Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 556| Abril de 2025 | Campo Mourão - Paraná

ENTREVISTA

HERALDO LUIZ GOBBO

Representante comercial e parceiro da Coamo há 40 anos, e há 20 na Pastobrás

“É um privilégio fazer parte dessa história, porque a Coamo ajuda os produtores a crescerem e se desenvolverem com tecnologia e dedicação”

Há quatro décadas, Heraldo Luiz Gobbo mantém uma sólida parceria com a Coamo, construída com persistência, profissionalismo e dedicação ao cooperativismo. Representante comercial da Pastobrás, empresa especializada em sementes de pastagem, Gobbo recorda que tudo começou com uma venda inicial de três mil quilos, após meses de visitas à cooperativa. Hoje, comercializa entre 500 e 600 toneladas por ano. “A Coamo sempre me recebeu de braços abertos”, afirma. Em abril deste ano, Gobbo foi surpreendido com uma homenagem na cooperativa, que incluiu o plantio de um ipê branco na Fazenda Experimental e a entrega de uma placa comemorativa. Em entrevista à Revista Coamo, destaca a evolução do mercado de sementes de pastagem e o papel da Coamo no desenvolvimento da pecuária, da agricultura e na vida dos cooperados. “A Coamo é uma referência no cooperativismo e no agronegócio. É um privilégio fazer parte dessa história.”

Revista Coamo: Onde começou o trabalho do senhor nesta área comercial de pastagem?

Heraldo Luiz Gobbo: Dentro da Pastobrás, que tem 20 anos, eu estou há 19 anos, mas trabalhava em uma empresa anterior. Eu fui funcionário público em Ponta Grossa, cidade que nasci, onde trabalhei na Prefeitura por nove anos. Depois, saí da prefeitura onde era efetivado e comecei vender produtos veterinários. Comprava na base e saia com meu carro vender nas casas agropecuárias. E posso dizer que sou muito feliz sendo representante comercial.

RC: E esta parceria com a Coamo, quando iniciou?

Gobbo: Esta excelente parceria e relacionamento com a Coamo começou há 40 anos. Eu visitava mensalmente a área de Compras e após muitas visitas, depois de uns 10 meses, o Dr. Varago (José Varago, gerente de Compras da cooperativa na época) que via minha insistência, me chamou e me atendeu pela primeira vez e daí em diante a minha vida com a Coamo mudou. Ele me disse que a cooperativa não trabalhava com sementes, mas ia começar a trabalhar. Ele disse:olha, o senhor nos visita frequentemente e pela sua dedicação, então vamos comprar 3.000 quilos de sementes. Na época, representava uma boa quantidade. Foi muito bom, eu fiquei alegre e empolgado, pois estava pensando em vender 1.000 quilos e vendi 3.000. Passado um mês, o Dr. Varago me ligou de novo e disse que a semente era boa, tinha saída e pediu para mandar mais 3.000 quilos. Hoje estou vendendo na faixa de 500, 600 toneladas por ano, ou seja, 600.000 quilos de sementes de pastagem.

RC: Por que o senhor acredita que ocorreu este aumento e o sucesso na parceria?

Gobbo: Porque sempre fui muito bem recebido e tudo o que a Coamo me solicitava, como visitas às unidades eu fazia e desde aquele tempo eu venho fazendo. O produto é bom, é competitivo e eu faço tudo com muito profissionalismo, amor e carinho.

RC: Como foi viver o dia 23 de abril deste ano na Coamo?

Gobbo: Foi inesquecível e jamais esperava receber uma homenagem (entrega de placa e plantio de árvore ipê na Fazenda Experimental da cooperativa). 

Eu pensava que era uma entrevista, mas o que fizeram para mim eu vou levar para o resto da vida. Fiquei emocionado e a minha esposa que me acompanhou também. Um momento eterno. É um prêmio, uma satisfação, pois me dou bem com todo mundo e todos me querem muito bem.

RC: O senhor visitou o Memorial Coamo. Qual foi a sua percepção?

Gobbo: Nunca tinha visto uma coisa igual como esse Memorial. É uma coisa de outro mundo. Fiquei emocionado. Nunca tinha visto uma coisa desse tipo e o que mais me impressionou foi o fato da tecnologia nos trazer a presença do Dr. Aroldo em diversos momentos. (O memorial Coamo apresenta a figura do idealizador Dr. Aroldo em um holograma na entrada e na saída do ambiente). Então, eu digo para todo mundo, que não perca esta chance, visite este Memorial, porque é uma maravilha.

Heraldo Luiz Gobbo, é representante comercial e parceiro da Coamo há 40 anos, e há 20 está na Pastobrás. Fundada em 2005 em Ribeirão Preto (SP), considerada a capital brasileira do agronegócio. O nome Pastobras surgiu da fusão dos nomes “Pasto“ de Pastagem, e “Bras“ de Brasil. A consolidação da marca ocorreu ao longo dos dez anos de atividade e hoje é uma realidade no mercado nacional e internacional, isso se deu principalmente pela equipe técnica comercial que é altamente capacitada e aliada a excelência das sementes produzidas e comercializadas por meio dos inúmeros canais de distribuição selecionados. A empresa faz parte do GrupoBras que atua na produção de sementes, construção civil, madeiras, café, soja e exportação de sementes forrageiras

"EU ADMIRO MUITO OS COOPERADOS, OS FUNCIONÁRIOS DA COAMO E A COOPERATIVA, QUE É UMA REFERÊNCIA NO COOPERATIVISMO E NO AGRONEGÓCIO."

Heraldo Luiz Gobbo recebeu uma homenagem da diretoria da Coamo

Entre as homenagens, está o plantio de uma árvore na Fazenda Experimental da Coamo

Heraldo Gobbo com a esposa durante visita ao Memorial da Coamo

RC: Como foi a homenagem na sala do Dr. Aroldo?

Gobbo: Fui surpreendido pela presença da diretoria e jamais imaginava que iria entrar na sala dele e foi lá que recebi uma homenagem com uma placa. Foi um momento emocionante, a placa com os dizeres, as palavras, o carinho, o gesto da Coamo. Eu fiquei até sem palavras para agradecer. E de lá fomos para a Fazenda Experimental onde fui surpreendido novamente, desta vez para plantar uma árvore, que é um ipê branco. Foi uma outra emoção. Então, considero que foi um dia histórico e único na minha vida pessoal e profissional.

RC: Como é esta relação do senhor com a Coamo?

Gobbo: Eu só visito a Coamo e não visito outra cooperativa. Há 40 anos sou recebido pela Coamo de braços abertos e sou um profissional muito feliz e realizado. Eu admiro muito os cooperados, os funcionários da Coamo e a cooperativa, que é uma referência no cooperativismo e no agronegócio. Sou testemunha desse trabalho belíssimo que a Coamo vem fazendo e transformando a vida dos produtores e no meu caso, dos pecuaristas.

RC: Como o senhor observa o perfil dos cooperados? O mudou nesses 40 anos?

Gobbo: Mudou muito, porque há 40 anos o Brasil exportava as sementes e as pastagens para a Austrália com baixos padrões, de valor cultural 24% e, hoje, o Brasil exporta para outros países com padrões elevados, padrões de 80% de valor cultural e 99% de pureza. Então teve um crescimento ano a ano, devagar e consistente, e hoje é uma fábula.

RC: E quanto a tecnologia nesses 40 anos de parceria com a Coamo?

Gobbo: O desenvolvimento da pecuária e da agricultura, que tem uma variedade de semente que é de pastagem, mas não vende para pastagens, mas está vendendo para a agricultura com plantio no meio do milho e cobertura de solo. Essa hoje é o carro chefe, é o que mais vende e a Pastobrás tem uma linha específica, especial, de alta qualidade, que é o que a Coamo trabalha, com sementes de alta qualidade. Eu não imaginava que ia ter braquiária, sementes de pânico, variedade que iria para agricultura.

RC: Qual é o principal objetivo de semente de pastagem?

Gobbo: É para engorda, cria, recria de bovinos, tem semente para carneiro, para cabrito também, que é uma semente de porte baixo, porque é animal pequeno; para gado de leite também, para animais novos porque não aguenta muito pisoteio. E tem outras variedades que a Embrapa lançou e que estamos representando.

RC: Qual é o desafi o hoje do pecuarista brasileiro?

Gobbo: A tendência é crescer e exportar mais sementes, com foco maior em gado para vários países. Apesar, de atualmente a pastagem estar um pouco devagar por causa da época e da crise, mas a tendência é começar a crescer novamente. Mas ser pecuarista é ter vocação, porque tem muito pecuarista que não foi para agricultura e ainda está só com pecuária. Mas tem muita gente que tem pecuária e agricultura.

RC: Qual a importância da Coamo no cooperativismo e na sua atividade?

Gobbo: É muito importante o cooperativismo e a Coamo está em primeiro lugar nesses Estados onde frequento, no Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Fico observando e destaco o atendimento dos balconistas, dos agrônomos, dos veterinários, pois é impressionante a atenção que vocês dão ao cooperados. Eles são privilegiados com toda esta assistência que recebem. É bonito de ver esse crescimento e relacionamento com os produtores, eles se sentem em casa quando vem à Coamo.

RC: Qual o recado para os cooperados, funcionários e diretoria da Coamo?

Gobbo: Eu não vejo uma outra cooperativa, uma outra empresa igual a Coamo. Ela ajuda os produtores a crescerem e se desenvolverem. Eu tenho certeza de que eles usam tecnologias, fazem o melhor e eles vão crescer cada vez mais. Quero agradecer e partilhar esta homenagem que recebi. O meu entendimento é que o pecuarista, o agricultor, tem que ter orgulho de ser cooperado da maior cooperativa da América Latina.

"É muito importante o cooperativismo e a Coamo. Os cooperados são privilegiados com toda esta assistência que recebem. É bonito de ver esse crescimento e relacionamento com os produtores, eles se sentem em casa quando vem à cooperativa."

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