Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 562 | Outubro de 2025 | Campo Mourão - Paraná

UNIDADES

Cinco décadas de desenvolvimento e cooperativismo em Mamborê

Unidade da Coamo completa 50 anos, reafirmando a importância da expansão iniciada em 1975 e o papel do cooperativismo no desenvolvimento regional

Henrique e Airton Spilka em frente à unidade da Coamo em Mamboré

Henrique e Airton Spilka: trajetória da família se confunde com a evolução da Coamo em Mamboré

Em 2025, a Coamo celebra 50 anos de presença em Engenheiro Beltrão e Mamborê (Centro-Oeste do Paraná). Foram as primeiras unidades abertas fora de Campo Mourão, onde a cooperativa foi fundada em 1970. A expansão iniciada em 1975 marcou um passo decisivo na história da cooperativa, levando o cooperativismo a novas regiões e fortalecendo a integração entre os produtores. Cinco décadas depois, as unidades permanecem como referências no atendimento aos cooperados e no desenvolvimento das comunidades locais.

A história da Coamo em Mamborê se confunde com a dos cooperados, que acompanharam a evolução da agricultura, a sucessão familiar no campo e o fortalecimento do cooperativismo como modelo de organização.

A trajetória da família Spilka é um exemplo dessa caminhada. Airton recorda que, antes da Coamo, cultivava milho, algodão e arroz e comercializava a produção com cerealistas. "Às vezes recebia e às vezes perdia. Quando pagavam, era o preço que queriam", relembra.

Segundo ele, a mudança veio com a instalação da cooperativa. "Quando a Coamo chegou a Mamborê, meu pai logo se associou e começou a plantar soja. No primeiro ano foram cinco alqueires, depois foi aumentando e fomos crescendo. Eu me associei em 1986 e continuamos tocando a propriedade", conta.

Segundo Spilka, a instalação da cooperativa foi decisiva para o desenvolvimento local. "Onde a Coamo se instala, a cidade se desenvolve. Ela ajudou muitas famílias. Foi assim com meu pai, depois comigo e agora com meu filho, Henrique", afirma.

Ele lembra que o crescimento veio acompanhado da renovação do maquinário, do acesso à tecnologia e do apoio da assistência técnica. A segurança na comercialização também é apontada como diferencial. "Na Coamo é diferente. A gente deposita, vende quando quiser, e está seguro. É uma confiança que temos", frisa.

A história da família no cooperativismo se estende às novas gerações. Henrique Spilka cresceu acompanhando o trabalho do avô e do pai. "Até hoje temos o trator 50x, onde aprendi a trabalhar. É uma recordação que vai ficar para sempre. Eu peguei a transição do trabalho mais mecânico para o tecnológico, com GPS e taxa variável", relata.

Airton e Henrique Spilka em atendimento na Coamo

Airton e Henrique Spilka tem acompanhamento e orientação da Coamo

Henrique observa que a cooperativa sempre incentivou a sucessão. "Quando meu avô faleceu, o serviço não parou, continuou o legado que ele deixou. Já estou ensinando meus filhos e eles também gostam da agricultura. O papel da Coamo nesse incentivo é fundamental", diz.

Sobre os próximos 50 anos, pai e filho demonstram confiança. "Eu espero que mantenha esse ritmo de crescimento. A Coamo é uma cooperativa sólida, séria e competente. A tendência é crescer cada vez mais", diz Airton. Henrique acredita que a organização está preparada para o futuro. "A Coamo tem um modelo de gestão que garante continuidade. Eu vejo que daqui a 50 anos ela continuará sólida, crescendo e apoiando o cooperado", conclui.

Vista aérea da unidade da Coamo em Mamborê
Carlos Chagas Ferreira e Carlos Eduardo apertando as mãos no campo

Carlos Chagas Ferreira e Carlos Eduardo, pai e filho, acompanharam o desenvolvimento da Coamo em Mamborê e cresceram juntos com a cooperativa

O cooperado Carlos Chagas Ferreira, também vivenciou essa trajetória de crescimento e sustentação da Coamo. Ele chegou em Mamborê em 1979, aos 19 anos. Formado em técnico agrícola, iniciou sua atividade em área arrendada. "Os primeiros anos foram muito difíceis. Tinha que fazer curva de nível, passar calcário. E era complicado conseguir o insumo. Mas, sempre com apoio da cooperativa fomos trabalhando e evoluindo", ressalta.

Ferreira lembra que o suporte da cooperativa foi decisivo para a aquisição de terras e para a organização de sua atividade. "A Coamo faz parte da nossa vida. Aprendi a administrar olhando a forma como a cooperativa era administrada. Isso foi fundamental."

Ele destaca também a transformação da estrutura logística e industrial ao longo dos anos. "No início, entregávamos produtos em Mamborê porque não tinha recebimento no Guarani, que fica a três quilômetros da unidade. A evolução foi muito boa."

Para ele, os principais benefícios da Coamo são a segurança e a confiança. "Tanto faz ter dez sacas ou 100 mil sacas de soja, é pago na hora. Os insumos estão disponíveis sem precisar estocar na propriedade. Isso traz tranquilidade."

A trajetória da família também se estende à nova geração. Carlos Eduardo Esteves Ferreira, filho de Carlos Chagas, cresceu acompanhando a rotina agrícola. Engenheiro agrônomo, fez estágio na cooperativa e participou de programas de incentivo aos jovens cooperados. "Eu posso dizer que conheço a Coamo desde criança. Os programas ajudaram a criar esse elo da nova geração com o campo. Hoje, posso contribuir na gestão rural e dar continuidade ao trabalho iniciado pelo meu pai", afirma.

Ele destaca a transformação da agricultura e a contribuição da cooperativa na atualidade. "A aproximação com o cooperado é fundamental. O corpo técnico está sempre presente, a parte digital é dinâmica, e isso ajuda muito na tomada de decisão. A confiança na cooperativa é primordial. Ela está sempre do nosso lado e isso é muito importante."

Carlos Chagas Ferreira ao lado de um trator azul

Carlos Chagas Ferreira com o primeiro trator adquirido em Mamborê

Três homens no campo analisam uma plantação

Cooperados destacam a importância da assistência técnica da Coamo

O gerente da Coamo em Mamborê, Paulo Nicolau Mocci, observa que o marco de cinco décadas demonstra a importância da cooperativa para os cooperados. "Esses 50 anos representam a evolução tecnológica, a geração de renda e o desenvolvimento de toda a região", afirma.

Segundo Mocci, a unidade se consolidou com base em valores que sempre orientaram a atuação da Coamo. "A diretoria sempre prega seriedade, honestidade, valores e, principalmente, o foco no cooperado. Esse tripé, diretoria, cooperados e funcionários trabalhando juntos, é o que mantém a cooperativa forte", observa.

Com 42 anos de história na Coamo, o gerente destaca a importância da confiança construída ao longo do tempo. "A credibilidade que o cooperado tem na Coamo é o segredo dessa longevidade. A cooperativa está sempre preocupada em levar desenvolvimento, gerar negócios e manter o cooperado na atividade. Esse é o grande diferencial", ressalta.

O presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, reitera que Mamborê foi o terceiro município a receber unidades da cooperativa. "Uma ideia que nasceu em 1970, dentro de Campo Mourão, se expandiu para toda a região. Foi uma decisão arrojada, tomada apenas cinco anos após a fundação", explica. Segundo Galinari, a escolha de expandir tão cedo foi estratégica. "A cooperativa precisava crescer para se manter e fazer negócios de forma diferente. Precisava de escala e relevância no mercado, e a forma de fazer isso era ocupar novas áreas além de Campo Mourão. Engenheiro Beltrão e Mamborê foram escolhidas pelas suas características e vocações agrícolas e pecuárias, e a expansão foi um sucesso", afirma.

Ele reforça que essas duas unidades tiveram papel decisivo na estrutura da Coamo. "Foram o trampolim para que tantas outras unidades pudessem existir. É um marco importante. Elas deram sustentação para a cooperativa crescer", observa.

Para o presidente, o desempenho de Mamborê consolidou a identidade da cooperativa. "É uma grande unidade, com uma fidelidade muito grande do cooperado. O volume de produtos recebidos e a participação na comercialização e compra de insumos são muito expressivos. Isso tudo foi criando a identidade da Coamo e reforçando a sua estrutura", avalia.

De acordo com ele, o impacto da presença da Coamo vai além da produção agrícola. "A estruturação beneficiou o município, que pôde crescer e se desenvolver, e os cooperados, pelo ganho em qualidade de vida e pela melhoria nas condições de trabalho no campo."

Vista aérea do parque industrial da Coamo em Dourados, com um grande outdoor da Coamo em primeiro plano.
 

Coamo amplia capacidade industrial em Dourados e reforça agregação de valor à soja

Com ampliação de 30% na capacidade de processamento, unidade industrial transforma a produção dos cooperados em alimentos e fortalece a presença da cooperativa no Estado

 
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industrialização é uma das atividades que mais agrega valor à produção agrícola. No Mato Grosso do Sul, a Coamo mantém uma moderna planta industrial em Dourados, responsável pelo processamento de soja e refino de óleo, contribuindo para o desenvolvimento regional e para o fortalecimento da cadeia produtiva dos cooperados.

A unidade iniciou suas operações em 2019, após dois anos e meio de obras. "A planta entrou em operação em novembro de 2019. A pedra fundamental foi lançada em 2016, e desde então operamos de forma continua", explica o engenheiro químico, Paulo Ricardo Zanuto Dias, gerente da unidade industrial de Dourados.

A indústria reúne duas operações em um mesmo complexo. "Aqui é uma instalação completa. Temos linhas de recebimento, beneficiamento, secagem e armazenamento de soja, além das plantas de preparação e extração, refinaria de óleo, utilidades, áreas de apoio e um laboratório industrial completo para acompanhamento de processos e liberação de produtos finais", descreve Zanuto.

A Coamo ampliou recentemente a capacidade de processamento da unidade. A planta, que inicialmente operava com três mil toneladas de soja por dia, passou a processar quatro mil toneladas, um aumento de 30% na capacidade.

 
Vista das instalações da indústria da Coamo em Dourados, mostrando silos e prédios de processamento.
 

"A planta sempre operou com carga cheia desde o início. Hoje conseguimos processar mais de 1,3 milhão de toneladas de soja por ano e refinar 720 toneladas de óleo por dia", destaca o gerente.

O trabalho é realizado de forma contínua. A indústria funciona 24 horas por dia e sete dias por semana, garantindo eficiência na transformação da produção.

"A ampliação ocorreu em função da disponibilidade de grãos no estado e do crescimento da produção dos cooperados. A Coamo decidiu pela ampliação da unidade para atender melhor esse avanço e agregar valor à produção local", explica Zanuto.

Com a planta localizada próxima aos cooperados do Mato Grosso do Sul, a logística de entrega e o aproveitamento da produção se tornaram mais eficientes.

"A indústria recebe produtos diretamente dos campos dos cooperados, mas também das entregas nos entrepostos. Essa estrutura facilita o escoamento da produção e mantém o valor agregado mais próximo da origem", acrescenta o gerente.

A Coamo mantém em suas indústrias o mesmo padrão de qualidade em todas as etapas, desde o recebimento do grão até o produto final. "A cooperativa investe de forma constante para garantir produtividade, segurança e atendimento às normas, legislações e certificações", afirma Zanuto.

Com processos modernos e rigoroso controle laboratorial, a unidade de Dourados reforça a responsabilidade da Coamo com a segurança alimentar e com o padrão dos produtos oferecidos aos consumidores.

Presente há 21 anos no Mato Grosso do Sul, a cooperativa continua ampliando sua presença industrial e fortalecendo sua atuação no estado, transformando a produção dos cooperados em alimentos e consolidando sua contribuição para o desenvolvimento regional.

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