Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 562 | Outubro de 2025 | Campo Mourão - Paraná

COLHEITA

Engenheiro agrônomo e cooperado em campo de trigo

Engenheiro agrônomo, Marcelo Santana, com o cooperado, Carlos Lucachevicz, de Pitanga

TRIGO COM BONS RESULTADOS

Condições climáticas favoráveis e manejo adequado garantem boa colheita e valorizam o papel da cultura na sustentabilidade das lavouras

A colheita de trigo nas áreas de atuação da Coamo vem registrando uma das melhores produtividades dos últimos anos, resultado das condições climáticas favoráveis e do bom manejo adotado pelos cooperados.

Mesmo com as variações de temperatura e a ocorrência de geadas em algumas regiões, o desempenho da cultura tem superado expectativas.

Além dos bons resultados nesta safra, a cultura segue com papel fundamental no sistema produtivo, contribuindo para a rotação de culturas, o manejo do solo e o equilíbrio da atividade agrícola.

Segundo o cooperado, Carlos Lucachevicz, de Pitanga (Centro do Paraná), o desenvolvimento da cultura e as condições climáticas contribuíram para uma boa produtividade.

Lucachevicz é produtor tradicional de trigo e mantém o cultivo todos os anos. O cooperado explica que a cultura traz benefícios importantes para o manejo das lavouras e para a preparação do solo.

Vicente, Felipe e Carlos Lucachevicz em frente a uma colheitadeira

Vicente, Felipe e Carlos Lucachevicz, de Pitanga (PR)

"Eu sempre falo: nas áreas que nós temos trigo, sempre colhemos 10, 15 sacas de soja a mais, e ainda ajuda no controle das plantas daninhas", explica.

O cooperado destaca que faz um manejo de solo com adubação de sistema, prática que considera fundamental para o bom desempenho das lavouras.

"Meu investimento é sempre com uma boa adubação, para que a cultura seguinte se beneficie também", comenta.

Neste ano, a área cultivada pela família foi de 450 alqueires e a produtividade superou as expectativas.

"Está surpreendendo, com produtividade acima de 200 sacas por alqueire. Estamos satisfeitos com o desempenho da lavoura."

O cooperado, Lucas Lawryniuk, também de Pitanga, avalia o ciclo como um dos melhores dos últimos anos, tanto em produtividade quanto em qualidade dos grãos.

"Este ano foi muito bom para o trigo. Fazia anos que não colhíamos tanto", comenta.

Segundo ele, o clima contribuiu significativamente para o desenvolvimento da cultura.

"O clima foi bom e nós estamos muito satisfeitos com a colheita", acrescenta.

De acordo com o cooperado, as chuvas ocorreram de forma regular e a geada não causou prejuízos.

"Plantamos no mês de junho, para escapar da geada. A nossa região é bem fria. Mas, graças a Deus, nós estamos colhendo um resultado muito bom, uma média de 180 sacas por alqueire", explica.

Embora o preço do grão tenha diminuído em relação a anos anteriores, o cooperado ressalta que o rendimento da produção compensa.

Ele reforça que a persistência é fundamental na cultura. "O produtor tem que ser insistente, plantar todo ano. Eu nunca deixei plantar 80 ou 100 alqueires de trigo por ano."

Além da produtividade, ele destaca a boa qualidade do grão nesta safra.

A parceria com a Coamo, que já dura mais de três décadas, é apontada por Lawryniuk como um fator importante para a continuidade do trabalho.

Cooperado Lucas Lawryniuk em seu campo de trigo

Cooperado Lucas Lawryniuk avalia o ciclo como um dos melhores dos últimos anos

O engenheiro agrônomo, Marcelo Santana, da Coamo em Pitanga, confirma que a região tem tradição na produção do cereal e que neste ano as condições climáticas favoreceram o desenvolvimento das lavouras.

"Estamos em uma região com tradição muito forte de produção de trigo. Tivemos um cenário com boa distribuição de chuva, desde a implantação da cultura até no final do ciclo", afirma.

Segundo ele, as temperaturas mais baixas também contribuíram para o bom desempenho das lavouras. "Foi um ano mais frio, o que favoreceu também o desenvolvimento da cultura. Algumas áreas onde o plantio foi mais cedo, tivemos um pouco de problema com geada.

Mas, no contexto geral, um ano excepcional para a produção. Provavelmente, nos últimos dez anos, é a maior média final de trigo na região. Há cooperados superando as 200 sacas por alqueire. Mas, se tratando de Pitanga, que é um município com grande extensão rural e com uma ampla janela de semeadura, acreditamos fechar entre 160 e 165 sacas por alqueire de média no município." Em relação à área cultivada, o engenheiro agrônomo explica que houve uma leve redução em comparação ao ano anterior. "Os cooperados buscaram algumas alternativas em virtude dos outros anos, que não tiveram um bom potencial de produção. Isso refletiu na área", destaca.

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