Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 489 | Março de 2019 | Campo Mourão - Paraná

ENCONTRO DE VERÃO 2019

DNA da produção sustentável na FAZENDA EXPERIMENTAL

Com o objetivo de apresentar aos cooperados as novas tecnologias testadas e aprovadas é realizado anualmente o Encontro de Cooperados na Fazenda Experimental Coamo, em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná). A 31ª edição foi entre os dias 04 e 08 de fevereiro. A cooperativa difunde as tecnologias desde a sua fundação, há 48 anos, e a Fazenda Experimental é o laboratório a céu aberto e referência para as pesquisas.

O encontro reuniu neste ano cerca de quatro mil cooperados, de toda a área de ação da cooperativa no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, e quem participa sai na frente. De acordo com o superintendente Técnico da Coamo, Aquiles de Oliveira Dias, é uma oportunidade ímpar para o associado se atualizar. “Em todas as edições do Encontro de Verão trazemos os temas do momento, ou seja, aquilo que realmente necessita ser discutido pelos cooperados, técnicos e pesquisadores”, considera.

Como resultado dessa difusão de conhecimento, as produtividades vêm aumentando gradualmente ao longo dos anos nos campos dos cooperados da Coamo, que em contato direto com a pesquisa têm as informações em primeira mão. “O Encontro na Fazenda Experimental é tradicional, apresenta as novidades que a pesquisa desenvolve e repassa aos agricultores. Praticamente dobramos as produtividades de soja e milho e, certamente, a pesquisa e o trabalho na Fazenda Experimental têm papel fundamental”, comenta o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini.

Lucas Simas Moreira, chefe da Fazenda Experimental da Coamo

O engenheiro agrônomo Lucas Simas Moreira, chefe da Fazenda Experimental da Coamo, explica que a cada ano são selecionados dez temas para demonstrar aos cooperados, com uma metodologia e didática simples, e própria para apresentação dos resultados. De acordo com ele, o encontro tem como principal objetivo o desenvolvimento do quadro social na atividade agrícola. “Os cooperados vêm de todas as regiões para aproveitar ao máximo a oportunidade de aprender para produzir cada vez mais e com sustentabilidade", afirma.

Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica da Coamo, avalia que a grande participação dos cooperados demonstra a preocupação e interesse em se manter bem informado e buscar sempre novidades e tecnologias que possam contribuir e melhorar a atividade agrícola. “Cada estação tratou de um tema para o associado desenvolver na propriedade, seja para otimizar a produção ou se preparar para o futuro com possíveis problemas que possam prejudicar a produção. Trazemos sempre situações do presente, mas pensamos também no futuro, no planejamento das próximas safras”, observa.

  TEMAS APRESENTADOS

  • Cultivares de soja I: Monsoy, Basf, FT Sementes, Nidera e Syngenta
  • Cultivares de soja II: Embrapa, TMG, Brasmax, e Don Mario
  • Importância do milho no sistema de produção
  • Praga e doença emergentes na cultura do milho 1° e 2° safra
  • Importância do equilíbrio hormonal e utilização de biorregulador de soja
  • Associação de fungicidas multissítio no manejo de ferrugem em soja
  • Monitoramento da resistência de tecnologias Bt em milho e soja
  • Avaliação da taxa de Infiltração de água no solo e suas correlações
  • Apresentação da plataforma tecnológica Soja Intacta 2 Xtend
  • Desempenho e importância dos herbicidas pré-emergentes no manejo de plantas daninhas

Diretoria participou todos os dias do Encontro de Cooperados: Aquiles de Oliveira Dias, superintendente Técnico, Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica, Ricardo Accioly Calderari, diretor-secretário, Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, diretor-vice-presidente, e José Aroldo Gallassini, diretor-presidente da Coamo Diretoria em visita as estações

TADEU VORONIUK JÚNIOR

Roncador (Centro-Oeste do Paraná)

A Coamo está de parabéns por nos trazer para este encontro. Cada estação, uma novidade e a cada ano uma superação. O que há de mais moderno para a agricultura a gente encontra neste evento.

CLAUDEMIR HASKEL

Manoel Ribas (Centro do Paraná)

Aprendemos muito com os encontros. Esse trabalho da cooperativa de fazer os experimentos e mostrar os resultados para nós cooperados é importante, pois sabemos que o que estamos implantando na propriedade foi validado pela Coamo.

Novas variedades e atenção no campo

Waltemberg Machado de Lima, de Peabiru, Fabrício Gastoni Charneski, de Brasilândia do Sul, Luís Cesar Voytena, de Campo Mourão, Gilson Bernardino, de Palmital e Marco Aurélio Guenca, de Iretama

Os cooperados que participam do encontro aguardam com ansiedade para ver as novidades relacionadas as novas cultivares de soja. Sabendo disso, a coordenação do evento deixa duas estações reservadas para a principal cultura do verão. Além de apresentar as novas variedades, neste ano, foi debatido sobre duas situações que podem causar prejuízos as lavouras de soja: a mosca branca e a antracnose.

O engenheiro agrônomo Luis Cesar Voytena, da Coamo em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), comenta que as cultivares são adaptadas para todas as regiões da Coamo. “É importante ressaltar que conduzimos e mostramos os experimentos conforme a realidade de cada ano para que o cooperado tenha uma real situação de como a variedade se comportará na propriedade.” Foram apresentadas variedades da Monsoy, Basf, FT Sementes, Nidera e Syngenta.

Na estação, os cooperados foram alertados sobre a mosca branca, uma praga que se desenvolve em regiões mais quente, como no Mato Grosso e Bahia, por exemplo, mas que já está presente na área de ação da Coamo. “Ainda não temos relatos de danos econômicos. Porém, é bom que os associados conheçam melhor a praga para que possam se defender. Tem muitos agricultores que já a conhecem, pois é a mesma mosca branca que ataca o feijão. O controle é por meio de produtos químicos e de algumas ações de manejo para diminuir a população.” De acordo com o profissional, a visualização das moscas na lavoura é bastante fácil. “Basta dar uma batida nas plantas e se tiver a mosca já terá uma revoada”, assinala.

Outra questão abordada na estação foi a importância dos cooperados escalonarem o plantio da soja. Ele lembra que a safra 2018/19 foi marcada por altas temperaturas e por falta de chuva em vários períodos de desenvolvimento das plantas. “As lavouras semeadas mais cedo sofreram mais do que as de mais tarde. É necessário planejar o plantio de forma que aumente a chance de fugir de uma possível intempérie climática”, destaca Voytena.

Assuntos relacionados a antracnose e as cultivares da Embrapa, TMG, Brasmax e Don Mario foram apresentados em outra estação. De acordo com o engenheiro agrônomo Breno Rovani, da Coamo em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), o primeiro passo, e o mais importante, é a identificação da doença que não é tão fácil de ser reconhecida, já que os sintomas se parecem com outras doenças como a mancha alvo, por exemplo, ou têm sintomas idênticos aos causados pela falta de umidade, clima quente ou ainda deficiência de cálcio no solo. “São várias as situações vivenciadas no campo e que podem se confundir com a antracnose. Nossa orientação é para que os associados procurem o departamento Técnico da Coamo para que façam uma correta identificação e controle da doença”, comenta.

Sobre as variedades apresentadas, o engenheiro agrônomo destaca que várias delas são lançamentos e atendem as demandas do campo, seja relacionada a sanidade ou produtividade. “Temos várias opções e adaptadas para diversas situações, seja em clima mais quente ou frio, ou em regiões mais altas ou baixas, além de todos os tipos de solo e, também, para quem quer antecipar ou retardar o plantio.” Rovani ressalta que quanto mais opção, mais aumenta a necessidade do cooperado fazer um bom planejamento e aproveitar da melhor maneira possível as tecnologias inseridas em cada variedade.

A estação contou com os pesquisadores Luís Cesar Vieira Tavares, da Embrapa/ Soja, e Ralf Udo Dengler, da Fundação Meridional. Sempre presentes nos encontros, eles apresentaram suas respectivas novidades. “Destacamos uma variedade convencional com resistência a ferrugem e uma intacta com boa tolerância a percevejo. São cultivares que estão no mercado e adaptadas para todas as regiões da área de ação da Coamo, desde Santa Catarina até o Mato Grosso do Sul”, comenta Tavares.

Ele ressalta a importância do encontro de cooperados na Fazenda Experimental da Coamo como fonte de informação para a pesquisa, pois é onde ouvem a demanda dos agricultores. “As tecnologias apresentadas hoje, são demandas que ouvimos no passado. Trazemos variedades que possam agregar mais valor à produção dos associados”, diz Tavares. Ele explica ainda que a variedade resistente a ferrugem necessita de um manejo adequado contra a doença como forma de retardar o ataque enquanto que a cultivar tolerante ao percevejo pode sofrer um dano menor por não ser tão atrativa para o inseto.

Breno Rovani, de Campo Mourão, Eugenio Pawlina Júnior, de Cantagalo, Danilo Rodrigues Alves, de Roncador, e Antonio Marcos David, de Mangueirinha Pesquisadores Ralf Udo Dengler, da Fundação Meridional, e Luis Cesar Vieira Tavares, da Embrapa/Soja


Mais milho no verão

Leandro Mansano Martines, de Pitanga, Giovani Augusto Pinheiro, de Fênix, José Ricardo Pedron Romani, de Mangueirinha, e Odair Johanns, de Goioerê

O milho é outra cultura que tem lugar de destaque entre os assuntos apresentados no Encontro da Fazenda Experimental Coamo. Considerado importante economicamente e, sobretudo, para o sistema de produção da propriedade, o cereal necessita de alta tecnologia e responde bem aos investimentos.

Os avanços no campo, são como termômetros que servem para medir como a cooperativa está conseguindo chegar aos resultados desejados na parceria com os cooperados. “O nosso principal desafio é transformar a tecnologia mostrada durante esta semana de trabalho em produtividade e renda para o associado”, destaca o engenheiro agrônomo Odair Johans, da Coamo em Goioerê. Ele lembra que o foco foi intensificar o cultivo do milho no verão. “Além de apresentar materiais com potencial de produtividade, enfocamos a importância do cultivo de milho no verão. Mostramos alguns com potencial de plantio também no inverno, mas o foco principal é o verão”, salienta.

A cultura do milho responde ao investimento tecnológico e, por isso, o produtor rural tem que estar bem informado sobre as novidades do mercado. A estação também destacou fatores ligados a questão da reciclagem de nutrientes, manejo de pragas, doenças e plantas daninhas, além do enraizamento da cultura e retenção de água no solo, entre outros. “Deixamos claro que as áreas rotacionadas proporcionam uma melhor produtividade da oleaginosa”, enfatiza Johans.

O agrônomo ainda lembra que o milho não deixa de ser importante quando cultivado no período do inverno, na chamada segunda safra. Contudo, reafirma os benefícios diretos deixados pela cultura no verão. “Para o sistema ele contribuiu mais quando cultivado no verão, por conta do manejo aliado às outras culturas”, finaliza.

Pragas e doenças emergentes no milho

Seja plantado no verão, em menor escala, ou na segunda safra, com áreas mais significativas, o milho representa uma boa fonte de renda e é importante para o sistema produtivo dos associados da Coamo. A sanidade das plantas é sempre uma preocupação, seja dos agricultores, técnicos da cooperativa ou da pesquisa, já que pode limitar a produtividade. Neste ano, foram abordadas duas doenças emergentes para a cultura: a estria bacteriana e o enfezamento causado pela cigarrinha-do-milho.

“São duas doenças emergentes que necessitam de atenção e cuidados. Por isso estamos nos antecipando e mostrando que o problema existe e que pode chegar à lavoura dos nossos cooperados”, comenta o engenheiro agrônomo José Marcelo Fernandes Rúbio, da Coamo em Mamborê (Centro-Oeste do Paraná).

Casos de enfezamento causado pela cigarrinha foram detectados em Sertanópolis e Arapoti, no Paraná. “Mesmo sendo isolados, merecem atenção já que a região da Coamo é grande produtora de milho”, observa Rúbio. O enfezamento é transmitido de uma planta de milho doente para uma sadia pelas cigarrinhas. Elas são pequenas, medem aproximadamente quatro milímetros de comprimento, e apresentam coloração amarela-palha, com duas manchas circulares negras bem marcadas no alto da cabeça, o que permite diferenciá-las de outras cigarrinhas encontradas no ambiente produtivo.

De acordo com o agrônomo, os sintomas são visíveis já que a doença atrapalha todo o processo de desenvolvimento da planta que não cresce, não forma espiga e ainda faz com que outras doenças oportunistas ataquem a lavoura. “A cigarrinha só se alimenta de milho e precisa desta cultura para se reproduzir. Ela tem uma tendência de sair da planta mais velha e procurar uma mais nova, e nesse processo de migração, se estiver contaminada com a doença, transmite para outras plantas”, comenta Rúbio. Ele acrescenta que uma ação preventiva é eliminar as plantas tigueras, que podem servir de hospedeira durante a entressafra.

Rodolfo Bianco, do Iapar

O engenheiro agrônomo Rodolfo Bianco, pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), destaca que a cigarrinha se reproduz com mais facilidade em regiões onde as lavouras são cultivadas de forma mais escalonada e lembra que ela precisa do milho para se alimentar e vai passando de uma planta mais velha para mais nova. “Em regiões em que se planta milho no verão e na segunda safra para silagem aumenta a chance de ter a cigarrinha. Se ela estiver contaminada, com certeza, passará a doença de uma planta para outra. Costumamos dizer que o enfezamento é como se fosse uma dengue, já que precisa de um transmissor entre uma planta doente e uma sadia. Neste caso a transmissão é feita pela cigarrinha”, assinala, reforçando a importância de se eliminar as plantas de milho tiguera como forma de não ter a doença na entressafra.


Guilherme Teixeira da Silva, de Quinta do Sol, José Marcelo Fernandes Rúbio, de Mamborê, Conrado Vitor Zanuto, de Ivailândia, e Bruno Lopes Paes, de Campo Mourão Plantas com enfezamento causado pela cigarrinha-do-milho

Estria Bacteriana

Apresentação sobre como identificar a estria bacteriana nas lavouras de milho

A estria bacteriana do milho é uma doença foliar de ocorrência recente em algumas regiões produtoras ao redor do mundo e que tem despertado preocupações para produtores e técnicos envolvidos com a cultura. No Brasil, os primeiros sintomas característicos da doença foram observados em lavouras comerciais na região Oeste do Paraná, em 2016, com rápido aumento na safra de 2018.

Os engenheiros agrônomos Rui Pereira Leite e Adriano Augusto de Paiva Custódio, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), participaram do encontro. Eles são autores de uma publicação do Iapar sobre a doença e responsáveis pela descoberta e identificação da estria bacteriana no Paraná.

Rui Pereira Leite observa que a estria bacteriana tem causado grande preocupação porque alguns híbridos de milho se mostram altamente susceptíveis à doença, chegando a uma severidade de mais de 70% afetando a parte aérea das folhas da planta e levando a uma redução de 50% na produtividade. “As plantas que tinham potencial de produzir de oito a dez mil quilos por hectares, produziram 3.900. É uma doença bastante severa e que tem preocupado o setor técnico e produtores”, assinala.

De acordo com o pesquisador, a doença pode atacar o milho tanto no verão como na segunda safra, já que o clima quente favorece o seu aparecimento.

Entre as medidas de prevenção citadas pela pesquisa está o uso de rotação de cultura, utilização de sementes sadias, híbridos mais resistentes e desinfestação de equipamentos agrícolas. “São medidas preventivas importantes, já que ainda não temos nenhum produto químico que possa ser utilizado no controle da estria bacteriana”, destaca Leite.

A doença se apresenta, inicialmente, na forma de pequenas pontuações nas folhas. Ao evoluírem, os sintomas são caracterizados por lesões alongadas e estreitas circundadas por halo de coloração amarelada e restritas às regiões internervais. Além disso, as bordas das lesões são onduladas, sendo essa uma importante característica para diferenciar a estria bacteriana dos sintomas da doença fúngica cercosporiose.

Adriano Augusto de Paiva Custódio, do Iapar Rui Pereira Leite, do Iapar

Hormônio equilibrado, produtividade potencializada

Produzir mais em uma mesma área está entre os principais desafios do agricultor para melhorar a rentabilidade. Para isso, alguns cuidados ao longo do ciclo de desenvolvimento da planta são decisivos para potencializar a sua capacidade produtiva. Na fase vegetativa, por exemplo, o equilíbrio nutricional é uma importante ferramenta que impacta diretamente no resultado da colheita. As vantagens da utilização da tecnologia foram apresentadas no encontro deste ano.

Na estação, técnicos da Coamo e pesquisadores esclareceram que as plantas são altamente influenciadas por fatores externos durante o período vegetativo. Período que exige equilíbrio nutricional e hormonal do vegetal para que ela suporte os estresses fisiológicos causados pelas adversidades ambientais e consiga promover, de forma efetiva, o desenvolvimento dos grãos com qualidade. “Temos constante aumento de produtividade ao longo dos anos. Isso se deve a um ajuste fino, relacionado a macro e micronutrientes e equilíbrio hormonal, além, é claro, de outras técnicas de cultivo ligadas ao manejo. O hormônio na dose certa proporciona mais expressividade na parte aérea e radicular da planta oferecendo condições para mais produtividade”, comenta o engenheiro agrônomo José Petruisse, da Coamo em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná). 

Tadeu Takeyoshi Inoue, da UEM

Marcelo Augusto Batista, da UEM

Conforme o técnico, quando a planta está mais equilibrada em relação as raízes, caule e parte aérea, consequentemente, explora melhor o solo, aproveitando a oferta de água e nutrientes. “Estamos falando da adição de auxina, giberelina e citocinina. Hormônios que favorecem o sistema radicular e o crescimento da parte aérea, que capta mais radiação solar transformando em fotoassimilados e acumulando energia para realizar o enchimento de grãos, proporcionado alta produtividade”, explica.

Para o pesquisador Marcelo Augusto Batista, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), especialista em Nutrição de Plantas, é importante olhar para vários fatores na produção e a questão hormonal precisa ser levada em conta. “Nós precisamos de hormônios e com a planta não é diferente. Quando isso está bem equilibrado, a planta consegue expressar melhor seu potencial produtivo, ou pelo menos, manter a produtividade. Isso vai depender do ambiente em que está sendo produzida, se numa condição de estresse ou de clima equilibrado”, esclarece Batista.

O especialista lembra ainda que a adição de hormônio não é essencial porque a planta, assim como as pessoas, produz o elemento. No entanto, é necessário administrar essa molécula, favorecendo o equilíbrio fisiológico da cultura. “É o que fazemos com o ser humano. Em algum momento interagimos para que ele tenha um desempenho melhor, não sofra nenhuma mazela. Com a planta não é diferente”, afirma.

Professor e pesquisador da UEM, da área de Nutrição de Plantas, Tadeu Takeyoshi Inoue, diz que quem faz todo o comando para utilização das condições do ambiente, reguladas por água e luz solar são os hormônios. “A planta possui hormônios promotores e inibidores, regulados geneticamente por cada material que respondem às alterações climáticas. O que fazemos é equilibrar toda esta genética de acordo com o ambiente em que a planta se desenvolve”, destaca Inoue. Ele garante que em período de curto estresse é possível fazer com que a planta mantenha uma atividade metabólica de crescimento alta. “O objetivo de tudo é fazer com que a planta suporte melhor as variações de clima, para ter um melhor desempenho em produtividade. Mas, tudo deve ser feito com critério e acompanhamento técnico”, orienta.

Marcus Vinicius Goda Gimenes, de Campo Mourão, José Petruise Ferreira Junior, de Campo Mourão, Diego Monteiro, de Mamborê, e Thiago Sandoli Dias, de Cândido de Abreu

Luta constante contra a ferrugem em soja

A ferrugem asiática é a principal doença da soja e se não controlada de forma eficiente pode causar danos representativos na produtividade e, consequentemente, queda na renda dos agricultores. A doença foi identificada pela primeira vez no Brasil na safra 2001/02, e a partir de então é monitorada e pesquisada por vários centros públicos e privados. Segundo o Consórcio Antiferrugem, essa doença, considerada a principal na cultura da soja, possui um custo médio de US$ 2,8 bilhões por safra no Brasil.

Everton Paulo Bosquese, de Engenheiro Beltrão, Daniel Scremin Carneiro, de Peabiru, Alessandro Vitor Zancanella, de Luiziana, e Diogo Alves, de Altamira do Paraná

As estratégias de manejo da doença são o vazio sanitário, utilização de cultivares precoces, semeadura no início da época recomendada, uso de cultivares geneticamente resistente/tolerante e a aplicação de fungicidas. Esta última ação foi tema de uma estação que abordou a associação de fungicidas multissítios no manejo de ferrugem em soja. Os fungicidas são classificados em sítio-específico ou multissítio. Os sítio-específicos são ativos contra um único ponto da via metabólica de um patógeno ou contra uma única enzima ou proteína necessária para o fungo. Já os multissítios afetam diferentes pontos metabólicos do fungo e apresentam baixo risco de resistência, tendo um papel importante no manejo antirresistência.

BIBIANA SPAUTZ DA COSTA

Abelardo Luz (Oeste de Santa Catarina)

Sempre participo dos eventos promovidos pela Coamo para ficar bem informada. A agricultura muda a cada ano e temos que acompanhar as mudanças, planejando cada safra e buscando melhorar sempre.

PAULO SÉRGIO AVANÇO

Peabiru (Centro-Oeste do Paraná)

Um evento com tanta novidade só poderia ter sido realizado pela Coamo. Sabemos da importância de sempre investir e acompanhar as tecnologias. Sempre aprendemos algo de novo nos eventos promovidos pela nossa cooperativa.

De acordo com engenheiro agrônomo Alessandro Vitor Zancanela, da Coamo em Luiziana (Centro-Oeste do Paraná), o alerta é para que os cooperados utilizem a associação de fungicidas multissítio no manejo de ferrugem como forma de prolongar a longevidade dos produtos que dispomos até o momento, já que não há previsão de lançamento de novos produtos com novos mecanismos de ação a curto prazo. “Quando surgiu a doença, o controle era apenas com triazol, que se aplicado isoladamente hoje, já não tem o mesmo efeito. Outros produtos como as estrobilurinas e carboxamidas também já contam com algum nível de perda de sensibidade. Portanto, é importante o uso de fungicida multissítio que atua em pelo menos seis sítios de ação no fungo e tem baixo risco de resistência”, diz.

A estação contou com a presença dos pesquisadores da Embrapa/Soja, Rafael Moreira Soares, Mauricio Meyer e Claudia Vieira Godoy. “É uma doença que causa preocupação e que se não manejada de forma eficiente pode causar grandes prejuízos. O manejo não se resume apenas a aplicação de fungicidas, mas a uma série de ações que vão desde questões legislativas, como o cumprimento do vazio sanitário, até a escolha de cultivares mais resistentes à doença”, comenta Soares.

De acordo com ele, ações isoladas podem não ser eficientes e ainda aumentar a resistência da doença. “O controle químico é um importante manejo. A questão é que os produtos que temos no mercado já não são eficientes quando usados sozinhos. É preciso uma combinação daqueles considerados sítio-específicos com os multissítios. A ferrugem asiática é uma doença agressiva e deve ser encarada com muita seriedade por parte dos agricultores”, diz Soares.

Ele recorda que nesta safra a doença não atacou de forma mais severa, já que o clima foi seco. “É bom lembrar que o primeiro caso no Paraná foi registrado em outubro e se o clima tivesse sido chuvoso, como esperávamos que fosse, a doença poderia ter causado grandes prejuízos. Só lembrando que um ano de clima bom para a soja também é bom para a doença”, ressalta o pesquisador.

Soares cita ainda que todo o controle químico deve ser preventivo levando em consideração o clima e a incidência da doença na região que a lavoura está inserida. “Também não existe uma receita exata para as aplicações. O agricultor deve monitorar para decidir se antecipa a aplicação ou corrige o intervalo entre uma e outra”, assinala.

Rafael Moreira Soares Claudia Vieira Godoy Mauricio Meyer

Mais longevidade para os Bt"s

Há alguns anos, a biotecnologia se tornou uma importante ferramenta para a produção agrícola. Novas tecnologias, como as Bt"s em milho e soja, surgiram com o objetivo de aumentar a produtividade e a eficiência no campo, reduzir riscos, produzir alimentos mais nutritivos e melhorar a qualidade do produto. Além de reduzir a aplicação de defensivos proporcionando mais rentabilidade, comodidade e qualidade de vida ao agricultor. Contudo, se as recomendações técnicas e o manejo adequado não forem realizados de forma eficaz, a tecnologia poderá perder a eficiência ao longo dos anos.

O engenheiro agrônomo Diego Ferreira de Castro, de Mamborê (Centro-Oeste do Paraná), explica que a biotecnologia no Brasil existe há cerca de dez anos. Mas, em outros países já é utilizada há mais tempo, há cerca de 20 anos. Mesmo sendo relativamente nova, segundo o agrônomo, as primeiras tecnologias lançadas já não dispõem da mesma eficiência e necessitam de um acompanhado mais rigoroso. “Notamos que a cada ano a eficiência das biotecnologias, no milho principalmente, está diminuindo. Observamos também um problema crescente na soja com algumas lagartas que atacavam o milho migrando para a soja. Alertamos os cooperados sobre a importância do monitoramento e, principalmente, de fazer o refúgio para não ter o mesmo problema do milho Bt com a soja intacta.”

Getulio Adriano Filho, de Juranda, Antonio Carlos de Oliveira, de São João do Ivaí, Diego Ferreira de Castro,  de Mamborê, Roberto Shigueo Takeda, de Moreira Sales, e Ulysses Marcellos Rocha Neto, de Janiópolis

Castro ressalta que as medidas devem começar ainda no planejamento da safra, com o cooperado fazendo o refúgio em 100% da área, sendo 20% para a soja e 10% para o milho. “Isso faz com que a tecnologia Bt se prolongue, pois teremos indivíduos resistentes cruzando com suscetíveis que seriam criados nessa área de refúgio. Como já estamos perdendo essa tecnologia, o ideal é que os agricultores façam o monitoramento e o controle químico das lagartas.”

Presentes na estação, os pesquisadores da Embrapa/ Soja, Adenei de Freitas Bueno e Daniel Ricardo Sosa Gomez, ressaltam a importância do bom manejo para não perder a eficiência do Bt em um curto espaço de tempo. “Quanto melhor utilizar a tecnologia, mais tempo a teremos do nosso lado. Para evitar ou retardar a evolução de insetos resistentes na tecnologia Bt, a ferramenta mais importante é refúgio. No milho houve resistência muito rápida, devido ao mau uso e a necessidade de fazer duas ou até cinco aplicações para controlar uma lagarta que deveria ser evitada pela tecnologia. Com a soja, está acontecendo o mesmo: a má utilização está prejudicando”, pondera Adenei Bueno.

Pesquisadores da Embrapa/Soja Adenei de Freitas Bueno e Daniel Ricardo Sosa Gomez

Menos água pelo ralo, maior concentração no solo

Victor Hugo Matias de Moura, de São João do Ivaí,  Jean Roger da Silva Frez, de Paulistânia, Roberto Bueno Silva, de Campo Mourão, Fabrício Bueno Corrêa, de Campo Mourão, e Marcelo Santana, de Rancho Alegre do Oeste

Mostrar ao produtor a importância do aspecto físico do solo, esclarecendo de que forma essas condições influenciam diretamente nas produtividades que podem ser alcançadas. Com este objetivo, uma das dez estações montadas no encontro, apresentou fatores que estão ligados a taxa de infiltração de água pelo solo e, consequentemente, a disponibilidade para a planta. “Mostramos de forma bem prática, consistente e dinâmica, como o cultivo que o cooperado adota influencia diretamente nesta taxa de infiltração. Dependendo do sistema pode ser mais ou menos eficiente em absorver a água da chuva e deixá-la disponível para a planta”, explica o engenheiro agrônomo Fabrício Bueno Corrêa, da Coamo em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná).

Corrêa explica que na estação foi montado um simulador de chuvas em dois sistemas diferentes de cultivo. No primeiro uma sucessão de culturas de mais de 30 anos onde é plantado somente trigo no inverno e soja no verão, comparando com um segundo onde é realizado rotação de culturas e diversificação, também há mais de 30 anos. “Além disso, simulamos um plantio morro abaixo e outro em nível no terreno, mostrando o quanto essa prática influencia numa possível perda de água, solo, nutrientes e outros fatores. É uma forma de mostrar como é fundamental ter práticas conservacionistas que contribuem para o resultado final da produção”, esclarece.

Conforme o agrônomo o experimento comprovou que o mais importante é quando o sistema consegue segurar a água da chuva e não o volume recebido pela área. “Temos muitos exemplos que mostram que dependendo do sistema a taxa de infiltração é baixíssima, e em outros essa infiltração é maior por conta do correto manejo adotado”, declara.


Insumo precioso

Parceiro no desenvolvimento e montagem da estação, o pesquisador Henrique Debiasi, da área de Manejo de Solos da Embrapa Soja, acompanhou de perto toda a execução do experimento. Ele crava que a água da chuva é de valor incalculável, e o produtor precisa encará-la como insumo precioso, sendo necessário buscar alternativas para retê-la no solo da melhor forma possível. “Existem várias alternativas para um melhor aproveitamento da água da chuva e a principal delas é aumentar a taxa de infiltração no solo. Isso é possível mediante práticas de manejo conhecidas pelos produtores, mas que ficam em desuso por questões econômicas de curto prazo e até de agilidade operacional. Em primeiro lugar é importante melhorar a estrutura e cobertura do solo colocando raiz no sistema, que vão crescer gerando poros e aumentar a taxa de água que infiltra no solo”, observa o pesquisador.

Ele ressalta que a cobertura depende também da sequência de plantas presentes na área. “É necessário ter um sistema mais diversificado de produção, saindo deste predomínio de milho e soja nas regiões quentes, e trigo e soja nas regiões frias. São combinações que não produzem palhada suficiente para auxiliar na retenção da água da chuva”, alerta.

Pesquisadores Henrique Debiasi, Osmar Conte e Donizete Aparecido Lone, da Embrapa Soja Júlio Cesar Franchinni dos Santos

De acordo com Debiasi, o ideal é inserir no sistema, alternado com culturas comerciais, plantas que vão equilibrar o sistema. Ele sugere aveia, nabo forrageiro, milheto, brachiárias e crotalárias, que possuem raízes mais profundas do que soja, milho e trigo. “São espécies que vão ocupar em torno de ¼ da área em cada safra e contribuirão muito para o sistema”, finaliza.

As apresentações também contaram com a presença dos pesquisadores da Embrapa Soja, Júlio Cesar Franchinni dos Santos, Donizete Aparecido Loni e Osmar Conte.

IONE TURKEWICZ MIERS

Goioerê (Centro-Oeste do Paraná)

É um evento impecável, a começar pela organização. Sinto orgulho em fazer parte da Coamo e saber da preocupação da cooperativa com os associados. Fico encantada com as apresentações, anoto tudo e tiro todas as dúvidas.

RODRIGO ANDRADE FERREIRA

Dourados (Sudoeste do Mato Grosso do Sul)

Foi muito bom participar do encontro, um dia de aprendizado. Com certeza, vou colocar em prática algumas tecnologias adquiridas aqui. Volto para casa já com um planejamento para as próximas safras.

Leque de controle para pragas e invasoras


Uma das novidades deste ano foi a apresentação da plataforma tecnológica Soja Intacta 2 Xtend, lançada pela parceira Bayer e que chegará ao mercado a partir de 2021. Conforme o engenheiro agrônomo Carlos Vinicius Precinotto, da Coamo em Juranda (Centro-Oeste do Paraná), a tecnologia traz um incremento de novas ferramentas que auxiliam no controle de pragas e plantas daninhas na cultura da soja, com aumento do espectro no controle de lagartas, agregando mais eficiência para proteção de Spodoptera cosmioides e Helicoverpa. “De fato oferece também um amplo controle de plantas daninhas, já que é tolerante ao glifosato e ao herbicida hormonal Dicamba, do grupo químico das auxinas”, esclarece.

Hugo Lorran de Rocha, de Mariluz, Lucas Gouvea Esperandino, de Campo Mourão, e Carlos Vinicius Precinotto, de Juranda

De acordo com o técnico, a Intacta 2 Xtend é classificada como biotecnologia de última geração, possui genética avançada e alta eficiência contra lagartas.  “É uma tecnologia que promete, também, alta eficiência no controle de buva, caruru resistentes e com efeito de solo”, afirma o agrônomo, alertando para o manejo da tecnologia. “Já temos produto registrado para aplicação em dessecação. Porém, é importante observar que não podemos usar de qualquer forma por conta das cultivares sensíveis. É preciso ter cuidado com a deriva, volatilização, escolha de bico e vazão. Esses são os principais pilares que devem ser observados.”

Ainda sem dados concretos, a obtentora acredita em um incremento de produtividade da tecnologia em torno de 10%, segundo Precinotto. “Não sabemos ainda de quanto será este aumento de produtividade, mas fala-se em 10%. Também não há informações do valor dos royalties que será cobrado pela obtenção da tecnologia”, relata.


Lavoura no limpo com pré-emergentes


Marcelo Balão da Silva, de Candói, Sandro Rodrigo Klein, de Roncador, Juliano Seganfredo, de Campo Mourão, João Rafael Bauermeister, de Barbosa Ferraz, e Sebastiao Francisco Ribas Martins Neto, de Goioxim

Assunto sempre atual, a contenção de plantas daninhas tem atenção especial nos eventos técnicos da Coamo e é tema presente no Encontro da Fazenda Experimental.  A utilização e manejo de herbicidas pré-emergentes foram o foco de uma das estações, onde foram apresentados dados sobre eficiência do controle da tecnologia, que auxilia na contenção do banco de sementes de ervas daninhas, contribuindo com o controle pós-emergente. “Este manejo tem efeito direto na semente e segura este fluxo, impedindo a emergência da invasora. Os pós-emergentes entregam ao manejo pós-emergente uma condição mais fácil de controle posterior, com menos plantas e porte menor”, explica o engenheiro agrônomo Juliano Seganfredo, da Coamo em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná).

Ao efetuar o manejo, o produtor oferece condições da cultura se estabelecer numa condição de área limpa e continuar em ambiente controlado. “É o que chamamos de eliminar a mato-competição. A emergência é um período crítico que a cultura não pode ter competição com plantas daninhas. Se isso acontecer, ela estará perdendo produção sem condições de recuperação lá na frente”, observa o agrônomo. Ele esclarece que além da utilização do manejo químico, o experimento demonstrou outras alternativas de controle. “Mostramos um pacote de manejo, com o químico sendo a última opção, que serve como auxílio para o sistema”, afirma.

Fernando Adegas, Embrapa Soja

Ainda conforme o técnico da Coamo, dependendo da intensidade de concorrência da planta daninha com a cultura, o prejuízo pode chegar a mais de 50% da perda de produtividade. “É como jogar dinheiro fora. Da mesma forma se não haver um controle eficiente do banco de sementes, ano a ano aumentará essa condição desfavorável na lavoura”, alerta Seganfredo.

Conforme o pesquisador Fernando Adegas, da Embrapa Soja, quando se fala em manejo com produtos químicos é importante voltar a pensar na utilização dos pré-emergentes, que já foram muito utilizados no passado. “Esses produtos estão retornando para fazer uma recomposição com os pós-emergentes visando uma eficiência a mais contra as plantas daninhas”, lembra.

Segundo ele, o tema é atual e a tecnologia é importante. Mas, alerta para a escolha dos produtos. “É fundamental optar por um bom pré-emergente que, principalmente, controle folha larga e folha estreita por um período que possa depois fazer o controle com pós-emergente. Os resultados são interessantes e a tecnologia pode ser utilizada em várias condições de solo e clima”, conclui.

ENTENDA O QUE SÃO HERBICIDAS PRÉ-EMERGENTES

Herbicidas pré-emergentes ou residuais são produtos aplicados no solo antes da emergência das plantas daninhas alvo. Estes devem persistir por tempo e concentração suficientes na camada superficial do solo, onde se localizam o maior percentual de sementes de plantas daninhas que germinarão na sequência.

ANNA LOURENÇO DE GODOY DE PINTO

Tupãssi (Oeste do Paraná)

Tenho 82 anos e vim com os meus filhos participar do encontro. Sempre ouvia eles falando de como era, mas vendo pessoalmente é bem mais bonito, tudo muito bem organizado. Valeu a pena todo o esforço para estar aqui hoje.

SILVANO KOENIG E FAMÍLIA

Boa Ventura de São Roque (Centro do Paraná)

Trabalhamos em família e participamos juntos dos encontros. Estamos aqui pela primeira vez, e voltamos para casa satisfeitos com o que vimos. Minha filha era a mais ansiosa, mesmo tendo que acordar de madrugada não perdeu a animação.

Exposição dos Alimentos Coamo

No Encontro de Verão esteve exposta toda a linha de Alimentos Coamo. Afinal de contas é do campo dos cooperados que vem a matéria-prima para produzir alimentos com as marcas Coamo, Primê, Anniela e Sollus. São alimentos de origem, qualidade e sabor que compõem um amplo portfólio composto por margarinas, cafés, gorduras vegetais hidrogenadas, óleo de soja refinado, farinhas de trigo especiais e misturas para pães e bolos.

Durante os intervalos, cooperados visitaram e conheceram as novidades em insumos, maquinários e implementos agrícolas de empresas parceiras da Coamo
É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.