Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 561 | Setembro de 2025 | Campo Mourão - Paraná

INDÚSTRIA

Indústria de etanol de milho da Coamo avança com previsão de operação em 2026

Empreendimento terá investimento de R$ 1,7 bilhão e capacidade para processar 600 mil toneladas de milho ao ano, produzindo etanol, farelo e óleo de milho

Vista aérea das obras da indústria de etanol de milho da Coamo em Campo Mourão.

A construção da nova indústria de etanol de milho no Parque Industrial da Coamo, em Campo Mourão, está em andamento. O empreendimento, que terá investimento de R$ 1,7 bilhão e previsão de início de operação para o segundo semestre de 2026.

Segundo Emerson Abrahao Mansano, gerente industrial de Etanol de Milho da Coamo, os trabalhos seguem conforme o cronograma definido. "Estamos realizando aquisições de equipamentos, montagens e pacotes de construção civil. As execuções estão avançando com terraplanagem, drenagem e pavimentação, além das bases civis e pré-montagem da caldeira", explica.

Atualmente, mais de 230 profissionais de empresas terceirizadas trabalham na obra, além de 16 funcionários da Coamo na gestão do projeto.

Mansano informa que o complexo vai contribuir de forma estratégica para a cooperativa. "É um projeto muito importante para a Coamo, pois apenas 2% do milho recebido é industrializado na fábrica de rações. Os demais 98% são comercializados in natura. Este projeto vai agregar valor ao produto do cooperado e contribuir com a logística operacional", destaca.

A indústria terá capacidade inicial de processamento de 600 mil toneladas de milho ao ano, de um total de 3 milhões recebidas anualmente pela cooperativa. A expectativa é de produção diária de 765 mil litros de etanol, 510 toneladas de farelo para nutrição animal e 34 toneladas de óleo de milho. A planta foi projetada para possibilitar futura duplicação de capacidade.

Outra vista aérea mostrando o andamento das obras na planta industrial.

O gerente também ressalta a sustentabilidade do empreendimento. "Será uma indústria totalmente sustentável, com previsão de geração zero de efluentes do processamento do etanol", afirma.

De acordo com o presidente executivo da Coamo, Airton Galinari, a indústria abrirá cerca de 250 vagas permanentes quando entrar em operação. "Vamos esmagar 600 mil toneladas de milho ao ano, com produção de etanol, farelo e óleo de milho. Para a comunidade, gera emprego perene e desenvolvimento. Não é mais apenas a venda de um cereal, mas sim a transformação em biocombustível e em farelo de alta proteína", afirma.

Outro destaque é a matriz energética da planta, que será térmica e baseada em eucalipto de reflorestamento próprio. A Coamo possui 5 mil hectares de cultivo destinados a essa finalidade, o que permitirá a geração de 30 megawatts de energia elétrica, suficiente para abastecer 100% do parque industrial do complexo. "Além de todos esses produtos, ela vai gerar energia elétrica. Isso permite que todas as outras nove indústrias sejam autossuficientes a partir de uma matéria-prima renovável, que são os reflorestamentos. É um ciclo virtuoso, uma indústria sustentável, onde escolhemos Campo Mourão e o Paraná por questões de logística, por estar mais ao Sul", conclui Galinari.

Projeto 3D da futura indústria de etanol da Coamo.
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