Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 484 | Setembro de 2018 | Campo Mourão - Paraná

SAFRA 2018/19

"Seguro é o que faltava para o agricultor ter uma profissão com segurança."

Um bom planejamento da safra exige uma série de medidas e decisões do produtor rural. São ações que nem sempre estão relacionadas ao manejo das lavouras. Mais do que adquirir adubo, sementes, herbicidas, inseticidas e fungicidas, entre outros insumos, é preciso incluir no seu plano safra o seguro agrícola. Trata-se de uma decisão que garante ao agricultor o equilíbrio financeiro e a estabilidade, que no passado era pouco comum.

A agricultura é uma atividade cíclica, com possibilidade de altos e baixos, principalmente devido a riscos climáticos. Cada safra é diferente nas várias regiões produtivas no país.  “Cada produtor é um produtor diferente, ele planeja e espera safras satisfatórias, mas não tem o controle do clima e assim, pode ter anos muito bons e, também, outros anos com produtividades abaixo do esperado”, informa o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo.

“Não dá mais para assumir os riscos da produção sem pensar no seguro. Este insumo é relevante e deve estar incorporado ao planejamento dos custos de produção. O seguro agrícola é um insumo que o homem do campo não pode abrir mão”, alerta Gallassini, acrescentando que,  “o  seguro era o que faltava para o agricultor ter uma profissão com segurança. Assim ele planta e colhe, mas  se por acaso houver frustração e ele tiver seguro, pode ficar tranquilo, pois seu prejuízo será coberto pela indenização.”

A receita para proteger a atividade agrícola, segundo o presidente da Coamo é bastante simples. “Os agricultores mesmo os mais capitalizados, com grande ou pequena área, não tem bola de cristal para saber como será a sua safra, o clima e a produtividade. Então ele não pode correr riscos e deve aproveitar a oportunidade de fazer seguro. É questão de consciência, uma ação de proteção para evitar prejuízos em caso de perdas por frustração climática.”

José Aroldo Gallassini diz que é grande o número de associados da Coamo que contratam o seguro agrícola, mas defende que essa prática deve ser uma regra natural e integrar o planejamento de cada safra. “Os associados da Coamo estão mais conscientes e não podem deixar de fazer o seguro agrícola mesmo estando com boa situação financeira. É necessário garantir e consolidar a segurança da produção. Um bom exemplo do uso do seguro está na compra de um carro novo. O proprietário adquire o veículo e não sai da concessionária sem que o veículo esteja segurado, para ter proteção e evitar prejuízos futuros”, esclarece.

Gallassini: “Não dá mais para assumir os riscos da produção sem pensar no seguro."

Área Segurada:

BRASIL 10%

EUA 90%

Conforme levantamento das instituições de seguros, o número de área agrícola  com cobertura de seguro no Brasil é de 10%, enquanto que nos Estados Unidos,  passa dos 90%. “Tanto lá nos EUA como no Brasil o agronegócio é relevante para a economia e superávit da balança comercial, porém se o Brasil quiser produzir mais e ser mais competitivo tem que ampliar a área protegida com seguro. O jeito é se prevenir, correr atrás e fazer seguro. O produtor tem de entender a importância do seguro para não correr riscos, pois com este insumo ele terá a garantia de estabilidade no setor agrícola”, comenta o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini.

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