Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 484 | Setembro de 2018 | Campo Mourão - Paraná

DICA DO CAMPO

Aprendendo mais sobre...TOMATE

O tomate está entre as hortaliças mais consumidas no mundo, sendo uma fonte de vitaminas A e C e de sais minerais como K e Mg. É um fruto originário dos países andinos, desde o norte do Chile até a Colômbia. Pertence à família das Solanaceas, como o pimentão, o jiló, a berinjela e a batata. A faixa de temperatura ideal para o desenvolvimento do tomateiro está entre 15 e 25 ºC.

  • Época de plantio: o ano todo, exceto nas regiões de inverno intenso, onde deve ser plantado de agosto a novembro.

  • Semeadura: em sementeiras, em sulcos espaçados de 10 cm, numa profundidade de 1 cm. Gastam-se 3 a 4 g de sementes para 1 m2 de sementeira. Pode-se semear em copinho de papel com 5 a 6 cm de diâmetro e 7 a 10 cm de altura. O enchimento dos copinhos é feito com a mesma terra da sementeira. Colocam-se 3 ou 4 sementes por copinho. Cada grama contém cerca de 300 sementes.

  • Transplantio: é feito 25 a 30 dias após a semeadura, quando as mudas estão com 6 ou 7 folhas. Com espaçamento de 1 m entre as linhas e de 50 a 70 cm entre as plantas.

  • Adubação: para cada cova: 3 litros de esterco de curral, 300 g de superfosfato simples e 100 g de cloreto de potássio. Os adubos minerais podem ser substituídos por NPK na formulação 4-14-8.

  • Irrigação: na sementeira, uma por dia, e em intervalos de 3 ou 4 dias depois do transplantio.

  • Adubação em cobertura: depois do transplantio e do pegamento das mudas, deve-se fazer uma aplicação de 20 g de sulfato de amônio ou nitrocálcio por planta. Três outras aplicações devem ser feitas, a intervalos de 20 dias.

  • Amontoa: logo após a primeira adubação em cobertura deve-se chegar a terra junto da planta.

  • Estaqueamento: na época do transplantio colocar estacas de 2,30 a 2,50 m junto às plantas. As estacas são amarradas num suporte.

  • Amarração e desbrota: à medida que a planta vai crescendo, fazem-se amarrações na estaca e eliminam-se os brotos que surgem nas axilas das folhas. Para as cultivares do tipo caqui faz-se o desbaste dos frutos, deixando 2 ou 3 por penca para que cresçam mais e de modo mais uniforme.

  • Colheita: de 90 a 100 dias depois do transplante os frutos devem ser colhidos conforme forem amadurecendo.


COMO COMPRAR

No mercado são encontrados vários tipos de tomate: Santa Cruz, Caqui, Italiano, Cereja e Saladinha. O tomate denominado longa vida tem maior conservação pós-colheita. No mercado, tem a mesma aparência dos outros, mas quando bem maduro e vermelho ele se mantém firme por mais tempo. Em alguns mercados também se encontra tomate Cereja e do grupo Santa Cruz de cor amarela. A cor, a firmeza e a sanidade são as características mais importantes na hora da compra. Os frutos devem estar de vez, quando se pretende conservá-los em casa por mais tempo. Quando totalmente vermelhos, servem para consumo imediato ou para molho. Evite comprar os frutos totalmente verdes (eles podem não amadurecer), com furos, com manchas ou ferimentos. Ao escolher os frutos, deve-se evitar apertá-los ou jogá-los na banca, para não os estragar.


COMO CONSERVAR

Os tomates se conservam relativamente bem fora da geladeira por poucos dias. Tomates vermelhos se estragam mais rapidamente, por isto devem ser consumidos primeiramente. Tomates de vez devem ser mantidos em ambiente natural até o completo amadurecimento, pois se mantidos em geladeira, perdem qualidade quanto ao sabor e ao aroma. O tomate cru (inteiro ou picado) não deve ser congelado. Somente o molho de tomate pode receber este tratamento.


COMO CONSUMIR

O tomate pode ser consumido em saladas, purê, molho, doce, geleia ou suco. Prefira tomates maduros ou de vez, pois o tomate verde não tem valor nutritivo adequado. Os tomates tipo Caqui e Italiano são mais indicados para salada. Para preparo de molho, purê e geleia prefira os tomates Santa Cruz ou Saladinha que apresentam maior rendimento. O tomate Cereja pode ser usado inteiro como aperitivo ou em saladas. Quando o tomate é consumido cru, principalmente com casca, é fundamental higienizá-lo bem antes do consumo. Após lavagem em água corrente, os frutos devem ser deixados de molho, em água filtrada, a qual é adicionada um sanitizante próprio para desinfecção de hortaliças. Este sanitizante, geralmente à base de cloro, deve ser usado na dose e pelo tempo indicados no rótulo. Em seguida, enxague os frutos com água filtrada. Esse tratamento, assim como o uso de vinagre, não elimina resíduos de pesticidas ou agrotóxicos, mas elimina microorganismos presentes na casca que podem causar danos à saúde.

Fonte: Embrapa Hortaliças

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