Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 518 | Outubro de 2021 | Campo Mourão - Paraná

EVOLUÇÃO

Avanço impulsionado pela assistência

Cooperado Almir Américo com a esposa Ana Claudia e os filhos Gustavo e Ana Carolina

O cooperativismo é um importante instrumento de difusão de tecnologia e desenvolvimento econômico. Contribui diretamente para a evolução e a fortificação do sistema, especialmente na agricultura com a utilização de práticas sustentáveis. Na Coamo, a Assistência Técnica é o elo entre a cooperativa e os cooperados, propiciando melhoria no sistema produtivo.

O cooperado, Almir Américo, de Araruna (Centro- -Oeste do Paraná), é exemplo de evolução com o cooperativismo. Ele nasceu em um pequeno sítio de sete alqueires em Peabiru, município vizinho de Araruna, e recorda que em meados de 1975, o seu pai, Orlando Américo, se associou à Coamo. De acordo com ele, até a década de 1970 todo o serviço realizado no sítio era com base na tração animal e no trabalho braçal. “Os tempos eram difíceis e toda a família auxiliava no trabalho. Com a parceria com a Coamo o cenário começou a mudar. A cooperativa mostrou o que poderia ser feito de uma forma diferente e eficiente, abrindo os olhos para o que era novo. Um aprendizado que somente com a força do cooperativismo e união de pessoas poderia ser realizado”, salienta.

Conforme o cooperado, as novidades chegavam, e continuam chegando, pela assistência técnica da Coamo. “Tudo era realizado conforme o conhecimento do produtor. O trabalho e dedicação dos agrônomos aos poucos mudaram o perfil dos agricultores que passaram a utilizar mais tecnologia”, diz Américo.

Fotos de arquivo mostram que a família sempre esteve unida, buscando o melhor caminho para crescer e evoluir no campo

Ele recorda que no mesmo ano que o pai se cooperou à Coamo, adquiriu um pequeno trator, mudando a realidade do sítio. Dois anos depois o Massey Ferguson 50x, popularmente conhecido como ‘cinquentinha’, substituiu o Agrale 410. “Após meu pai se cooperar, me lembro de passar a ver o agrônomo da cooperativa orientar sobre calcário e curvas de nível, por exemplo. Também recordo de vê-lo indo analisar o trigo com um fusca azul, do caminhão trazendo o calcário e das máquinas fazendo as curvas de nível. No fim da produção, meu pai entregava a colheita na cooperativa, que armazenava tudo com segurança e, assim, ele podia dormir tranquilo. Com o passar dos anos, a parceria foi ficando cada vez mais forte, assim como a assistência técnica que disponibilizava muita novidade.”

Dez anos depois, em 1985, a família se mudou para um sítio em Araruna, em uma área um pouco maior, onde Almir reside até hoje. A família planta atualmente 27 alqueires próprios e 15 arrendados. “O agrônomo continua dando todo o suporte e visitando o sítio, auxiliando e inovando sempre. Com o incentivo da assistência técnica seguimos a evolução da agricultura. Em 1975, o agrônomo falava da importância do calcário e dos terraços (murundum). Em 1985, foi a vez do plantio direto e seus benefícios. Atualmente, é repassada a relevância da tecnologia de aplicação e agricultura de precisão.” Almir participou da quinta turma curso de Jovens Líderes Cooperativistas, em 2001, e o filho Gustavo integrou a 25ª turma, realizada neste ano.

Engenheiro agrônomo, Claudio Alberto Guzzo, e o cooperado Almir Américo. No detalhe, imagem do Cláudio, na década de 1980, quando era técnico agrícola

O engenheiro agrônomo, Claudio Alberto Guzzo, da Coamo em Araruna, está há 37 anos na cooperativa e destaca que a difusão de tecnologia, informação e conhecimento sempre fizeram parte da história da cooperativa. “Com o passar dos anos, as tecnologias foram mudando. Contudo, a cooperativa sempre esteve atenta e repassa para os cooperados o que há de mais moderno”, diz.

De acordo com ele, há uma grande diferença quando comparada a agricultura de hoje com a de 20 ou 30 anos. “Havia limitação de produtos, variedades e maquinários. O trabalho era basicamente manual e as lavouras rendiam bem menos. Havia pouca informação e o conhecimento era com base na experiência e vivência das famílias, sem fundamentos técnicos”, assinala.

O agrônomo ressalta que a assistência técnica da Coamo é referência e uma ferramenta para atender as demandas e necessidades dos cooperados. Na visão dele, para que o trabalho seja realizado com sucesso é preciso parceria e alinhamento para que as tecnologias sejam colocadas em prática na propriedade. “Cooperado e agrônomo precisam andar juntos. Uma confiança mútua. O papel do agrônomo é manter o cooperado sempre informado sobre as melhores tecnologias, sistemas e práticas para serem adotadas na propriedade. Com isso, ele consegue ter acesso ao que há de mais moderno no mercado.”

Conforme o agrônomo, o principal desafio da assistência técnica é conciliar o lado econômico e técnico na atividade rural. “É muito comum o agricultor apostar em uma cultura que está no melhor momento, deixando de fazer uma boa cobertura de palha e a rotação. Sabemos que é uma questão cultural. Contudo, se o cooperado mantiver o sistema integrado, com bastante palha e rotacionando o sistema, a médio e longo prazo, poderá ter um resultado mais satisfatório, mesmo em anos de adversidades climáticas.”

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