ANTONIO CARLOS MAZZEI, gerente da Coamo em Engenheiro Beltrão comenta sobre a trajetória e a importância da cooperativa para os cooperados e para a agricultura regional. "A presença da Coamo é um marco na história, não só de Engenheiro Beltrão, mas em qualquer cidade onde se estabelece. A cooperativa promove imediatamente o desenvolvimento da agricultura e dá segurança aos cooperados, que têm onde adquirir insumos de qualidade e entregar sua produção."
Mazzei lembra como a cooperativa contribuiu para a mudança na atividade agrícola da região. "Quando a Coamo chegou aqui, a região era de café. Depois, migrou para soja, milho e também trigo, com produtividade cada vez maior graças ao trabalho de assistência técnica e à segurança que a cooperativa oferece para o produtor comercializar sua produção."
A estrutura de recebimento também avançou ao longo das décadas. A Coamo iniciou apenas com o entreposto de Engenheiro Beltrão. Hoje, conta também as unidades de Ivailândia e Figueira do Oeste, que dão sustentação no recebimento e na entrega de insumos aos cooperados. A capacidade estática de armazenagem nas três unidades é de cerca de 160 mil toneladas. Atualmente, aproximadamente 200 funcionários atuam nas três unidades para atender os cooperados.
APARECIDO BRAZ E FRANCISCO ANDRÉ DA SILVA, maquinistas, estão entre os funcionários que construíram essa trajetória e acompanharam diferentes fases da cooperativa no município. Seu Aparecido iniciou na Coamo em 04 de agosto de 1986. Ele conta que a ideia era permanecer apenas um ano, mas ele construiu carreira sólida na cooperativa. "Tudo que eu tenho hoje, primeiramente, é graças a Deus, e em segundo lugar, à Coamo, pelo serviço que me deu. Estou trabalhando até hoje."
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Francisco André da Silva e Aparecido Braz são os funcionários mais antigos de Engenheiro Beltrão
Durante quase quatro décadas, seu Aparecido também ajudou a formar novos profissionais. "Já ensinei várias pessoas a trabalhar, inclusive muitos jovens." Em Engenheiro Beltrão, ele criou raízes, formou família e acompanhou as mudanças na agricultura e no trabalho. "Quando entrei era bem difícil o serviço. Hoje é muito mais tranquilo."
Francisco André da Silva começou na Coamo em 07 de março de 1977. Trabalhou três anos e meio e saiu. Em fevereiro de 1990 voltou e permanece até hoje. "Se contasse tudo, eu teria 48 anos de serviço. Mas, com as duas vezes junto, vai fazer 39 anos em dezembro. No começo era complicado. Descarregávamos tudo no rodo. A fila de caminhões chegava até o trevo de Terra Boa. O motorista dormia na fila para descarregar no outro dia."
Segundo ele, com o tempo, a modernização trouxe mudanças significativas. "Quando voltei em 1990, já tinha tombador. Hoje, o trabalho é bem diferente, tudo mais modernizado." Francisco também relaciona sua história pessoal à da cooperativa. "A Coamo é uma família. Minhas duas filhas foram criadas graças ao meu trabalho aqui."
Confira na próxima edição reportagem especial sobre os 50 anos da Coamo em Mamborê, também celebrados em 2025.
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