Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 486 | Novembro de 2018 | Campo Mourão - Paraná

ENTREPOSTOS 40 ANOS

Unidades Coamo QUARENTENÁRIAS

Associado João Pietrowski, de Boa Esperança, chegou no município em 1952 e já é cooperado há mais de 40 anos, antes mesmo da instalação na cidade

Cinco Unidades da Coamo estão completando 40 anos de fundação. Boa Esperança, Iretama, Palmas, Peabiru e Roncador foram implantadas em 1978. Um importante período da cooperativa, onde foram realizados novos investimentos e expansão na região de Campo Mourão e no Sul do Paraná, com o objetivo de produzir sementes.

 Com a filosofia do cooperativismo de resultado da Coamo, os associados se desenvolveram, a cooperativa evoluiu e se consolidou com importante ferramenta para a difusão da tecnologia melhorando o sistema produtivo e aumentando a produção a cada ano. O associado João Pietrowski, de Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná), chegou no município em 1952 e já é cooperado há mais de 40 anos, antes mesmo da instalação na cidade. “Trabalhava com a Coamo ainda quando estava em Campo Mourão. Era um período bem diferente e a agricultura era na base da fase da lua e da superstição, seguindo almanaques.”

Da criação de suínos, passando pelas culturas do café, arroz, amendoim, feijão, algodão, extração de madeiras e, atualmente, o cultivo de grãos, como soja, trigo e milho, os agricultores demonstraram capacidade de absorção de tecnologia. “A Coamo começou a trazer novidades e vimos que esse era o caminho, sem falar que passamos a ter segurança para comercializar a nossa produção.”  

Pietrowski recorda que a cooperativa começou em Boa Esperança em uma estrutura acanhada e que ano a ano o entreposto foi recebendo investimento e evoluindo no atendimento.  Com 82 anos de idade, ele passou a administração dos negócios para filhos e netos. “Foi um período de muita dedicação, de destocas para abrir as áreas, erosão no solo, lavouras cheias de matos e sem muitas opções de controle. Na época colhíamos de 80 a 100 sacas de soja. Hoje a produtividade chega a 190 sacas e temos mais comodidade para trabalhar. Sou cooperativista, minha família e o povo de Boa Esperança tem muito a agradecer à diretoria da Coamo.”

Mais do que a filosofia cooperativista, a Coamo levou para Boa Esperança instalações físicas constituídas por máquinas e armazéns, assistência técnica, administrativa e financeira. A presença cooperativa em Boa Esperança deu-se no ano de 1978 com a aquisição do Entreposto junto à Coagel. Na época, a capacidade de armazenagem era de 500 mil sacas de produtos a granel e um pequeno escritório administrativo. Foram investidos grandes volumes de recursos na estrutura física da unidade e chegou a implantação de um conjunto de máquinas com cinco descaroçadores de algodão com capacidade para produzir 90 fardos por dia, a qual só foi desativada em face da política de importação de matéria-prima têxtil implantada pelos ministros da Agricultura, e Indústria e Comércio da época.

Vista aérea da Unidade da Coamo, em Boa Esperança

Iretama: evolução sentida no campo

Entreposto em Iretama está passando por reformas, com um novo escritório e lojas de peças

Associado Carlos Luiz Oliva acompanhou toda a evolução da cooperativa no município.

Desde a instalação da Coamo em Iretama (Centro-Oeste do Paraná), em 1978, os produtores rurais contam com um sistema cooperativista sólido promovendo o bem-estar de associados e proporcionando uma assistência técnica agronômica e veterinária de alta tecnologia. Durante essas quatro décadas, a cooperativa jamais abandonou os cooperados em todos os ciclos da agricultura de região.

Do café ao soja e milho mecanizados, passando pelo algodão, amendoim, arroz e feijão. A Coamo recebeu algodão de 1978 a 2008, sendo o maior recebimento na safra 84/85 com 651.800 arrobas e tinha no município uma máquina de beneficiamento de algodão. As primeiras instalações foram em um armazém de madeira alugado, na Avenida Pio XII, ao lado da Igreja. A cooperativa chegou a receber algodão em carro de boi e pesado em balança manual. 

Atualmente, a agricultura está consolidada com a produção de soja, milho e trigo. O associado Carlos Luiz Oliva acompanhou toda a evolução da cooperativa no município. Ele é cooperado há 30 anos, mas trabalha com a Coamo desde a chegada no município, já que antes atuava com o pai que se associou logo após a instalação. “A Coamo significa muito para nós. Oferece tudo o que precisamos desde o plantio até a colheita. A cooperativa ajudou a desenvolver a região, trazendo novas tecnologias e segurança para comercializar a nossa produção.”

O pai dele Luiz Oliva, veio de Santa Catarina para Iretama em 1953, para trabalhar com café. Na época, levava a produção para Maringá. “A situação começou a melhorar após a chegada da Coamo. A assistência técnica foi importante na difusão de novas tecnologias. Antes, cada um fazia de um jeito sem muito conhecimento para plantar e colher. A produtividade que era de 70 a 80 sacas hoje chega a 150 e 160 sacas.”   

Está sendo construído em Iretama um novo escritório administrativo e uma loja de peças. “É um presente que estamos recebendo. Com a nova loja não precisaremos ficar correndo atrás de peças em outras cidades. Teremos tudo em um só local. Já é tradição irmos sempre na Coamo nem que seja para tomar um café e conversar com os colegas. Agora teremos ainda mais comodidade.”

Família Pernlochner: Coamo transformou a região de Palmas nesses 40 anos

Irmãos José e Paul Pernlochner com o gerente em Palmas, Evandro Câmara

A família Pernlochner é uma das primeiras da região de Palmas (Sudoeste do Paraná), que se associou logo após a Coamo incorporar a Copalma, em 1978. José foi o primeiro dos quatro irmãos a se associar. Pela ordem, depois vieram Rosa Maria em 1981, Paul em 1988 e Sigmundo em 1999.

José conta que chegou em Palmas dois anos antes da chegada da Coamo. “Vim da catarinense Treze Tílias e já realizei 42 safras em Palmas, sempre mexendo com a agricultura. No início tudo era mais difícil, hoje está tudo mais fácil. Lembro bem que o plantio direto foi uma grande coisa que aconteceu para nós produtores.”

Um dos irmãos do ‘seo’ José é o Paul, conhecido como Paulo, associado há 30 anos em Palmas. Ele recorda o sucesso que os agricultores tiveram com o apoio da Coamo. “Quando entrei a Coamo tinha dez anos de Palmas. Ela é orgulho para nós, pois ajudou muito na nossa evolução. É uma satisfação participar desse progresso.”

Para Paul, são vários os motivos para o sucesso da cooperativa, entre eles a forma como a Coamo trata os associados. “É muito boa a assistência técnica que a Coamo faz, tem também a transparência e a segurança. Os associados são tratados da mesma maneira, com igualdade, não havendo distinção entre pequeno, médio ou grande.”

Para o agricultor, a Coamo chega muito bem aos 48 anos de fundação e quatro décadas em Palmas. “A Coamo está focada no melhor atendimento para nós. Sem o associado não existe a cooperativa, e sem a cooperativa não existe o associado, por isso é muito bom ter a Coamo como uma cooperativa forte e estruturada. Tenho certeza que se o Brasil fosse uma cooperativa com princípios e valores, seria muito melhor.”

A Coamo se instalou em Palmas por meio de incorporação da então Cooperativa Mista Agropecuária Palmense Ltda. - Copalma, em 15 de agosto de 1978. O objetivo era aproveitar o potencial do município para produção de semente de soja, tendo em vista estar localizado em uma região onde o clima favorece o desenvolvimento dessa oleaginosa para a produção de grãos com excelente vigor germinativo. Na época haviam poucos produtores de soja em Palmas, mas na região havia produção de semente dessa oleaginosa.

Irmãos Pernlochner participaram de forma ativa na Coamo nesses 40 anos Vista aérea da Coamo em Palmas

Peabiru em prosa e verso

Vista parcial da Coamo em Peabiru

"Fizeram por merecer, por isso eu vou agradecer aos amigos da Coamo. Porque eu estou contigo e eles estão comigo, e juntos nós lutamos. Com tanta dificuldade, mas com força e vontade de vencer nós estamos. Eu me sinto muito honrado, por isso eu digo obrigado a quem dirige a Coamo.” O trecho é de uma música em homenagem à Coamo escrita pelo cooperado Osmar Manfrim, de Peabiru (Centro-Oeste do Paraná). A letra retrata a gratidão, parceria e orgulho dele em ser cooperativista e integrar a cooperativa que conhece desde o início, antes mesmo de se instalar no município.

Ele recorda que as primeiras safras eram levadas para Engenheiro Beltrão. “Ficávamos até dois dias na fila esperando para descarregar o caminho. Mas, isso era normal para a época, pois os caminhões eram descarregados no rodo. Depois que a Coamo se instalou em Peabiru podemos dizer que ficou no quintal de casa. Melhorou em todos os sentidos desde a agilidade na entrega da produção até a retirada de insumos para o plantio”, comenta.

Na visão do associado, a Coamo ajudou a impulsionar a agricultura no município, disponibilizando novas tecnologias, crédito e assistência técnica para todos os agricultores, independentemente do tamanho. “A cooperativa sempre prestou um trabalho diferenciado e ficou do lado dos associados. Para quem é pequeno, principalmente, o cooperativismo é a melhor solução”, assinala Manfrim, que sempre realizou o trabalho em família.

Irineu é sobrinho do ‘seo’ Osmar e faz parte da terceira geração de cooperativistas da família Manfrim. Ele acompanhou boa parte da evolução da Coamo no município e diz que o cooperativismo é um importante agente para repasse de novas tecnologias e melhorias no sistema produtivo. “A Coamo tem sido uma grande parceira da nossa família. Sinto honrado de trabalhar com a cooperativa e de ter o meu pai e o meu tio do lado, que foram pioneiros de Peabiru e da Coamo. Desde criança eu os acompanho na agricultura e sei da importância que dão para o cooperativismo. Com essa parceria e união da família fica mais fácil os trabalhos do dia a dia.”

Irineu com o tio "seo" Osmar Manfrim. Família trabalha com a Coamo há mais de quatro décadas

Roncador: do recebimento de algodão em praça pública à moderna Unidade

"Seo" Zeno Iora evoluiu junto com a Coamo em Roncador

A realidade hoje em Roncador (Centro-Oeste do Paraná) é bem diferente do que a vivida há 40 anos, quando a Coamo se instalou no município. A cooperativa iniciou as atividades recebendo feijão e milho. Depois passou para o algodão, soja e trigo em instalações precárias. O algodão era recebido na praça pública. Foi um ato de coragem e desprendimento, mas sempre acreditando na força do trabalho dos agricultores locais. Produtores rurais como o ‘seo’ Zeno Luiz Iora que é associado desde 1981. A história da família começou com o pai, João Iora Filho, que veio do Rio Grande do Sul para o município em 1980.

Assim como a Coamo, ‘seo’ Zeno também evoluiu. Ele começou plantando em dois alqueires de terra arrendados do pai. Atualmente, conta com 186 alqueires, sendo 125 de plantio e 11 de pasto. “A cooperativa foi crescendo, sempre nos incentivou e deu condições de crescermos juntos. Olhando para trás, a gente vê que valeu a pena ter se associado. A Coamo oferece tudo o que precisamos para plantar, colher e comercializar. Temos ainda a Credicoamo, que é a nossa cooperativa de crédito”, comenta.  

O cooperado lembra do tempo em que o trabalho era realizado de forma manual e a família tinha apenas um tratorzinho que era utilizado entre os irmãos. “A Coamo mudou a realidade da nossa região. Logo que chegou se formavam longas filas para receber a produção. Tinham agricultores a cavalo, com charretes e trator. A cooperativa foi melhorando a estrutura e hoje não esperamos mais do que 20 minutos para descarregar e já voltar para a lavoura.”

Outro ponto destacado pelo cooperado é o trabalho da assistência técnica da Coamo que ajudou na evolução da produtividade. “Naquela época, 70 a 80 sacas de soja era para quem colhia bem. Hoje, a produtividade chega em 200 sacas. A cooperativa sempre trouxe inovação e mostrou qual o melhor caminho a ser seguido. A Coamo vive uma evolução constante porque trabalha com seriedade e responsabilidade.”

Vista aérea da Coamo em Roncador

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