O planejamento do plantio de safra exige uma série de decisões do produtor rural, que nem sempre estão relacionadas ao manejo das lavouras. Mais do que adquirir insumos, se faz necessário considerar na gestão do investimento da cultura o seguro agrícola. Esta decisão, além de ser um indutor de tecnologia, garante aos associados a estabilidade e a permanência na atividade agrícola. As agências da Credicoamo já estão contratando seguro agrícola dos custeios que financiaram a safra de verão 2022/2023.
“Aderir ao seguro agrícola é uma forma do associado garantir o retorno do investimento realizado na implantação e condução da lavoura em caso de frustração de safra. Uma gestão sustentável é incorporar o seguro agrícola como mais um insumo no planejamento dos custos de produção. É um instrumento que vem substituir a produção esperada em caso de eventos climáticos cobertos pelo seguro. É a fonte de receita que vem substituir a receita da produção não colhida”, diz o diretor de Negócios da Credicoamo, Dilmar Peri.
De acordo com ele, os associados que costumeiramente vêm financiando o seu custeio na Credicoamo terão seguro agrícola. Peri explica que neste ano, em função dos fatos ocorridos na safra 2021/22 devido aos problemas climáticos, as seguradoras impuseram algumas condições mínimas para aceitação do seguro. Contudo, nada que possa impedir a contratação. Ele cita como exemplo, a área mínima para contração do seguro que ficou em 20 hectares em caso de talhões específicos. “Todo o associado que tem cobertura por talhão na sua propriedade, o mesmo terá que ser de no mínimo de 20 hectares”, frisa.
O seguro por média de produtividade do associado é um diferencial em relação ao mercado com base na realidade do associado. É um seguro que toma como base a média histórica do próprio associado, o que representa uma garantia de produção maior que os padrões do IBGE. Para esta condição a produtividade é apurada com base na média de produtividade que o cooperado entregou na Coamo, nos últimos cinco anos. “Este diferencial foi construído ao longo de vários anos de acompanhamento e da demonstração da atuação da área técnica da Coamo na orientação da condução das lavouras e dos métodos de tecnologia aplicados para o aumento da produtividade do associado. E como garantia ficou estabelecido o mínimo de 65% da média dos últimos cinco anos e o máximo de 70% dessa média”, diz Peri.
Em relação aos preços, a pedido do presidente do Conselho de Administração da Credicoamo, José Aroldo Gallassini, um incentivador do seguro agrícola, ficou acertado com as seguradoras o mínimo de R$ 130 e máximo de R$ 150 por saca de soja. “Fica a critério do associado definir o melhor valor a ser segurado”, ressalta o diretor.
O bom desenvolvimento da lavoura começa com a escolha de uma boa semente com teor alto de germinação e que seja homogêneo para se ter um estande com ótimo potencial produtivo. Outro detalhe que tem que ser evidenciado é o seguro de replantio. Peri esclarece, que a cobertura de replantio passa a valer 24 horas após o plantio, podendo alcançar até 70% da área plantada e com a planta estando em no máximo 15 centímetros de altura. A área mínima para o replantio é de 20% do local atingido, com o mínimo de dez hectares. “Então, qual desses fatores for o menor, será a definição da seguradora para fazer a cobertura do replantio.”
Dilmar lembra, também, quais os tipos de solo que podem receber seguro agrícola. “O tipo 1 não tem cobertura de seguro, somente os tipos 2 e 3. Já é de rotina do associado na hora de contratar o seguro ou o financiamento agrícola apresentar as análises de solo”, pondera observando que as coberturas rotineiras são seca, incêndio, inundação, raio, granizo, tromba d"água, variações excessivas de temperatura e vendaval.
“Situações ocasionadas por doenças e pragas que tem controle não se enquadram nas coberturas de seguros agrícolas. O associado que tiver alguma dúvida sobre a contratação de seguro agrícola deve procurar a agência da Credicoamo ou o agrônomo que dá assistência técnica para evitar transtornos futuros”, reitera Peri.
Outro ponto a destacar, é o reconhecimento das seguradoras pela condução profissional e séria, dada ao seguro agrícola pela Credicoamo e Coamo, assistência técnica, perícia e postura do associado. “Essas qualificações vêm permitido se obter agilidade nas análises com benefício na conclusão dos processos de indenizações. Salientamos que a demora das indenizações da safra 2021/22 se deu pelo grande volume de acionamento”, relata Alcir José Goldoni, presidente Executivo da Credicoamo.
|
Dilmar Peri, diretor de Negócios da Credicoamo |
É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.