Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 450 | Agosto de 2015 | Campo Mourão - Paraná

ENCONTRO DE INVERNO

PESQUISA QUE VAI A CAMPO E GERA LUCRO

ENCONTRO DE INVERNO NA FAZENDA EXPERIMENTAL CHEGA A 9ª EDIÇÃO. ASSIM COMO O EVENTO DE VERÃO, DISPONIBILIZA TECNOLOGIAS INOVADORAS E SOLUÇÕES QUE INCREMENTAM O LUCRO, DIMINUEM CUSTOS E TORNAM A ATIVIDA

A oportunidade de aprender e conhecer as novas tecnologias do mercado e ter contato com os principais institutos de pesquisa do país é única. Por este motivo, os encontros de cooperados, tanto de verão quanto de inverno, realizados na fazenda experimental da Coamo são sempre sucesso de público. Nos dias 05 e 06 de agosto, a Coamo realizou a 9ª edição do evento com a participação de cooperados de toda área de ação da cooperativa. Ao todo, foram apresentadas sete estações com temas atuais.

Segundo o chefe da Fazenda Experimental, Joaquim Mariano Costa, o encontro complementa a necessidade do cooperado em ter rentabilidade com sustentabilidade. “O sistema de produção deve ser visto como verão e inverno, de forma integrada. Então, de nove anos para cá começamos a fazer a edição de inverno também. É uma oportunidade única de ter contato com a pesquisa e com trabalhos que mostram todas alternativas, pois as vezes o produtor aplica uma nova metodologia, mas não tem comparação. Aqui tem a chance de ver todas possibilidades e comparando com aquilo que se faz no dia a dia. Outro ponto que faz a diferença é o acompanhamento de anos de vários institutos de pesquisa do país, o que dá respaldo e corrobora com nossos dados”, ressalta o coordenador do evento.

O gerente de Assistência Técnica da Coamo, Marcelo Sumiya, comenta o foco dos eventos promovidos pelo Departamento Técnico. “Nosso objetivo é difundir tecnologias, desenvolvidas pelas instituições de pesquisa e subsidiar o cooperado para ter mais produtividade e otimizar os custos de produção, principalmente, em anos onde esse custo tem uma base superior a anteriores. Assim, ele consegue ter mais rentabilidade. Um fato consolidado, por exemplo, é na integração lavoura-pecuária onde tem mais aproveitamento na área de inverno, na engorda de boi e produção de leite”, destaca Sumiya.

Para o superintendente técnico da Coamo, José Varago, esse pioneirismo da cooperativa em investir em pesquisa faz a diferença nas produtividades. “O que a fazenda desenvolve com os órgãos de pesquisa mostramos ao associado, sendo uma grande contribuição para o aumento da produtividade, rentabilidade e qualidade de vida. Ao analisar o ganho nas lavouras de inverno, por exemplo, temos o milho safrinha que no início tinha produtividades de 40 a 50 sacos por hectare, e hoje quem colhe 100 sacos não fica satisfeito. A produtividade dobrou e, sem contar também, que houve ganho na pecuária de leite e de corte.”

De acordo com o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, esse é um importante trabalho realizado pela cooperativa. “A Coamo se preocupa com a evolução tecnológica do quadro social, e os cooperados fazem jus, sempre participando e mostrando interesse em evoluir. O associado da Coamo está sempre em atividade e esse é o diferencial que faz o sucesso. Temos ainda muito o que caminhar para obter mais rentabilidade nas culturas de inverno, mas com certeza, vendo essa efetiva participação o caminho é sempre mais promissor.”

LAVOURA E PECUÁRIA EM HARMONIA

PROJETO DE INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA DEMONSTROU RESULTADOS POSITIVOS PROPORCIONADOS PELA TECNOLOGIA DESDE A IMPLANTAÇÃO, HÁ 16 ANOS

Tema central do Encontro de Inverno deste ano, o projeto de integração lavoura-pecuária, iniciado pela Coamo há 16 anos apresentou e comemorou os resultados positivos do sistema, que desde sua criação vem contribuindo com a melhoria do sistema produtivo, aumentando os resultados da produção de grãos e carne em toda área de ação da cooperativa. “Durante esses 16 anos provamos ao produtor a viabilidade de se utilizar esse consórcio de animais e lavoura na mesma área. Os resultados foram sempre surpreendentes todos os anos, sempre acima do normal”, declara o veterinário da Coamo, Hérico Alexandre Rossetto, do departamento de assistência técnica da cooperativa, responsável pela estação.

Wilson Aparecido Juliani (Guarapuava-PR), Hérico Alexandre Rossetto (Campo Mourão- -PR), Giancarlo Mandrin (Mangueirinha-PR) e Fabio Guimarães Pinto (Guarapuava-PR)

Rossetto exemplifica, lembrando que com a soja a produtividade nas áreas pastejadas chegou a 8,47 sacas a mais por alqueire, no comparativo com áreas não pastejadas. “Quanto ao milho a produtividade é de 38 sacas a mais”, comemora o técnico da Coamo, informando ainda que na média a soja rende em torno de 110 sacos de soja líquido, por alqueire, no final do fechamento de receita x custo.

Conduzido em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), o sistema provou com o passar dos anos que é possível sim, produzir grãos e carne numa mesma área, sem que uma atividade prejudique a outra. Pelo contrário, afirma Hérico Rosseto. “Quando bem conduzido não há risco nenhum. Mas é preciso seguir alguns parâmetros de pastejo dos animais para que não ocorra compactação da área e, consequente, perda de peso dos animais e de produtividade de grãos”, alerta o técnico. Ele esclarece que vários são os pontos a serem observados para garantia do sucesso da tecnologia, como: manutenção correta da pastagem de verão com adubação certa; manejo de pasto bem feito; animais com genética selecionada; utilização de sementes de forrageiras certificadas e pressão de pastejo na altura ideal. “Feito isso a chance de dar errado é zero e o produtor vai ter sucesso”, garante.

EM “PRATOS” LIMPOS

MANEJO CORRETO, UTILIZAÇÃO DE SEMENTES CERTIFICADAS E ROTAÇÃO DE HERBICIDAS SÃO PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE COMBATE À ERVAS DANINHAS RESISTENTES

Na prática, técnicos da Coamo mostraram eficiência de produtos no controle de plantas daninhas quando manejados de forma correta

Manter a lavoura livre de invasoras, especialmente de plantas daninhas resistentes, tem sido um desafio para os agricultores. O problema tem se agravado de tal forma, que até mesmo a cultura do trigo, considerada uma grande aliada no manejo de invasoras, vem sendo surpreendida pela infestação de ervas daninhas resistentes a herbicidas.

Por isso, o assunto também foi debatido no Encontro de Inverno da Coamo, onde os triticultores puderam conferir as opções de produtos para controle de invasoras. “Nosso objetivo foi mostrar como o cooperado pode utilizar essas ferramentas da melhor maneira possível para driblar as estratégias que as plantas daninhas criam para perpetuar as espécies dentro das lavouras”, explica Lucas Simas de Oliveira Moreira, supervisor de assistência técnica da Coamo, que coordenou a estação sobre o tema. Conforme ele, a maior preocupação quanto às espécies resistentes está diretamente ligada ao azevém, que tem passado de opção de cultivo para invasor resistente. “Apesar de ser também uma cultura, dentro da lavoura do trigo passa a ser uma planta daninha porque já se tornou resistente ao glifosato e até ao clethodim em algumas regiões, o que nos deixa bastante apreensivos porque são as duas ferramentas mais utilizadas pelos produtores. Se não rotacionarmos essas opções vamos acabar selecionando não só o azevém, mas também, outras plantas resistentes a esses produtos”, alerta.

Segundo o agrônomo, todo o manejo dentro da cultura contribui no combate a seleção de plantas resistentes, especialmente a escolha de uma boa semente. “Se o produtor utilizar sementes fiscalizadas e certificadas ele terá a garantia de estar utilizando realmente sementes de trigo. Já quando se utiliza sementes clandestinas, muitas vezes carregam junto sementes de outras plantas daninhas, que prejudicam todo o sistema”, avisa.

Quanto ao controle químico, o agrônomo orienta que o método oferece uma vantagem para que a cultura do trigo se estabeleça. “Depois que o cereal emerge e fecha, praticamente não existirá outra planta na área, que ficam suprimidas pela cultura, uma vez que, não sobra espaço de luz para que as invasoras possam se desenvolver”, diz.

Lucas Simas Moreira, Fabrício Bueno Correa e Nilton Cavalheri, de Campo Mourão-PR e José Eduardo Frandsen Filho, de Pitanga-PR

BOCA CHEIA O ANO TODO

APROVEITAMENTO DA PASTAGEM DE VERÃO PARA ALIMENTAÇÃO DOS ANIMAIS NO INVERNO FOI TEMA DE UMA DAS SETE ESTAÇÕES

Dinâmica de máquinas mostrou processo de manejo do composto alimentar, desde o corte da forrageira até o empacotamento do produto para armazenamento

Se anda sobrando comida para alimentação do rebanho no verão e faltando no inverno, esse problema está com os dias contados. Aliás, essa é uma situação bastante comum entre os produtores de carne e leite, que precisam buscar alternativas para garantir a alimentação dos animais no período mais frio do ano.

Agora, com o desenvolvimento de máquinas especializadas, os pecuaristas podem aproveitar a sobra da pastagem de verão, lançando mão do corte e compactação de forrageiras pré-secas, armazenando o composto para, no inverno, disponibilizar aos animais.

Neste sentido, uma das sete estações do Encontro de Inverno, apresentou os novos equipamentos numa parceira que demonstrou na prática, junto com técnicos da Coamo, o custo-benefício da adoção ao sistema, que pode ser feito de forma individual ou coletiva. “É uma tecnologia que permite ao produtor recolher um material que no verão ele tem em excesso na propriedade, armazenar e fornecer no inverno, quando falta alimentação”, esclarece o coordenador da estação, veterinário Clécio Mangolin, do departamento de assistência técnica da Coamo. “O produtor que não trabalha com pecuária, mas planta uma cultura de inverno na propriedade, como a aveia, pode também fazer o material para vender para os demais produtores. Este é um mercado que tem crescido muito na área de ação da Coamo”, sugere.

Clécio Jorge Hansen Mangolin (Goioerê-PR), Cezar Augusto Pante Neto (Toledo- -PR), José Carlos de Andrade (Caarapó-MS), João Ricardo Lima de Souza (Nova Santa Rosa-PR) e Vinicius Dziubate de Andrade (Ivaiporã-PR)

Segundo Mangolim, todas forrageiras destinadas ao consumo animal podem ser transformadas no composto e armazenadas. “Pode ser feito de quase todos os materiais disponíveis na propriedade como aveias branca ou preta, azevém, triticale, brachiária, tifton, grama estrela, alfafa e por aí vai. Tudo que serve de alimento pode ser transformado no composto”, diz.

Contudo, o técnico orienta que a forrageira para ser processada precisa ter entre 50 e 60% de matéria seca em média e 20% de inflorescência. “Ele vai cortar esse material, deixar secar mais ou menos 24 horas para cair um pouco essa umidade, ‘enleirar’, recolher e compactar. Um processo todo feito pelas máquinas demonstradas aqui no evento”, explica.

Nelson de Jesus Batista, de Boa Ventura de São Roque (Centro do Paraná).

Paulo Ademir Kuhn, de Vila Nova (Oeste do Paraná).

Rui Meira de Moura, de São Domingos (Oeste de Santa Catarina).

“É um dia que vemos e aprendemos muita coisa diferente e, ainda levamos novidades para nossa região. Na estação de pré-silagem, por exemplo, obtive informações que certamente, sei que vou utilizar. Esse é o objetivo deste dia, buscar conhecimento para incrementar nosso trabalho no campo.” “Vale a pena deixar um pouco a propriedade para participar. Temos que aproveitar este dia, onde aprendemos muita coisa nova, são novas variedades apresentadas a cada encontro, também se aprende mais sobre doenças, controle de plantas daninhas, enfim, quando venho para cá, sempre aprendo e aproveito para tirar dúvidas.” “Viajei uma distância relativamente grande, mas sei que vale a pena esse esforço, pois tenho a oportunidade de ampliar meu conhecimento. Com certeza, todos associados da Coamo têm muito a ganhar com essa visita. O agricultor precisa se atualizar e a Coamo nos oferece e permite que isso aconteça.”

UM DRIBLE NAS DOENÇAS DO MILHO

CADA VEZ MAIS PRODUTIVOS, HÍBRIDOS SOFREM COM ATAQUES DE DOENÇAS

Atentos, cooperados verificam ensaios com tratamento de doenças em milho

A cada edição do Encontro de Inverno, a estação que aborda o manejo das doenças de milho se reinventa e traz novidades essenciais para a atividade no campo. São híbridos, cada vez mais produtivos, mas que trazem consigo, o aumento no número de doenças. Realidade atual do setor agrícola, que aponta para a necessidade da utilização do controle químico, alternativa eficiente que exige um manejo adequado para que não se perca o potencial produtivo na hora da colheita.

De acordo com o engenheiro agrônomo e coordenador da estação, José Marcelo Rubio, quando o assunto é o controle químico, não existe receita de bolo. “O manejo, é algo muito mais complexo, pois a ocorrência da doença dependerá de ter condição climática favorável e do híbrido não ser tolerante àquela doença. Então, é importante conhecer cada uma e as condições que favorecem a infestação, para depois tomar a decisão de efetuar o controle ou não.”

Rubio esclarece que para um bom plantio deve-se levar em consideração um série de fatores. “As condições que se planta, seja época de plantio, região ou híbrido, UM DRIBLE NAS DOENÇAS DO MILHO impactam na intensidade da doença, ou seja, você pode ter um prejuízo muito grande tanto em qualidade como em produção. Em outras situações, com clima menos favorável, pode ter uma redução quase que insignificante. O importante é o produtor conhecer as doenças, as condições favoráveis para o surgimento e o híbrido que está plantando. Isso ele faz, também, monitorando a lavoura”, considera.

José Marcelo Rubio (Mamborê-PR), André Fernandes de Lima (Engenheiro Beltrão- -PR), Roberto Bueno Silva (Campo Mourão- -PR), Odair Johanns (Goioerê-PR) e Brasil dos Reis (São João do Ivaí-PR)

MANEJO É O MELHOR ALIADO

Adriano Custódio

Para Adriano Custódio, fitopatologista do Iapar, o controle químico é só uma das alternativas. “Temos várias ferramentas para realizar o manejo de doenças. Deve haver a escolha do material certo para cada região, o manejo de fertilidade, atenção para a época de plantio, formando assim um manejo integrado de doenças, ou seja, utilizar toda e qualquer tecnologia acessível.”

ESCOLHA CERTA

Experimentos de trigo voltados ao manejo de doenças chamaram atenção dos cooperados durante o evento

O avanço tecnológico na cultura do trigo traz, também o crescimento no número de variedades. Porém, para extrair o máximo potencial da cultura o produtor precisa realizar um bom manejo, inclusive de doenças, conforme destaca o coordenador da estação “Manejo de doenças em trigo”, engenheiro agrônomo, Guilherme Sávio.

De acordo com o técnico, o produtor deve estar sempre atento às novas tecnologias e manejo, pois o trigo é uma cultura extremamente técnica. “Nos últimos anos, a questão de produtividade tem aumentado bastante. Então, a cultura está sendo sim viável economicamente, mas temos que tomar alguns cuidados de suma importância para ter sucesso.”

Para Sávio, “o manejo deve iniciar com a escolha da cultivar, observação do escalonamento de época de plantio, o tratamento de sementes e o controle químico na parte aérea da planta. Além de manejar corretamente a doença, é preciso realizar a rotação de culturas para reduzir a população de manchas do “mal-do-pé” na lavoura, e depois para manejos específicos de determinadas doenças.”

Laércio Stabbille Junior (Mamborê-PR), Guilherme M. Sávio (Luiziana- PR), Marcílio Saike (Campo Mourão-PR), Paulo H. B. Dias (Campo Mourão-PR) e Diego Ferreira de Castro (Mamborê-PR)

PLANEJAMENTO FAZ A DIFERENÇA

ESTRATEGICAMENTE, O CEREAL PRECISA SER CULTIVADO MEDIANTE ESTUDO ANTECIPADO DO HISTÓRICO DA ÁREA

Erlei Reis, pesquisador da área de fitopatologia da OR Sementes

Erlei Reis, pesquisador da área de fitopatologia da OR Sementes, durante o encontro demonstrou os danos que as doenças causam na cultura do trigo. “Para que os produtores entendam a importância e, portanto, procurem manejar melhor as doenças, temos chamado a atenção de um conjunto de medidas que o produtor deve considerar e saber antes de plantar o trigo.”

Reis exemplifica alguns casos. “Se tiver, por exemplo, a ocorrência do mal do pé ou mosaico com muito azevém na área, só tem uma solução que é por meio de variedades resistentes. Se for mal do pé, deve rotacionar com cultura não suscetível a esta doença, como a aveia, canola e nabo forrageiro. Com a lavoura implantada, se tiver ocorrência de oídio, ferrugem e mancha, a solução é o uso de fungicidas. Para isso, existe um critério e o agricultor não deve pensar só no ganho, mas também no sistema.”

UMA VARIDEDADE PARA CADA ÉPOCA

ESTAÇÃO DE TRIGO ALERTA PARA ÉPOCAS DE PLANTIO E APRESENTA NOVAS CULTIVARES

Cada edição do Encontro de Inverno, a pesquisa traz novas cultivares de trigo para o cooperado, e em 2015 não foi diferente. Na estação com o tema “Variedades e épocas de plantio do trigo”, foram abordadas as características de cada uma, bem como, o melhor período para a instalação da lavoura, abordando o plantio como um todo. Segundo o coordenador da estação e engenheiro agrônomo, Breno Rovani, a equipe apresentou lançamentos que chegam em 2016.

De acordo com Rovani, a estação trouxe aos participantes questões comportamentais de cada variedade. “Existem vários riscos que podemos amenizar com a escolha da cultivar correta, se baseando na característica, correlacionando com a época de plantio e com a região que cada cooperado se encontra. Além disso, é preciso observar o comportamento à doenças foleares e de espiga, não esquecendo, também, da questão de chuva na colheita, do risco da geada, do zoneamento agrícola e da qualidade industrial da variedade”, enfatiza.

TÃO BOM QUANTO LÁ FORA

Luis Cezar Tavares

O fitotecnista da Embrapa Luís César Tavares, defende o cereal brasileiro garantindo que as cultivares produzidas no país, especialmente na região Sul se equiparam as apresentadas no mercado externo. “Temos a qualidade de pão em grande parte do Paraná e, também, trigo melhorador que faz as misturas com as farinhas comuns, atendendo, assim, a demanda de mercado por qualidade”, garante o pesquisador.

Breno Rovani (Campo Mourão-PR), Renato Di Salvo Mastrantonio (Mamborê-PR), Luís Cezar Voytena (Campo Mourão- PR), José Ricardo Pedron Romani (Mangueirinha-PR)

SILAGEM NO PONTO CERTO

PONTO DE CORTE DA PLANTA DE MILHO DETERMINA QUALIDADE E EFICIÊNCIA DA SILAGEM

Extrair o máximo da produtividade da silagem não é uma tarefa difícil. Basta apenas escolher o híbrido correto e realizar um bom manejo, atentando-se sempre à umidade e ponto certo de colheita. Para orientar os cooperados neste sentido, uma das estações de pesquisa do Encontro de Inverno teve como tema a “Influência do manejo da lavoura do milho na qualidade da silagem”.

Demonstração do ponto de corte ideal para preparação da silagem de milho.

O médico veterinário, Sandro Colaço Vaz, coordenador da estação, apresentou aos cooperados alternativas para aumentar a produtividade e, consequentemente, garantir melhor produção animal. “É preciso saber a quantidade de sementes por hectares e o ponto ideal de colheita do milho para silagem. Observamos aqui na fazenda que ao produzir com mais plantas ou com menos plantas, houve diferença de 16% a mais no volume de produção.”

Outro aspecto que o médico veterinário destaca é o ponto de corte para a silagem. “Por meio da pesquisa entendemos que se cortar com 32 a 35% de umidade se obtém uma produtividade de silagem, em torno de 25 a 30%, a mais da produção de matéria seca, e consegue uma produção de leite de até seis mil quilos a mais para cada hectare de silagem”, aponta.

Fabiano Camargo (Campo Mourão-PR), Danilo Marques Bordini (Pitanga-PR), Sandro Colaço Vaz (Engenheiro Beltrão-PR), Diones Adelino da Silva (Palmital-PR) e Sandro Rodrigo Klein (Roncador-PR)

Ele ainda alerta que o cooperado deve estar atento a todos detalhes. “O produtor rural, deve saber o ponto certo de colheita da silagem. Muitas vezes, ele acaba colhendo mais verde, com excesso de umidade e com a falsa ilusão de que está produzindo mais, onde na realidade ele está tendo muitas perdas e produzindo menos matéria seca por hectare”, orienta o coordenador da estação.

Com a silagem bem feita, se obtém excelente qualidade, boa produção e isso se reflete em maior produção de leite e, em caso de gado de corte, em redução no concentrado para a engorda do gado. “Temos uma pesquisa realizada em gado de leite, que demonstra o quanto o híbrido cortado em fases muito verdes pode chegar a perder até dez mil quilos de leite por hectare no ano”, alerta Vaz.

IMAGENS DO ENCONTRO

Marcelo Sumiya (gerente de Assistência Técnica da Coamo), Mateus Zanatta, Adriano Custódio (Iapar), Pedro Sentaro Shioga (Iapar), Luís César Tavares (Embrapa/Soja), Manoel Bassoi (Embrapa/ Soja), José Salvador Simoneti (Embrapa/Soja), Erlei Reis (OR Sementes), Sérgio Ricardo Silva (Embrapa/Soja) e Joaquim Mariano Costa (Fazenda Experimental da Coamo)

Atenção aos detalhes e...

...presença feminina

Participação de mais 500 cooperados por dia no Encontro de Inverno

Diretoria da Coamo sempre presente. Airton Galinari (Superintendente Operacional), Marcelo Sumiya (Gerente de Assistência Técnica), José Varago (Superintendente Técnico) e Claudio Rizzatto (diretor-vice-presidente)

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