Com o objetivo de ampliar a sua gama de produtos industrializados, a Coamo investirá R$ 100 milhões na construção de uma fábrica de ração animal. O objetivo é agregar mais valor ao quadro social, industrializando o milho, segundo produto mais recebido pela cooperativa (atrás da soja), e que é comercializado in natura pela cooperativa. A fábrica será construída em uma área de dez mil metros quadrados no Parque Industrial da cooperativa, em Campo Mourão.
Inicialmente, serão gerados cerca de 70 empregos diretos e outros 300 indiretos. Serão fabricadas rações para bovinos, peixes, suínos, aves e animais domésticos. “É um investimento para aumentar a renda dos associados com a industrialização do milho, algo inédito nos 50 anos da cooperativa”, ressalta o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini.
|
Diretoria da Coamo apresentou o projeto da nova fábrica para o governador do Paraná, Ratinho Massa |
Ele recorda que a Coamo tem como vocação atender a demanda do cooperado. “A Coamo é uma cooperativa de grãos e muito forte nesse setor. Temos indústrias para soja, trigo e café. Faltava uma fábrica para o milho e o segmento de ração tem um mercado bastante aquecido”, diz.
As obras iniciarão ainda neste ano. O presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, diz que a estimativa é produzir 200 mil toneladas de ração. “Ano passado produzimos mais de 50 milhões de sacas de milho. Em vez de arrecadar R$ 152 milhões com a venda do milho, passaremos a faturar R$ 280 milhões. Dinheiro a mais que vai para o cooperado. Podemos remunerá-los melhor”, afirma.
Galinari diz que a Coamo está no mercado de rações há alguns anos, com a produção em indústria terceirizada. “Os produtos levam o nome Coamo, mas são produzidos em outras fábricas. Agora, teremos a nossa indústria de ração, realizando todo o processo desde o recebimento do milho até a entrega para a comercialização da ração”, comenta.
|
Apresentação do projeto para o prefeito de Campo Mourão, Tauillo Tezelli |
A Coamo é um patrimônio do Paraná, nos orgulha com seu trabalho. Apoiamos projetos bons e vitoriosos, aqueles que temos certeza de que vão crescer e gerar emprego e renda. É a soma de um bom investimento do Estado com um bom investimento da Coamo, em que todos ganham. Vamos estudar uma maneira de viabilizar a operação.
Ratinho Junior, governador do Paraná
|
Investimento é sempre uma boa notícia para a cidade. Todos conhecem a importância da Coamo não apenas para Campo Mourão como para o Brasil, e agora anuncia mais um empreendimento que começa gerando vários empregos desde a construção e vai colaborar com a arrecadação de impostos do município, emprego e renda.
Tauillo Tezelli, prefeito de Campo Mourão
|
|
|
|
Moinho de trigo é uma das indústrias mantidas pela Coamo |
Fundada em 1970, a Coamo completou em novembro de 2020, 50 anos de existência e a agroindustrialização faz parte da história da cooperativa. O processo de industrialização na Coamo começou em 1975 com a implantação do moinho de trigo. Seis anos mais tarde, em 1981, entrou em funcionamento a primeira indústria de processamento de óleo de soja. Na sequência vieram, em 1985, a fiação de algodão; 1990, a indústria de processamento de soja e Terminal Portuário em Paranaguá; 1996, refinaria de óleo de soja; 1999, indústria de hidrogenação; 2000, fábrica de margarina e gordura vegetal; 2009, torrefação e moagem de café, e 2015 novo moinho de trigo. Em novembro de 2019, a cooperativa inaugurou em Dourados (MS), duas novas indústrias de processamento e refinaria de óleo de soja.
Originados nos campos dos cooperados, os grãos que chegam até as indústrias da Coamo são processados e ampliam a renda dos cooperados gerando mais qualidade de vida no campo, além de garantir divisas para o país. “Quem tem indústria pode possibilitar uma margem maior e até pagar mais com a venda do produto industrializado”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Coamo e Credicoamo, José Aroldo Gallassini.
Segundo Gallassini, desde o início da aprovação e funcionamento das suas indústrias, a Coamo pensou em industrializar os produtos in natura para agregar valor à produção dos cooperados com a venda no mercado interno ou externo. “É preciso que as indústrias sejam viáveis, e é isso que acontece. Temos satisfação e orgulho em ver os produtos acabados com a marca Coamo nos mercados e estabelecimentos de vários Estados brasileiros e sendo exportados para várias partes do mundo, como é o caso da soja”.
É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.