Unidades Coamo QUARENTENÁRIAS
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Associado João Pietrowski, de Boa Esperança, chegou no município em 1952 e já é cooperado há mais de 40 anos, antes mesmo da instalação na cidade |
Cinco Unidades da Coamo estão completando 40 anos de fundação. Boa Esperança, Iretama, Palmas, Peabiru e Roncador foram implantadas em 1978. Um importante período da cooperativa, onde foram realizados novos investimentos e expansão na região de Campo Mourão e no Sul do Paraná, com o objetivo de produzir sementes.
Com a filosofia do cooperativismo de resultado da Coamo, os associados se desenvolveram, a cooperativa evoluiu e se consolidou com importante ferramenta para a difusão da tecnologia melhorando o sistema produtivo e aumentando a produção a cada ano. O associado João Pietrowski, de Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná), chegou no município em 1952 e já é cooperado há mais de 40 anos, antes mesmo da instalação na cidade. “Trabalhava com a Coamo ainda quando estava em Campo Mourão. Era um período bem diferente e a agricultura era na base da fase da lua e da superstição, seguindo almanaques.”
Da criação de suínos, passando pelas culturas do café, arroz, amendoim, feijão, algodão, extração de madeiras e, atualmente, o cultivo de grãos, como soja, trigo e milho, os agricultores demonstraram capacidade de absorção de tecnologia. “A Coamo começou a trazer novidades e vimos que esse era o caminho, sem falar que passamos a ter segurança para comercializar a nossa produção.”
Pietrowski recorda que a cooperativa começou em Boa Esperança em uma estrutura acanhada e que ano a ano o entreposto foi recebendo investimento e evoluindo no atendimento. Com 82 anos de idade, ele passou a administração dos negócios para filhos e netos. “Foi um período de muita dedicação, de destocas para abrir as áreas, erosão no solo, lavouras cheias de matos e sem muitas opções de controle. Na época colhíamos de 80 a 100 sacas de soja. Hoje a produtividade chega a 190 sacas e temos mais comodidade para trabalhar. Sou cooperativista, minha família e o povo de Boa Esperança tem muito a agradecer à diretoria da Coamo.”
Mais do que a filosofia cooperativista, a Coamo levou para Boa Esperança instalações físicas constituídas por máquinas e armazéns, assistência técnica, administrativa e financeira. A presença cooperativa em Boa Esperança deu-se no ano de 1978 com a aquisição do Entreposto junto à Coagel. Na época, a capacidade de armazenagem era de 500 mil sacas de produtos a granel e um pequeno escritório administrativo. Foram investidos grandes volumes de recursos na estrutura física da unidade e chegou a implantação de um conjunto de máquinas com cinco descaroçadores de algodão com capacidade para produzir 90 fardos por dia, a qual só foi desativada em face da política de importação de matéria-prima têxtil implantada pelos ministros da Agricultura, e Indústria e Comércio da época.
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Vista aérea da Unidade da Coamo, em Boa Esperança |
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Entreposto em Iretama está passando por reformas, com um novo escritório e lojas de peças |
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Associado Carlos Luiz Oliva acompanhou toda a evolução da cooperativa no município. |
Desde a instalação da Coamo em Iretama (Centro-Oeste do Paraná), em 1978, os produtores rurais contam com um sistema cooperativista sólido promovendo o bem-estar de associados e proporcionando uma assistência técnica agronômica e veterinária de alta tecnologia. Durante essas quatro décadas, a cooperativa jamais abandonou os cooperados em todos os ciclos da agricultura de região.
Do café ao soja e milho mecanizados, passando pelo algodão, amendoim, arroz e feijão. A Coamo recebeu algodão de 1978 a 2008, sendo o maior recebimento na safra 84/85 com 651.800 arrobas e tinha no município uma máquina de beneficiamento de algodão. As primeiras instalações foram em um armazém de madeira alugado, na Avenida Pio XII, ao lado da Igreja. A cooperativa chegou a receber algodão em carro de boi e pesado em balança manual.
Atualmente, a agricultura está consolidada com a produção de soja, milho e trigo. O associado Carlos Luiz Oliva acompanhou toda a evolução da cooperativa no município. Ele é cooperado há 30 anos, mas trabalha com a Coamo desde a chegada no município, já que antes atuava com o pai que se associou logo após a instalação. “A Coamo significa muito para nós. Oferece tudo o que precisamos desde o plantio até a colheita. A cooperativa ajudou a desenvolver a região, trazendo novas tecnologias e segurança para comercializar a nossa produção.”
O pai dele Luiz Oliva, veio de Santa Catarina para Iretama em 1953, para trabalhar com café. Na época, levava a produção para Maringá. “A situação começou a melhorar após a chegada da Coamo. A assistência técnica foi importante na difusão de novas tecnologias. Antes, cada um fazia de um jeito sem muito conhecimento para plantar e colher. A produtividade que era de 70 a 80 sacas hoje chega a 150 e 160 sacas.”
Está sendo construído em Iretama um novo escritório administrativo e uma loja de peças. “É um presente que estamos recebendo. Com a nova loja não precisaremos ficar correndo atrás de peças em outras cidades. Teremos tudo em um só local. Já é tradição irmos sempre na Coamo nem que seja para tomar um café e conversar com os colegas. Agora teremos ainda mais comodidade.”
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Irmãos José e Paul Pernlochner com o gerente em Palmas, Evandro Câmara |
A família Pernlochner é uma das primeiras da região de Palmas (Sudoeste do Paraná), que se associou logo após a Coamo incorporar a Copalma, em 1978. José foi o primeiro dos quatro irmãos a se associar. Pela ordem, depois vieram Rosa Maria em 1981, Paul em 1988 e Sigmundo em 1999.
José conta que chegou em Palmas dois anos antes da chegada da Coamo. “Vim da catarinense Treze Tílias e já realizei 42 safras em Palmas, sempre mexendo com a agricultura. No início tudo era mais difícil, hoje está tudo mais fácil. Lembro bem que o plantio direto foi uma grande coisa que aconteceu para nós produtores.”
Um dos irmãos do ‘seo’ José é o Paul, conhecido como Paulo, associado há 30 anos em Palmas. Ele recorda o sucesso que os agricultores tiveram com o apoio da Coamo. “Quando entrei a Coamo tinha dez anos de Palmas. Ela é orgulho para nós, pois ajudou muito na nossa evolução. É uma satisfação participar desse progresso.”
Para Paul, são vários os motivos para o sucesso da cooperativa, entre eles a forma como a Coamo trata os associados. “É muito boa a assistência técnica que a Coamo faz, tem também a transparência e a segurança. Os associados são tratados da mesma maneira, com igualdade, não havendo distinção entre pequeno, médio ou grande.”
Para o agricultor, a Coamo chega muito bem aos 48 anos de fundação e quatro décadas em Palmas. “A Coamo está focada no melhor atendimento para nós. Sem o associado não existe a cooperativa, e sem a cooperativa não existe o associado, por isso é muito bom ter a Coamo como uma cooperativa forte e estruturada. Tenho certeza que se o Brasil fosse uma cooperativa com princípios e valores, seria muito melhor.”
A Coamo se instalou em Palmas por meio de incorporação da então Cooperativa Mista Agropecuária Palmense Ltda. - Copalma, em 15 de agosto de 1978. O objetivo era aproveitar o potencial do município para produção de semente de soja, tendo em vista estar localizado em uma região onde o clima favorece o desenvolvimento dessa oleaginosa para a produção de grãos com excelente vigor germinativo. Na época haviam poucos produtores de soja em Palmas, mas na região havia produção de semente dessa oleaginosa.
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Irmãos Pernlochner participaram de forma ativa na Coamo nesses 40 anos |
Vista aérea da Coamo em Palmas
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Vista parcial da Coamo em Peabiru |
"Fizeram por merecer, por isso eu vou agradecer aos amigos da Coamo. Porque eu estou contigo e eles estão comigo, e juntos nós lutamos. Com tanta dificuldade, mas com força e vontade de vencer nós estamos. Eu me sinto muito honrado, por isso eu digo obrigado a quem dirige a Coamo.” O trecho é de uma música em homenagem à Coamo escrita pelo cooperado Osmar Manfrim, de Peabiru (Centro-Oeste do Paraná). A letra retrata a gratidão, parceria e orgulho dele em ser cooperativista e integrar a cooperativa que conhece desde o início, antes mesmo de se instalar no município.
Ele recorda que as primeiras safras eram levadas para Engenheiro Beltrão. “Ficávamos até dois dias na fila esperando para descarregar o caminho. Mas, isso era normal para a época, pois os caminhões eram descarregados no rodo. Depois que a Coamo se instalou em Peabiru podemos dizer que ficou no quintal de casa. Melhorou em todos os sentidos desde a agilidade na entrega da produção até a retirada de insumos para o plantio”, comenta.
Na visão do associado, a Coamo ajudou a impulsionar a agricultura no município, disponibilizando novas tecnologias, crédito e assistência técnica para todos os agricultores, independentemente do tamanho. “A cooperativa sempre prestou um trabalho diferenciado e ficou do lado dos associados. Para quem é pequeno, principalmente, o cooperativismo é a melhor solução”, assinala Manfrim, que sempre realizou o trabalho em família.
Irineu é sobrinho do ‘seo’ Osmar e faz parte da terceira geração de cooperativistas da família Manfrim. Ele acompanhou boa parte da evolução da Coamo no município e diz que o cooperativismo é um importante agente para repasse de novas tecnologias e melhorias no sistema produtivo. “A Coamo tem sido uma grande parceira da nossa família. Sinto honrado de trabalhar com a cooperativa e de ter o meu pai e o meu tio do lado, que foram pioneiros de Peabiru e da Coamo. Desde criança eu os acompanho na agricultura e sei da importância que dão para o cooperativismo. Com essa parceria e união da família fica mais fácil os trabalhos do dia a dia.”
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Irineu com o tio "seo" Osmar Manfrim. Família trabalha com a Coamo há mais de quatro décadas |
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"Seo" Zeno Iora evoluiu junto com a Coamo em Roncador |
A realidade hoje em Roncador (Centro-Oeste do Paraná) é bem diferente do que a vivida há 40 anos, quando a Coamo se instalou no município. A cooperativa iniciou as atividades recebendo feijão e milho. Depois passou para o algodão, soja e trigo em instalações precárias. O algodão era recebido na praça pública. Foi um ato de coragem e desprendimento, mas sempre acreditando na força do trabalho dos agricultores locais. Produtores rurais como o ‘seo’ Zeno Luiz Iora que é associado desde 1981. A história da família começou com o pai, João Iora Filho, que veio do Rio Grande do Sul para o município em 1980.
Assim como a Coamo, ‘seo’ Zeno também evoluiu. Ele começou plantando em dois alqueires de terra arrendados do pai. Atualmente, conta com 186 alqueires, sendo 125 de plantio e 11 de pasto. “A cooperativa foi crescendo, sempre nos incentivou e deu condições de crescermos juntos. Olhando para trás, a gente vê que valeu a pena ter se associado. A Coamo oferece tudo o que precisamos para plantar, colher e comercializar. Temos ainda a Credicoamo, que é a nossa cooperativa de crédito”, comenta.
O cooperado lembra do tempo em que o trabalho era realizado de forma manual e a família tinha apenas um tratorzinho que era utilizado entre os irmãos. “A Coamo mudou a realidade da nossa região. Logo que chegou se formavam longas filas para receber a produção. Tinham agricultores a cavalo, com charretes e trator. A cooperativa foi melhorando a estrutura e hoje não esperamos mais do que 20 minutos para descarregar e já voltar para a lavoura.”
Outro ponto destacado pelo cooperado é o trabalho da assistência técnica da Coamo que ajudou na evolução da produtividade. “Naquela época, 70 a 80 sacas de soja era para quem colhia bem. Hoje, a produtividade chega em 200 sacas. A cooperativa sempre trouxe inovação e mostrou qual o melhor caminho a ser seguido. A Coamo vive uma evolução constante porque trabalha com seriedade e responsabilidade.”
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Vista aérea da Coamo em Roncador |
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