EM RIO BRILHANTE (SUDESTE DE MATO GROSSO DO SUL), o cooperado Volmir Perin Meazza, finalizou a colheita ainda na primeira quinzena de março. Ele conta que a safra foi bastante desafiadora. “Foi um ano muito quente e faltou chuva. Colhemos bem abaixo da média que esperávamos, em torno de 40 a 45 sacas por hectare. Em áreas onde pegou um pouco mais de chuva, chegamos a 50 sacas por hectare, mas na outra, em torno de 32 sacas", revela e acrescenta que o investimento foi para colher 70 sacas por hectare, “Infelizmente, devido à falta de água, não foi possível atingir essa meta”, frisa.
Volmir conta que a parte deles está sendo realizada na propriedade, com investimentos que visam alcançar todo o potencial produtivo de cada lavoura. “Mas, dependemos do clima que não tem contribuído. Ainda temos que lidar com os preços baixos na hora da comercialização e custo alto para implantar a lavoura. Somos agricultores, estamos planejando a próxima safra de verão e temos o milho segunda safra já emergindo. Já temos uma nova safra vindo."
O engenheiro-agrônomo Kaio Roberto Conceição Cardoso, da Coamo em Rio Brilhante, explica que a característica da região é plantar e colher mais cedo. “Tivemos chuva irregular. Isso refletiu nas produtividades, que variam de 35 a 70 sacas por hectare. Com a colheita finalizada o plantio do milho segue adiantado. Temos algumas áreas em estágio avançado, com algumas até próximas ao pendoamento, e outras regiões precisando de chuva, mas, no geral, o milho está se desenvolvendo bem."
Ele comenta que a diferença em relação à safra passada é que as chuvas foram mais regulares e as temperaturas um pouco mais amenas. “Este ano, tivemos muitas semanas com temperaturas altas, chegando a picos de 41, 42°C. Em vários períodos, houve até 15 dias sem chuva, o que afetou o enchimento dos grãos e, consequentemente, a produtividade das lavouras."
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