A Coamo Agroindustrial Cooperativa registrou em 2022 receita global de R$ 28,1 bilhões. O valor representa um crescimento de 14,1% em relação a 2021. A sobra líquida atingiu o montante de R$ 2,258 bilhões, um incremento de 23,1% em relação ao ano anterior. Deste valor, após a dedução estatutária, estão sendo distribuídos R$ 705,7 milhões aos mais de 30,7 mil cooperados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Os números do exercício 2022 foram aprovados pelo quadro social no dia 16 de fevereiro, em Assembleia Geral Ordinária realizada em Campo Mourão, município sede da cooperativa.

O crescimento das receitas foi proporcionado pelo aumento dos preços das commodities agrícolas, dos volumes de vendas da linha alimentícia e do fornecimento de bens de produção. “O ano de 2022 foi muito bom para a Coamo em termos de faturamento. Mas, será lembrado, também, pelos problemas climáticos na safra de verão e de trigo”, frisa José Aroldo Gallassini, presidente do Conselho de Administração da Coamo.

Segundo ele, a comercialização da soja foi lenta, o que foi surpreendente para uma safra com quebra de 47%. “Isso demonstra que a situação econômica dos cooperados era confortável, mesmo na adversidade”, destaca o presidente e acrescenta que um dos desafios foi com a logística, pois os armazéns permanecem ocupados diante de uma nova safra, cuja comercialização ainda continua lenta no início de 2023, com baixos volumes de produtos negociados de forma antecipada.

A comercialização do milho seguiu o mesmo ritmo da soja com bastante lentidão, muito em função dos baixos volumes comercializados de forma antecipada. “Depois da colheita da segunda safra a comercialização até que ganhou fôlego, mas ainda restou grande volume a comercializar”, analisa Gallassini.

Ele ressalta que o trigo não segue a dinâmica de comercialização da soja e do milho, pois os maiores volumes são comercializados durante a colheita, restando pouco para a entressafra. No ano de 2022 metade deste cereal sofreu com perdas de qualidade pelo excesso de chuvas, mas a produtividade até que foi boa, demonstrando que as lavouras tinham potencial para uma produtividade acima da média. A segregação no recebimento permitiu salvar o produto de boa qualidade, e a exportação do “trigo ração” garantiu uma remuneração adequada ao produto avariado pelas chuvas.

Para o fornecimento de insumos, o ano foi desafiador. Gallassini explica que fatores externos, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, influenciaram diretamente nos negócios, em especial nos fertilizantes e alguns herbicidas para manejo e dessecação. Parte dos fornecedores são abastecidos por fertilizantes russos, e assim iniciaram os impactos de falta de matéria-prima, incertezas no abastecimento no Brasil e, consequentemente, uma incerteza no nosso suprimento além do aumento dos custos de produção. “Nesse contexto de dúvidas, a diretoria tomou a decisão de abastecer o estoque com parte de fertilizantes, pois o cenário sinalizava que essa era a melhor escolha naquele momento, garantir o fornecimento aos cooperados.”  

JOSÉ LINO VINCENSI Maracaju (MS) É uma satisfação ser cooperado de uma cooperativa que sempre apresenta ótimos resultados. Isso dá tranquilidade e segurança para continuar trabalhando. Vale a pena ser cooperativista e participar desse sistema. Os resultados da Coamo comprovam o valor da parceria, e ainda temos as Sobras distribuídas todos os anos. A assembleia é um momento muito aguardado. É uma oportunidade de valorização da participação e aprovação dos resultados. Com o aumento do faturamento da cooperativa, o retorno para nós também aumentou. Dessa forma, é possível ver o esforço e sacrifício sendo compensados. À medida que o cooperativismo cresce, os cooperados se sentem mais fortes. DENILSON BRUNO ROSA Xanxerê (SC) É uma satisfação ser cooperado de uma cooperativa que sempre apresenta ótimos resultados. Isso dá tranquilidade e segurança para continuar trabalhando. Vale a pena ser cooperativista e participar desse sistema. Os resultados da Coamo comprovam o valor da parceria, e ainda temos as Sobras distribuídas todos os anos.  LUIZ CARLOS BUENO DE ARAÚJO Palmas (PR) É muito importante acompanhar a situação da Coamo, que sabemos ser muito boa. Viemos com muito prazer para a assembleia e sempre recebemos notícias boas. O ano de 2022 foi bom e a Coamo teve o melhor desempenho financeiro da história. Isso é fruto da participação de todos e nos dá tranquilidade para continuar trabalhando com a cooperativa.

Conselho Fiscal 2023

Igor Eduardo de Mello Schreiner, Jonathan Henrique Welz Negri e Alessandro Gaspar Colombo (Membros Efetivos). Vinicius Amaral Costa, Maico Rispar e Antonio Fernando Nunes Júnior (Membros Suplentes)

Outros índices O EBITDA (sobra antes de juros, impostos, depreciação e amortização), alcançou o montante de R$ 2,794 bilhões. O Patrimônio Líquido atingiu o montante de R$ 9,036 bilhões, representando um crescimento de 21,6% em relação ao ano anterior; e o Ativo Total teve um aumento de 34,5%, atingindo R$ 19,107 bilhões.

Os principais índices foram: liquidez corrente 1,89%; liquidez geral 1,42%; margem de garantia 189,72% e o grau de endividamento de 52,71%, refletindo a boa situação econômico-financeira da cooperativa. Foi gerado e recolhido o montante de R$ 681,413 milhões em impostos, taxas e contribuições sociais.  

Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo, diz que com a participação dos cooperados e o profissionalismo dos funcionários, os números do exercício de 2022 são considerados excelentes em termos de faturamento, apesar de uma grande quebra na safra de verão. “Cada safra é diferente e dependemos muito do clima. Então, com as dificuldades focamos na busca de soluções para resolver os problemas dos cooperados. Em 2022, oferecemos a eles todo o apoio e a estrutura necessária para agregar valor às atividades e gerar renda com o desenvolvimento sustentável do agronegócio”, diz.

O agronegócio não para e a Coamo também não. Galinari ressalta que a cooperativa cresce a cada ano com foco na melhoria dos processos, da logística e das operações. “Sempre investimos na estrutura e ampliação da área Operacional para agilizar o recebimento da safra dos cooperados.”

Na opinião dele, dificilmente, sozinhos, os mais de 30 mil cooperados conseguiriam ter acesso aos insumos, às tecnologias, à assistência técnica e à logística que disponibilizamos em mais de 100 unidades da cooperativa. “A estrutura que a Coamo oferece impulsiona a atividade do quadro social com segurança, solidez e tranquilidade”, frisa Galinari.

José Roberto Ricken, presidente do sistema Ocepar, ressalta a importância da Coamo para o cooperativismo paranaense e brasileiro. Ele diz que é um orgulho a demonstração de profissionalismo da cooperativa e isso se reflete na Assembleia. “O cooperativismo em geral está em um momento especial e a Coamo se destaca pelo desempenho e pelas sobras devolvidas aos cooperados. São números surpreendentes e demonstram o sucesso da gestão da cooperativa e como ela é essencial para a economia paranaense e brasileira. Com um modelo de negócio baseado na cooperação e na distribuição justa dos resultados, a Coamo tem mostrado sua força e se destaca como uma das cooperativas mais importantes do país”, observa.

O presidente do sistema Ocepar destaca ainda que, sem o cooperativismo, esse montante provavelmente seria destinado para outro país, mas com a cooperativa, o dinheiro fica na região em que ela está presente e gera desenvolvimento para toda a comunidade. “O sistema cooperativista no Paraná é muito forte e todas as cooperativas estão aumentando seu faturamento, o que gera desenvolvimento para o Estado. Há um planejamento para melhorar ainda mais o desempenho das cooperativas”, assinala. 

Alcir José Goldoni, presidente da Credicoamo, parabenizou o trabalho apresentado pelos cooperados da Coamo, que pelo empreendedorismo transformaram-na na maior cooperativa da América Latina e na maior empresa privada do Paraná. “Esse resultado enche de orgulho a família Coamo, composta pela diretoria, cooperados e funcionários, que são empreendedores e responsáveis pelos números que impressionam”, diz.

Segundo ele, com esse trabalho, a Coamo ajuda a desenvolver as regiões onde atua. “É algo fascinante e motivador. A Coamo é uma cooperativa formada por pessoas com o mesmo objetivo e que pensam no coletivo, buscando o bem de todos. Por serem empreendedores, os cooperados da Coamo fundaram a Credicoamo, uma cooperativa de crédito exclusivamente para atender as suas necessidades. A participação ativa dos associados em todas as unidades da Coamo e nas agências da Credicoamo é o que faz a grandeza das duas cooperativas. Com isso, o desempenho anual só poderia ser de sucesso e excelência”, comenta e acrescenta que a satisfação do quadro social com as duas cooperativas, que atendem todas as necessidades para o desenvolvimento das atividades, desde a assistência técnica, passando pelos insumos, estocagem da produção, até as diversas modalidades de crédito e seguro agrícola, têm gerado um crescimento constante e constituem atributos relevantes para a história do cooperativismo de resultado.  

Logística

 A Coamo tem investido em diversas soluções, inovações e modernização da infraestrutura logística. Foram construídos novos entrepostos, armazéns de insumos, implantado softwares para gestão dos armazéns e aquisição de torres verticais automatizadas para estocagem de peças em geral e produtos veterinários. Foi dado continuidade nos projetos de verticalização dos armazéns de insumos, cujo foco principal é dobrar a capacidade de armazenagem por meio de estantes porta-paletes. Até este ano já foram atendidas mais de 55 unidades, incluindo 90 armazéns.  

Industrialização

Na busca constante de agregar mais valor à produção dos cooperados e melhor remuneração aos produtos, em 2022 a cooperativa continuou com a implantação de novas indústrias, novas tecnologias e métodos inovadores de industrialização.

As indústrias de processamento de soja em Campo Mourão (PR), Dourados (MS) e Paranaguá (PR), compreendendo esmagamento, refinaria, hidrogenação, fábricas de gorduras vegetais e margarinas, processaram 2,708 milhões de toneladas de soja, representando um aumento de 3,6%, em relação ao ano anterior.

A torrefação e moagem de café, produziu 2,820 mil toneladas de café torrado e moído; os moinhos de trigo de Campo Mourão e Mamborê (PR) produziram 210,025 mil toneladas de farinhas e farelo de trigo, e a fiação de algodão produziu 3,142 mil toneladas de fios.

Commodities, Alimentos e Exportações

Em termos de preço, o ano foi bom para as commodities agrícolas, principalmente para a soja, que iniciou o ano de 2022 em R$ 162 a saca e alcançou rapidamente o recorde de R$ 200 em plena colheita, recuando depois para níveis próximos dos iniciais. Ou seja, o ano terminou como começou. No entanto, em relação a 2021, houve um aumento expressivo de 38% no preço médio de fixação. Na média do ano, o milho foi comercializado com aumento de 7% em relação a 2021 e o trigo com 8% de aumento.

A linha de produtos alimentícios da Coamo, composta por óleo de soja refinado, farinhas, gorduras vegetais, margarinas, cafés e misturas para pães e bolos, teve um crescimento de 22,1% na receita. Destaca-se a conquista da liderança de farinhas para consumo doméstico no Paraná, e o grande crescimento no volume de vendas das margarinas, principalmente da linha Dualis.

A Coamo exportou o montante de 2,107 milhões de toneladas de produtos, com uma redução de 43% em relação ao ano anterior, reflexo, principalmente, da quebra da safra de soja e o ritmo lento de fixação da produção pelos cooperados, sendo que o faturamento atingiu o montante de US$ 1,183 bilhão, representando uma redução de 14,5% em relação a 2021, só não sendo maior a diferença, devido ao aumento dos preços dos produtos, principalmente da soja.

As exportações da Coamo foram destinadas para 30 países da Europa, América, Ásia e África. Os embarques foram realizados pelos Portos de Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC).

Investimentos

Ponta Porã (MS)

Rio Brilhante (MS)

Bandeirantes (MS)

São Gabriel do Oeste (MS)

Em termos de preço, o ano foi bom para as commodities agrícolas, principalmente para a soja, que iniciou o ano de 2022 em R$ 162 a saca e alcançou rapidamente o recorde de R$ 200 em plena colheita, recuando depois para níveis próximos dos iniciais. Ou seja, o ano terminou como começou. No entanto, em relação a 2021, houve um aumento expressivo de 38% no preço médio de fixação. Na média do ano, o milho foi comercializado com aumento de 7% em relação a 2021 e o trigo com 8% de aumento.

A linha de produtos alimentícios da Coamo, composta por óleo de soja refinado, farinhas, gorduras vegetais, margarinas, cafés e misturas para pães e bolos, teve um crescimento de 22,1% na receita. Destaca-se a conquista da liderança de farinhas para consumo doméstico no Paraná, e o grande crescimento no volume de vendas das margarinas, principalmente da linha Dualis.

A Coamo exportou o montante de 2,107 milhões de toneladas de produtos, com uma redução de 43% em relação ao ano anterior, reflexo, principalmente, da quebra da safra de soja e o ritmo lento de fixação da produção pelos cooperados, sendo que o faturamento atingiu o montante de US$ 1,183 bilhão, representando uma redução de 14,5% em relação a 2021, só não sendo maior a diferença, devido ao aumento dos preços dos produtos, principalmente da soja.

As exportações da Coamo foram destinadas para 30 países da Europa, América, Ásia e África. Os embarques foram realizados pelos Portos de Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC).