Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 480 | Maio de 2018 | Campo Mourão - Paraná

INTEGRAÇÃO

Cooperados participativos

José Aroldo Gallassini: "Programa propicia conhecimento sobre o cooperativismo, fortalecendo o sistema como instrumento de desenvolvimento técnico, educacional e social Cooperados em visita à indústria de óleo

A família cooperativista é o que move a Coamo e por esta razão a cooperativa conta com o Programa Família Coop, ou seja, são diversos eventos realizados durante o ano para que os associados e familiares conheçam mais a Coamo e os serviços oferecidos a todo quadro social. Uma dessas ações foi realizada em abril para os homens, sejam eles cooperados ou filhos. Durante um dia eles participaram de uma palestra sobre mercado agrícola e visitaram o Parque Industrial da cooperativa.

Foram dois dias de evento reunindo diversos associados. Segundo o assessor de Cooperativismo da Coamo, Guilherme Sávio, o evento deste ano contou com a presença de 700 cooperados que voltaram satisfeitos para casa. “Associados destacaram que este encontro foi muito enriquecedor. Além de sairem mais preparados, eles estão mais seguros para tomar decisões na hora de negociar o seu produto agrícola após conhecerem mais a sua cooperativa, visitando o Parque Industrial e sabendo mais sobre os Alimentos Coamo, resultado final do trabalho que começa lá no campo deles.”

Essa ação de integração começou em 2016, idealizada pela diretoria da Coamo para que os cooperados de toda a área de ação da cooperativa, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, pudessem sempre estar informados. “Os cooperados participaram e aprovaram a iniciativa, já que muitos ainda não conheciam as indústrias. Por meio das visitas eles veem a modernidade das indústrias e como os produtos deles chegam e saem industrializados como, por exemplo, a soja que produz óleo refinado, margarina e gordura vegetal, e o trigo que serve de matéria-prima para diversos tipos de farinha”, observa José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo.

Gallassini cita ainda que o Programa de integração de forma geral, propicia aos cooperados o conhecimento sobre o cooperativismo, fortalecendo o sistema como instrumento de desenvolvimento técnico, educacional e social. “O cooperativismo nada mais é do que a união de todos no esforço de cada um. E é isso o que acontece na Coamo. Está é mais uma oportunidade de integração entre cooperativa e associados. Os cooperados tem mais contato com a sua diretoria, participam de uma palestra atual, e ainda visitam as fábricas da sua cooperativa”, destaca.

HIDEO HOSHINO
Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste do Paraná)

É muito bom conhecer o que é da gente. Essa é a terceira vez que venho até o Parque Industrial da Coamo e é incrível como cada vez que venho vejo tanta evolução.

TEODORO MAZUR
Palmital (Centro do Paraná)

Vendo todo esse desenvolvimento e o valor que tem nosso produto lá do campo, nos motiva ainda mais a continuar nosso trabalho.

De olho no mercado

Paulo Roberto Molinari: "O nome do nosso mercado é Mercado Futuro. Olhar para o passado pode ser desfavorável."

Mercado é um tema oportuno e sempre de interesse do homem do campo, mas que exige conhecimento para se destacar e não correr riscos. É preciso olhar para frente e se manter atualizado. Para ajudar o cooperado nessa tarefa, a Coamo trouxe para o programa dos associados neste ano, o economista Paulo Roberto Molinari, da Safras & Mercado. “O nome do nosso mercado é Mercado Futuro. Olhar para o passado pode ser desfavorável. Não dá para contar com a sorte, quem pensa que Bolsa de Chicago é um cassino ou loteria, está bem distante da realidade dos acontecimentos. ”

Segundo Molinari, a Bolsa de Chicago, assim como as demais bolsas, têm tido cada vez mais volume de negócios, facilitado pela tecnologia. “Com advento da tecnologia é possível operar qualquer bolsa no mundo, de qualquer lugar no mundo. Naturalmente mais pessoas negociando no mesmo lugar, cria mais interesse pela velocidade da informação. Uma informação rápida, vai propiciar a esses investidores ações mais rápidas de mercado. Assim, quanto mais veloz for essa informação, mais volátil ficarão os mercados. Daqui para frente temos que nos acostumar muito com a volatilidade.

Antigamente, o tempo para acompanhar as informações do mercado era maior, conforme destaca o economista. “Tínhamos mais tempo para pensar na informação, pesquisar e tomar uma decisão. Hoje, o preço corre em às vezes 15 minutos. O preço é melhor de manhã e a tarde cai rapidamente. Então, só vamos nos adaptar a esse processo aprendendo a acompanhar o mercado todo dia, verificando as informações reais e aprendendo a ver os fatores que de fato influenciam no preço.”

Com esse dinamismo, o agricultor empreendedor precisa aprender a detectar riscos e oportunidades. “A internet nos trouxe muita informação, tanto boa quanto ruim, mas precisamos aprender como isso funciona, identificando qual a informação nos traz vantagem na hora de decidir pela comercialização e destacar a informação ruim que só fala aquilo que nos deixa feliz. E tem muita informação desse tipo, que influencia negativamente a comercialização. É preciso realmente fazer a leitura do que influência de fato o preço, como os relatórios do USDA, o clima, câmbio, os gráficos da Bolsa de Chicago, este último sendo um lado da comercialização que a nova geração precisa aprender rapidamente”, ressalta Molinari.

O mercado é um terreno complexo, nem sempre fácil de entender para muitas pessoas e um dos caminhos é buscar conhecimento.  “Se você não gosta de volatilidade e comercialização, passe isso para alguém que se identifique e dedique-se, pois os mercados geram oportunidades importantes que precisam ser aproveitadas. Mas, também gera situações ruins que nos exige mais paciência e estratégias de comercialização”, enfatiza. 

Molinari ainda observa que é preciso equilibrar custo e especulação de mercado. “Quando temos preços bons, precisamos aproveitar para vender um pouco e travar nossos custos e, talvez, especular, o que faz parte do nosso mercado, com a outra parte que nos possibilita esperar um pouco mais para vender, aproveitar um câmbio mais volátil, enfim, uma situação mais favorável.”

Cooperados na indústria de café e ao lado conhecendo algumas das várias farinhas de trigo produzidas pela Coamo

LUCIANO PRIGOL
Laguna Carapã (Mato Grosso do Sul)

Foi um dia muito produtivo, a palestra sobre mercado e a visita às indústrias foram importantes. É mais conhecimento que agregamos para o nosso dia a dia.

VICENTE MARCHETTI
São Domingos (Oeste de Santa Catarina)

Estar aqui é uma oportunidade de nos mantermos integrados e essas palestras que a Coamo traz para nós, são fundamentais para nosso crescimento.

É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.