Formação de novos produtores no campo
A Coamo acredita que o processo de mudança para tornar o cooperativismo e o agronegócio mais produtivo e eficiente passa pela formação, educação e desenvolvimento dos cooperados
Os jovens cooperados representam o presente e também o futuro promissor do cooperativismo e do agronegócio. A grande potencialidade, a busca no seu desenvolvimento pessoal e profissional, e o interesse em desempenhar uma administração voltada para o incremento dos negócios e da cooperativa, são fatores que contribuem para a realização socioeconômica e o sucesso dos cooperados, com melhor qualidade de vida no ambiente produtivo rural.
A Coamo acredita que o processo de mudança para passa, necessariamente, pela formação, educação e desenvolvimento dos cooperados. Prova disso é o sucesso do Curso de Formação de Jovens Líderes Cooperativistas. Iniciado em 1998, o programa já formou mais de 800 jovens produtores associados na Coamo, na faixa de 18 a 40 anos, representando todas as unidades e regiões da área de ação da cooperativa no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
O resultado do programa, premiado em 2004 pela OCB e revista Globo Rural como o “Melhor Programa de Educação Cooperativista” do Brasil, proporciona mais conhecimento e participação nas atividades técnicas, educacionais e sociais da Coamo, além da ampliação das habilidades profissionais com uma visão de futuro. “O programa capacita esta nova geração de cooperados para desenvolver de forma gradual e contínua o seu potencial de liderança, gestão e administração na atividade rural. Esse desempenho auxilia também a adoção e prática de novas tecnologias visando o desenvolvimento sustentável e eficaz do agronegócio”, assegura o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini.
Em 1998 iniciou o curso de Formação de Jovens Líderes Cooperativistas
800 associados já participaram do curso
Em 2004, o programa foi premiado pela OCB e revista Globo Rural como o “Melhor Programa de Educação Cooperativista” do Brasil
Anualmente, cerca de 50 jovens cooperados participam do programa
Halisson Claus Welz Lopes, de Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste do Paraná), desde cedo seguiu os exemplos do pai, ‘seo’ Daniel Lopes, que se associou a Coamo em 1980. “Fui educado e disciplinado para trabalhar com o cooperativismo. Essa confiança e tranquilidade que a Coamo nos dá fortalece cada vez mais a nossa parceria”, comenta.
Na visão dele, o cooperativismo é nada mais do que uma troca, onde a cooperativa fornece os insumos necessários para a condução das atividades agrícolas e o cooperado faz a sua parte produzindo e entregando a produção. “Quanto mais ativo o associado for na cooperativa, mais os dois serão fortalecidos”, frisa.
Halisson participou da 10ª turma do Programa de Formação de Jovens Líderes Cooperativistas, em 2008. Ele conta que o curso fornece uma metodologia interessante e que traz uma noção de família dentro da cooperativa. “As pessoas têm a tendência de serem individualistas e o cooperativismo mostra que é possível cooperar e que todos saem ganhando. O cooperativismo resgata essa questão do coletivismo, da união de esforços, de pensamentos e traz bons resultados.”
O cooperado ressalta a importância da Coamo para difusão de novas tecnologias. Uma delas, de acordo com Halisson, é o plantio direto que mudou a realidade da agricultura na região. “Houve um grande incremento nas produtividades e essa tecnologia foi disseminada pela Coamo trazendo resultados positivos para a agricultura e para a geração de alimentos e renda ao agricultor”, diz.
INÍCIO - ‘Seo’ Daniel Lopes recorda que a Coamo sempre sustentou o mesmo padrão de trabalho, que é o de tratar bem os cooperados. “É um sistema de cooperação entre associados e cooperativa. Acompanhei a Coamo desde o início em Engenheiro Beltrão e posso garantir que a realidade é outra depois de sua instalação. Houve uma melhora significante em todos os setores”, pondera. O cooperado compara a Coamo com uma grande árvore, que além de dar frutos para os associados proporciona sombra garantindo tranquilidade e qualidade de vida aos associados e familiares.
Pai e filho plantam 40 alqueires, sendo soja no verão e milho na segunda safra. A soja rendeu uma média de 138 sacas e a expectativa é de colher de 230 a 240 sacas de milho.
A família Veiga, de Mamborê (Centro-Oeste do Paraná), está na quarta geração de cooperativistas. A história deles com a cooperativa teve início no começo da década de 70, quando Júlio Batista Veiga (já falecido) se associou à cooperativa. Na sequência veio o filho dele, José Batista Veiga, que atualmente trabalha com o filho e dois netos. “Na época se produzia muito pouco e havia pouca tecnologia. Fomos melhorando o cultivo seguindo as orientações da Coamo e copiando os bons exemplos dos vizinhos. Tecnologias como o plantio direto e mais tarde os transgênicos revolucionaram a agricultura e foram difundidas pela Coamo. A cooperativa sempre esteve à frente garantindo o que há de melhor para os cooperados”, assinala.
José Batista Veiga com o filho Marcos Simões Veiga e os netos Fernando Bagini Veiga e Tiago Bagini Veiga
Para ele, o cooperativismo é uma das melhores coisas que surgiu na vida do agricultor porque trata todos de forma igual. “Não importa se é pequeno ou grande, na Coamo todos são iguais. Isso é que move o cooperativismo”, ressalta.
A atividade que ele aprendeu com o pai foi repassada para o filho Marcos Simões Veiga e para os netos Marcos Fernando Bagini Veiga e Tiago Bagini Veiga. “É uma parceria que tem dado certo. É uma mistura de experiência com a vontade de aprender e de o uso de novas tecnologias trazidas pelos mais novos. No final o resultado é sempre positivo”, diz.
Marcos Simões Veiga é associado da Coamo desde 1989 e em 1998 participou da primeira turma do Programa Jovens Líderes Cooperativistas. Ele conta que o curso é uma pós-graduação sobre o cooperativismo. “É um programa que influência diretamente no desempenho das atividades. Houve uma grande mudança depois que participei do curso facilitando na tomada das decisões. O cooperativismo tem ajudado no crescimento da nossa família, que seguiu a evolução da agricultura. Sem a Coamo estaríamos parados no tempo”, comenta.
Marcos Fernando Bagini Veiga faz parte da quarta geração de cooperativistas da família. Assim como o pai, ele também participou do curso de Formação de Jovens Líderes. Ele é formando da 15ª turma, em 2011. Para Fernando, o conhecimento obtido com o curso aliado a experiência do pai e do avô tem feito com que as atividades sejam desenvolvidas com planejamento e progresso. “É um trabalho de família e que tem dado certo. Tudo o que aprendemos lá fora é implantado na propriedade e os resultados têm sido satisfatórios”, assinala.
Na visão dele, o momento vivido pela família está sendo de aprimorar as técnicas já utilizadas na propriedade. “Ouvindo eles [pai e avô] falarem de como era a agricultura no passado, percebemos que hoje está mais fácil trabalhar, porém a atividade exige mais técnica para acompanhar as novas tecnologias”, diz.
A família cultiva 220 alqueires, sendo no verão e milho, trigo e aveia no inverno.
Evento reuniu centenas de líderes cooperativistas e comemorou o sucesso do movimento
Para comemorar o sucesso e a eficiência do cooperativismo praticado pela Coamo e Credicoamo, cerca de 400 cooperados, diretoria e funcionários de várias regiões do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul participaram no dia 25 de junho, de forma antecipada, de um evento para celebrar o “Dia do Cooperativismo”, comemorado mundialmente no primeiro sábado do mês de julho de cada ano. O evento “Encontro de Líderes Cooperativistas” foi realizado em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná, reunindo jovens cooperados integrantes das 18 turmas do Programa Coamo de Jovens Líderes Cooperativistas, iniciado pela Coamo em 1998.
Após a sessão cívica com o Hino Nacional, o presidente da Coamo e Credicoamo, José Aroldo Gallassini abriu o evento destacando os benefícios e a importância do cooperativismo. O engenheiro agrônomo Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica da Coamo recomendou ações que o cooperado deve fazer para aumentar as produtividades, enfatizando períodos de plantio com cultivares que atendam as necessidades e realidade de cada região. Na segunda parte, o professor e filósofo Mário Sérgio Cortella palestrou aos cooperados abordando vários temas como ética, responsabilidade e valores para construção de cidadãos melhores e um país com progresso e sucesso.
A Coamo sempre esteve ao lado dos associados, sendo uma cooperativa bem estruturada e voltada totalmente para os interesses e o desenvolvimento da família cooperada. Para o presidente da Coamo, o Dia do Cooperativismo merece ser comemorado. “Trata-se de um movimento importante que reúne 1 bilhão de pessoas em todos os continentes e tem colaborado de forma efetiva para a promoção do bem-estar e o desenvolvimento técnico, econômico, educacional e social dos seus membros.”
Gallassini lembra que somente na Coamo são mais de 120 mil pessoas entre cooperados e familiares que praticam diretamente o cooperativismo e atuam também em ações sociais nas comunidades onde a cooperativa está presente. “Realizamos este evento para celebrar os resultados da cooperação e o orgulho de ser cooperativista, colaborando com muito trabalho, união e eficiência para o progresso dos nossos cooperados e familiares, das comunidades e estados onde atuamos, e também do nosso país, trabalhando em família com o mesmo objetivo.”
POTENCIAL – Os líderes cooperativistas receberam do gerente Técnico da Coamo, Marcelo Sumiya, recomendações importantes para o sucesso do plantio, sendo apresentado o resultado dos trabalhos do Detec que mostram as altas produtividades que vem sendo alcançadas pelos produtores. “É importante que os cooperados estejam atentos para aumentar suas produtividades, observando os períodos de plantio com cultivares que atendam as necessidades e realidades da cada região, não esquecendo a prática da rotação de culturas que é fundamental para o sistema de produção”, considera Sumiya.
VALORES – O palestrante convidado para o Dia do Cooperativismo na Coamo em 2014 foi o professor e filósofo Mário Sérgio Cortella. Durante 90 minutos, Cortella mostrou aos cooperados a importância dos valores e de sua prática para o sucesso como cidadão, líder e cooperado na sua cooperativa e comunidade. Enfatizou o papel do líder com a necessidade de acompanhar as mudanças e velocidade no presente para o futuro, mas também de ver as coisas do passado que continuam dando certo. “A Coamo é um exemplo de sucesso com ética, capacidade empreendedora e honestidade, e seus cooperados têm orgulho disso, pois ajudam a construir todo esse sucesso. Para Cortella, o sucesso precisa ser sucedido com a premissa de fazer sempre mais e melhor, com qualidade e determinação.
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Evandro Crudo, de Caarapó (Mato Grosso do Sul) - “A tendência é cada vez mais agregar pessoas ao cooperativismo e o curso de Jovens líderes auxilia essa integração. Durante o curso aprendemos trocar informação com outras regiões. Somente o cooperativismo consegue fazer isso, unir muitas pessoas, de lugares diferentes e em prol de um mesmo ideal.”
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Ricardo Romagnole, de Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná) - “Fui da 13ª turma de Jovens Líderes e com isso abriram muitos horizontes para mim, com o respaldo de uma equipe competente nos indicando os melhores caminhos. É sempre bom participar e escutar o que a cooperativa traz para nós, sempre tem informações importantes, sem contar a troca que há com outros agricultores de outras regiões.”
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Jean Benedetti, de Ouro Verde (Santa Catarina) - “É muito bom para nós sabermos as novidades que tem no ramo cooperativista. Sendo cooperado de uma cooperativa como a Coamo, me sinto orgulhoso de participar de uma cooperativa tão grande. É sempre bom participar e se atualizar. O cooperativismo é fundamental e é o meio para todos crescermos juntos.”
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Mário Sérgio Cortella, professor e filósofo, mostrou a importância dos valores e de sua prática para o sucesso como cidadão e cooperado
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