Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 478 | Março de 2018 | Campo Mourão - Paraná

SAFRA DE VERÃO

NA ROTA DA COLHEITA

Até o fechamento desta edição, 85% da área de soja tinha sido colhida

Com a operacionalização da colheita da safra de verão, que segue a todo vapor nas áreas produtoras, a Revista Coamo foi acompanhar de perto o andamento da colheita em várias regiões de atuação da cooperativa no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Por onde se passava, o que mais se via era movimentação no campo, seja de máquinas colhendo ou caminhões transportando a produção. Nas regiões produtoras de milho de segunda safra, os campos amarelados com a palhada da soja já estavam verdes com as novas plantas que emergiam e se desenvolviam, ou então, as plantadeiras que seguiam nos rastros das colheitadeiras, sem perder tempo. Tempo aliás, que nesta safra foi determinante.

Os cooperados da Coamo não medem esforços quando o assunto é investimento. Utilizam insumos de qualidade, planejam o plantio e fazem os tratos culturais necessários. Porém, dependem de algo que não está ao seu alcance que é o clima. Eles atravessaram um período difícil desde o plantio, com excesso de chuvas, e verão com baixa incidência de luminosidade, o que alongou o ciclo de desenvolvimento das plantas.

As previsões de que a safra seria influenciada pelo La Niña fraco, com falta de chuvas, não se concretizaram. Faltou chuva somente no início do período de plantio para algumas regiões, como a Oeste do Paraná, por exemplo, atrasando a largada do trabalho. Com isso, os produtores começaram a colher quase que simultaneamente.

Um fator que está beneficiando os cooperados é em relação aos preços, que desde o início do ano teve valorização tanto para a soja quanto para o milho. A alta no valor das commodities está ocorrendo em decorrência do longo período de seca na Argentina, um dos grandes produtores mundiais de soja ao lado dos Estados Unidos e Brasil. Os técnicos argentinos comentam que esta é a maior estiagem no país nos últimos 30 anos e falam em perdas ao redor de 10 milhões de toneladas de soja, que já está refletindo no mercado externo.

MÁQUINAS NO CAMPO, ENTRE UMA CHUVA E OUTRA EM AMAMBAI (MS)

Casal Paulo e Ana Cleida e os filhos Rodrigo e Rogério, acompanham colheita da soja em Amambai

Cooperados aproveitam janela sem chuva para colheita

A região Sul do Mato Grosso do Sul foi a primeira visitada pela Revista Coamo. No início de março, máquinas no campo e caminhões nas estradas mostravam um trabalho intenso para recolher a safra. Os cooperados aproveitavam os intervalos entre uma chuva e outra para retirar o máximo de grãos das lavouras. 

A família Augusto montou uma grande operação de trabalho na Fazenda Pontal, em Amambai. Três colheitadeiras cortavam a lavoura enquanto diversos caminhões transportavam os grãos até a cooperativa, tudo acompanhado de perto pelo casal Paulo e Ana Cleida e os filhos Rodrigo e Rogério. 

Foram cultivados neste ano um total de 372 alqueires com a oleaginosa. De acordo com Rogério, o plantio atrasou de dez a 15 dias em função da falta de chuva. Durante o desenvolvimento da lavoura, o clima transcorreu de forma regular. “O maior problema foi com a colheita, devido ao excesso de chuva. Além da dificuldade de colher, temos outra situação que é a demora para entregar a produção, já que os grãos estão saindo da propriedade com umidade alta e demora para secar. O caminhão fica na fila e trava os trabalhos na roça. Outra preocupação é com a perda de qualidade dos grãos.”

Em relação a produtividade, o cooperado revela que esta normal, entre 155 e 160 sacas por alqueire. “Tínhamos expectativa de uma supersafra, mas o clima não contribuiu para que isso acontecesse. Contudo, ainda estamos tendo uma boa produtividade. O momento agora é de correr contra o tempo e aproveitar os períodos sem chuva”, destaca.

Outro ponto de preocupação é com a safrinha de milho, que teve um atraso em mais de 15 dias de início do plantio. De acordo com o engenheiro agrônomo Fábio Alves, encarregado do departamento Técnico da Coamo em Amambai, no mesmo período do ano passado 80% da área de soja estava colhida, contra cerca de 50% neste ano e toda a área de milho safrinha já estava semeada.

Alves explica que as lavouras de soja sofreram com longos períodos de chuva e pouca luminosidade, retardando o ciclo e, consequentemente, atrasando a colheita. “Visualmente, as lavouras apresentavam uma melhor produtividade, mas mesmo assim, diante de tantas adversidades, acreditamos que fecharemos com uma das melhores médias do município. Isso é graças aos investimentos realizados pelos cooperados ao longo dos anos. Na Fazenda Pontal, por exemplo, em mais de 50% da área já foi realizada agricultura de precisão. O cooperado vem fazendo a sua parte e seguindo as recomendações técnicas para que alcance todo o potencial produtivo. Infelizmente, algumas vezes o clima não contribui tanto, mas isso é uma questão que não podemos controlar.”

"MELHOR CHUVA DO QUE SOL, CHUVA DÁ VIDA”, MARTIM ARAÚJO, DE CAARAPÓ (MS)

"Foi um ano atípico. Faltou chuva para plantar e depois veio muita água. Ainda assim a safra transcorre de forma normal." Cooperado Martim Flores de Araújo, de Caarapó (MS)

Outro cooperado que aproveitou a janela de sol para intensificar o trabalho foi Martim Flores de Araújo, de Caarapó. A propriedade com 170 alqueires de soja fica em Dourados. A colheita atrasou em comparação ao ano passado e o motivo também foi o clima. “Foi um ano atípico. Faltou chuva para plantar e depois veio muita água. Ainda assim a safra transcorre de forma normal. Como dizia meu pai: melhor chuva do que sol, chuva dá vida”, comenta. 

A produtividade média na Fazenda Aurora foi de 150 sacas por alqueire. “Não houve perda de qualidade e estamos com uma quantidade de grãos excelente. O que incomoda um pouco é a parte operacional, já que tivemos de esperar os intervalos entre uma chuva e outra para colher. Temos que administrar e saber lidar quando as coisas não saem do jeito que a gente quer”, pondera Araújo.

O engenheiro agrônomo André Miguel Vargas, do Detec da Coamo em Caarapó, revela que, de maneira geral, os cooperados colheram uma boa safra, com produtividades entre 145 e 193 sacas por alqueire. “A chuva durante a colheita trouxe preocupação e atrapalhou o trabalho no campo, mas ainda assim conseguimos uma boa safra”, diz.

Martim de Araújo, de Caarapó (MS)

MÉDIA ACIMA DO ESPERADO EM SÃO JOÃO DO IVAÍ (PR)

Média nos 39 alqueires de soja do cooperado Paulo Cesar Luiz, de São João do Ivaí (PR), fechou em 150 sacas

Quando recebeu a equipe de reportagem da Revista Coamo, o cooperado Paulo Cesar Luiz, de São João do Ivaí (Centro-Norte do Paraná), já havia terminado a colheita de soja em sua área e prestava serviço em outra propriedade. A média nos 39 alqueires de soja fechou em 150 sacas.“Mesmo com todos os transtornos que tivemos ainda fechamos com uma boa média. Ficou acima do que imaginávamos durante o ciclo da lavoura.”  

Paulo Cesar Luiz com o agrônomo Lucas Ricardo Vanzzo

Ele conta que vem seguindo as orientações da assistência técnica da Coamo e investindo em tecnologias e sistemas de produção para melhorar a produtividade. “Não controlamos o clima, mas se a planta estiver bem nutrida supera melhor as adversidades.”

O plantio da safrinha também atrasou. Contudo, as plantas seguem em desenvolvimento e o cooperado espera uma boa produção. “A expectativa é boa. Tudo depende do clima, se não esfriar muito cedo teremos uma boa safra.”

Conforme o engenheiro agrônomo Lucas Ricardo Vanzzo, do Detec da Coamo em São João do Ivaí, o desenvolvimento da safra se mostrava abaixo do que foi colhido. “No final, a produtividade nos surpreendeu. Diante do atraso no plantio, excesso de chuva e falta de luminosidade, ainda assim podemos dizer que a safra foi boa.”

COLHEITA COM OLHO NO CLIMA, EM LUIZIANA (PR)

Fica a lição de que por mais que se planeja, nem sempre sai como a gente quer", Inácio Monegat, de Luiziana (PR)

Sem perder tempo com a colheita e de olho na previsão climática, o cooperado Inácio Monegat, de Luiziana (Centro-Oeste do Paraná), trabalhava de forma intensa para retirar do campo o máximo possível da produção antes de mais uma chuva que se aproximava. A produtividade oscilou de 130 a 175 sacas nos 285 alqueires ocupados com a soja. Monegat observa que no início da safra, a lavoura sofreu com doenças de raiz e fungos, fazendo com que as plantas demorassem para arrancar.

O atraso na colheita da soja fez com que o cooperado mudasse totalmente o planejamento para a segunda safra, que seria com milho e trigo. O trigo está mantido e até ganhará mais área, enquanto que o milho safrinha não será mais cultivado. “Por mais que se planeje, nem sempre sai como a gente quer. Temos que nos adaptar com as adversidades, fazer a nossa parte e acreditar que teremos um bom retorno.”

O engenheiro agrônomo Alessandro Vitor Zancanella, do Detec da Coamo em Luiziana, recorda que o clima frio e chuvoso fez com que as plantas demorassem para sair do chão. “Foi uma germinação lenta. Tivemos 30 dias de chuva - 15 de dezembro a 15 de janeiro - que atrapalhou o desenvolvimento das lavouras mais adiantadas.” As primeiras áreas colhidas no município renderam entre 140 e 150 sacas, e as mais tardias de 170 a 175 sacas por alqueire. “A produtividade média está 10% menor do que no ano passado. Porém, o preço está melhor.”

LIMITAÇÕES E CARACTERÍSTICAS DA ALTITUDE DE PALMAS (PR)

Em Palmas (PR), os cooperados Ricardo e Jucelito Bordin, filho e pai, estão colhendo um resultado positivo

A expectativa era de uma safra com pouca chuva e ficou bem longe disso, também, na região Sudoeste do Paraná. Em Palmas, os cooperados Jucelito e Ricardo Bordin, pai e filho, estão colhendo um resultado positivo. São cerca de 372 alqueires de soja cultivados. Devido as condições climáticas, o ciclo se alongou, mais nada que interferisse no rendimento. “Estamos em uma região com altitude de mais de mil metros e não fazemos uma segunda safra. Esses dias a mais não atrapalham nosso planejamento e percebemos um grão mais pesado e com mais qualidade. O ciclo mais longo traz uma incidência de doença e lagartas, mas fazendo os tratos culturais a lavoura fica sadia”, assinala Ricardo.

Investimento em tecnologia é palavra de ordem para a família Bordin, que utiliza tudo o que precisa para obter os bons resultados. “Escolhemos os melhores produtos, fazemos as aplicações na hora certa e utilizamos bons maquinários. Sabemos que o que define a safra, é o clima, mas fazemos a nossa parte”, destaca Ricardo.

Investimento em tecnologia é palavra de ordem para a família Bordin

Jucelito Bordin observa que o ano será ainda melhor porque o preço da soja está reagindo em comparação ao ano passado. “Além da boa produtividade, estamos com preços melhores. Da porteira para dentro, fazemos a nossa parte, mas para fora ainda faltam alguns ajustes. Ainda bem que temos a Coamo como grande parceira, oferecendo opções de comercialização e segurança para receber nossa safra.”

O engenheiro agrônomo Alcione Dalla Giacomassa, do Detec da Coamo em Palmas, revela que os trabalhos na região devem se prolongar até o final de abril. Ele destaca que o município tem as suas limitações e características por causa do clima. “Estamos em altitude elevada, acima de mil metros, e isso traz alguns benefícios e outras implicações. Nesta safra tivemos problemas com mofo branco, em função da temperatura favorável para a doença. Mas, no geral a safra será boa.”

TRABALHO A TODO VAPOR EM GUARAPUAVA (PR)

O cooperado Carlos Luhm, de Guarapuava (Centro-Sul do Paraná), começou a colheita da safra de verão pelo milho. A expectativa era de um rendimento médio de cerca de 480 sacas por alqueire e fechou com pouco mais de 420 sacas por alqueire. Já em relação a soja, ainda não há fechamento da safra. A primeira carga colhida pelo cooperado foi de 172 sacas e depois caiu para 145, em uma área de cerca de dez alqueires. “A produção ficou abaixo do esperado. O clima transcorreu bem, com boa umidade e utilizamos uma boa tecnologia. Vamos esperar o final para computar todos os dados e ver o que aconteceu.”

Em relação ao ano passado, atrasou cerca de dez dias para iniciar a colheita. “Parte da lavoura plantamos já no início da janela. Depois veio a chuva e paralisou os trabalhos alongando o ciclo.”

Cooperado Carlos Luhm, de Guarapuava (PR), começou a colheita da safra de verão pelo milho

O engenheiro agrônomo Adalberto Roque Ragugneti, do Detec da Coamo em Guarapuava, observa que, de maneira geral, o clima ajudou as lavouras da região. “Havia previsão de pouca chuva, mas houve o inverso. Porém, o tempo chuvoso e de temperaturas mais baixas fez com que algumas áreas sofressem com mofo branco, prejudicando o desenvolvimento, principalmente as plantadas mais cedo.” De acordo com o agrônomo, a colheita deverá seguir até o final de abril.

QUEDA DE PRODUTIVIDADE NA REGIÃO OESTE DO PR

"Nossa empresa a céu aberto nos proporcionou essa dificuldade neste ano. Se não utilizássemos alta tecnologia, fizéssemos o manejo correto, seria ainda pior o resultado”, avalia o cooperado Roberto Scholz, de Toledo (PR)

Na área de ação da Coamo, a região que mais sofreu foi o Oeste do Paraná. Tradicionalmente, é a que abre o período de plantio no verão. Nesta safra houve antecipação em cerca de dez dias para a semeadura, dentro do zoneamento e vazio sanitário. Porém, devido à falta de chuva, o trabalho de forma mais intensa só ocorreu nos últimos dias de setembro. Foi nesse período que o cooperado Roberto Scholz, de Toledo, levou as máquinas para o campo.

Ele conta que algumas variedades foram plantadas fora da época e para atrapalhar ainda mais, outubro foi um mês bastante chuvoso. “Foram 15 mm em média por dia. No final de outubro choveu 300 mm em uma noite. Depois, em novembro, foram 27 dias de seca e em dezembro voltou a chover atrapalhando as aplicações. O reflexo foi a queda na produção entre 30 e 50 sacas de média no município. No meu caso, foram em torno de 35 sacas a menos em comparação ao ano passado.”

A tecnologia empregada na safra, segundo Scholz, foi de ponta, com a expectativa de colher todo o potencial produtivo. “A nossa empresa a céu aberto nos proporcionou essa dificuldade neste ano. Se não utilizássemos alta tecnologia e fizéssemos o manejo correto, seria ainda pior o resultado”, avalia.

Uma novidade na área do cooperado nesta safra foi o plantio de milho verão em um pequeno lote da propriedade. O grão foi cultivado em outubro, depois do plantio da soja e teve um resultado satisfatório. Já a área de safrinha de milho sofreu uma redução em torno de 30%. “Passou do limite para o plantio. A área em que entraria milho, está sendo ocupada com brachiária para cobertura.”  

Novidade foi o plantio de milho verão em uma pequena área  da propriedade

O engenheiro agrônomo Itamar Suss, encarregado do Detec da Coamo em Toledo, recorda que a região vem de uma boa safra em 2016/2017 e a expectativa para esse ano também era boa. “Os diversos fatores climáticos fizeram com que a produção ficasse abaixo da expectativa e do potencial. Houve emprego de alta tecnologia, mas a agricultura não depende só disso. Tem um ponto fundamental que é o clima”, diz.

A queda na produtividade da soja em Toledo é estimada em 20%. A área de milho safrinha sofreu uma redução próxima de 20%. As áreas serão ocupadas com trigo ou aveia e brachiária para cobertura.

MILHO E SOJA COM BOA PRODUTIVIDADE NO OESTE DE SC

Cooperado Jairo Eduardo Zimmermann, de Xanxerê (SC), já finalizou a colheita de milho e o trabalho com a soja segue a todo vapor

Na região Oeste de Santa Catarina, a expectativa se mantém otimista. O clima também influenciou no desenvolvimento da safra, mas nada que pudesse desanimar os agricultores. O cooperado Jairo Eduardo Zimmermann, de Xanxerê, já finalizou a colheita de milho e o trabalho com a soja segue. A Fazenda Brasão fica em Bom Jesus, município vizinho a Xanxerê, uma região cercada por belezas naturais e boa produtividade nas lavouras. E neste ano não está sendo diferente.  

Em comparação ao ano passado o ciclo se alongou entre 10 a 15 dias. “Não fechamos ainda, mas temos relatos de colegas que produziram até mais de 200 sacas de soja por alqueire. Nossa meta é fechar em 170. Elaboramos o plano de insumos para 180 sacas, mas 170 já está muito bom.” No caso do milho, o planejamento era de colher 484 sacas.  “Tanto a safra de soja quanto a de milho se comportaram de maneira diferente esse ano. Os eventos climáticos que definiram as médias, em torno de 15 a 20% a menos em comparação ao ano passado.”

Todo ano Zimmermann adota o sistema de rotação de culturas. No verão, a área que estava com soja passa a ter milho, e no outro ano o inverso. Já na safra de inverno, a área receberá aveia para cobertura.

Cooperado Jairo Eduardo Zimmermann, de Xanxerê (SC), já finalizou a colheita de milho e o trabalho com a soja segue a todo vapor

O engenheiro agrônomo Ezequiel Segatto, do Detec da Coamo em Xanxerê, observa que o preço do milho está compensando a pequena diminuição de produtividade. “Temos na região, vários cooperados adeptos ao cultivo de milho no verão e alguns, como é o caso do Jairo, que cultiva 50% da área com o grão. Nesse sentido, observamos que a rotação de culturas ajudou a amenizar as possíveis perdas provocadas pela adversidade climática”, diz. 

O agrônomo revela que a média histórica de soja na região gira em torno de 145 e 157 sacas por alqueire. “Partindo desses números vemos os cooperados colhendo entre 165 e 180 sacas de soja por alqueire, com alguns casos passando de 200 sacas. Então, estamos com uma boa safra e até acima do esperado, levando em conta o clima bastante chuvoso e de temperaturas baixas”, assinala Segatto.

SAFRA CHEIA NA CAPITAL NACIONAL DA SEMENTE DE SOJA

Clima que beneficia as lavouras dos irmãos Nelson e Danilo Martini, em Abelardo Luz (SC)

Em Abelardo Luz, município que faz fronteira com o Sudoeste paranaense, os irmãos Nelson e Danilo Martini também colhem uma boa safra. “Esperamos fechar com uma boa produtividade, na faixa de 180 sacas por alqueire. Foi um bom ano, já que não faltou chuva e as pragas e doenças foram controladas”, comenta Nelson.

Ele lembra que a região é conhecida como a capital da semente de soja, justamente pelo clima que beneficia as lavouras. “Só precisamos fazer a nossa parte, seguindo as recomendações técnicas. Não temos que reclamar. Estamos contentes com o resultado”, destaca Nelson.

Clima que beneficia as lavouras dos irmãos Nelson e Danilo Martini, em Abelardo Luz (SC)

Na safra passada os irmãos fecharam com uma produtividade média de 190 sacas por alqueire. “No ano passado, o preço não ajudou muito, mas nesta safra estamos comercializando melhor.”

Conforme o engenheiro agrônomo Almir José Schaedler, do Detec da Coamo em Abelardo Luz, o clima influenciou para o bom desenvolvimento da safra na região. “A colheita está seguindo dentro da normalidade. Os cooperados estão aproveitando bem os dias de sol e retirando do campo uma boa safra de soja.”

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