte dessa grande cooperativa e por ver de perto os benefícios do cooperativismo sendo colocados em prática.

Cooperado Nadir Antônio Bellaver, de Toledo, com o gerente Celso Paggi

Verônica Stotzer, cooperada em Guarapuava, com o gerente Marlon Costa e a supervisora Administrativa, Daniele Ribeiro

Assistência técnica

Por meio da assistência técnica agronômica e veterinária disponibilizada pela Coamo, composta por 408 profissionais, os cooperados tiveram acesso as modernas práticas agropecuárias visando a melhoria dos resultados de suas atividades, com a participação em importantes eventos técnicos, como os dias de campo e os encontros realizados nas fazendas experimentais da cooperativa em Campo Mourão e Dourados.

Bens de fornecimento

Embora tenha sido um ano desafiador para os cooperados com relação ao abastecimento dos insumos, a Coamo proporcionou excelentes oportunidades na redução dos custos de produção, com planos de fornecimento para a implantação das safras de verão e inverno, mantendo os investimentos e a tecnologia no campo.

Destaque especial ao fornecimento das Rações Coamo, com a confirmação da alta performance produtiva para as diferentes espécies e categorias de animais.

O ano foi de circunstâncias econômicas e financeiras adversas no mercado de insumos no Brasil. A solidez econômica da cooperativa manteve a confiança do setor, resultando em uma maior participação no mercado de fornecimento de insumos.

Este setor gerou uma receita líquida de R$ 8,043 bilhões de reais, com crescimento físico de fornecimento de 4,0% em relação ao ano anterior. Nesse ano os cooperados utilizaram R$ 83,129 milhões de reais de créditos do Programa Fideliza, adquirindo insumos para lavouras, máquinas e produtos das lojas de peças e veterinárias, o que representou mais um benefício aos mesmos.

Logística

Para a movimentação dos produtos, a Coamo conta com uma frota própria de 1.060 caminhões, frota dedicada de 680 caminhões e em torno de 1.000 caminhões/dia terceirizados. Para agilidade no atendimento dos cooperados nas retiradas de insumos, foram implantados centros de distribuição regionais, modernização e verticalização do sistema de armazenagem. Nesse mesmo sentido foram implementados diversos projetos de gestão administrativa otimizando todo o processo de atendimento na área de entrega dos insumos. Para atender toda essa modernização, foi dado continuidade no investimento de capacitação profissional dos funcionários, com convênios junto ao Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) / Sescoop-PR (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo), além de programas internos de desenvolvimento.

Alimentos

Os produtos da linha alimentícia apresentaram crescimento no volume comercializado, atingindo uma receita líquida de R$ 2,918 bilhões, chegando a todos os Estados da federação e exportados para diversos países. O óleo de soja Coamo é reconhecido como a terceira marca mais consumida no país, conforme ranking de revista especializada.

Industrialização

O parque industrial da Coamo é composto por 12 indústrias, localizadas em Campo Mourão, Dourados e Paranaguá, sendo três de esmagamento de soja, uma de margarinas, uma de gorduras vegetais, duas refinarias e envase de óleo de soja, dois moinhos de trigo, uma torrefação e moagem de café, uma de rações e uma fiação de algodão. O propósito da industrialização dos produtos é agregar valor às atividades dos cooperados.

Commodities e exportação

Mesmo com a quebra de safras os volumes comercializados de produtos não sofreram com os elevados estoques de passagem de safras anteriores. Nos piores momentos de comercialização da soja, o preço por saca atingiu R$ 99,00. Porém, devido os fatores positivos de mercado, houve recuperação dos preços, chegando no final do ano a níveis de R$ 130,00 por saca. O milho apresentou queda de preço no momento da colheita, porém com os volumes exportados e a demanda interna, os preços foram elevados no segundo semestre, superando R$ 60,00 por saca, em Campo Mourão. Embora o trigo tenha registrado redução da área de plantio, no momento da colheita, a alta do dólar proporcionou preços para níveis próximos a R$ 75,00 por saca, para o trigo pão tipo 1.

 Nesse ano, a Coamo exportou 4,341 milhões de toneladas de commodities e produtos alimentícios, pelos portos de Paranaguá, no Paraná; São Francisco e Imbituba, em Santa Catarina; e Santos, em São Paulo, destinadas à 31 países da Europa, Ásia e América, gerando um faturamento de US$ 1,878 bilhão de dólares.

Investimentos

Os investimentos somaram R$ 1,202 bilhão, reforçando o compromisso da Coamo com a excelência operacional e o desenvolvimento sustentável. Contemplaram a ampliação e modernização de entrepostos, unidades de beneficiamento de sementes, indústrias e áreas de apoio, um novo entreposto em Campina da Lagoa, no Paraná e a conclusão da indústria de rações.

Governança Corporativa

As ações de Governança Corporativa visam fortalecer a confiança dos cooperados, bem como dos parceiros comerciais e financeiros e as comunidades, por meio de práticas justas, responsáveis e alinhadas à responsabilidade social e a sustentabilidade, assegurando uma gestão eficiente e o cumprimento das obrigações legais e éticas. Nesse ano, a Coamo alcançou importantes avanços com a implementação do seu Programa ESG, que estrutura e integra práticas nas dimensões ambiental, social e de governança.

Para difusão dos princípios e educação cooperativista, foram realizadas as tradicionais Reuniões de Campo com a diretoria da Coamo, num total de 18 encontros presenciais e uma reunião on-line, que contaram com 5.600 participantes. Estão constituídos 59 Comitês Educativos compostos por 1.028 cooperados, dos quais 380 participaram do primeiro encontro de Comitês Educativos.

Com o objetivo de integrar e aumentar a atuação das mulheres, a Coamo conta com 23 Núcleos Femininos, compostos por 460 integrantes, que participaram de 29 palestras.

Fatos relevantes

Para perpetuar a história foi inaugurado o Memorial Coamo, que é um espaço dedicado para celebrar o trabalho coletivo e o impacto transformador da cooperativa. Utilizando tecnologia moderna e recursos interativos, o memorial oferece uma experiência única e enriquecedora para cooperados, funcionários, familiares e toda a comunidade, passando por três eixos, o passado, o presente e o futuro.

Destaque também para a inauguração da Indústria de Rações, o lançamento da pedra fundamental da Indústria de Etanol de Milho e o início das obras do entreposto de Campina da Lagoa.

Sustentabilidade e rastreabilidade

Na Coamo, a responsabilidade vai além dos resultados financeiros, abrangendo também os impactos positivos gerados nas comunidades e no ecossistema com práticas inovadoras e sustentáveis. A cooperativa está adequada e alinhada com a Lei Antidesmatamento da União Europeia, que entraria em vigor no início de 2025, por meio de um sistema de rastreabilidade da produção altamente eficiente, garantindo o cumprimento da referida lei.

A Coamo aderiu ao Programa Despoluir, que certifica e reduz as emissões de poluentes atmosféricos da frota de caminhões, contribuindo com o meio ambiente e garantindo a sustentabilidade e a segurança dos motoristas. A cooperativa possui 11,983 mil hectares de áreas rurais, dos quais 8,146 mil com reflorestamento para a produção de energia utilizada nas unidades operacionais e industriais, e o restante para reserva permanente e legal, pesquisas e outros destinos.

Para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a cooperativa tem contratos com duas entidades que apoiam cooperativas de catadores em todos os Estados brasileiros. 

Em Campo Mourão há a intercooperação entre a Coamo e a Cooperativa Resíduo Solidário, que vem fazendo a diferença e transformando a vida das famílias cooperadas e da comunidade. 

Na logística reversa de embalagens vazias de defensivos, foram recolhidas e destinadas 2,836 milhões de embalagens. Com o tema “Acelerar a restauração da terra” a Coamo realizou a Semana do Meio Ambiente, com diversas ações de conscientização e distribuição de 30 mil mudas de árvores nativas aos participantes.

Comunidade

Os funcionários e cooperados participaram do Dia C de Cooperar, por meio de diversas ações sociais voltadas à solidariedade. Também foram arrecadadas doações em benefício da população do Rio Grande do Sul, duramente atingida pelas enchentes. A Coamo, numa ação conjunta com as demais cooperativas do Estado do Paraná, destinou recursos para o mesmo fim.