Tem cheiro de flor no ar

Casal Aparecida e Antonio Ramalho cuidam desde o plantio, colheita até comercialização das rosas

As rosas que exalam perfume na propriedade, também, ajudam a aumentar a renda da família Ramalho, em Araruna (Centro-Oeste do Paraná). A atividade surgiu como diversificação há cerca de sete anos e envolve a família toda nos cuidados, colheita e comercialização das rosas. São 23 mil pés da flor espalhados em uma área de seis mil metros quadrados. 

O cooperado Antonio Camilo Ramalho se animou na produção das rosas após uma visita a Holambra, município do interior de São Paulo, conhecido como a "Cidade das Flores". “Nós já buscávamos alguma outra fonte de renda e as rosas se encaixaram perfeitamente como alternativa de diversificação”, frisa. A propriedade de 10,5 alqueires é bem diversificada e conta a criação de gado de leite e de corte, mandioca e milho.  

No começo, a família plantou 2,5 mil pés de rosas e a quantidade foi aumentando ano a ano. Nesses sete anos de trabalho, segundo Ramalho, a atividade foi melhorando e aprimorada com a utilização de novas tecnologias. Entre as práticas adotadas, está o manejo que induz a produção de rosas o ano todo. “É uma forma de ter flor em qualquer época do ano”, conta o cooperado. No total, são 16 variedades de rosas de várias cores.

O cooperado revela que as flores se tornaram o carro-chefe da propriedade, representando cerca de 60% da renda da família. “Porém, não podemos deixar de lado as outras atividades. É uma combinação de trabalho para que possamos ter mais segurança no campo”, assinala. 

SAIBA MAIS: A rosa é uma das flores mais populares no mundo. Cultivada desde a antiguidade,  pertencem à família Rosaceae com mais de 100 espécies e milhares de variedades, híbridos e cultivares. No Brasil, são mais de oito mil produtores de flores e 15 mil hectares de área cultivada (média de 1,8 hectares por propriedade) com o cultivo de 3.500 variedades e 350 espécies de flores.

O mês de maio é uma época bastante aguardada pela família, já que se comemora o Dia das Mães. Datas especiais como essas fazem com que a procura pelas flores aumente significativamente. "Temos também o Dia dos Namorados, Dia da Mulher, além de casamentos e formaturas. São vários os momentos que pedem flores”, comenta Aparecida Ramalho, esposa do ‘seo’ Antonio.

Ela conta que a comercialização é realizada para floriculturas e empresas especializadas em festas. “Os decoradores são nossos principais clientes. Para que as flores sejam entregues perfeitas é preciso um trabalho de dedicação e paciência, por se tratar de um produto delicado. Faço tudo com muito amor e carinho. É uma satisfação ainda maior porque a gente trabalha em família, com todos por perto. Aqui tem o suficiente para todos viverem bem”, diz dona Aparecida.  

O engenheiro agrônomo Cláudio Alberto Guzzo, da Coamo em Araruna, destaca a importância da diversificação de atividades, principalmente nas pequenas propriedades. “É uma otimização de espaço e agregação de renda. É uma forma de manter a família na propriedade e com qualidade de vida.”

Rosas prontas para serem comercializadas	Agrônomo da Coamo Claudio Alberto Guzzo destaca a importância da diversificação