Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 466 | Janeiro/Fevereiro de 2017 | Campo Mourão - Paraná

SAFRA DE VERÃO

SAFRA PARA FICAR NA MEMÓRIA

Engenheiro Agrônomo Alessandro de Oliveira, do Detec da Coamo em Juranda, com o cooperado Edmar Rodrigues de Souza

Com chuva e sol na medida certa a safra de verão 2016/17 está sendo promissora para os cooperados Coamo. Uma safra iniciada com incertezas, por conta de um veranico no início da fase vegetativa, mas que foi se confirmando com a regularização do clima e que tem tudo para encerrar de forma positiva. No final São Pedro deu uma força para a realização do trabalho, e até o fechamento desta edição mais de 70% da soja já havia sido colhido. No caso do milho, a colheita já havia superado a casa dos 40%. Os dados constam no relatório de acompanhamento de safra da Gerência de Assistência Técnica da Coamo. 

Na região Centro-Oeste do Paraná o associado Edmar Rodrigues de Souza, do município de Juranda, foi um dos que não perdeu tempo para recolher a produção do campo. Com o trabalho concluído e a segunda safra de milho safrinha já semeada, no momento ele já está computando os resultados de uma boa safra de verão. A média na lavoura de 142 alqueires ficou em 185 sacas por alqueire. “Ficamos até com dúvidas sobre a produção, pois no início da safra tivemos dias frios que poderia ter prejudicado o desenvolvimento das plantas. Porém, quando as máquinas entraram para a colheita veio a boa surpresa”, assinala. De acordo com ele, a produtividade ficou 30 sacas acima da média do ano passado. “Acabou dando tudo certo. O clima foi bom e a lavoura respondeu ao investimento que vínhamos fazendo”, acrescenta.   

O engenheiro agrônomo Alessandro de Oliveira, do Departamento Técnico (Detec) da Coamo em Juranda, ressalta que, ano após ano, os cooperados vêm fazendo vários investimentos para melhorar a produtividade. “O caminho para melhorar a produção e, consequentemente a renda, é implementando novas tecnologias. O resultado desse trabalho é sentido em um momento como este, de boa colheita.”

Se a safra anterior tem motivos para ser esquecida pelos cooperados do Mato Grosso do Sul, está que vem sendo colhida tem se comportado dentro da normalidade. No ano passado, a chuva alagou várias áreas de soja, causando grandes prejuízos aos associados do MS. O cooperado Marcelo da Costa Nogueira, de Sidrolândia (Centro-Norte do Mato Grosso do Sul), conta que se surpreendeu com o início da retirada da soja do campo. “Está sendo uma colheita satisfatória”, frisa.

Ele trabalha com a família e, juntos, cultivam um total de 850 alqueires. A produtividade ficou em torno de 150 sacas por alqueire. Segundo Nogueira, nem tudo correu como o esperado, já que o início da safra foi marcada por falta de chuva. “Foram 31 dias de seca. Não afetou tanto, mas acaba prejudicando. Teve também uma parte da área que sofreu com um veranico de 17 dias em janeiro. Temos que esperar até o final para ver o resultado disso tudo”, pondera.

Cooperado Marcelo da Costa Nogueira, de Sidrolândia (Centro-Norte do Mato Grosso do Sul), se surpreendeu positivamente com o início da retirada da soja do campo. Agrônomo Jackson Roberto Tenfen, do Detec da Coamo em de Maracaju,  analisa lavoura com bom potencial produtivo

Engenheiro agrônomo Mauro Bruno Orso, do Detec da Coamo em Toledo, acompanha com o cooperado Ângelo Caetano Costamilan, a palhada deixada pela soja e que beneficia o milho de segunda safra

Conforme o agrônomo Jackson Roberto Tenfen, do Detec da Coamo em de Maracaju, responsável pela parte técnica da lavoura, os cooperados estão aproveitando o espaço entre uma chuva e outra para intensificar a colheita e, também, para já plantar a segunda safra de milho. “Algumas lavouras de soja sofreram mais com a estiagem no início da safra. Contudo, de uma maneira geral, acreditamos que fecharemos com uma boa média.”

Ângelo Caetano Costamilan, um dos diretores da Colonizadora Maripá, empresa de sociedade anônima cooperada da Coamo em Toledo (Oeste do Paraná), é outro que diz ter se surpreendido com a produtividade. “É a melhor safra de todos os tempos. Tivemos colheita com médias que ultrapassaram as 200 sacas por alqueire e áreas de 170 a 175 sacas. São números que se devem ao fator clima e aos investimentos que vêm sendo aplicados no solo, tratos culturais e em equipamentos modernos”, comenta. No total, são 370 alqueires de soja e 90 de milho, que deverá ser colhido após o corte da oleaginosa. 

Cooperado Ângelo Caetano Costamilan, na foto acima, mostra todo contentamento com a safra de verão

Agricultor tradicional na região Oeste do Paraná, ele conta que começou com a soja no início dos anos 70 e que a cada nova safra foi melhorando a atividade e aplicando tecnologias que pudessem melhorar a produtividade. “Durante esse tempo também formamos parcerias como a que temos com a Coamo, que presta uma assistência tecnológica que permite esses bons números. Estamos dando nossa contribuição para que o Brasil seja o celeiro do mundo na produção de sementes”, conta o cooperado que faz questão de mostrar o patriotismo mantendo a bandeira do Brasil hasteada na propriedade.

O engenheiro agrônomo Mauro Bruno Orso, do Detec da Coamo em Toledo, trabalha na região Oeste do Paraná há 21 anos e afirma que a colheita está se confirmando como a melhor safra dos últimos anos naquele canto do Estado. “Tivemos algumas poucas áreas que sofreram com problemas climáticos, mas foram situações isoladas. De maneira geral, as lavouras estão respondendo aos investimentos. O cooperado que fez a parte dele está colhendo bons resultados”, diz.

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