CONHECIMENTO PARA TODOS
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MARCOS ANDRÉ PALUDO
São Domingos (Oeste de Santa Catarina)
Fazemos uma viagem longa para participar do encontro. Mas, sem dúvida nenhuma, vale muito a pena. A Coamo tem essa preocupação com o associado, de apresentar novas tecnologias paramelhorar a atividade e produzir cada vez mais.
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JOSÉ APARECIDO SACOMAN
Luiziana (Centro-Oeste do Paraná)
A Fazenda Coamo é como se fosse uma escola. Venho aqui, passo um dia e levo muito conhecimento. São vários assuntos importantes, seja relacionado a novas variedades, tecnologias de aplicação ou controle de doenças e plantas daninhas.
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Com a porteira sempre aberta para o quadro social, a Fazenda Experimental da Coamo, realizou a 32ª edição do Encontro de Verão, entre os dias 03 e 07 de fevereiro. Com dez experimentos distribuídos em estações de pesquisa, mais de cinco mil associados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul marcaram presença no evento, que é puro conhecimento. Em cada edição, eles podem vivenciar teoria e prática de uma forma didática, por meio de palestras ministradas pelo quadro técnico da Coamo e por pesquisadores dos principais institutos de pesquisa do país, parceiros da Coamo.
Desde a fundação da Coamo, a difusão de tecnologias é uma premissa. Com quase 50 anos de pesquisa, é incalculável o avanço agropecuário proporcionado ao quadro social por meio de eventos técnicos. O objetivo segundo o engenheiro agrônomo Lucas Simas, chefe da Fazenda Experimental da Coamo, é apresentar aos associados as novas tecnologias que foram testadas e aprovadas. “É uma oportunidade ímpar para se atualizar. Apresentamos assuntos do momento, que realmente necessitam ser discutidos pelos nossos associados, juntamente com os técnicos e pesquisadores. Quem participa sai na frente”, considera Simas.
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José Aroldo Gallassini participou da abertura de todos os dias de evento |
SAIBA MAIS:
FAZENDA EXPERIMENTAL COAMO
- 45 anos
- 2 grandes encontros anuais: verão e inverno
- Mais de 100 experimentos mantidos
ENCONTRO DE VERÃO
- 32ª edição
- 5 dias de encontro
- Mais de 5.000 pessoas participaram
ESTAÇÕES APRESENTADAS EM 2020
- Tecnologia de aplicação de defensivos
- Tratamento de Semente Industrial Coamo
- Manejo da Ferrugem da Soja
- Manejo de Percevejos na Cultura da Soja
- Resultados Experimento Calagem e Gessagem Coamo e UEM
- Cultivares de Soja
- Novos Desafios no Manejo da Buva
- Manejo do Complexo de Enfezamento na Cultura do Milho
- Agricultura 4.0 e Precisão na AgriculturaMarcelo
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Segundo o gerente de Assistência Técnica da Coamo, Marcelo Sumiya, o trabalho da Fazenda Experimental é testar produtos e estudar as tecnologias para disponibilizar aos cooperados. “O associado tem a certeza de que o que está sendo apresentado foi testado e validado. A forma como apresentamos é para facilitar a compreensão e aplicação na propriedade. Estudamos, também, para o cooperado não fazer investimentos que não sejam adequados. Trata-se de um evento técnico, mas nossa Fazenda Experimental está aberta para os cooperados o ano todo.”
Quem também reforça o impacto positivo do Encontro de Verão é o diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo, engenheiro agrônomo Aquiles de Oliveira Dias. “É um evento que preparamos durante o ano todo e culminamos com as apresentações. Quem participa adquire muito conhecimento, pois procuramos sempre trazer os temas do momento. Vamos, inclusive, buscar tecnologias fora do país. Isso é algo que somente o associado da Coamo tem.”
Como resultado dessa difusão de conhecimento, as produtividades vêm aumentando gradualmente ao longo dos anos, que em contato direto com a pesquisa têm as informações em primeira mão. “O Encontro na Fazenda Experimental é tradicional, apresenta as novidades que a pesquisa desenvolve e repassa aos associados. Praticamente dobramos as produtividades de soja e milho e, certamente, a pesquisa e o trabalho realizado na Fazenda Experimental têm muito a ver com isso”, comemora o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini.
Gallassini é um estusiasta do trabalho realizado pela cooperativa por meio da Fazenda Experimental. “A missão da Coamo é gerar renda aos cooperados com desenvolvimento sustentável do agronegócio, e esse trabalho passa pela assistência técnica e o repasse de tecnologias para ter mais produtividades e redução dos custos. Nesse encontro, os associados conhecem a realidade e o trabalho da pesquisa, novas tecnologias e práticas para fazer bem feito na sua lavoura com um contato direto junto aos pesquisadores de importantes empresas e entidades públicas e privadas.”
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Lucas Simas, chefe da Fazenda Experimental Coamo |
Aquiles Dias, diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo |
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Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica, Aquiles Dias, diretor de Suprimentos e Assistência Técnica, Alcir José Goldoni, presidente Executivo da Credicoamo, Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo, Ricardo Calderari e Claudio Rizzatto, membros do Conselho de Administração da Coamo, e José Aroldo Gallassini, Presidente do Conselho de Administração |
Alvo, ambiente, momento de aplicação, máquina e produto. São diversos os aspectos que precisam ser levados em consideração quando o assunto é tecnologia de aplicação. Uma tarefa difícil, mas que foi abordada de forma didática e tecnológica durante o Encontro de Verão da Fazenda Experimental da Coamo. Segundo o engenheiro agrônomo José Petruise Ferreira Junior, da Coamo em Campo Mourão, esse assunto é prioridade, pois no passado já foi considerada uma atividade de risco e de desperdício para a agricultura. “A assistência técnica da Coamo tem a consciência e preocupação de orientar os cooperados para executar com eficiência essas operações.”
SAIBA MAIS:
COMO ESCOLHER A PONTA IDEAL?
- Definir o tamanho das gotas em função do tipo e modo de ação do produto, condições climáticas e do alvo.
- Tipo de ponta em função do tamanho de gota.
- Definir a taxa de aplicação (l/ha).
- Checar a velocidade de deslocamento do pulverizador.
- Calcular a vazão necessária na ponta.
- Escolher, dentro do tipo de ponta já definida, a vazão e pressão de trabalho que produza o tamanho de gota desejada. |
Petruise enfatiza a necessidade de se difundir o conhecimento científico sobre esse tema. “Com informação se obtém a correta colocação do produto biologicamente ativo no alvo desejado e na quantidade necessária, a fim de que possam ser controladas a população ou a presença de pragas, doenças e plantas daninhas. Além de se evitar danos econômicos, com segurança e o mínimo de contaminação para o aplicador, realizando a operação da forma mais econômica possível”, considera o agrônomo.
Uma das prioridades da tecnologia de aplicação, de acordo com o engenheiro agrônomo, é quanto à escolha das pontas de pulverização. “É um componente de fundamental importância no pulverizador. É responsável pela vazão e qualidade das gotas, impactando diretamente na qualidade da operação. Também é preciso ter cuidado com relação à altura de barra e a escolha ideal do tamanho de gota em função do alvo desejado. Temos situações onde em função da declividade do terreno, uma variação da altura da barra de pulverização, pode expor as gotas à deriva. E se essa barra de pulverização estiver muito perto do alvo, é possível que hajam falhas de aplicação entre um bico e outro.”
O importante, segundo Petruise, é analisar a situação. “Avalie cada caso e veja qual o bico correto. Procure a assistência técnica para que seja escolhida a ponta adequada. Toda a equipe técnica da cooperativa está capacitada para dar esse suporte ao quadro social.”
O engenheiro agrônomo da Teejet, Guilherme Bandieri Napoli, acrescenta que as pontas (ou bicos) são responsáveis por fragmentar a calda de maneira homogênea em diferentes tamanhos de gotas, proporcionando cobertura suficiente do produto sobre o alvo. “O uso de um modelo de ponta inadequada ou desgastada, poder gerar um custo adicional de reaplicação ou mesmo uma percepção errada sobre a qualidade e eficiência do produto aplicado.”
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Diego Scharan (Roncador), Nilton Cesar Cavalheri (Campo Mourão), José Petruise Ferreira Junior (Campo Mourão) e Everton Paulo Bosquese (Engenheiro Beltrão) |
Tudo começa com a escolha da semente que será plantada. Se esta semente não tiver qualidade, toda lavoura pode estar fadada ao fracasso. Razão pela qual, a produção de sementes de qualidade é uma das bandeiras levantadas pela Coamo. Desde 2013, a cooperativa conta com o Tratamento de Sementes Industrial, tecnologia que colocou a Coamo na vanguarda do processo de produção e segue rigorosos padrões para obter os dois selos de qualidade existentes no mercado atualmente, um conferido pela Basf e o outro pela Syngenta.
Segundo Cleber Dienis Voidelo, coordenador de Tratamento de Semente Industrial da Coamo, apesar da segurança existente no processo, muitos associados ainda têm dúvidas sobre a dosagem destas sementes e, por esta razão, a cooperativa destinou uma estação de pesquisa do Encontro de Verão para este assunto. “O produtor pode ter certeza da qualidade da semente Coamo. Não é somente o cooperado que quer que a semente esteja com a dosagem correta, é de interesse também para a cooperativa entregar o produto com qualidade para que o agricultor possa alcançar bons resultados.”
A Coamo, conforme Voidelo, trabalha com as maiores empresas do segmento e que geram a pesquisa nessa área. “Buscamos os melhores produtos e formas de operacionalizar o processo de tratamento industrial. No mercado de tratamento de semente industrial, existem dois selos emitidos. A Coamo está certificada nos dois. Para obter estes selos, não basta acertar a dose, tem muito mais que isso, temos responsabilidades social e ambiental, e temos que treinar nossas equipes a cada ano para renovar a certificação”, reforça Voidelo.
João Tonon da área de Desenvolvimento de Produto e Mercado para Tratamento de Sementes da Basf, que estava na estação de pesquisa da Coamo, ressalta que o selo de qualidade conta com um processo rigoroso. “Certificamos e entregamos o selo para nossos principais parceiros, como é o caso da Coamo. Esse selo engloba diversas análises para garantir os produtos, a segurança do meio ambiente e do produtor.”
Para Gustavo Costa Prado Alves, pesquisador Seedcare Syngenta, a avaliação para obter a certificação envolve os mais diversos fatores de qualidade dentro do tratamento de sementes. “A Coamo conta com o selo de certificação de excelência em tratamento de sementes Seedcare porque realmente atende todos os parâmetros descritos ano após ano. Portanto, podemos dizer que excelência em tratamento de sementes e Coamo são sinônimos. Então o cooperado pode se sentir orgulhoso de ter uma semente de qualidade e protegida para a sua lavoura, para alcançar altas produtividades.”
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Glauco Matsunaga Ferreira (Quinta do Sol), Diogo Alves (Altamira do Paraná), Cleber Dienis Voidelo (Campo Mourão) e Paulo Nedes de Souza Peres (Manoel Ribas) |
Parceiros na apresentação da estação sobre Tratamento Industrial de Sementes: Gustavo Alves (Syngenta), João Gabriel Tonon (Basf) e Gerhard Ecker (Syngenta) |
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JENIFER KARINE GISH SEIBOTH
Nova Santa Rosa (Oeste do Paraná)
Vemos nos encontros o que a pesquisa está desenvolvendo para que possamos utilizar no campo. O que está funcionando da melhor forma, podemos aplicar na propriedade. É possível ver os melhores resultados, com a máxima eficiência econômica.
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JOÃO CARLOS FERNANDES
São João do Ivaí (Centro-Norte do Paraná)
Desde que me cooperei na Coamo, em 1996, nunca perdi um encontro. Volto sempre porque cada ano tem novidades. Boa parte do que vi nos eventos, apliquei na propriedade e tive bons resultados.
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Alessandro de Oliveira (Juranda), Sebastiao Francisco Ribas Martins Neto (Boa Ventura de São Roque), José Marcelo Fernandes Rubio (Campo Mourão) e Ulysses Marcellos Rocha Netto (Janiópolis) |
O panorama geral da ferrugem da soja e outras doenças que acometem a cultura, com ênfase na utilização de fungicidas multissítios para melhorar a performance dos fungicidas sítios específico, e ainda, para minimizar os riscos de resistência e garantir a longevidade foi tema de uma das estações no Encontro de Verão na Fazenda Experimental. Foram abordadas outras ferramentas e estratégias que podem e devem ser utilizadas dentro do manejo integrado de doenças na cultura.
De acordo com o engenheiro agrônomo José Marcelo Fernandes Rubio, da Coamo em Campo Mourão, a safra 2019/2020 foi um pouco diferente em relação a ferrugem asiática, influenciada pelo clima seco que atrasou o plantio. “Contudo, a ferrugem é uma doença que requer atenção. A doença continua presente e poderá ser totalmente diferente na próxima safra”, destaca. O agrônomo ressalta que a ferrugem não é a única doença que deve ter atenção. “A mancha púrpura ou cercospora, a septoria e, principalmente, a mancha alvo também podem causar prejuízos às lavouras”, acrescenta.
Nesse sentido, a recomendação é para a utilização de fungicidas multissítios, que afetam diferentes pontos metabólicos do fungo e apresentam baixo risco de resistência. “São produtos que tem ação sobre outros fungos que, também, vêm apresentando resistência aos fungicidas específicos. “É importante a rotação de mecanismo de ação. Cada ano é diferente e cada região tem a sua particularidade. Sempre tem uma determinada doença que predomina e quanto mais diversificar e rotacionar os produtos, mais protegidas ficam as lavouras e com mais eficiência.”
A estação contou com a participação dos pesquisadores na área de fitopatologia da Embrapa/Soja, Cláudia Vieira Godoy e Rafael Moreira Soares. Cláudia observa que cada safra deixa uma lição e é sempre importante monitorar a situação das doenças antes de tomar qualquer medida. “A ferrugem é a principal doença da soja, mas tem outras que também são preocupantes. A principal ferramenta é o monitoramento. O produtor tem que acompanhar o clima, a evolução do plantio e os possíveis aparecimentos de focos da doença para que possa definir o controle”, pondera.
Rafael lembra que embora a safra 2019/2020 tenha sido mais “tranquila” para a ferrugem, é preciso atenção, pois se trata de uma doença agressiva e de difícil controle. “Os fungicidas multissítios são uma ferramenta importante nesse processo aliado a outras práticas como, por exemplo, respeitar o vazio sanitário e fazer a rotação de fungicidas conforme o modo de ação. Os trabalhos devem ocorrer de modo preventivo para que a doença não se prevaleça.”
SAIBA MAIS:
O QUE SÃO FUNGICIDAS MULTISSÍTIOS?
São fungicidas que afetam diferentes pontos metabólicos do fungo e apresentam baixo risco de resistência.
SAIBA MAIS:
- Fungicidas multissítios são imóveis na planta (não são absorvidos)
- Permanecem no local da aplicação
- Possui característica de formar uma camada protetora sobre a superfície da folha
- Atua de forma preventiva
- Necessita de boa cobertura no momento da aplicação
- São laváveis pela chuva e por isso seu “residual” é menor
POR QUE UTILIZAR FUNGICIDA MULTISSÍTIO?
- Aumentar performance no controle
- Proteger os fungicidas sítios específicos contra o surgimento da resistência
- Tem ação sobre outros fungos que também vêm apresentando resistência aos fungicidas específicos
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Cláudia Vieira Godoy, Embrapa/Soja |
Rafael Moreira Soares, Embrapa/Soja |
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RICARDO AUGUSTO ROMAGNOLI
Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná)
Nos encontros são apresentadas novas tecnologias, práticas e soluções que facilitam nosso dia a dia. Temos que acompanhar, pois o cenário agrícola muda sempre e buscamos sempre fazer o melhor na nossa atividade.
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GERSON MARON
Dourados (Sudoeste do Mato Grosso do Sul)
Recebemos mais conhecimento, temos muito a aprender ainda e sempre tem algo novo nos eventos da Coamo. Analisamos tudo o que foi apresentado e vemos o que serve para a nossa realidade. É um dia de trabalho, para melhorar o que a gente vem fazendo.
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SAIBA MAIS:
É NECESSÁRIO:
- Considerar o sistema produtivo, analisando a realidade atual das culturas de soja e milho;
- Monitorar as lavouras durante o ano todo;
- Utilizar critérios técnicos para o manejo das pragas;
- Mudanças estão ocorrendo na dinâmica dos percevejos, especialmente o percevejo barriga verde, com alta incidência no milho segunda safra e preocupação futura para a Soja.
COMBATER:
- O uso aleatório e indiscriminado de inseticidas.
DANOS CAUSADO PELO PERCEVEJO NA SOJA
- Afetam diretamente o rendimento e a qualidade das sementes;
- Os grãos atacados ficam menores, enrugados, chochos e com cor mais escura que o normal;,
- Pode ocorrer abortamento de vagens;
- Redução na qualidade, na viabilidade e no vigor das sementes de soja;
- Alterações nos teores de proteína e qualidade do óleo;
- Pode ocorrer retardamento da maturação (retenção foliar e haste verde).
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Considerada uma das principais pragas da cultura da soja, o percevejo marrom (Euschistus heros) vem causando preocupação e perdas nas lavouras. O controle passa, principalmente, pelo monitoramento de forma sistemática das lavouras para que possa ser definida a melhor ação. “Decidimos nossas ações sempre com embasamento técnico, e para isso é preciso monitorar a lavoura. Se na fase R3 (vagem com 0,5 cm em um dos quatro nós superiores do caule com folha completamente desenvolvida - conhecido como fase de canivetinhos), por exemplo, encontrarmos dois percevejos por metro linear para lavouras destinadas a grãos e um percevejo por metro linear em lavouras destinadas para sementes, é o momento de fazer intervenção com produto químico. Porém, antes e após a aplicação, o monitoramento deve acontecer”, diz o engenheiro agrônomo Lucas Gouvea Vilela Esperandino, da Coamo em Campo Mourão.
Ele ressalta que o percevejo ataca a vagem da soja e se alimenta diretamente do produto final, que é o grão. “Trata-se de uma praga importante, devido a densidade populacional, frisa. Entre as medidas de controle recomendadas pela assistência técnica da Coamo estão a utilização de produtos químicos, biológicos e o controle alternativo. “Fazem parte do controle alternativo o uso de cultivares precoces e tolerantes ao percevejo, eliminação de plantas hospedeiras, utilização de armadilhas e atenção com o espaçamento e densidade de plantio”, observa e acrescenta que as ações devem ocorrer durante todo o ciclo da lavoura e a atenção a partir da fase R3. “É uma praga que tem várias culturas como hospedeiras e vai migrando de uma lavoura para outra. É a ponte verde, como chamamos. Quando não tem plantas, o inseto vai para as matas e sai quando a lavoura é implantada, fazendo um novo povoamento.
A praga está presente em todas as regiões da Coamo, seja com maior ou menor intensidade, conforme o clima. Esperandino explica que o percevejo marrom, por exemplo, gosta de regiões mais quentes.
Outro ponto destacado pelo agrônomo é a tecnologia de aplicação dos defensivos. De acordo com o agrônomo é importante que o associado siga as recomendações técnicas. “É essencial que essa ação seja realizada da melhor maneira possível, para que o alvo seja atingido. O associado deve levar em consideração o estágio e arquitetura da planta para definir a melhor estratégia”, salienta.
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Erick Adriano Reis (Luiziana), Lucas Gouvea Vilela Esperandino (Campo Mourão), Fernando Mauro Soster (Ivaiporã) e Conrado Vitor Moreira de Souza Zanuto (Ivailândia) |
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João Rafael Bauermeister (Barbosa Ferraz), Diego Monteiro (Mamborê) e José Eduardo Frandson Filho (Marilândia do Sul) |
O experimento de calagem e gessagem na Fazenda Experimental iniciou em 2012 em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM). Há oito anos, esse estudo se transforma em uma estação de pesquisa e os resultados têm se mostrado coerentes com o que vem sendo repassado aos agricultores. “É um trabalho importante porque o calcário e o gesso são corretivos fundamentais que possibilitam maior eficiência dos fertilizantes, aumentam a disponibilidade de nutrientes e promoção do desenvolvimento radicular. Tudo isso culminará em melhores condições químicas do solo. A fertilidade do solo é o alicerce de todo o sistema de produção agrícola”, afirma o engenheiro agrônomo, Diego Monteiro, da Coamo em Mamborê.
Quando bem conduzida, essa prática garante incremento de produtividade. “Nossas avaliações são com base na produtividade para grandes culturas. Queremos aumentar a massa de raiz de soja, por meio da correção, do uso de gesso, criar um perfil de solo, para que isso retorne ao produtor rural em lucro”, afirma Monteiro.
O calcário e o gesso são os elementos principais no estudo conforme explica Diego Monteiro. “Medimos massa, diâmetro, comprimento e volume de raízes, por meio de um escâner que desce em profundidade em um tubo de acrílico, colocado na entrelinha de plantio dos tratamentos. É um trabalho muito importante porque permite quantificar a real situação do sistema radicular da planta por meio de dados obtidos pelas imagens do escâner, gerando informações fundamentais para a condução da pesquisa e o entendimento dos resultados obtidos”.
SAIBA MAIS:
Benefícios da Calagem
- Correção da acidez do solo
- Neutralização do Alumínio tóxico
- Elevação dos teores de Cálcio e Magnésio
- Aumenta a disponibilidade de nutrientes
- Aumenta a eficiência do uso de fertilizantes
Benefícios da Gessagem
- Fonte de Cálcio e Enxofre
- Precipitação do Alumínio tóxico (profundidade)
- Melhoria da eficiência do Nitrogênio em milho
- Promover desenvolvimento radicular
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O professor Marcelo Augusto Batista, da Universidade Estadual de Maringá, enfatiza que os produtores têm esquecido da calagem e gessagem. “Temos observado que as recomendações que preconizamos são as mais adequadas para o sistema de produção. Depois de oito anos pesquisando soja, milho e trigo na mesma área, fazendo diferentes doses de calcário e gesso, e revolvimento do solo para calcário, fica evidente que mantemos a recomendação que sempre fizemos, saturação das bases de 70% para soja, milho e trigo. Sem revolvimento, e se possível uso de gesso, melhoram essa produtividade, principalmente para milho e trigo”, afirma Batista que ainda acrescenta, “as vezes as pessoas querem reinventar a roda e acabam causando certos problemas. É importante esse tipo de experimento para reafirmar que o que vem sendo feito é o correto”.
O calcário tem como uma das funções elevar o pH do solo, pois se este estiver adequado, todas as demais características químicas estarão. “O calcário eleva o pH para deixar na condição ideal para melhorar a disponibilidade de nutrientes. Primeiro se corrige o pH e, depois, investe em fertilizantes. O calcário atua na superfície do solo (camada de 0 a 20 cm), e fornece o cálcio e magnésio, de acordo com cada solo”, explica o professor.
Quanto ao gesso, Marcelo Batista ensina, que atua na camada abaixo de 20 cm, a subsuperfície do solo. “O gesso fornece enxofre e cálcio, e melhora essa camada movimentando os nutrientes, criando um perfil de solo, ou seja, um solo mais homogêneo para que a raiz possa crescer em profundidade, sofrer menos estresse, principalmente o hídrico e fornecer mais nutrientes para as plantas de forma geral.”
Outro pesquisador que estava nesta estação é Marcos Renan Besen, também da UEM. Ele revela os resultados da pesquisa, principalmente, após a reaplicação em 2016. “Observamos expressivo aumento radicular, comprimento de raiz e volume. Se temos mais raiz, temos mais acesso a água e nutrientes, ou seja, uma planta mais resistente às intempéries climáticas.”
Portanto, a partir deste experimento muitos conceitos foram renovados. “O gesso, às vezes, é visto como um contaminante, mas não é. É um resíduo que na década de 1970 teve seus benefícios descobertos no Brasil e virou um produto comercializado que tem respondido bem à muitas culturas. O que se deve levar em conta é a dosagem correta.”
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Marcelo Augusto Batista, UEM |
Marcos Renan Besen, UEM |
SAIBA MAIS:
- Analisar a necessidade real da dessecação
- O estádio indicado para dessecação é R7(7.3)
- Dessecações antes de R7 causam perdas de rendimento da soja
- Se houver a dessecação com Paraquat, por exemplo, a colheita deve ser com intervalo de no mínimo de 7 dias, este é o período de intervalo de segurança para este ingrediente ativo
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Novidades relacionadas as cultivares de soja são sempre aguardadas pelos associados. Tradicionalmente, a Coamo mantém duas estações que apresentam as melhores opções para toda a área de ação da cooperativa e trata de assuntos relacionados ao manejo da lavoura. Em uma delas, foi abordado sobre a dessecação pré-colheita e discutido o porquê, quando e como fazer, além das consequências dessa prática.
O engenheiro agrônomo, Guilherme da Silva Francicani, da Coamo em Campo Mourão, revela que a pesquisa recomenda o estágio R7.3 como o indicado para a dessecação. “É uma decisão do Engenheiro Agrônomo para o cooperado que pretende antecipar a colheita, geralmente, para plantar o milho segunda safra, eliminar plantas daninhas ou ainda uniformizar a lavoura para a colheita.”
Francicani alerta que se a dessecação ocorrer de forma errada pode causar perda na produção e aumenta o risco de resíduos em grãos, inviabilizando financeiramente a prática. “Tem ainda a situação de que a operação poderá gerar um custo desnecessário, pois se o associado aguardar mais alguns dias a lavoura estará pronta para a colheita sem o uso dos produtos.”
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Alcione Dalla Giacomassa (Palmas), Claudinei Batista do Prado (Campo Mourão), Marlon de Barros (Araruna), Eugênio Mateus Schleder Pawlina Junior (Cantagalo) e Guilherme da Silva Francicani (Campo Mourão) |
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Danilo Rodrigues Alves (Roncador), Roberto Shigueo Takeda (Moreira Sales), Marcelo Santana (Rancho Alegre do Oeste), Luis Cesar Voytena (Campo Mourão) |
Outro tema apresentado foi a fixação biológica de nitrogênio, abordando os resultados da inoculação e coinoculação na cultura da soja, bem como da importância desta tecnologia para os cooperados que buscam alta produtividade.
Conforme o engenheiro agrônomo, Luis Cesar Voytena, da Coamo em Campo Mourão, o objetivo foi de alerta para que os associados não deixem de utilizar essa tecnologia. “Quando o tratamento de sementes era realizado na propriedade, a inoculação era comum. Agora, com o Tratamento Industrial, como a semente já vem pronta, os agricultores acabam deixando de usar o inoculante”.
Ele explica que o inoculante é uma bactéria, um ser vivo, e não pode ficar muito tempo na semente sem ir para o solo, pois acaba morrendo. Voytena ressalta que o uso de inoculantes é a maneira ambiental e econômica mais eficiente para fornecer nitrogênio para a soja. “A planta precisa de muito nitrogênio para o desenvolvimento. Para se ter ideia, 40% do grão de soja é composto por proteína e a formação da proteína necessita do nitrogênio. Sem o inoculante a lavoura perde em produtividade e qualidade.”
Estudos confirmam que a reinoculação anual da soja proporciona um incremento médio no rendimento de grãos de 8,4% em relação às áreas que não são inoculadas anualmente. “O custo é baixo relação aos outros insumos. É importante fazer em todas as safras, pois a bactéria acaba perdendo a eficiência com o tempo, além de que a cada ano há uma atualização nos produtos, com tecnologias que proporcionam mais rentabilidade.”
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Ralf Udo Dengler, Fundação Meridional |
André Mateus Prando, Embrapa/Soja |
Arnold Barbosa de Oliveira, Embrapa/Soja |
Nas duas estações foram apresentadas cultivares para várias situações e adaptadas para todas as regiões da Coamo no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Os pesquisadores da Embrapa/Soja, André Mateus Prando, e Arnold Barbosa de Oliveira, e da Fundação Meridional, Ralf Udo Dengler apresentaram as suas cultivares, entre as novidades estava uma com a tecnologia Block, que confere tolerância aos percevejos. “Todas as cultivares apresentam sustentabilidade e mais segurança no campo”, frisa André Prando.
Ralf Udo Dengler destaca que a tecnologia Block é uma ferramenta inovadora e proporciona mais segurança e rentabilidade aos agricultores. “É uma linha de cultivares que auxilia no manejo integrado de um dos seus principais inimigos, o complexo de percevejos. A tecnologia amplia a proteção da lavoura ao ataque dessa praga, com maior tolerância, o que minimiza a ação destrutiva da praga”, comenta. De acordo com ele, a tecnologia não dispensa o uso do pano de batida, de inseticidas, mas permite uma melhor convivência com esses insetos.
Um assunto recorrente nos encontros de cooperados é a buva. Uma planta daninha que sempre causa preocupação para o bom andamento do sistema produtivo. A buva passou a ser um grande problema em 2005, quando foi comprovada a resistência ao glifosato. Atualmente, apresenta resistência a vários mecanismos de ação de herbicidas, gerando aumento de custos e, principalmente, necessidade de planejamento dos sistemas de cultivo integrando várias práticas de manejo.
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Fabrício Gastoni Charneski (Brasilândia do Sul), Victor Hugo de Moura (São João do Ivaí), Carlos Vinicius Precinotto (Juranda) e Gabriel Juliano Oening (Campo Mourão) |
De acordo com o engenheiro agrônomo, Carlos Vinicius Precinotto, da Coamo em Juranda, é fundamental a utilização e integração de manejo cultural e químico. “Muitas vezes nos deparamos com situações em que o produtor quer apenas um único produto para resolver o problema dele. Contudo, quando o assunto é planta resistente, o caso fica mais complicado e pode piorar ainda mais, já que um dos produtos mais usados no controle da buva terá sua comercialização paralisada ainda neste ano”, comenta.
Contudo, o agrônomo chama a atenção para a utilização de práticas dentro do sistema de produção, como a rotação de culturas e cobertura de solo. “A buva é uma planta bastante sensível. Se não tiver luminosidade não irá emergir. Então, uma boa palhada contribui e muito.” Aliada a essa ação, Precinotto ressalta a importância de utilizar produtos com diferentes mecanismos de ação. “Os produtos devem ser usados de forma consciente e eficiente. É preciso eliminar a planta daninha, caso contrário irá se espalhar para toda a sua área e a do vizinho.”
Presente na estação, o pesquisador da área de plantas daninhas da Embrapa/Soja, Fernando Storniollo Adegas, recorda que até a safra 2005/2006 os agricultores estavam aprendendo a lidar com a buva, mas a partir daí houve a resistência ao glifosato. “E para complicar ainda mais, nas últimas safras, estamos vendo resistência ou aumento a tolerância a outros produtos. Temos grandes desafios para essa planta daninha.” De acordo com ele, a melhor maneira de controlar a buva é não deixar a planta nascer.
Dionisio Luiz Pisa Gazziero, também pesquisador da área de plantas daninhas da Embrapa/Soja, observa que deve haver um planejamento de controle da buva o ano todo. “A preocupação não deve ser só no momento que antecede o plantio da soja, período mais recomendado. O alerta deve estar ligado o ano todo para que a planta daninha não se estabeleça e se prolifere.”
Rubem Silvério de Oliveira Junior, professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), diz que uma palavra boa para definir a buva é desafio. “Cada ano é diferente, com novas tolerâncias a produtos dificultando ainda mais o controle”, frisa. Conforme o professor, a buva tem se mostrado uma planta de fácil adaptação e novas alternativas de controle precisam ser analisadas. “Não podemos depender de apenas um tipo de controle. O melhor momento para manejar a planta é quando ainda está pequena. Estamos com menos opções químicas e o problema só crescendo. Precisamos de um manejo adequado e custo viável.”
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Fernando Adegas, Embrapa/Soja |
Dionisio Gazziero, Embrapa/Soja |
Rubem Silvério de Oliveira Júnior, UEM |
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VAGNER PEREZ PATRÍCIO
Araruna (Centro-Oeste do Paraná)
Os encontros da Coamo geram conhecimento e alternativas para melhorar nosso trabalho no campo. Sempre tem novas variedades, já testadas e adaptadas para a nossa realidade, além de estações que tratam do controle de pragas e doenças.
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PEDRO FERNANDES MORAES
Pitanga (Centro do Paraná)
É um evento tão importante que estamos em plena colheita, mas fiz questão de vir. Deixei meu filho e funcionários trabalhando para participar e buscar informações que possam agregar na lavoura. Sempre têm novidades que acrescentam no nosso dia a dia.
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A cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) é vetor de algumas doenças conhecidas por complexo de enfezamento do milho, composta por dois molicutes (bactérias) e um vírus MRFV (Maize Rayado Fino Virus). Estas doenças infectam os vasos condutores da planta de milho, causando uma série de consequências negativas para a planta.
De acordo com o engenheiro agrônomo, Bruno Lopes Paes, da Coamo em Campo Mourão, há três safras esse inseto é pesquisado na Fazenda Experimental pela sua alta proliferação.
Paes explica que em regiões onde há milho em diversos períodos do ano a cigarrinha se prolifera mais rápido. “O dano da cigarrinha é a transmissão de doenças, que são molicutes que podem causar o nanismo, multiespigamento, enfezamento pálido e vermelho na cultura. A cultura fica suscetível a entrada de doenças secundárias que podem causar o tombamento do milho, como foi visto em algumas lavouras nesta safra”, alerta.
Segundo o agrônomo não é somente uma ação que resolverá todos os problemas. “O tratamento de sementes é indispensável, a pulverização foliar até o estágio V10 da cultura do milho é essencial, sincronização de plantio, manejo do milho tiguera na cultura da soja e trabalhar com híbridos que tenham uma tolerância genética maior à essas doenças transmitidas pela cigarrinha.”
O pesquisador do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater, Rodolfo Bianco, explica que não é porque tem o inseto, que existe a doença. “A cigarrinha está no ambiente a longa data. Tem anos que ela aumenta de população. O mais importante é verificar se tem a doença. Hoje, é preciso saber que existe um período crítico do milho, quando é mais jovem. Pode até ser transmitida depois, mas o dano é menor.”
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Sandro Rodrigo Klein (Roncador), Leo Silva dos Santos (Quarto Centenário), Luiz Eduardo de Oliveira (Boa Esperança), Bruno Lopes Paes (Campo Mourão) e Antonio Carlos de Oliveira (São João do Ivaí) |
Rodolfo Bianco, Iapar-Emater |
A tecnologia de informação é um caminho sem volta no mundo rural, que já vivencia a chamada "Agricultura 4.0", baseada na produção digital. O desafio é integrar todas as tecnologias para aumentar a eficiência no campo. O assunto foi tratado de forma didática no Encontro de Verão, mostrando as novidades na agricultura de precisão oferecidas pela Coamo e os trabalhos de pesquisa que estão sendo conduzidos atualmente e o que se pode esperar para o futuro neste segmento.
O engenheiro agrônomo Fabrício Bueno Corrêa, da Coamo em Campo Mourão, explica que a agricultura digital é um conjunto de tecnologias que auxiliam os produtores rurais em suas atividades. “Incluem softwares e dispositivos que coletam dados, viabilizando automação e dar base para tomada de decisões”, frisa.
Corrêa diz que o momento está sendo considerado como a quarta evolução da agricultura. De acordo com ele, o primeiro passo foi a mecanização, o segundo o uso de agroquímicos, melhoramento genético e plantio direto e o terceiro a biotecnologia e análise Geo Espacial. “Estamos no momento da internet das ‘coisas’, efetivação da robótica e utilização de imagens de satélites de alta resolução. Ainda há muito por vir com a inteligência artificial e um conhecimento mais profundo do mundo digital.”
Contudo, o agrônomo ressalta que novos investimentos nem sempre são o melhor caminho. Corrêa alerta que o primeiro passo é o associado conhecer o que já tem em mãos e definir a estratégia para que as informações sejam integradas. “Vemos casos de maquinários que coletam dados seja na hora de plantar, pulverizar ou colher. Porém, nem sempre essas informações são analisadas de forma que possam melhorar o trabalho. A principal preocupação é para que o investimento se torne viável e não custo na propriedade.”
Conforme Corrêa, a Coamo está atenta as evoluções e inovações buscando sempre disponibilizar novidades aos associados. “Temos ações sendo desenvolvidas seja pela própria cooperativa ou por meio de parceiros. A agricultura digital é um caminho sem volta e os cooperados precisam adotar ou melhorar o uso de novas tecnologias digitais que possam agregar mais valor à produção e ser mais eficiente no campo. Para isso, cada um precisa analisar a sua realidade e necessidade, avaliar o custo benefício e definir qual ferramenta utilizar.”
O engenheiro agrônomo Julio Cezar Franchinni dos Santos, da área de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa/Soja, observa que, de forma resumida, a agricultura digital nada mais é do que implantar no dia a dia das propriedades todas as informações que os maquinários transmitem e recebem quando estão em uso. “São informações relacionadas a aplicação dos defensivos agrícolas, quantidade de semente depositada no solo, velocidade, consumo de combustível e qual a produção. Aliado a isso, temos as imagens por satélites com mais precisão e uso de drones para complementar o diagnóstico.”
Ele reitera que o desafio é como trabalhar com o volume de informações e filtrar as que realmente interessam na realidade de cada produtor rural. “Gerar informação sem que haja melhora na atividade e aumento da produtividade não é interessante. Isso tudo custa dinheiro. É necessário um bom planejamento e busca por entendimento das informações coletadas para mais eficiência no campo.”
Franchinni alerta para que nada adianta ter todas as novidades, se o agricultor não fizer o básico na propriedade que é corrigir o solo, fazer rotação de culturas e o plantio direto. Segundo ele, de início, a Agricultura de Precisão é uma boa ferramenta. “A Coamo oferece um ótimo serviço de Agricultura de Precisão, onde o agricultor terá informações sobre o seu cenário. Na Agricultura 4.0 não existe apenas uma tecnologia e uma solução. São várias as ferramentas e a agricultura digital é para todos, cada um é que deve saber qual caminho seguir.”
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Cristiano Lorandi Sbaraini (São Domingos), Marcelo Balão da Silva (Candói), Julio Franchinni (Embrapa), Fabrício Bueno Corrêa (Campo Mourão) e Jean Roger da Silva Frez (Paulistânia) |
Julio Franchinni, Embrapa/Soja
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HOMENAGENS
No Encontro de Cooperados na Fazenda Experimental, os engenheiros agrônomos Claudio Rizzato e Ricardo Calderari, membros do Conselho de Administração da Coamo, receberam homenagem pelos serviços prestados, dedicação e apoio à pesquisa e difusão de novas tecnologias que ajudaram a desenvolver a atividade agrícola nos últimos anos. Eles receberam uma réplica da sede Fazenda Experimental confeccionada pelo funcionário da fazenda, Elias Gabriel Souza.
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