Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 444 | Janeiro/Fevereiro de 2015 | Campo Mourão - Paraná

Reunião de campo

CONTATO DIRETO COM A DIRETORIA

Tradicionalmente, a diretoria da Coamo percorre as unidades duas vezes ao ano com as Reuniões de Campo. Neste primeiro semestre, foram 39 encontros, realizados de 21 de janeiro a 04 de fevereiro. A diretoria passou por toda a área de ação da cooperativa no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul e reuniu mais de dez mil cooperados. As reuniões são consideradas “pré-assembleias” e o objetivo é promover uma maior aproximação e integração entre a diretoria e cooperados.

“O sucesso dessas reuniões é a participação e o interesse do quadro social”, frisa José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo. As Reuniões de Campo já fazem parte da rotina da diretoria, que duas vezes por ano faz o trajeto. “Faço questão de fazer isso pessoalmente e já são 44 anos. Temos muita satisfação em continuar porque sabemos da importância e da valorização por parte dos associados”, comenta.

Gallassini comandou todos os encontros, onde fez uma retrospectiva do ano passado e destacou pontos importantes da situação geral da agricultura, nos cenários nacional e internacional. Também apresentou aos cooperados o relatório das atividades da Coamo e da Credicoamo durante o exercício de 2014 e as perspectivas de mercado dos principais produtos agrícolas para este ano. “Mostramos as tendências de mercado com base nos estoques mundiais. São informações importantes para os cooperados utilizarem na comercialização dos produtos”, destaca.

Abelardo Luz e Ouro Verde (SC)

Aral Moreira (MS)

Boa Esperança e Janiópolis (PR)

Brasilândia do Sul e Paulistânia (PR)

Amambai (MS)

Araruna (PR)

Bragantina (PR)

Caarapó (MS)

Campo Mourão, Corumbataí do Sul, Luiziana e Farol (PR)

Coronel Vivida e Honório Serpa (PR)

Engenheiro Beltrão e Quinta do Sol (PR)

Fênix e Barbosa Ferraz (PR)

Candói e Cantagalo (PR)

Dourados (MS)

Faxinal (PR)

Goioerê, Quarto Centenário e Rancho Alegre do Oeste (PR)



PROGRAMAR PARA NÃO ERRAR

m dos assuntos apresentados nas Reuniões de Campo é relacionado a comercialização. O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, faz questão de falar sobre o tema por entender que esta etapa da atividade agrícola é que garante a melhor renda. “Os cooperados de maneira geral ainda têm dificuldades para comercializar sua produção. É um momento importante e que merece atenção para não perder dinheiro. A melhor maneira é vender de forma escalonada para que no final haja uma boa média. Quem faz isso tem se saído melhor”, pondera.

O primeiro passo é o cooperado fazer a programação levantando o custo de produção que deve ser dividido em direto (insumos e operações)  e outros custos (conforme a situação de cada um), levando em consideração os investimentos (parcelas) e as prorrogações (se houver), além dos arrendamentos.

A Coamo disponibiliza diversas formas de comercialização. O primeiro é o contrato de venda (antes de plantar, durante o ciclo da lavoura e após a colheita) ou seja, durante o ano todo. Outra forma é a carta de intenção/autorização, onde o cooperado faz uma autorização para que o produto seja comercializado quando chegar a um preço estipulado por ele. Há também o preço do dia. “Acima de tudo, o cooperado tem que tomar cuidado com a especulação na hora da comercialização. Ele deve vender com tranquilidade e sempre conhecer o seu custo”, comenta Gallassini.


FALA COOPERADO

“As reuniões são de grande importância para nós cooperados, pois ficamos sabendo como está a comercialização e sobre as novas tecnologias para o campo. São informações privilegiadas que nos ajudam a tomar as decisões mais corretas.” Genésio da Silveira, de Coronel Vivida (Sudoeste do Paraná).

“As  reuniões vêm reforçar o comprometimento da diretoria com os cooperados. Todasas informações repassadas são discutidas com os meus dois filhos, também cooperados, para definirmos qual o melhor caminho. Assim é que trabalhamos.” Ari Rissi, de Ipuaçu (Santa Catarina).

“Já estamos com a colheita da safra de verão em andamento e essas informações apresentadas pela diretoria da Coamo são fundamentais para uma boa comercialização. Diante dos números podemos planejar as próximas safras.” Celso Luiz Vilani, de Maracaju (Mato Grosso do Sul).

Guarapuava, Goioxim e Pinhão (PR)

Ivaiporã (PR)

Laguna Carapã (MS)

Mangueirinha

Iretama (PR)

Juranda e Altamira do Paraná (PR)

Mamborê (PR)

Manoel Ribas, Cândido de Abreu e Reserva (PR)

FALA COOPERADO

“A comercialização é um assunto que ainda nos preocupa. As orientações repassadas pela diretoria ajudam muito e as seguindo nos saímos melhor, mas nem sempre acertamos. Acompanhar o mercado é sempre importante e as reuniões ajudam a nos manter atualizados.” Valdomiro Ercoli, de Araruna (Centro-Oeste do Paraná).

“Somos privilegiados por participar de uma cooperativa que se preocupa com os associados. Uma reunião não é igual a outra e saímos delas sabendo o que fazer. Anoto todas as informações e isso tem ajudado.” Romilda Bernardes Latchuk, de Manoel Ribas (Centro-Norte do Paraná).

“Admiro essa diretoria que sempre está presente nas reuniões. Isso nos traz segurança e tranquilidade. Sou cooperado há 32 anos e participo de todas reuniões realizadas em momentos oportunos para que possamos nos planejar.” Nelson Sória, de Roncador (Centro-Oeste do Paraná).

Maracaju (MS)

Marilândia do Sul (PR)

Moreira Sales e Mariluz (PR)

Nova Santa Rosa (PR)

Palmas (PR)

Pitanga, Boa Ventura de São Roque e Palmital (PR)

São Domingos e Ipuaçu (SC)

São Pedro do Iguaçu e Ouro Verde do Oeste (PR)

Peabiru (PR)

Roncador (PR)

São João do Ivaí (PR)

Toledo, Dez de Maio e Dois Irmãos (PR)

FALA COOPERADO

“Me desloco 40 quilômetros para participar da reunião e não me arrependo. Estou sempre aprendendo. A comercialização é a parte mais difícil da nossa atividade e precisamos sempre estar atentos para não perder dinheiro.” Albano Friederich, de Nova Santa Rosa (Oeste do Paraná).

“Saber como anda a cooperativa nos dá mais segurança e sempre ficamos satisfeitos porque são apresentados novos investimentos para o nosso entreposto. Isso mostra a dedicação e a preocupação da diretoria com o associados.” Edio João Pastore, de Brasilândia do Sul (Noroeste do Paraná).

“A colheita está aí e os próximos plantios também. É importante saber como anda o mercado para comercializar a produção e pensar no que plantar. Esse contato com a diretoria nos direciona para o melhor caminho.” Ederson Zanelli, de Faxinal (Centro-Norte do Paraná).

Tupãssi (PR)

Vila Nova (PR)

Xanxerê (SC)

COMENTÁRIOS MERCADO AGRÍCOLA

NOS ENCONTROS COM OS COOPERADOS, A DIRETORIA APRESENTOU TENDÊNCIAS PARA A COMERCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS AGRÍCOLAS

SOJA

Com a safra 2014/2015 norte-americana recorde, em torno de 108 milhões de toneladas, os estoques finais nos EUA foram recompostos para níveis confortáveis e os preços recuaram com cotação próxima de US$9,00/bu entre setembro e outubro de 2014 e em patamares de US$10,00/bu atualmente. A valorização do dólar amenizou essa queda.

O foco atual mudou para a safra 2014/2015 na América do Sul que deve ser recorde, apesar da falta de chuva na região Centro-Oeste e Mapitoba estarem comprometendo a produtividade. Também será avaliado pelo mercado o potencial aumento da área a ser plantada nos EUA, em detrimento ao milho. Mesmo com aumento da demanda na China os estoques de passagem no Brasil tendem a crescer no final da safra 14/15, havendo poucas razões fundamentais para recuperação nos preços.

TRIGO

A safra mundial 2014/15 está estimada em 723 milhões de toneladas frente a um consumo de 713 milhões de toneladas, deixando um estoque de passagem suficiente para 100 dias de consumo, o que é bem confortável sob o ponto de vista do abastecimento. No Paraná, a comercialização andou, na sua quase totalidade, por conta dos leilões de PEPRO, com destino à exportação ou cabotagem. Apesar do Brasil ser deficitário, os Estados do Sul têm excedentes e a logística para o escoamento encarece demais a operação, o que acaba por jogar o preço para níveis abaixo do mínimo.

Os moinhos do Nordeste foram os grandes tomadores do trigo dos leilões, o que é uma novidade, pois são costumeiramente abastecidos com trigo importado da Argentina e dos Estados Unidos e, de forma menos rotineira com trigo gaúcho para liga e redução de custos. A qualidade do trigo paranaense pode atender às necessidades dos moinhos do Nordeste não apenas para liga e redução de custos. Se isso for confirmado, temos a consolidação de mais esse destino para comercializar a produção, apesar da logística cara. Após o término dos leilões de PEPRO, a comercialização praticamente parou, mas espera-se que os moinhos locais voltem às compras a partir de abril.

MILHO

Cenário Interno: A produção brasileira na safra 2014 alcançou 79,05 milhões de toneladas, apenas 1,1% inferior aos 79,91 milhões de toneladas colhidos da safra anterior. Esta redução, no entanto, não foi suficiente para alavancar os preços do cereal e houve queda de 30% na cotação do milho ao final da safrinha. Diante de custos elevados e de preços pouco atrativos, produtores seguraram a venda. A estratégia surte efeito, os preços se recuperam, atraindo  vendedores. Rapidamente as ofertas aumentaram, derrubando novamente os preços neste período que antecede a colheita da safra verão 2015. Mesmo com redução de produção na safra de verão, o mercado direcionará suas atenções ao desenvolvimento da safrinha no Brasil e as expectativas da nova safra americana para avaliar a formação dos preços.

Cenário Externo: O número final da safra americana divulgados em seu mais recente relatório  ficou em 361,1 milhões de toneladas, um novo recorde, 10 milhões de toneladas acima do recorde de 2013. Com uma ótima produção americana, a atenção agora se volta para a demanda, consequentemente os preços na Bolsa de Chicago podem seguir perdendo força e precisar de muita demanda para manter uma recuperação.

FALA COOPERADO

“A diretoria nos apresenta novidades e orientações sobre custos e comercialização. São informações confiáveis, baseadas na realidade em que vivemos.” Alcir Barreta, de Ouro Verde (Santa Catarina).

“É um momento de atualização. De saber como anda a economia brasileira e o mercado agropecuário. Com as informações temos uma visão mais ampla também da Coamo.” Claudio Kliemann, de Aral Moreira (MS).

“As reuniões nos ajudam a ficar integrados no dia a dia da cooperativa. Precisamos participar para valorizar esse trabalho de aproximação com a diretoria.” Vitorino Marques, de Moreira Sales (Centro-Oeste do Paraná).

“Precisamos ser atuantes para que a Coamo se fortaleça cada vez mais. Esse contato é importante, pois sabemos sobre as tendências para as próximas safras.” Sinécio Nunes de Souza, de Barbosa Ferraz (Centro-Oeste do Paraná).

PALAVRA DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA

O gerente de Assistência Técnica, Marcelo Sumiya, acompanha a diretoria nas Reuniões de Campo para levar informações que ajudam no planejamento dos cooperados. Ele apresenta dados que servem de referência para o associado sobre crédito rural e a respeito de mercado em termos de custeio e investimento.

Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica

“São dados importantes para o cooperado compor o custo de produção e que possa comercializar a produção com mais tranquilidade”, observa.

O engenheiro agrônomo também apresenta dois assuntos relacionados ao Departamento Técnico. “Essa integração faz com o cooperado se atualize e que tenha parâmetros para tomar a melhor decisão. Com as informações ele pode planejar as safras e seguindo as recomendações técnicas ter mais sucesso na atividade”, pondera.

É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.