SUELY PATRÃO BURIHAN

A conexão entre o cooperativismo e o propósito da Caixa torna-se ainda mais relevante quando consideramos a sinergia entre as Redes de Atacado e Varejo, com foco nos clientes e na geração de negócios sustentáveis.” A afirmação é de Suely Patrão Burihan, diretora Executiva Rede de Atacado Caixa Econômica Federal.

Suely explica que a atuação da Caixa com as cooperativas deve ser conjunta. "De um lado as cooperativas, por meio da sua organização, podem facilitar o acesso dos produtores ao crédito, novas tecnologias, assistência técnica, insumos e mercados, contribuindo para o aumento da produtividade e competitividade do setor. E do outro, a Caixa, com sua expertise em produtos e serviços financeiros, complementa essa atuação das cooperativas oferecendo linhas de crédito, acesso a mercado de capitais, financiamentos e soluções personalizadas para as cooperativas, fortalecendo sua atuação e impacto no setor."

Revista Coamo: Quais os propósitos da sua gestão à frente da Caixa Econômica Federal?

Suely Patrão Burihan: É uma grande honra compor o quadro executivo da Caixa e, dessa forma, para fazer frente a este desafio, meus propósitos estão alinhados aos propósitos da Instituição. Temos a intenção de que o atendimento da Rede de Atacado seja referência para a sociedade brasileira pelo relacionamento social e comercial, desenvolvimento sustentável e excelência na execução das políticas públicas, apoiando o empresariado e o cooperativismo para consecução de seus objetivos empresariais e desenvolvimento do país. Além disso, na minha gestão, um dos principais valores é a busca pela equidade de gênero, apoiando os projetos e objetivos do banco. Este tema é debatido recorrentemente dentro dos principais fóruns de discussão no Atacado e, por meio do Programa “Decola, Garota!”, idealizado pela Escola do Atacado, incentivamos o desenvolvimento das atuais e futuras lideranças femininas da Caixa.

RC: Qual a principal missão e os valores da Caixa Econômica Federal?

Suely: Entendemos que o trabalho desempenhado cotidianamente em prol da sociedade brasileira pressupõe mais do que uma missão: demanda um propósito. E o propósito da Caixa, ou seja, o que nos move, é o propósito de “Ser a instituição financeira pública que fomenta a inclusão e o desenvolvimento sustentável, transformando a vida das pessoas.”. Nossas portas estarão sempre abertas para atender a todos que sonham em melhorar de vida, e a Caixa faz isso sempre por meio de seus valores: (i) Espírito Público – servimos para atender à população brasileira; (ii) Integridade – agimos com integridade e ética; (iii) Sustentabilidade – atuamos no desenvolvimento sustentável; e (iv) Inclusão – praticamos a inclusão.

RC: Qual a relação da sua diretoria com o agronegócio e o cooperativismo?

Suely: A relação da Caixa com o agronegócio e o cooperativismo é fundamental para o desenvolvimento econômico e sustentável do setor agrícola. A Diretoria de Rede de Atacado, que está mais próxima do relacionamento com clientes pessoas jurídicas, busca excelência no relacionamento com o setor, oferecendo linhas de crédito especializadas, operações de mercado de capitais e assessoria financeira, produtos e serviços financeiros para atender às necessidades da cadeia do agronegócio e das cooperativas, contribuindo, assim, para o crescimento e a viabilidade dessas atividades.

RC: Quais os desafios e projetos da sua diretoria para o fortalecimento do agronegócio?

Suely: Os desafios para o fortalecimento do agronegócio incluem a contínua adequação das linhas de crédito para o setor, a busca por soluções inovadoras e sustentáveis e a gestão eficiente dos riscos inerentes ao negócio. No Atacado, atuamos na promoção de parcerias estratégicas com os agentes do setor e na busca constante de evoluções internas nos produtos e serviços para melhor atender os nossos clientes.

RC: Quais são os fatores que podem determinar a excelência na gestão do agronegócio?

Suely: A gestão do agronegócio demanda o planejamento estratégico, a utilização de tecnologias e práticas sustentáveis, a atenção à qualidade e segurança dos produtos, o estabelecimento de relações transparentes e de confi ança com os fornecedores e consumidores, além da capacitação dos colaboradores e valorização de sua pluralidade, aproveitando desta diversidade para gerar cada vez mais sinergia.

RC: Na sua opinião, como será o agronegócio brasileiro do futuro? Mais digital, mais relacional?

Suely: O futuro é digital. O uso de tecnologias como a agricultura de precisão, a análise de dados e a inteligência artifi cial será cada vez mais presente, contribuindo para a eficiência e produtividade do setor. Entretanto, a era digital não diminui a importância do relacionamento humano e deste com a natureza, de maneira que a valorização da sustentabilidade, da rastreabilidade dos produtos e das relações de parceria e confi ança entre os diversos agentes da cadeia produtiva serão essenciais para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil e no mundo."

RC: Qual é a sua visão do cooperativismo e em especial o agropecuário?

Suely: É uma forma eficiente e sustentável de organização dos produtores, possibilitando a união de esforços, a redução de custos, o acesso a mercados e tecnologias, e a melhoria da renda e qualidade de vida no campo. As cooperativas promovem a solidariedade e a autonomia dos seus membros, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social de suas comunidades.

RC: Como as cooperativas de produção e a Caixa podem atuar para alavancar recursos e desenvolver o agronegócio?

Suley: A atuação deve ser conjunta. As cooperativas, por meio da sua organização, podem facilitar o acesso dos produtores ao crédito, novas tecnologias, assistência técnica, insumos e mercados, contribuindo para o aumento da produtividade e competitividade do setor. Já a Caixa, com sua expertise em produtos e serviços financeiros, complementa essa atuação das cooperativas oferecendo linhas de crédito, acesso a mercado de capitais, financiamentos e soluções personalizadas para as cooperativas, fortalecendo sua atuação e impacto no setor.

RC: Qual sua impressão sobre o trabalho desenvolvido pela Coamo?

Suely: Visitar clientes sempre traz grandes frutos e benefícios, além de surpresas sempre positivas. Não foi diferente em minha recente visita à Coamo, quando pude, em conjunto com outras pessoas da Rede de Atacado e da Rede de Varejo da Caixa, conhecer um pouco mais sobre a história da cooperativa, seu tamanho e a força desse coletivo de cooperados que, juntos, trabalham em prol do sucesso e desenvolvimento tanto da cooperativa quanto da comunidade onde estão inseridos.

RC: Quais foram os resultados da visita à Coamo?

Suely: Tivemos a oportunidade de assinar duas importantes operações de crédito rural. Uma voltada a investimento com recursos equalizáveis no valor de R$ 78 milhões nas linhas de Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), destinadas a ampliação da infraestrutura de armazenagem da cooperativa, e outra na modalidade de industrialização no valor de R$ 180 milhões. A conexão entre o cooperativismo e o propósito da Caixa torna-se ainda mais relevante quando consideramos a sinergia entre as Redes de Atacado e Varejo, com foco nos clientes e na geração de negócios sustentáveis.

RC: Qual sua mensagem aos cooperados da Coamo?

Suely: Minha mensagem para os cooperados da Coamo é de incentivo, reconhecimento e gratidão. Aos cooperados, gostaria de ressaltar a importância do trabalho coletivo e da colaboração mútua para o sucesso e a sustentabilidade do nosso país. Juntos, vocês têm o poder de transformar a realidade do agronegócio, gerando desenvolvimento, renda e bem-estar para todos os envolvidos. Continuem unidos, comprometidos e engajados na missão da cooperativa e no compromisso com a sustentabilidade, pois juntos vocês são mais fortes e capazes de superar desafios e alcançar grandes conquistas.

“O futuro do agro é digital com o uso de tecnologias como a agricultura de precisão, a análise de dados e a inteligência artifi cial para a eficiência e produtividade. Entretanto, a era digital não diminui a importância do relacionamento humano com relações de parceria e confi ança entre os diversos agentes da cadeia produtiva."