Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 561 | Setembro de 2025 | Campo Mourão - Paraná

PLANTIO


 

BROTA UMA

NOVA SAFRA

Cultura principal do período, a soja representa grande parte da renda dos cooperados e exige planejamento, preparo das lavouras e acompanhamento técnico para garantir bons resultados

O início do plantio da safra de verão marca o começo de um novo ciclo para os cooperados da Coamo. A soja, principal cultura neste período, ganha destaque como base da produção agrícola e do planejamento das propriedades. A safra é marcada por expectativa, planejamento e preparo das lavouras, com atenção às condições climáticas e uso de tecnologias que contribuem para o desenvolvimento das plantas.

O cooperado Ottmar Pedde, de Toledo (Oeste do Paraná), comenta que o plantio traz sempre a expectativa de uma colheita positiva. "O início do ciclo traz esperança de ter uma boa safra. Lógico, depende do clima. A gente faz o que pode e tem a expectativa de uma excelente safra. É o que todo agricultor espera."


 

Engenheiro agrônomo da Coamo em Toledo, Jefferson Wellington Volpato Jede, com o cooperado Ottmar Pedde

Engenheiro agrônomo da Coamo em Toledo, Jefferson Wellington Volpato Jede, com o cooperado Ottmar Pedde

Segundo ele, os preparativos seguiram o padrão de outros anos, com foco no manejo do solo e na adubação. "Tudo começa com a preparação do solo. Faço adubação antecipada e a dessecação para deixar pronto para o plantio. Não existe muito segredo, mas é preciso estar pronto para entrar no campo no momento certo."

Pedde ressalta que as condições climáticas favoreceram os trabalhos neste ano. "O clima foi excelente. Julho e agosto tiveram chuvas suficientes, e setembro começou muito bem. Esse ano está bom demais, não dá para esperar mais do que isso."

Sobre os resultados das safras anteriores, ele avalia que os números foram além da média. "A safra de verão e a segunda safra foram muito boas. Todos saíram bem na nossa região. Não podemos nos queixar." O cooperado atribui o desempenho ao manejo correto. "Acredito que os resultados vêm do preparo do solo e de um cuidado constante. Não ter dó de uma boa adubação é essencial. A planta tem que produzir e, para isso, precisa de alimento. Quem não adubou bem colheu menos, isso ficou claro."

Para ele, esse investimento contínuo no solo é o que garante evolução ao longo dos anos. "A cada safra o solo vai melhorando. Esse é o resultado do trabalho contínuo de cuidar, corrigir e nutrir. É um processo que mostra resultado ao longo do tempo."

Pedde também destaca o apoio da Coamo. "Sempre fui bem atendido desde que me associei. Todos os agrônomos que me atenderam foram atenciosos. A Coamo está sempre junto, e isso dá segurança para a gente trabalhar."

O engenheiro agrônomo da Coamo em Toledo, Jefferson Wellington Volpato Jede, confirma que o clima tem permitido um bom início de safra. "Tivemos chuvas boas para dessecação no mês de agosto e agora em setembro também. O cooperado está contente e realizando o plantio com consciência, na velocidade certa, para ter um bom estabelecimento da lavoura."


Na avaliação do agrônomo, os investimentos em tecnologia têm contribuído. "Nossos cooperados têm alto investimento, desde a dessecação correta até o uso de sementes de qualidade e adubação adequada." Entre os desafios da região, ele cita a temperatura elevada e as doenças de final de ciclo. "Com manejo antecipado e cuidado com as pragas, conseguimos altas produtividades. Temos que conhecer a área para escolher o que plantar. Esse é um dos principais pontos para alcançar boa produção."

AS FAMÍLIAS DALL EST E BUCIOLI , de Tupãssi (Oeste do Paraná), também relatam boas perspectivas. "Temos uma boa expectativa para a safra 25/26. As dessecações foram bem realizadas, estamos usan-do pré-emergentes com tecnologia nova e plantadeiras que ajudam na distribuição das sementes. O clima tem colaborado muito bem", comenta o cooperado Lucas Battisti Dall Est.

Cooperados Alexandro Willian Vogel, Paulo Decio Dall Est, Lucas Battisti Dall Est e Laércio Rosalin Bucioli com o engenheiro agrônomo da Coamo em Tupãssi, Marcelo Fanhani

Cooperados Alexandro Willian Vogel, Paulo Decio Dall Est, Lucas Battisti Dall Est e Laércio Rosalin Bucioli com o engenheiro agrônomo da Coamo em Tupãssi, Marcelo Fanhani

Cooperados Paulo Decio Dall Est, Laércio Rosalin Bucioli, Alexandro Willian Vogel e Lucas Battisti Dall Est

Cooperados Paulo Decio Dall Est, Laércio Rosalin Bucioli, Alexandro Willian Vogel e Lucas Battisti Dall Est


 

Vista aérea de tratores realizando o plantio em campo arado.

Ele lembra que a última safra de soja foi positiva, mas a família busca resultados ainda melhores. "Estamos sempre buscando algo a mais. O agricultor nunca para, sempre procura melhorar", comenta Dall Est.

O cooperado valoriza a parceria com a Coamo. "Temos uma fidelidade muito grande com a cooperativa que nos fornece os insumos, assistência técnica e está presente no campo, com novas tecnologias. A qualidade das sementes, a entrega pontual de fertilizantes e o suporte técnico fazem diferença no dia a dia."

A atividade é conduzida em sistema familiar. "Meu pai e meu tio são os que comandam agora, mas há pouco tempo era meu avô quem estava à frente. Hoje, estamos nesse processo de sucessão, trazendo novas ideias e evoluindo junto. Ao mesmo tempo, temos a firmeza da experiência do pai e do tio."

Sobre os investimentos em máquinas, Dall Est explica que as aquisições facilitaram o trabalho. "As novas plantadeiras são práticas, simples de operar e muito eficientes. O dosador de sementes pneumático garante uma boa distribuição, tanto para a soja quanto para o milho safrinha. É uma ferramenta importante para melhorar o rendimento."

O engenheiro agrônomo da Coamo em Tupãssi, Marcelo Fanhani, observa que as condições climáticas favoreceram a região. "Tivemos chuvas em agosto que possibilitaram as dessecações, e em setembro seguimos com boas condições de umidade e temperatura. As primeiras áreas plantadas já estão emergindo muito bem, em cinco ou seis dias as plantas já apareceram."


Segundo ele, o nível de tecnologia vem aumentando a cada safra. "Os cooperados investiram mais em herbicidas para fazer uma dessecação bem-feita e também melhoraram na adubação. As condições estão boas e isso os animou a investir."

MARCELO SUMIYA, gerente de Assistência Técnica da Coamo, ressalta que os cooperados iniciaram o plantio depois de uma boa colheita de milho na segunda safra. "Estamos num novo início de safra. Vemos para este próximo ciclo uma melhora significativa no nível de tecnologia, e isso é muito importante para que se explore o máximo potencial produtivo frente às condições climáticas."

Sumiya explica que, em algumas regiões, houve aumento de área do milho verão, impulsionado pelas produtividades obtidas no último ciclo. Embora em parte da área os cooperados tenham enfrentado dificuldades climáticas na safra anterior, os resultados do milho confirmaram a importância da adoção de técnicas e manejo adequados.

Sumiya destaca que a atenção neste início de plantio deve estar voltada à correção do solo, qualidade da semeadura e estabelecimento adequado da cultura. "Essa implantação inicial requer alguns cuidados, assim como todas as culturas. Precisamos ter atenção em pontos estratégicos para garantir o desenvolvimento da lavoura."

De acordo com o gerente, os cooperados entram nesta safra com áreas bem preparadas, com bom manejo de plantas daninhas e uso de palhada, além do fortalecimento da rotação de culturas. Também avançaram no controle de nematoides com uso de produtos biológicos e no manejo nutricional e fitossanitário. "Além da tecnologia, é fundamental cuidar da forma como a cultura será implantada. Recomendamos atenção especial à velocidade de plantio e à qualidade da operação. O uso de inoculante é um insumo essencial na soja, pois garante a fixação biológica de nitrogênio, resultando em ganhos de produtividade", ressalta.

Outro ponto importante é o monitoramento constante, tanto pela equipe técnica da cooperativa quanto pelos próprios cooperados. Isso permite identificar rapidamente possíveis problemas de resistência de plantas daninhas, doenças ou pragas. "Já tivemos exemplos em que a identificação precoce evitou que a resistência se tornasse um problema grave. É essencial estar preparado e agir com rapidez."

Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica da Coamo

Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica da Coamo

Sumiya lembra que os principais desafios seguem sendo climáticos, especialmente a combinação de estiagem com altas temperaturas. Para enfrentar essas situações, os cooperados precisam adotar estratégias que fortaleçam a lavoura e aproveitem melhor as condições favoráveis quando elas ocorrerem. "As técnicas de preparo, como a formação de palhada, o plantio direto e o manejo correto, são somatórias para o sucesso da safra. Entramos nesta safra com um planejamento bem elaborado, mas é importante lembrar que a agricultura é uma atividade a céu aberto e dependemos do clima."

Além do suporte técnico, a cooperativa reforça a importância da proteção financeira. "Sempre incentivamos que os cooperados, por meio da Credicoamo, façam o seguro agrícola. Essa ferramenta ajuda a mitigar os riscos da atividade e traz mais estabilidade ao sistema de produção", complementa Sumiya.

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