Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 467 | Março de 2017 | Campo Mourão - Paraná

SAFRA DE VERÃO

COLHEITA SEGUE COM PRODUTIVIDADE E QUALIDADE

Cooperado Wilson Zschornak da Silva e o engenheiro agrônomo Wilson Aparecido Juliani, encarregado do Departamento Técnico da Coamo em Guarapuava (Centro do Paraná) acompanham a colheita

Com clima favorável, amparado por chuvas na hora certa e sol na medida em que as plantas exigem, a safra de verão 2016/2017 vem sendo coroada por boas produtividades e a satisfação dos produtores. Em Guarapuava (Centro do Paraná), a colheita da soja avança rapidamente e a cada talhão cortado uma surpresa positiva. É o que vem ocorrendo na propriedade do cooperado Wilson Zschornak da Silva, que está celebrando os bons resultados deste verão.

De acordo com o associado, as médias estão acima da safra passada, que já tinham sido boas. “Ano passado colhemos 170 sacas por alqueire e esse ano devemos fechar em 180 sacas por alqueire. Esse resultado é graças as boas condições do clima e a assistência técnica da Coamo. A cooperativa é minha única parceira e tudo ocorreu dentro do programa, desde o plantio até a colheita”, assinala Silva.

Cooperado Wilson Zschornak da Silva, de Guarapuava (Centro do Paraná) está celebrando os bons resultados deste verão

Ele conta que neste ano houve mais investimento na lavoura e, também, em uma nova plantadeira que melhorou a distribuição da semente. “Seguimos toda orientação técnica da Coamo e usamos o que há de mais moderno. A Coamo nos passa confiança para utilizar as novidades e, quando o clima contribui, a lavoura mostra todo o potencial. Na questão de mercado, a gente não tem influência, mas temos que fazer a nossa parte e seguir adiante”, comenta o cooperado que plantou um total de 87 alqueires de soja.

Na região de Guarapuava a colheita do milho está mais avançada que a da soja, segundo o engenheiro agrônomo Wilson Aparecido Juliani, encarregado do Departamento Técnico da Coamo. Conforme ele, as produtividades são boas nas duas culturas, para alegria dos produtores. “Dois fatores foram determinantes para essa boa safra. A primeira foi a condição do clima, com chuvas bem distribuídas. O segundo ponto está relacionado aos investimentos que os cooperados vêm fazendo ao longo dos anos. Fica a lição de que é preciso continuar adotando as melhores tecnologias. Não adianta o clima ser bom, se o associado não seguir as recomendações técnicas”, destaca Juliani. Ele acrescenta que a colheita no município deverá seguir até a segunda quinzena de abril.

Na região de Xanxerê (Oeste de Santa Catarina), a família Calza  vem dando bons exemplos de produtividade. Na imagem Bruno, Irineu, César, Ilceu e Rafael

MILHO NO SISTEMA DA FAMÍLIA CALZA

No município de Bom Jesus, na região de Xanxerê (Oeste de Santa Catarina) a família Calza, liderada pelo cooperado Irineu, vem dando bons exemplos de produtividade, alicerçada pelo trabalho em conjunto e a parceria com a Coamo. Assim como ocorre na cooperativa, na propriedade, o trabalho é desenvolvido na base da cooperação, onde cada um desenvolve uma atividade que se encaixa perfeitamente na engrenagem do progresso da família. Além do ‘seo’ Irineu, o mais experiente do tripé que faz parte da parceria composta por outros dois irmãos Ilceu e Luiz Antonio, não menos importantes no processo são os filhos do cooperado, Rafael e Bruno, que no dia a dia estão presentes em todas as operações.

Eles produzem soja, milho, trigo e feijão e se orgulham dos resultados que estão alcançando. “Há muitos anos trabalhamos unidos e estamos indo bem. Apesar de uma adversidade ou outra, das dificuldades com o mercado, estamos conseguindo nos desenvolver”, declara Irineu, lembrando que os irmãos e os dois filhos se uniram ainda mais a partir do falecimento do patriarca da família, no final nos anos 80.

Agricultores tradicionais, os Calza sempre apostaram em lavouras diversas, com objetivo de rotacionar o sistema e diversificar o cultivo, e por isso o milho tem cadeira cativa na propriedade. “Plantamos milho desde que ingressamos nessa atividade, assim como trigo, soja e feijão. E cada vez produzimos mais”, garante.

Agricultor por opção, Rafael Calza, filho mais velho do ‘seo’ Irineu, é o braço direito do pai e garante que a safra de milho deste ano só não é melhor porque os preços não estão ajudando. “Temos sempre que procurar uma forma de sair melhor, produzindo mais. Graças a Deus, este ano nossa produção está sendo recorde e isso acaba compensando. É produzindo bem que conseguimos suprimir qualquer prejuízo”, argumenta Rafael, informando que a família não abre mão da utilização de tecnologia. “Um fator essencial é aproveitar todas as tecnologias. Estamos aproveitando a terra o máximo possível, utilizando o nosso potencial em todas as culturas, seja no milho, soja ou trigo e até no feijão. 

Para ter uma ideia da capacidade de produtividade das lavouras da família, com o milho eles esperam fechar a média em 520 sacas por alqueire e a soja acima de 170 sacas. “Um fator importante para isso foi caprichar no planejamento, manejo e o clima que contribuiu”, destaca Rafael.

Em toda região de Xanxerê a cultura do milho se comportou de forma positiva, impulsionada pela tecnologia adotada pelos cooperados e o clima que favoreceu o desenvolvimento do cereal. O engenheiro agrônomo Cezar Augusto Voltapto, do departamento de assistência técnica da Coamo, explica que as chuvas ocorreram no momento certo e as temperaturas dentro do que a cultura exige. “Isso favoreceu o desenvolvimento e em alguns casos estamos tendo picos de produtividade de até 560 sacas de milho por alqueire. Mas, na média as produtividades passam de 480 sacas por alqueire”, esclarece Volpato.

Agricultor tradicional, Irineu Calza sempre aposta no milho com objetivo de rotacionar o sistema e diversificar o cultivo

TRABALHO ALICERÇADO EM PARCERIA

Cooperados Clair Carlos Scabeni e Leocir Colussi, de Coronel Vivida (Sudoeste do Paraná). União e parceria de vizinhos e amigos agiliza colheita 

O encontro dos vizinhos e cooperados Leocir Colussi e Clair Carlos Scabeni foi na propriedade do Clair, mas bem que poderia ter sido o contrário. É que durante esse período de colheita eles se juntam para fazer o trabalho. É uma maneira de agilizar as operações, já que é importante não perder tempo e aproveitar cada dia de colheita. Os agricultores são optantes pela Coamo em Coronel Vivida (Sudoeste do Paraná) e as propriedades estão localizadas na comunidade Sete Arroios, no município vizinho Chopinzinho.

A primeira área colhida neste ano foi a de Leocir Colussi. São 30 alqueires, sendo seis ocupados com milho e o restante com soja. A produtividade nas duas culturas surpreendeu o cooperado. A média no milho chegou a 500 sacas por alqueire e na soja de 170 a 180 sacas, dependendo da variedade. “Em termos de produtividade a safra de verão surpreendeu positivamente, o que não está ajudando é na questão de preço. Estou contente com a produção, mas só vou vender parte para pagar as contas mais urgentes e o que puder vou esperar, para ver se lá na frente o mercado melhora. Tendo grão, temos dinheiro, pois podemos negociar. Essa é a vantagem de quando se produz bem.”

Ele recorda que na safra passada já havia colhido bem, mas não no mesmo patamar deste ano. “Mudamos a semente e essas variedades nobres tem produtividades que surpreendem. Estou feliz com essa safra de verão”, assinala Colussi.

Clair Carlos Scaben também tem bons motivos para comemorar. São 80 alqueires de lavoura de verão, sendo que em toda safra 25% é destinado para o milho. Ele conta que houve mais investimento nessa safra e que a lavoura respondeu com mais produtividade. “São médias muito boas. Em anos anteriores não chegava nem perto disso”, frisa. A produtividade de soja está na casa das 170 sacas por alqueire. “Além dos investimentos e do clima favorável, contamos com uma orientação técnica da Coamo. Esse também é um fator que faz toda a diferença”, acrescenta.

A parceria dos cooperados em se ajudar já vem há mais de dez anos. Eles contam que além da questão financeira há também a familiar, já que as duas famílias vieram do Rio Grande do Sul no mesmo período, e sempre foram parceiras.  “A gente sempre se ajuda e é um trabalho que tem dado certo. Ajudo ele [Leocir] fazendo a colheita e depois ele me ajuda nas operações e no transporte da produção”, conta Clair.

Leocir comenta que trabalhar em parceria hoje é uma necessidade, já que os maquinários são caros e isso ajuda a reduzir os custos de uma propriedade. “Assim, um ajuda o outro. A lavoura que chegar primeiro é colhida e desse jeito vamos nos acertando. A minha lavoura não dá nem dez minutos daqui, isso com a colheitadeira. Essa troca de serviços é importante para o melhor desempenho da atividade agrícola”, diz.

O engenheiro agrônomo Cléber Luiz Bongiorno, do Detec da Coamo em Coronel Vivida, revela que a colheita na região está boa em produtividade e qualidade dos grãos. Ele explica que teve lavouras que sofreram com estresse hídrico durante o desenvolvimento, mas que mesmo assim as produtividades médias estão girando em torno de 170 sacas, com áreas chegando a 190 sacas. “De forma geral, as produtividades estão boas e devem se manter até o final da colheita. Os cooperados têm investido em tecnologia, fazendo um trabalho diferenciado e recebendo recomendações técnicas. O resultado está aí: produtividade e qualidade.”

Cooperados Clair Carlos Scabeni e Leocir Colussi com o agrônomo Cléber

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