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Com a presença de 111 lideranças de 68 cooperativas paranaenses dos sete ramos – agropecuário, crédito, saúde, trabalho, produção de bens e serviços, infraestrutura, transporte e consumo – foram aprovados a prestação de contas de 2024 e o plano de ação para 2025 das três entidades que integram o Sistema Ocepar – Ocepar, Fecoopar e Sescoop/PR, durante Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada no dia 01 de abril, na sede da entidade, em Curitiba. A AGO também foi acompanhada de forma virtual por dirigentes e profi ssionais de 16 cooperativas, pela plataforma Microsoft Teams.
O vice-governador Darci Piana e a gerente-geral do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Fabíola Mota, compuseram a mesa de honra, juntamente com o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, diretores da Ocepar e representantes da diretoria de Fecoopar e do Conselho Administrativo do Sescoop/PR.
Na abertura, Ricken destacou os principais resultados obtidos pelas 227 cooperativas registradas no Sistema Ocepar. Segundo o dirigente, apesar de ter sido desafiador, o ano de 2024 encerrou de forma positiva. “Tivemos perdas de produção, redução de preços das principais commodities agrícolas, dificuldade de acesso ao crédito e juros elevados, que difi cultaram a realização de investimentos. Isso impactou na trajetória de crescimento do setor e não poderia ser diferente. As cooperativas agropecuárias receberam oito milhões de toneladas de grãos a menos. Assim mesmo, fechamos o ano com R$ 205 bilhões de faturamento. Isso tem muito a ver com a estrutura de agroindústria mantida pelas cooperativas no Estado e com o crescimento do ramo crédito. São dois fatos relevantes nesse sentido”, enfatizou.
“Nós vamos seguir em nossa trajetória para chegarmos, no final de 2026 ou em 2027, aos R$ 300 bilhões de faturamento projetados no Plano Paraná Cooperativo 300 (PRC), o planejamento estratégico do cooperativismo paranaense”, acrescentou.
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No ano passado, o setor ultrapassou os quatro milhões de cooperados, com destaque especial para as cooperativas de crédito, que possuem 3,7 milhões de associados. “Isso também é uma demonstração da força do cooperativismo”, comentou Ricken.
Outro ponto ressaltado pelo presidente do Sistema Ocepar foi a geração de empregos diretos, que chegaram a 146 mil no ano passado. “Temos ainda 10 mil vagas em aberto que não conseguimos cobrir”, sublinhou. Já o resultado líquido foi de R$ 10,8 bilhões, valor que está sendo submetido à apreciação do quadro social, que pode optar por reinvestir o recurso nas cooperativas ou devolver parte aos cooperados para que possam aplicar em suas atividades. De acordo com Ricken, essa prática do cooperativismo é um dos diferenciais desse modelo de negócios. “Em uma empresa privada, muito provavelmente esse montante não voltaria para a cooperativa ou para o cooperado e, sim, seria destinado à compra de ações ou outros investimentos”, disse.
Ricken informou que, em 2024, o cooperativismo paranaense exportou o equivalente a US$ 7,9 bilhões para mais de 150 países e responde pelo recebimento de cerca de 64% da produção agropecuária paranaense, sendo que mais da metade desse total tem algum valor agregado, já que as matérias-primas são processadas por meio das 153 agroindústrias mantidas pelas cooperativas e há ainda oito unidades em construção. “Isso mostra que o cooperativismo, de fato, gera desenvolvimento. Há inclusive dados do Ipardes [Instituto Paranaense Desenvolvimento Econômico e Social] que mostram que, onde há uma cooperativa bem-organizada, o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] é melhor.”
“Nós estamos aqui para ajudar o setor produtivo. Sempre vamos fazer o possível para apoiar as cooperativas, que representam a produção do agronegócio e são o orgulho do nosso Estado. Portanto, temos que trabalhar juntos porque juntos somos mais fortes.” A afirmação foi feita pelo vice-governador do Paraná, Darci Piana.
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