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Na fazenda Santa Adélia, em Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste do Paraná), de propriedade do cooperado Jair Gilberto Rosolem, enquanto a colheita da soja é efetuada, simultaneamente, ocorre o plantio do milho. Cooperado junto com a esposa Rose e o agrônomo José Petruise Ferreira Júnior analisam semeadura da nova safra
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Cada dia de atraso no plantio da segunda safra de milho resulta em três dias perdidos na colheita. Uma conta que pode influenciar no resultado final do cereal, considerado cultivo de risco no inverno, e que pode sofrer com geada no período. Com foco nesse conhecimento, os produtores correm contra o tempo para garantir uma segunda safra no ano. A poeira das colheitadeiras nem abaixam e já vem atrás o trator puxando a plantadeira e colocando na terra a expectativa de mais uma boa produção do cereal.
Na fazenda Santa Adélia, em Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste do Paraná), de propriedade do cooperado Jair Gilberto Rosolem, o trabalho começa bem cedo e segue até tarde da noite. Enquanto a colheita da soja é efetuada, simultaneamente, ocorre o plantio do milho. “Estamos aproveitando o máximo do tempo para colher e já plantar. A produtividade com a soja está muito boa, a melhor que já colhemos e a expectativa com o milho safrinha não é diferente”, garante. A produtividade de soja atingiu pico de até 184 sacas por alqueires e a previsão é de fechar entre 170 a 180 sacas de média nos 285 alqueires de plantio da fazenda.
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Jair Rosolem: "Produtividade com a soja está muito boa, a melhor que já colhemos e a expectativa com o milho safrinha não é diferente."
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Tradicional produtor da região, Jair Rosolem assegura que está fazendo um bom investimento no milho de segunda safra e que espera colher perto de 300 sacas por alqueire. “Essa é a nossa previsão. Investimos para colher acima de 300 sacas, mas se fechar entre um pouco menos já estaremos satisfeitos”, ressalta. Para que isso ocorra, o cooperado comenta que é preciso torcer para que o clima ajude e capricha na colheita e depois nos tratos culturais.
Segundo o engenheiro agrônomo José Petruise Ferreira Junior, do Detec da Coamo em Engenheiro Beltrão, a safra de soja superou as expectativas, e o mesmo se espera do milho segunda safra. “Os cooperados estão colhendo o resultado dos investimentos. No caso do milho de segunda safra não é diferente e se tudo der certo, principalmente com o clima, teremos mais uma grande safra”, diz.
O agrônomo orienta para que os cooperados caprichem no plantio, fazendo o trabalho com a velocidade correta e boa umidade do solo e que depois não descuidem dos tratos culturais. “Cada região tem a sua particularidade. Na nossa, por exemplo, temos incidência de percevejos. É preciso atenção com essa praga. O cooperado também tem que cuidar da sanidade das lavouras e ficar atento as plantas invasoras para não perder produtividade”, alerta Pretruise.
No município de Fênix (Centro-Oeste do Paraná) a situação no campo não é nada diferente. Na propriedade dos irmãos Alceu e Dirceu Pinto Ferreira a soja já foi colhida e o plantio do milho está a todo vapor. No inverno a cultura é a principal fonte de renda na região e integra o sistema produtivo dos irmãos Ferreira há pelo menos 12 anos. “Nesses anos, fomos melhorando o cultivo. Investimos em novas tecnologias e aprimoramos o manejo com o milho safrinha. Os resultados foram aparecendo e a cada ano não poupamos investimentos. A cultura já se consolidou com uma importante safra. Está valendo a pena”, comenta.
De acordo com Dirceu, a produtividade média na propriedade tem sido acima dos 280 sacas por alqueire, com picos de até 340 sacas em alguns talhões. Ele conta que houve uma grande evolução no cultivo do cereal com o surgimento de híbridos mais adequados para a região e de tecnologias e práticas que viabilizam a cultura no sistema produtivo. “Nossa parte nós sempre fazemos. Buscamos o que há de melhor no mercado e seguimos todas as orientações da assistência técnica da Coamo. O resultado está aí. Uma grande safra de verão, com produtividade entre 15 e 20% maior do que no ano passado e com boa expectativa com o milho safrinha.”
Giovani Augusto Gerson Pinheiro, engenheiro agrônomo encarregado do Detec da Coamo em Fênix, revela que a segunda safra de milho representa 95% da área de plantio no município. Segundo ele, a cultura já se tornou importante para os cooperados da região, seja pensando na parte econômica ou no sistema produtivo. “O sistema está cada vez melhor, com boas produtividades nas duas culturas [soja e milho safrinha]. São novas variedades, mais precoces, e que permitem o plantio da safrinha mais cedo e sem comprometer a principal safra, que é a soja. Cooperados como os irmãos Ferreira, que são adeptos a novas tecnologias e seguem as orientações, conseguem bons resultados.”
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No município de Fênix (Centro-Oeste do Paraná) a situação no campo não é nada diferente. Na propriedade do cooperado Dirceu Pinto Ferreira a soja já foi colhida e o plantio do milho está a todo vapor. Giovani Augusto Gerson Pinheiro, agrônomo da Coamo, revela que a cultura se tornou importante para os associados da região, seja pensando na parte econômica ou no sistema produtivo
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