Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 469 | Maio de 2017 | Campo Mourão - Paraná

PLANEJAMENTO PECUÁRIO

BOI GORDO E VACA PRODUTIVA O ANO TODO

GENÉTICA, NUTRIÇÃO E SANIDADE SÃO PILARES DETERMINANTES PARA A OBTENÇÃO DE RESULTADOS NA PECUÁRIA DE CORTE E DE LEITE NA ÁREA DE AÇÃO DA COAMO

Bons resultados na pecuária, seja de corte ou leite, dependem fundamentalmente de três pilares: genética, nutrição e sanidade. É como se fosse uma grande engrenagem, em que cada item se integra, resultando no sucesso da atividade. Inovação, investimento e dedicação são outras três palavras que devem fazer parte do dicionário de quem trabalha com bovinos.

Quando o assunto é alimentação, a maior preocupação é com a chegada da estação mais seca do ano. Sai na frente quem se planejou e tem estoque de alimento para passar com tranquilidade pelo período. Para um bom planejamento alimentar, o criador deve saber qual a demanda de consumo, levando em conta o plantel existente. Os fatores de decisão dependerão das possibilidades existentes para a produção de forragens específicas de inverno, além do clima e condições de solo de cada região. Algumas propriedades podem lançar mão do uso de silagens de capins; milho; sorgo e cana-de-açúcar, que também podem ser fornecidas in-natura; de fenos produzidos a partir de diversas forrageiras e pastagens específicas como a aveia preta e o azevém.

De acordo com o médico veterinário Hérico Alexandre Rossetto, do departamento Técnico (Detec) da Coamo em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), o planejamento alimentar é um item primordial nos sistemas de produção pecuário. “É preciso estabelecer no início de cada período produtivo, quais serão as estratégias e atividades desenvolvidas para produzir e suprir a quantidade predeterminada de alimento. Pode ser volumoso – fresco ou conservado, pastejados ou fornecidos no cocho – e concentrados, fornecidos na forma de suplementação, semi-confinamento ou confinamento”, comenta.

Por meio de um planejamento alimentar bem elaborado, conforme Rosseto, consegue-se suprir a demanda nutricional dos animais, buscando a produção potencial do rebanho. “Para isso, é necessário estabelecer uma sequência ordenada de ações, com objetivos previamente estabelecidos, que podem ser o ganho de peso vivo na atividade de corte ou a produção de leite na atividade leiteira.”

Rosseto explica que o primeiro passo é diagnosticar as necessidades alimentares mensais das diversas categorias existentes no rebanho, bem como a oferta alimentar existente na propriedade. “Levantar a área de pastagem existente e a produtividade, quantidade de silagem armazenada ou a ser produzida e quanto de cereais ou ração concentrada há armazenado ou, se será necessário, adquirir.” Ele acrescenta que após o conhecimento da situação alimentar do plantel, devem ser desenvolvidos os meios de manejo para que a demanda nutricional dos bovinos seja suprida, atingindo o máximo do potencial produtivo de cada categoria animal.

Para o médico veterinário Hérico Rosseto, é necessário estabelecer estratégias para produção de alimentos para os animais
Como exemplo, uma propriedade, onde se desenvolve a atividade de bovinos de corte com 100 animais, sistema de recria e engorda, com pesos médios iniciais de 215 quilos e abate com 500 quilos, a pasto, em 12 hectares de estrela africana.

Observa-se o déficit alimentar, por falta de planejamento estratégico, não conseguindo suprir a demanda de consumo alimentar dos animais no decorrer dos meses de engorda.

Neste exemplo, a demanda alimentar é suprida com o uso estratégico de alimentação para suplementar a deficiência da pastagem de estrela africana durante o período de inverno. Foi utilizado como alimentação suplementar 20 hectares de pastagem anual de aveia e azevém e confecção de dois hectares de silagem de milho. A pastagem de aveia e azevém supriu a falta de alimentos nos meses de maio à agosto e a silagem de milho foi utilizada de forma suplementar nos meses de outubro à dezembro.
PARA O PLANEJAMENTO ALIMENTAR É PRECISO:

- Ter a estrutura atual do rebanho (número e peso dos animais em cada categoria);

- Índices zootécnicos da propriedade (mortalidade, ganho de peso, duração média das lactações, produção individual de leite, etc.);

- Definir época de descarte dos animais;

- Montar uma projeção da evolução ou manutenção do rebanho para o período, calculando a necessidade alimentar para cada categoria animal

- Estabelecer a área necessária para produção das forrageiras que serão utilizadas como volumoso para as diversas categorias (pasto adubado, pasto sem adubação, silagem de milho, pasto de aveia e azevém, etc.);

- Estipular a quantidade de cereais ou ração concentrada que será necessária para suprir a demanda nutricional estimada para os animais em produção.

"LEITE ENTRA PELA BOCA"

Roni Kruger ao lado da família em Mamborê: inovação para melhorar a alimentação do rebanho

SISTEMA DOS KRUGER

O planejamento estratégico na propriedade da família Kruger começa com a escolha do híbrido do milho a ser plantado para silagem e tamanho da área. O mesmo ocorre com os materiais para fabricação de pré-secado, que é feito de milheto em uma área de quatro alqueires, sendo o plantio em fevereiro e colheita em março, com uma produção de 90 bolas com 700 quilos cada. O pré-secado de aveia é retirado de uma área de 72 alqueires, dos quais 15 são destinados para o consumo da fazenda e o restante para comercialização. O plantio foi em março, a colheita em junho e rendeu 25 bolas por alqueire.

Para a silagem são cultivados 35 alqueires de milho dos quais 15 alqueires para silagem e o restante para produção de grãos. O plantio foi em fevereiro com produção média de 85 toneladas por alqueire. A ração é fabricada na propriedade e são utilizados os seguintes ingredientes: farelo de soja, farelo de trigo, aveia, milho e núcleo e, quando encontra, casquinha de soja.

Genética, nutrição e sanidade. Inovação, investimento e dedicação. São conceitos que se encaixam perfeitamente na filosofia do cooperado Roni Nelmes Kruger, de Mamborê (Centro-Oeste do Paraná). Trabalhando na pecuária há cerca de 25 anos ele não mede esforços para garantir uma produção sustentável e rentável. Tudo começa com o planejamento alimentar. O modelo de trabalho na propriedade Santa Bárbara é de confinamento (compost-barn) e os animais recebem alimentação a base de silagem de milho e pré secado, além da ração.

Roni explica que os pré-secados produzidos no inverno são de milheto e aveia, culturas cultivadas após a retirada da soja. No verão a produção é com gramíneas, sendo as opções por estrela africana, tifton e brachiária ruziziensis.

O cooperado sempre busca inovação para melhorar a alimentação do rebanho. Ele conta que trocou equipamentos, modernizou maquinários e investiu em infraestrutura pensando no bem-estar animal. “A alimentação que estamos usando agora, foi produzida no verão e a que utilizaremos no próximo verão, estamos preparando agora. Todo processo é realizado em parceria com a assistência técnica da Coamo que ajuda na elaboração dos alimentos e intervalo da alimentação”, diz.

Kruger ressalta que o período mais frio é o melhor para a produção de leite, desde que os animais tenham uma boa alimentação. “No inverno, é hora de ganhar dinheiro. Durante o verão, a renda com o leite apenas cobre as despesas”, observa. 

A propriedade abriga cerca de 160 animais, sendo uma média de 65 em lactação. A produtividade gira em torno de 24 a 25 litros/dia por animal. “Não estamos fazendo uma dieta cara. Damos o necessário para os animais. É uma forma de diminuir o custo e aumentar a produção. Quanto mais se produz, mais precisamos trabalhar para manter a produtividade.”

Conforme o médico veterinário Vinicius Dziubate de Andrade, do Detec Coamo em Mamborê, chegar neste período com boa quantidade e qualidade de alimento é um desafio. “É um trabalho que precisa de planeja mento. Fazer silagem de acordo com a necessidade anual, seja no inverno ou verão, é uma boa solução. No caso da família Kruger ainda tem os pré-secados que é uma importante fonte de alimento para os animais”, assinala.

Andrade salienta que um bom planejamento alimentar deve ocorrer pelo menos com um ano de antecedência. Isso porque pode acontecer algum problema climático durante o ciclo da cultura. “Ter um bom estoque de comida garante um inverno mais tranquilo. A família Kruger é referência em produção de leite na região. Além de boa genética e sanidade dos animais tem um bom planejamento alimentar. Vale aquela velha expressão: o leite entra pela boca. Então, para uma boa produtividade é necessária uma boa alimentação”, assinala.

Veterinário Vinicius Dziubate de Andrade, do Detec Coamo em Mamborê, analisando a alimentação preparada para os animais do cooperado Roni Nelmes Kruger

BALDE PELO GARGALO

Em Manoel Ribas, Fábio Stipp conta com a assistência técnica da Coamo para um manejo de qualidade
SISTEMA DOS STIPP

Entre os dias 15 e 20 de maio é cortado o milho safrinha e depois plantado aveia/ azevém na área de pouco mais de dois alqueires. Cerca de 30 dias depois, as vacas entram para pastorear. Enquanto isso, é plantado aveia/azevém em sobressemeadura no pasto perene de grama porto rico. Em meados de setembro, as vacas saem da área de aveia/azevém e voltam para a pastagem, já que na área será plantado o milho verão para silagem.

As vacas são divididas em três lotes: animais de alta produção e início de lactação, novilhas e vacas de média produção, e vacas de final de lactação. A quantidade de silagem e ração oscila de acordo com a pastagem. A silagem é sempre com alta tecnologia buscando a maior produção de grãos e o corte é feito buscando matéria seca entre 33 e 35%”.

A ração é preparada de acordo com a pastagem e a necessidade de aditivos. Quando a pastagem está mais  seca de baixa qualidade a proteína varia de 22 a 24%. Quando a pastagem está verde e de boa qualidade fica em torno de 20%. E quando as vacas vão pastorear área de aveia, a proteína varia de 18 a 20%.

A região Central do Paraná é uma das referências quando o assunto é produção de leite. A bacia leiteira é formada, em sua maioria, por agricultores familiares que têm na atividade importante fonte de renda. Em Manoel Ribas, o cooperado Fábio Stipp cria um total de 110 animais em uma área total de pouco mais de oito  alqueires. Ele está na atividade já há alguns anos, e há cerca de dez anos trabalha por conta própria. Porém, o grande salto ocorreu quando procurou a assistência técnica da Coamo para elaborar um planejamento estratégico alimentar. Em três meses, a produtividade de leite por animal/ dia saltou de 16 para 21 litros.

Stipp revela que o segredo é retribuir os animais com uma boa alimentação. “As vacas nos dão o leite e, em troca recebem alimento de qualidade e em quantidade necessária”, frisa. A preocupação com o rebanho ocorre o ano todo. Porém, nesse período mais frio e seco aumenta. “Temos que estar preparados para passar tranquilos pelo inverno. No começo, tínhamos mais dificuldade e aos poucos fomos aprendendo e melhorando o manejo”, assinala.

O manejo na propriedade é o semiextensivo, com os animais tratados a pasto perene de grama porto rico e com silagem de milho. “Na parte da manhã, as vacas ficam no pasto e o que falta para complementar a alimentação está na silagem e na ração”, explica. No inverno, a área de pastagem recebe sobrese-meadrura de aveia/azevém, enquanto que na área ocupada com milho para a silagem será cultivada aveia para pastoreio dos animais.

A propriedade denominada Sítio Alvorada fica na comunidade Bairro dos Galos e conta com um total de 110 animais, sendo uma média de 40 a 45 em lactação. “Estamos sempre aprimorando, procurando não errar na alimentação, genética e sanidade dos animais. A propriedade de leite é como se fosse uma corrente, se estourar um gomo no meio, arrebenta tudo”, acrescenta Stipp.

O médico veterinário Renato Roque Mariani Junior, do Detec da Coamo em Manoel Ribas, destaca que uma boa produção de leite começa justamente pela alimentação, que deve ser balanceada e em boa quantidade. “Tem que fazer de maneira eficiente, seguindo as orientações e utilizando tecnologia. Se cumprir as necessidades, as vacas retribuem com uma boa produtividade.”

Conforme o veterinário, a alimentação dos animais deve ser elaborada conforme o período da vaca, seja quando está em lactação ou seca. “No caso da proprie dade do Fábio Stipp, os animais são divididos em três lotes. Cada um tem a quantidade certa de silagem e ração”, diz. O bom resultado obtido em 90 dias, segundo o veterinário, foi em virtude da dieta elaborada e do manejo adequado. “Todo processo foi ajustado, e cinco litros a mais faz uma grande diferença”, assinala reforçando a produtividade que saltou de 16 para 21 litros por animal/dia.

Veterinário Renato Roque Mariani Junior, do Detec da Coamo em Manoel Ribas: bom resultado obtido em 90 dias  foi em virtude da dieta elaborada e do manejo adequado. Produtividade saltou de 16 para 21 litros por animal/dia

ANIMAIS DE BOCA CHEIA

Rodrigo Benin com a esposa Franciele, em Pitanga: trabalho em família garante boa alimentação para as vacas e mais renda na propriedade
SISTEMA DOS BENIN

As vacas vão para a ordenha por volta das 06 horas e depois recebem no cocho seis quilos de silagem, 2,5 quilos de ração Coamo 18%ae, 150 gramas de mineral. Após a alimentação, seguem para um piquete com sombra e água. Por volta das 11h30 voltam para o barracão para mais seis quilos de silagem, sendo 2,5 quilos de ração e 50g do milk saac x. De volta ao piquete, descansam até às 17 horas e retornam para a sala de ordenha. Depois consomem a mesma dieta da manhã antes de irem para a área de aveia e azevem, onde passam a noite.

O manejo tem como intuíto maximizar o tempo de ruminação dos animais e diminuir acidose subclínica, melhorar a saúde ruminal com refeições três vezes ao dia.

Outro exemplo de planejamento estratégico alimentar é da família Benin, de Pitanga, também na região Central do Paraná. As 61 vacas, sendo 20 em lactação recebem alimentação balanceada e desenvolvida para cada fase do animal, seja com silagem, ração ou pré-secado. “As vacas recebem a alimentação conforme a produtividade. Quanto mais produzem, mais ganham ração”, destaca Franciele que trabalha junto com o marido, o cooperado Rodrigo Benin. É ela a responsável pela parte do leite no Sítio São Domingos, na comunidade Borboleta São Roque.

A silagem é feita de milho, cultivado em duas épocas – no verão e na segunda safra. Os animais também se alimentam de pastagem com grama perene, cultivada em dois alqueires da propriedade, sendo que um alqueire foi dividido em 11 piquetes, que recebem as vacas de forma escalonada. Já no inverno, os 3,5 alqueires destinados para o milho são ocupados com aveia, que abrigará as vacas em lactação. “Com um bom planejamento conseguimos passar o inverno com mais tranquilidade. Até pouco tempo não tínhamos essa consciência. Aos poucos fomos implementando e melhorando tudo. Tínhamos mais vacas e produzíamos menos. Hoje, com um plantel menor e com mais qualidade, contamos com uma boa produção”, conta Franciele. A média/ dia por animal está em 20 litros, com expectativa de aumentar em pelo menos mais cinco litros nos próximos meses. 


Segundo o médico veterinário Ercílio Fontana Júnior, do Detec da Coamo em Pitanga, chegar nesse momento já com alimentação em estoque é importante para o cooperado. “Tem várias fontes baratas que podem incrementar a alimentação dos animais. São ações que ajudam a elevar a produção e a diminuir custos.”

Ele ressalta que o planejamento da família Benin começou no verão, quando foram plantados 3,5 alqueires de milho para a silagem. Outra inovação foram os piquetes na pastagem perene. “A área recebe, também, uma boa adubação após a retirada dos animais. Em poucos dias, o pasto volta ao normal. Isso faz com que os animais sejam bem manejados mesmo em uma pequena área.”

Segundo o médico veterinário Ercílio Fontana Júnior, do Detec da Coamo em Pitanga, chegar nesse momento já com alimentação em estoque é importante para o cooperado

CAPIM NO PASTO E SUPLEMENTO NO COCHO

Em Moreira Sales (Centro-Oeste do Paraná), Carlos Vaz Donaris Bukoski, apresenta bons resultados em apenas dois anos de pecuária

O  planejamento estratégico na Fazenda Marialva, do cooperado Carlos Vaz Donaris Bukoski, em Moreira Sales (Centro-Oeste do Paraná), vai de maio a setembro e é pensando em um inverno mais rigoroso. A propriedade conta um rebanho de 540 animais da raça nelore. A área é arrendada e está com Bukoski há dois anos. Agricultor por tradição, o cooperado conta que está sendo uma boa experiência trabalhar com a pecuária. “Quando pegamos essa área, que era toda de pastagem, foi pensando na lavoura. Porém, devido ao solo ser bem misto, optamos por manter o pasto e estamos tendo um bom retorno com os animais”, assinala.

Ele explica que toda área de pastagem passou por um trabalho de adubação, o que vem permitindo a verticalização dos resultados. No mesmo espaço de antes, agora ele engorda um maior número de animais com  mais eficiência. No verão, cerca de 40% da área foi destinada para o plantio de soja e, agora, também está sendo destinada para a pecuária, com plantio de brachiaria ruziziensis consorciada com capim sudão, que servirá de alimentação para o rebanho.

De acordo com o médico veterinário Clécio Jorge Hansen Mangolin, do Detec da Coamo em Goioerê (Centro-Oeste do Paraná), para o planejamento foram contabilizados 15 quilos de silagem por cabeça/dia. “São 15 quilos para 150 dias que alimentará pouco mais de 500 cabeças de gado. Há uma necessidade de forragem de 1.125 toneladas. Na propriedade, temos um canavial de dois alqueires, que nos fornece cerca de 400 toneladas, e 12 alqueires de plantio de sorgo silageiro, que rende mais 800 toneladas, fechando assim a demanda por volumoso”, explica.

Veterinário Clécio Jorge Hansen Mangolin, do Detec da Coamo em Goioerê (Centro-Oeste do Paraná): toda área de pastagem passou por um trabalho de adubação

Mangolin ressalta que além dos volumosos, é utilizado mineral proteinado preparado na propriedade. “Se o inverno não for muito rigoroso adotamos um consumo de 0,25 quilos por cabeça de proteinado. Conforme o andamento do inverno e das possíveis geadas vamos mexendo na formulação chegando a um consumo de até 0,6 quilos por cabeça/dia. Sempre buscando fechar toda necessidade nutricional dos animais”, assinala.

Mangolin lembra que a propriedade conta ainda com uma área de agricultura de 35 alqueires, onde adota a integração lavoura pecuária e está cultivada com pastagem de inverno de brachiaria ruziziensis consorciada com capim sudão. “Esse consórcio nos forneceu uma quantidade de palha muito superior ao plantio solteiro da ruziziensis, favorecendo assim, o próximo plantio da soja. Com essa quantidade de pastagem de inverno temos uma sobra muito grande de silagem que durante o inverno, ou no final dele, pode ser comercializado e o dinheiro utilizado para compra de animais. Fazemos ainda um pequeno confinamento visando lucratividade em um momento de escassez de alimento”, acrescenta.

Para o processo de silagem é utilizada uma máquina contratada de terceiro, que garante rapidez no processo e diminuição nas perdas. “O ganho de produtividade se dá no nascimento de bezerros e na quantidade de desmamados por ano na propriedade que está cerca de 15% superior em comparação a anos que não foram suplementados. Sem contar a sanidade do rebanho que é superior. Tem sempre vacas gordas que enchem os olhos de quem visita a propriedade.”

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