Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 503 | Junho de 2020 | Campo Mourão - Paraná

LOGÍSTICA

SAFRAS RECORDES, DESAFIOS SUPERADOS

A produção no campo dos cooperados da Coamo vem aumentando a cada ano. São novas tecnologias empregadas e sistemas sendo ajustados. Tudo para garantir altas produtividades. O trabalho operacional na atividade, também está mais eficiente com plantio e colheita mais rápidas, diminuindo o intervalo entre uma cultura e outra. Isso tudo tem sido um grande desafio para a Coamo que não mede esforços para adequar toda a estrutura operacional com a nova realidade vivenciada no campo.

A Coamo conta com 104 unidades de recebimento espalhadas em regiões estratégicas no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. São estruturas eficientes, preparadas e com alto nível de automatização. “A Coamo está acompanhando a evolução no campo para que possa receber e armazenar a produção dos cooperados. São realizados investimentos constantes visando aprimorar o trabalho”, comenta o diretor de Logística e Operações da Coamo, Edenilson Carlos de Oliveira.

De acordo com ele, há um grande trabalho de logística nas operações para receber, armazenar e transportar os produtos entregues pelos associados. “A produção vem crescendo, o trabalho no campo está mais ágil e temos que acompanhar nas nossas unidades. Isso tudo, para que os cooperados possam entregar a produção de forma rápida e segura.”

Oliveira observa que as melhorias realizadas constantemente têm influenciado diretamente no fluxo de recebimento. “São adequações nas unidades preparando-as para as situações que vêm do campo, uma vez que, as colheitas estão mais rápidas, além da aproximação entre as safras de verão e inverno. Antes, uma colheitadeira colhia 700 sacas de soja por dia, hoje são quatro mil sacas. Os caminhões que levam a produção à cooperativa, também, estão maiores e, por isso, o trabalho de recebimento precisa ser mais rápido”, destaca.

Conforme o diretor de Logística e Operações da Coamo a safra dura poucos dias. Porém, há um trabalho intenso, uma grande estrutura que alavanca essa atividade. “Acomodar toda a produção e sem prejudicar o trabalho dos cooperados é o grande desafio que sempre vencemos, safra após safra”, frisa.

As melhorias são expandidas para todas as Unidades que contam com caladores pneumáticos, balanças automatizadas, moegas equipadas com tombadores de grande potencial, podendo descarregar bitrens, carretas e caminhões. Também há investimento para ampliar a capacidade de limpeza, pré-limpeza e de secagem, com equipamentos automatizados.

Edenilson Carlos de Oliveira, diretor de Logística e Operações da Coamo

Armazenagem com qualidade e eficiência

Safras planejadas

O planejamento de cada safra inicia antes do plantio, com base nas informações colhidas em campo e nas estratégias definidas pela cooperativa. Isso, levando em consideração o estoque de passagem (produto ainda não comercializado pelo cooperado), ou seja, a quantidade de produtos armazenados da safra anterior. O trabalho envolve várias áreas da cooperativa desde a gerência de Assistência Técnica, realizando as estimativas de produção de cada cooperado e região, à Comercialização, trabalhando para vender e desafogar as Unidades de armazenamento, passando pela gerência de Produtos, responsável pela conservação da produção entregue.

EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE DE ARMAZENAGEM

milhões de toneladas

2010 2020
5,24 5,72

EVOLUÇÃO DO RECEBIMENTO

milhões de sacas

Soja: 53,41 Soja: 90,70
Milho: 24,91 Milho: 46,29
Trigo: 8,26 Trigo: 9,19

Receber, armazenar e transportar a safra é um desafio diário. De acordo com o gerente de Produtos da Coamo, José Carlos de Andrade, a cooperativa conta com uma capacidade de armazenagem de 5,72 milhões de toneladas para produto a granel, e em 2020 a previsão é de receber 8,76 milhões de toneladas (somando todas as culturas), aproximadamente 146.000.000 sacas.

Outro ponto destacado pelo gerente é a proximidade entre a safra de verão e a safrinha. “São menos de dois meses entre uma safra e outra. Isso necessita de um bom planejamento e trabalho intenso para acomodar e movimentar a produção sem que os cooperados sejam prejudicados”, observa Andrade.

Um levantamento realizado pela gerência de Produtos confirma uma grande evolução na entrega da produção dos cooperados nos últimos dez anos, aliado ao aumento da área de plantio, produtividades e aos investimentos realizados pela cooperativa. Em 2010, o recebimento de soja foi de 53,41 milhões de sacas e em 2020 saltou para 90,70 milhões de sacas, um aumento 70%. Já o milho, primeira e segunda safra, subiu 86%, passando de 24,91 milhões de sacas para 46,29 milhões de sacas, que é a previsão para 2020. O recebimento de trigo, também aumentou, passando de 8,26 milhões de sacas para 9,19 milhões de sacas (previsão 2020) um incremento de 11%.

A capacidade de armazenagem da Coamo era de 4,24 milhões de toneladas em 2010 e aumentou para 5,72 milhões de toneladas em 2020, um crescimento de 35%. “Houve um aumento na capacidade de armazenagem. Contudo, o recebimento cresceu ainda mais. Nossa previsão é fechar 2020 com 8,76 milhões de toneladas. Isso ainda depende da confirmação da segunda safra de milho e do trigo”, assinala Andrade.

De acordo com o gerente de Produtos, em dez anos o aumento total dos produtos soja, milho e trigo, foi de mais de 55,42 milhões de sacas, e próximo de 70% em crescimento. “Isso é possível devido a confiança dos nossos cooperados na cooperativa, o trabalho exemplar de todos os colaboradores envolvidos, e principalmente a visão de futuro da diretoria.”


José Carlos de Andrade, gerente de Produtos; Edenilson Carlos de Oliveira, diretor de Logística e Operações da Coamo; Jarbas Luiz Kleveston, gerente de Engenharia

Investimentos constantes

Desde o início da descentralização da Coamo, que ocorreu em 1974 com a instalação dos entrepostos em Engenheiro Beltrão e Mamborê, a cooperativa se preocupa em fazer melhorias e adequações necessárias para o bom atendimento aos associados.

Para se ter uma ideia desse trabalho, a gerência de Engenharia da Coamo fez um levantamento dos investimentos realizados nos últimos dez anos. Foram mais de R$ 1.89 bilhões empregados em unidades. Se acrescentar os investimentos realizados nas indústrias, esse valor sobe para R$ 2.94 bilhões nos últimos dez anos.

De acordo com o gerente de Engenharia da Coamo, Jarbas Luiz Kleveston, no momento, existem 94 obras de melhorias em toda a área de ação da cooperativa, sendo 50 em andamento e 42 previstas para os próximos meses totalizando R$ 189,15 milhões. “As obras são planejadas para que não atrapalhem o recebimento do cooperado. Há um cuidado para que isso ocorra da melhor maneira possível”, ressalta.

Toledo, cinco unidades no município

Unidade da Coamo em Toledo (PR)

A Coamo está há 25 anos no Oeste do Paraná e conta com cinco unidades, sendo duas na cidade e outras três em distritos – Vila Nova, Dois Irmãos e Dez de Maio. Desde a sua chegada, houve significativa ampliação em toda a estrutura, melhorando o recebimento e armazenamento.

Ademir Scheid é cooperado desde quando a cooperativa se instalou na região. Ele acompanhou toda a evolução e ampliação de recebimento e armazenamento de grãos. “Não adianta produzirmos mais no campo, se não ter onde entregar a produção. A Coamo sempre teve esse compromisso de acompanhar a nossa evolução. É uma cooperativa que caminha do nosso lado e que vem crescendo a cada ano”, comenta.

Unidade em Vila Nova, distrito de Toledo (PR)

A última carga de soja entregue pelo cooperado ocorreu no dia 21 de fevereiro. “A janela neste ano foi maior porque houve atraso na safra de verão e, consequentemente, influenciou na segunda safra. A colheita está muito mais rápida. Se pensarmos há 25 anos, quando a Coamo chegou no Oeste, a colheita de soja demorava mais de um mês e meio. Hoje, fazemos tudo em 15 dias. Houve um grande incremento e a cooperativa acompanhou essa evolução para que pudéssemos ser atendidos", diz o cooperado.

De acordo com ele, alguns anos ainda ocorrem problemas com filas, principalmente, na segunda safra de milho. Contudo, isso é devido a produção acima da média, que não ocorre todos os anos. “Na verdade, estou até com saudades das filas”, diz, ao recordar que nesse ano a safra será bem menor, devido as condições climáticas.

O cooperado faz o trabalho no campo, seguindo as recomendações técnicas e sabe onde entregar a produção de forma segura e eficiente, pelos investimentos contínuos da sua cooperativa.

Cooperado Ademir Scheid acompanhou toda a evolução e ampliação de recebimento e armazenamento de grãos

Adequação ambiental

Andamento das melhorias na estrutura em Juranda (PR)

Todo processo de investimento passa também por readequações da estrutura visando a questão ambiental. São efetuados estudos para reaproveitamento máximo dos resíduos de modo que não fiquem depositados a céu aberto. As unidades contam com filtros de mangas coletores, sistemas de capacitação de pó em moegas, filtros nos ciclones, nas máquinas, secadores com sistemas de captação de pó e partículas.

A Unidade de Juranda (Centro-Oeste do Paraná), por exemplo, está passando por uma grande reforma visando atender as demandas dos associados e, também, da comunidade vizinha das instalações que reclamavam de poeiras em suas residências.

O cooperado Marcio Leandro de Carvalho recorda que a Coamo vem se modernizando e melhorando o fluxo de recebimento desde a sua instalação no município, há mais de 40 anos. “Vemos a preocupação da diretoria em manter uma estrutura moderna e ágil, acompanhando nosso crescimento no campo. Não muito tempo atrás, para descarregar tínhamos que abrir bica do caminhão e puxar tudo no rodo. Atualmente, é tudo automatizado com moegas equipadas com tombadores de grande potencial, podendo descarregar bitrens, carretas e caminhões.”

Na visão do cooperado, os recentes investimentos na unidade mostram a preocupação da Coamo com a comunidade. “É uma satisfação fazer parte de uma cooperativa que se preocupa com os cooperados e a comunidade onde está inserida.”

O gerente da Coamo em Juranda, Wagner Custódio, revela que está sendo investido mais de R$ 11 milhões em melhorias com impacto no atendimento aos cooperados e na questão ambiental. “São adequações na estrutura já existente e instalação de novos equipamentos que visam melhorar o fluxo como um todo”, explica.

Ampliação no Mato Grosso do Sul

Cooperado Marcio Leandro de Carvalho recorda que a Coamo vem se modernizando e melhorando o fluxo de recebimento desde a sua instalação no município, há mais de 40 anos

Do escritório do cooperado Irineu Schwambach se vê toda a estrutura erguida pela Coamo em Guaíba, comunidade do município de Ponta Porã (Sudoeste do Mato Grosso do Sul). Apenas uma rodovia separa a propriedade do complexo da cooperativa. Ele chegou na região bem antes da Coamo, há 47 anos, e acompanhou a evolução da cooperativa que se instalou de forma oficial em 2010. Nesses dez anos, os investimentos foram grandes, ampliando consideravelmente a capacidade de receber e armazenar produtos.

O cooperado recorda que até pouco tempo a região de Guaíba tinha como atividade predominante a pecuária, mas que a soja foi tomando espaço e hoje é a principal atividade agrícola. “Também temos o milho segunda safra que tem grande importância nas propriedades. A Coamo teve papel fundamental para que a agricultura se fortalecesse e a cooperativa cresceu junto.”

De acordo com ele, a Coamo passou a oferecer um novo modelo de trabalho, com seriedade e honestidade. “Desde a chegada da cooperativa, houve muitas mudanças que ampliaram e agilizaram o trabalho. Antes da Coamo, tínhamos uma estrutura antiga e com muitos problemas para receber a armazenar.”

A Coamo acompanhou a evolução que os cooperados estão tendo no campo. “Do que era antes, sobrou pouca coisa. Hoje temos uma estrutura moderna", concluí.

Irineu Schwambach, entrega toda a produção na unidade Unidade da Coamo em Guaíba (MS), teve ampliação e melhoria no atendimento aos cooperados

Unidade pioneira

Anésio Zanin, de Engenheiro Beltrão, vem evoluindo a cada novo ciclo, assim como a Coamo

Em plena colheita do milho segunda safra, o associado Anésio Zanin, de Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste do Paraná), vem evoluindo a cada novo ciclo. “O sistema de colher e plantar mudou. Hoje, a gente já retira a soja e a máquina vai atrás plantado a safrinha. Temos que trabalhar no campo sintonizados com a Coamo para que ela possa receber a nossa produção sem transtornos.”

De acordo com ele, a agricultura é uma empresa a céu aberto e o trabalho com a cooperativa deve ser alinhado. “Há um grande elo entre a cooperativa e os cooperados. Vemos que houve uma grande evolução na nossa produção e, também, em investimentos para que nossos produtos sejam recebidos”, comenta.

Ele acrescenta que há pouco tempo, a área de plantio era inferior e a produção bem menor do que a atual. Mesmo assim, havia fila para entregar a produção. “Atualmente, com todo o investimento, a produção aumentou e a capacidade de receber também. Se antes, ficá vamos até um dia na fila, hoje o caminhão vai e volta da propriedade em poucas horas.”

Engenheiro Beltrão conta com três unidades. Foi o primeiro município a receber o entreposto da Coamo, depois de Campo Mourão. Também estão instaladas estruturas nos distritos Figueira do Oeste e Ivailândia, esta uma das mais modernas unidades da Coamo.

Engenheiro Beltrão (PR) foi o primeiro entreposto fora de Campo Mourão e vem se adequando todos os anos

ESTRUTURA EFICIENTE garante recebimento recorde

Maracaju (MS) recebeu mais de 5,0 milhões de sacas de soja na safra 2019/20

Grandes safras nunca foram problemas para a Coamo, mas sim motivo de satisfação para os seus cooperados, como tem revelado ao longo dos 50 anos da cooperativa, o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, presidente do Conselho de Administração da Coamo. O trabalho da diretoria e dos profissionais da cooperativa é voltado totalmente para atender as necessidades dos cooperados e como diz Gallassini, safra se faz na safra.

Com o suporte de diversas áreas, a difusão do conhecimento e o uso de tecnologias com sementes de qualidade, o cooperado está aumentando a produção a cada nova safra.

O diretor de Logística e Operações Edenilson Carlos de Oliveira, conhece bem todo esse processo, haja vista experiências anteriores gerenciando várias unidades. “A colheita hoje é muito rápida e as nossas estruturas estão prontas para armazenar a safra dos cooperados. Neste ano, recebemos os maiores volumes nas cinco décadas da Coamo com muita segurança e tranquilidade", afirma.

O presidente Executivo Airton Galinari destaca a evolução dos cooperados e a satisfação de colher grandes produções. "Em várias regiões registramos volumes recordes no recebimento da safra de soja, como, por exemplo, nas regiões de Roncador, Tricolor, Guarani e no Mato Grosso do Sul. Em Caarapó foram mais de 4,0 milhões de sacas e nas unidades de Maracaju, o volume foi superior a 5,0 milhões de sacas. Recebimento histórico em uma única safra."

Galinari lembra que o trabalho da Coamo é estar cada vez mais perto dos cooperados. Cita o exemplo da unidade de Tricolor, distante 14 km de Guarani (Mamborê) 30 km de Roncador, inaugurada em 2012, cujo investimento foi assertivo para a melhoria do atendimento aos cooperados.


Unidade da Coamo em Guarani, distrito de Mamborê Unidade de Tricolor, distante 30 km de Roncador e 14 Km de Guarani (Mamborê)

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