Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 472 | Agosto de 2017 | Campo Mourão - Paraná

ARMAZENAGEM

ESFORÇO CONCENTRADO DA COAMO PARA RECEBER MILHO SAFRINHA

Engenheiro Beltrão (PR)

A agricultura brasileira está registrando a maior safra da história. Por um lado, esse resultado é sinônimo da eficiência e competência dos agricultores que semearam as melhores sementes com qualidade e tecnologia, e fizeram a sua parte para obter renda e alavancar a economia do nosso país.

Mas, paralelamente outra situação está acontecendo em face das variações dos preços das commodities e oscilações na cotação do dólar. O cenário atual apresenta uma comercialização em ritmo lento nos volumes de soja, haja vista, que até o fechamento desta edição apenas 45% da soja e 20% de milho havia sido fixada pelos associados e comercializada pela Coamo nos mercados interno uma e externo, contra cerca de 80% da soja e 60% de milho em anos anteriores, ou seja, nas últimas safras a produção foi vendida em ritmo normal.

Os produtores estão retirando de suas propriedades grandes volumes de milho segunda safra, que há muito deixou de ser milho safrinha. ´”Com os produtores capitalizados esperando a melhora dos preços as vendas estão em ritmo menores em comparação aos anos anteriores e com isso há dificuldade para receber esta grande produção nos armazéns da Coamo”, explica o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini.

Para amenizar a solução e atender as necessidades dos associados, a Coamo está fazendo um grande esforço na busca de alternativas para estocar a produção que vem do campo para à cooperativa. “A Coamo vem realizando fortes investimentos ao longo dos últimos anos em todas as unidades no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Então, com a falta de espaço verificada neste ano, a solução encontrada foi estocar o milho e soja em silos bolsas, armazéns infláveis e em "piscinas" depositadas nos pátios das nossas unidades em várias regiões do Paraná e Mato Grosso do Sul”, informa Airton Galinari, superintendente de Logística da Coamo.

Galinari acrescenta que outra alternativa efetuada pela Coamo para não deixar de receber a safra dos associados foi a locação de armazéns de terceiros em 11 municípios – Campo Mourão, Amambai, Laguna Carapã, Paranaguá, Curitiba, Ponta Grossa, Campo Largo, Maringá, Guarapuava, Marialva e Palmas. “É uma logística enorme, um trabalho e esforço imensurável que a Coamo está fazendo para não deixar os associados na mão, e assim continuar o trabalho de recepção da produção de uma grande safra de milho safrinha.”

As alternativas realizadas para receber grandes volumes em decorrência da  falta de espaço devido a baixa comercialização da soja, resultou em forte trabalho da equipe da Coamo para remanejar os produtos ainda não vendidos das safras anteriores, que lotam os armazéns da Coamo.

A estrutura e logística da Coamo vem sendo suficiente para receber a safra do quadro social. O que está acontecendo neste momento é uma situação atípica em função de que as vendas das commodities não estão regulares. O presidente da Coamo reforça aos associados a importância do sistema cooperativista em apoio as suas atividades, principalmente em um momento diferente. “A Coamo foi criada há quase 47 anos e desde o seu surgimento sempre esteve ao lado dos seus cooperados, porque a razão da existência da cooperativa está nos cooperados. Temos uma cooperativa voltada para os interesses do quadro social e quando nos deparamos com esta realidade, nos reunimos para encontrar soluções e atender os interesses dos produtores.”

Diante do cenário com queda nos preços da soja e do milho e lenta comercialização, Gallassini explica qual deveria ser a decisão dos associados. “O mercado é quem dita o preço diante das variações das commodities e oscilações no dólar, então se temos uma produção muito grande certamente podemos ter preços não muito atrativos. Mas, enquanto os cooperados não venderem sua safra não podemos fazer nada além do que estamos fazendo com alternativas para amenizar este grande problema.”

O presidente da Coamo prevê sérios problemas no futuro quando da colheita da nova safra de verão 2017/18. “Esperamos que a comercialização seja retomada, pois caso contrário este problema da falta de espaço será agravado e prejudicará o recebimento e a armazenagem da próxima safra.”

Dourados (MS) Amambai (MS) Figueira do Oeste, em Engenheiro Beltrão (PR)

Estacionamento do Parque Industrial com silo inflável, em Campo Mourão (PR) Boa Esperança (PR)

Maracaju (MS) Guaíba (MS)

São Luiz (MS) Caarapó (MS)

COOPERADOS APROVAM INICIATIVAS DA COAMO

Ronaldo Antonio Peres, de Engenheiro Beltrão Amarildo Martini, de Peabiru

Diante de todo esforço da cooperativa para receber a produção, os cooperados entenderam e aprovaram as alternativas encontradas pela diretoria. Ronaldo Antonio Peres, de Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste do Paraná), comenta que há muitos anos não via uma situação de dessas. Ele recorda que foram duas safras com altas produções e preços pouco atrativos, diminuindo a venda. “A Coamo fez um trabalho para nos atender. Enfrentamos fila, mas percebemos o esforço para que todos pudessem entregar a produção. Em nenhum momento fiquei preocupado de que pudesse perder a produção no campo, pois sei do compromisso da Coamo com os cooperados. Se não fosse a cooperativa, ficaria muito difícil. A Coamo tem nos incentivado a investir e produzir, cada vez mais, e, por outro lado, tem se estruturado para receber a nossa produção, sem nos deixar na mão”, salienta.

Amarildo Martini, de Peabiru (Centro-Oeste do Paraná), também, aprova as alternativas encontradas pela Coamo. “Não tivemos uma safrinha, mas sim uma ‘safrona’ de milho e com os preços baixos dificulto-se a comercialização, deixando a cooperativa sem espaço. A Coamo encontrou uma saída e resolveu o nosso problema. No começo, foi um pouco complicado, com filas, mas tudo muito compreensivo, pois víamos que todos estavam preocupados em receber a nossa produção. Os funcionários explicavam a situação e nós compreendemos todo esforço. A parceria fica fortalecida e com a produção guardada.”

Laguna Carapã (MS)

O cooperado Aguimar Padovani Matias, de Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná), recorda que a situação já havia sido antecipada pelo presidente José Aroldo Gallassini durante a reunião de campo da diretoria. “O Dr. Aroldo já falava das dificuldades de armazenagem para recebimento da safra. Foi citado que alguns armazéns estavam com pouco de espaço, pois estavam cheios de soja e teria dificuldade para receber o milho. A diretoria encontrou uma alternativa para receber a nossa safra e isso mostra o comprometimento com os associados”, assinala Matias.

Conforme o cooperado Ademir Zottis, de Toledo (Oeste do Paraná), a Coamo está de parabéns por todo esforço e dedicação para receber a segunda safra de milho. “A cooperativa não mediu esforços e fez tudo o que pode para nos atender. As alternativas encontradas como, por exemplo, as ‘piscinas’ de soja a céu aberto resolveram o nosso problema e não precisamos paralisar a colheita. As filas são compreensivas em função do que aconteceu e todo trabalho e esforço mostra que precisamos continuar trabalhando juntos, em parceria.”

Aguimar Padovani Matias, de Boa Esperança Ademir Zottis, de Toledo

Quinta do Sol (PR) São Pedro do Iguaçu (PR)

Toledo (PR) Vista Alegre, em Maracaju (MS)

UNIDADES DA COAMO COM ARMAZENAGEM ALTERNATIVA

- Engenheiro Beltrão (PR)
- Figueira do Oeste (PR)
- Boa Esperança (PR)
- Peabiru (PR)
- Quinta do Sol (PR)
- São Pedro do Iguaçu (PR)
- Toledo (PR)
- Campo Mourão (PR)
- Caarapó (MS) - Dourados (MS)
- Amambai (MS)
- Maracaju (MS) - Vista Alegre, em Maracaju (MS )
- São Luiz, em Aral Moreira (MS)
- Laguna Carapã (MS)
- Guaíba (MS)

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