Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 497 | Novembro de 2019 | Campo Mourão - Paraná

FÓRUM OCEPAR

Debate sobre acordos comerciais, mercado e clima reúne cooperativas na Coamo

Evento foi aberto pelo presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, e pelo superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti

Setenta profissionais de 19 cooperativas dos ramos agropecuário, crédito e trabalho participaram, no dia 31 de outubro, do Fórum de Mercado do Cooperativismo Paranaense promovido pelo Sistema Ocepar, na sede da Coamo, em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná). “Nesta reunião, abordamos a temática do cenário de acordos comerciais para o Brasil, as perspectivas para o mercado de soja, milho e trigo, e as projeções climáticas para a safra 2019/2020”, esclarece o analista da Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar, Maiko Zanella.

O evento foi aberto pelo presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, e pelo superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti. Entre os palestrantes estiveram o diretor da Agroconsult, André Pessôa, o meteorologista Luiz Renato Lazinski, que trabalhou durante 35 anos no Instituto Nacional de Meteorologia INMET/ Mapa, na área de agrometeorologia, e o coordenador da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Carlos Wagner.

O coordenador da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Carlos Wagner, fez uma contextualização do Brasil perante outros países exportadores de produtos agropecuários e mostrou o quanto o país ainda pode crescer no mercado internacional. “O Ministério não está poupando esforços para levar o país a um novo patamar de participação no comércio global, principalmente em produtos com maior valor agregado. ”  Ele ainda focou na sua apresentação que o acordo do Mercosul com a União Europeia trará muitos benefícios para os produtos comercializados e deverá ser concretizado nas próximas etapas das negociações.

Ao falar sobre os fundamentos para a formação dos preços da soja para os próximos meses, o diretor da Agroconsult, André Pessôa, destacou que os EUA e a China estão ensaiando um acordo que provavelmente fará o comércio de soja entre os dois países aumentarem. Além disso, os problemas sanitários com suínos na China fizeram com que a demanda daquele país pelo produto diminuísse, já que é utilizado principalmente na elaboração de rações para os animais. “Estes fatores, aliados com o câmbio, terão influência nas cotações do grão em Chicago e no Brasil. Além disso, o milho possui uma demanda crescente por produção e deverá ter resultados satisfatórios.”

O meteorologista Luiz Renato Lazinski comentou a respeito do clima no Paraná. “Estamos em um ano neutro, caracterizado pelas chuvas esporádicas, desuniformes e em grande quantidade num curto período de tempo. São chuvas que não são as ideais para a agricultura. Os modelos meteorológicos preveem que esse clima neutro deve perdurar ainda ao longo do ano que vem, o que gera preocupações com a segunda safra de milho”, disse Lazinski.

Fonte: Sisema Ocepar

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