Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 518 | Outubro de 2021 | Campo Mourão - Paraná

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Profissionais impulsionam o crescimento do agronegócio

O Brasil conquistou ao longo dos anos, a posição de um dos maiores exportadores agrícolas do mundo, face ao desenvolvimento e crescimento do agronegócio, colaborador direto para alavancar a balança comercial brasileira. Para que isto seja realidade, cresceu nas últimas décadas a valorização do trabalho de um importante profissional: o engenheiro agrônomo. Ele vem cumprindo um papel relevante dentro e fora da porteira, e sendo um agente de desenvolvimento em várias áreas do agronegócio brasileiro, para promover a integração e a comunicação com os produtores, que precisam, cada vez mais, estarem antenados, acompanhando o desenvolvimento das tecnologias.

A profissão de engenheiro agrônomo foi regulamentada no Brasil em 12 de outubro de 1933 e atualmente estão ativos 108.891 profissionais. Eles contribuem para o fortalecimento e inovação da agricultura brasileira, não somente no aspecto produtivo, social e econômico, como também, no que se refere ao ambiente sustentável. “É grande a importância que os agrônomos passaram a ter nas últimas décadas junto a sociedade. A presença deste profissional no dia a dia colabora para a implantação de uma série de atividades agrícolas e apoio direto aos produtores na assessoria e planejamento das safras e empreendimentos rurais, do uso racional e eficiente dos recursos e, também, nas melhorias das produtividades e dos resultados econômicos, sociais e preocupação com a origem e sustentabilidade do ambiente produtivo rural”, explica o engenheiro agrônomo Aquiles Dias, diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo.

Aquiles Dias, diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo

Na Coamo, os profissionais de agronomia estão lotados na diretoria de Suprimentos e Assistência Técnica. São mais de 300 profissionais distribuídos nas gerências, de Sementes, de Fornecimento de Insumos, Fornecimento de Bens e Lojas, Fornecimento de Bens e Suprimentos, de entrepostos e nos campos com a coordenação da gerência de Assistência Técnica.

“O mercado e a agricultura vem mudando de forma veloz, assim como o aumento do interesse e exigências dos cooperados. Por isso, temos uma política de desenvolvimento, visando a capacitação, atualização e o aprimoramento dos profissionais nos mais diversos temas e tecnologias da agricultura”, afirma o engenheiro agrônomo Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica da Coamo.

O planejamento estratégico e o trabalho da cooperativa, promovem a melhoria da produtividade e rentabilidade dos cooperados. Esta atuação é validada pelo desenvolvimento da pesquisa cooperativista, que tem contribuído para a conquista de bons resultados e incremento ao longo dos anos de alto nível de tecnologia e produção nas propriedades rurais dos cooperados.

Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica da Coamo

Capacitação

Com mais de 300 profissionais, entre engenheiros agrônomos e florestal, técnicos em agropecuária e médicos veterinários, a Coamo tem a missão de gerar renda aos cooperados com desenvolvimento sustentável do agronegócio e a visão de ser a melhor opção de desenvolvimento. Para cumprir estes objetivos, a cooperativa orienta e acompanha a produção com apoio que vai desde o planejamento do plantio, até a comercialização da safra, por meio da assistência técnica, que se constitui em importante elo entre a Coamo e cooperados, e responsável pela difusão de tecnologias para o incremento de produtividades a cada nova safra.

Mas, para que isso se consolide é importante olhar para o futuro. Neste contexto, os engenheiros agrônomos acompanham os processos de tecnologia, com a aprendizagem sobre as diversas ferramentas e plataformas. Exemplo são as tecnologias móveis que estão mais presentes na vida dos profissionais e produtores rurais. “Quem imaginava que há 10, 20 anos, iríamos ter todo este avanço, que veio para ficar e mudar a realidade e o jeito de fazer e administrar a nossa agricultura? Mudou muito e vai mudar ainda mais. A inovação é uma palavra muito forte em todas as áreas, e no agronegócio é evidenciado”, conta Marcelo Sumiya.

Para o avanço da agricultura e dos seus resultados, seja como produtor, usuário da tecnologia, engenheiro agrônomo, pesquisador, entre outros, é necessário estar atento ao mercado tecnológico para implantação de modernas práticas e ferramentas, as quais são importantes para a tomada de decisão de forma ágil e segura.


Planejar é essencial

Com esta ferramenta, as ações da assistência técnica são planejadas de maneira mais eficaz, garantindo além da qualidade e segurança, a padronização e a clareza nas informações entregues ao cooperados.

De acordo com o gerente de Tecnologia da Informação da Coamo, Ailton de Almeida Queiroz, estão sendo planejadas ações de aplicação e introdução de novas tecnologias à estrutura da cooperativa, sejam estas voltadas ao atendimento dos cooperados ou à parte administrativa. De acordo com ele, a premissa de ter um aplicativo que considerasse a cultura Coamo, com segurança e personalização dos seus processos, foi o que mais pesou na opção pelo desenvolvimento interno. “Já havíamos estudado várias opções de mercado, porém não encontramos tecnologia que pudesse atender a demanda de uma forma tão específica”, comenta.


Aplicativos

Com o avanço tecnológico e o uso mais intenso dos dispositivos móveis, a cooperativa está acompanhando e implantando ferramentas que possibilitem o uso pelos profissionais de agronomia e cooperados. “Estamos atentos para apoiar o trabalho da nossa assistência técnica para o uso de modernas tecnologias. O mundo mudou e vai mudar bastante. Por isso, precisamos estar preparados para estas transformações”, destaca Ailton Queiroz.


Novas tecnologias

A Coamo acompanha, estuda e valida todas as novas tecnologias em benefícios dos cooperados, e entre elas estão a agricultura de precisão e a conectividade no campo, com a realização de trabalhos em parcerias com instituições de pesquisa.

Os profissionais de agronomia convivem com realidades bem diferentes de décadas anteriores. Na agricultura digital, estão disponíveis diversos serviços como mapeamento do plantio, de pulverizações e colheita, monitoramento por satélite para acompanhar o desenvolvimento das lavouras entre outros. “Isso permite que os agricultores tenham todas as informações geradas na propriedade, e com esses dados, melhores condições para a tomada de decisão”, afirma Fabrício Corrêa, chefe do departamento de Inovação Tecnológica Agropecuária da Coamo.


De olho no futuro

A cooperativa desenvolve programas e ações voltadas para o desenvolvimento dos cooperados. Várias alterações foram realizadas na estrutura gerencial para obter mais participação nos negócios dos cooperados. “A Coamo quer aumentar sua atuação junto ao quadro social, saber o que eles precisam, suas necessidades e trabalhar para fornecer os volumes e produtos necessários para o desenvolvimento das suas atividades”, afirma o diretor de Suprimentos e Assistência Técnica, Aquiles Dias.


Inovação

Uma das novidades da Coamo nos últimos meses foi a criação do departamento de Inovação Tecnológica em Agropecuária, na gerência de Assistência Técnica. “Esta área tem uma nova visão, no sentido de aprimorar o que já estamos fazendo e olhar para fora da Coamo. A área coordenará todas as atividades relacionadas à agricultura de precisão e, também, às novas tecnologias que estão surgindo para o agronegócio, como a análise de imagens de satélites, enfim, de toda a gestão da propriedade que pode ser realizada por meio digital”, explica o diretor.


Inteligência de negócios

Foi criada, também, a Assessoria de Inteligência de Negócios Insumos Agropecuários, com o objetivo de pensar e estudar os negócios, levantamento da realidade e analisar o potencial de mercado nas áreas agrícola e pecuária, para agregar mais renda às atividades dos cooperados.

Isso é necessário porque as mudanças são constantes e o profissional de agronomia está ciente dessa nova realidade. Então, muito do que foi feito contribuiu para a elevação dos patamares de produtividades nessas décadas todas, mas há muito a ser feito com o advento dos atuais e futuros processos de inovação na agricultura. “Para sermos mais eficientes é necessário que estejamos atentos às novas tecnologias, para implantá-las de acordo com suas necessidades. As novas ferramentas e plataformas têm o intuito de contribuir para melhorar a performance das atividades agropecuárias", conclui Aquiles Dias.

Pioneiro na extensão rural

Gallassini foi o responsável pela organização e inserção dos produtores no cooperativismo

A história e o desenvolvimento do cooperativismo agropecuário têm muito a ver com os profissionais de agronomia. Na década de 1960, muitos profissionais foram formados para atuar no trabalho de extensão rural nas cooperativas para conhecer a realidade e iniciar um trabalho de difusão das tecnologias. Um desses exemplos e de sucesso, aconteceu na Coamo, quando o jovem engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini - formado na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, chegou em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná, em maio de 1968, em um jipe, modelo 1954. Tinha 27 anos e era funcionário da Acarpa (depois Emater e hoje IDR). Ele foi encarregado pelas autoridades de levantar a situação do município e dar assistência aos agricultores locais. Mas nunca tinha ouvido falar da cidade e de seu potencial, tanto agropecuário quanto humano. Com seu trabalho, organização e liderança, foi o idealizador da Coamo e se tornou uma das principais lideranças cooperativistas e agrícolas do Brasil.

Gallassini foi o responsável pela organização dos produtores e a sua inserção no cooperativismo. O conhecimento sobre cooperativismo foi adquirido nos treinamentos realizados no “Pré-serviço” - estágio profissional que preparava o funcionário para suas atividades. “Comecei a realizar um levantamento da realidade rural da cidade. Era o fim do ciclo da madeira. Comecei a desenvolver a assistência técnica. Um ano depois, em 9 de dezembro de 1969, fizemos uma reunião no Clube Mourãoense e um dos assuntos era cooperativismo”, recorda, e com satisfação comemorou a fundação da Coamo em 28 de novembro de 1970 por meio da vontade de 79 agricultores, que hoje são 30 mil em mais de 70 municípios nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

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