Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 553 | Dezembro de 2024 | Campo Mourão - Paraná

PREMIAÇÃO

Coamo é campeã nas “Melhores do Agronegócio” da Globo Rural

Coamo conquistou o título de campeã na categoria ‘Cooperativas’. Edição marcou os 20 anos da premiação, consolidada como uma das mais relevantes do universo corporativo do agronegócio brasileiro

Ilivaldo Duarte, assessor de Comunicação, Igor Eduardo de Mello Schreiner, membro do Conselho de Administração, José Aroldo Gallassini, Jonathan Henrique Welz Negri, membro do Conselho de Administração, e Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo

A Coamo Agroindustrial Cooperativa conquistou o título de campeã na categoria Cooperativas na premiação “Melhores do Agronegócio”, promovida pela Revista Globo Rural. A edição de 2024 marcou os 20 anos da premiação, consolidada como uma das mais relevantes do universo corporativo do agronegócio brasileiro. O evento foi em São Paulo, no dia 25 de novembro, e contou com o lançamento da 20ª edição do Anuário do Agronegócio, que traz perfis das empresas vencedoras e dados completos sobre as participantes.

“Celebramos os bons resultados e ficamos felizes em sermos campeões na categoria Cooperativas entre 21 segmentos deste importante anuário do agronegócio. Partilhamos esta conquista com nossos mais de 32 mil cooperados, mais de dez mil funcionários, além de clientes, fornecedores e consumidores”, destaca José Aroldo Gallassini, presidente do Conselho de Administração da Coamo. Também participaram do evento o presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, e os membros do Conselho de Administração, Jonathan Henrique Welz Negri e Igor Eduardo de Mello Schreiner.

Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo, ressalta a importância do prêmio. “Este é um reconhecimento ao tripé que sempre destacamos: cooperados, funcionários e a diretoria. Essa união nos trouxe até aqui, recebendo este prêmio da revista mais conceituada do agronegócio brasileiro. Dedicamos essa conquista a todos que fazem parte da Coamo. É o cooperativismo em sua essência. Juntos fazemos melhor. Apesar de um ano desafi ador, entregamos bons resultados celebrados com este reconhecimento de todo o setor.”

José Aroldo Gallassini foi escolhido para representar todas as empresas campeãs no painel que contou com a participação de José Roberto Mendonça de Barros, diretor do Banco do Brasil. “É notável o respeito e o carinho que o Dr. Aroldo conquista por onde passa, fruto de sua trajetória, reputação e do legado que construiu. Não é apenas sobre a Coamo, que já é um marco, mas sobre a transformação que a cooperativa impulsionou no mercado. Gallassini é, sem dúvida, um ícone do cooperativismo, um líder reconhecido nacionalmente, e isso é mais do que merecido”, comenta Galinari.

Cassiano Ribeiro, editor-executivo da Revista Globo Rural, destaca a relevância da Coamo e do cooperativismo para o setor agroindustrial. “É sempre gratificante ouvir quem faz o agro acontecer na prática. A presença de José Aroldo Gallassini, representando a Coamo, homenageia todos os cooperados com este prêmio. A Coamo, sendo a maior cooperativa agroindustrial do Brasil, mantém sua trajetória de novos investimentos e representa o que há de melhor no cooperativismo”

Cassiano também enfatiza a importância das cooperativas no agronegócio. “As cooperativas desempenham um papel essencial, tanto econômico quanto social. Elas são responsáveis por 16% do faturamento total das 500 maiores empresas do setor, mostrando o impacto fi nanceiro e o envolvimento social desse sistema. O cooperativismo é, sem dúvida, um dos motores da economia brasileira”.

Entre as melhores do Agronegócio, a Coamo é a primeira paranaense no ranking, a 11ª colocada entre as 500 maiores empresas do agronegócio brasileira e a primeira cooperativa. Na região Sul, é a segunda mais bem colocada entre as empresas agrícolas. A premiação e seleção das 500 maiores do agro é feito pela revista Globo Rural em parceria com a consultoria Serasa Experian que elabora o ranking levando em conta os questionários de pesquisa e as demonstrações contábeis da empresa. Os indicadores financeiros têm peso de 70% na nota fInal, e a responsabilidade socioambiental, de 30%.

No centro, os cooperados

Quem chega a Campo Mourão, na região centro-ocidental do Paraná, encontra uma cidade bem estruturada, de pouco mais de 100.000 habitantes, de acordo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na área central do município, um polo regional, fica o complexo de prédios que abriga a sede da Coamo Agroindustrial, a maior cooperativa agropecuária do país.

O movimento é intenso, com associados buscando atendimento para negociar as safras, comprar insumos ou realizar movimentações financeiras na cooperativa de crédito Credicoamo. O estacionamento é amplo, mas às vezes faltam vagas.

Em 2023, a Coamo faturou R$ 30,3 bilhões e teve sobra líquida (ou lucro, segundo a terminologia das cooperativas) de R$ 2,3 bilhões, dos quais ela distribuiu R$ 850,3 milhões a seus cooperados. Diante desses números, é difícil acreditar que nos primeiros anos da cooperativa, fundada em 1970, havia quem chamasse Campo Mourão de "terra dos três esses", em referência a sapé, samambaia e saúva, as únicas três formas de vida que, segundo se falava, eram capazes de sobreviver àquele solo pobre.

A baixa fertilidade da terra os produtores corrigiram à base de trabalho, disciplina e ciência, com extensionistas a campo. Um deles era o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, catarinense que chegou à cidade em 1968 depois de graduar-se pela Universidade Federal do Paraná.

Gallassini é o idealizador da Coamo e, hoje, preside seu conselho de administração. Em um memorial que a cooperativa acaba de inaugurar, é possível ver o jipe modelo 1954 que ele utilizava para o trabalho e entender um pouco mais da trajetória que levou a Coamo à marca atual de 31.665 associados, distribuídos por 75 municípios de Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Airton Galinari, presidente executivo do Coamo, diz que a cooperativa tem atualmente 400 engenheiros agrônomos no campo, atendendo os associados.  

"Além disso, mantemos uma fazenda experimental, há 50 anos, com estudos de rotação de culturas e o museu do solo. Temos parcerias com instituições como a Embrapa, universidades e indústrias. Só entram produtos em nosso portfólio depois de testados", relata. Galinari é engenheiro químico e ingressou na Coamo em 1987, como gerente da destilaria de álcool que a cooperativa mantinha. Mais tarde, ele se tornou superintendente de logística e operações, e, em 2020, com a criação de uma nova estrutura de governança, assumiu o posto de presidente executivo, liderando cinco diretores e reportando-se ao conselho de administração.

Questionado sobre o que considera ser o maior diferencial da Coamo para vencer o prêmio Melhores do Agronegócio, Galinari é direto: "Desde o começo, a Coamo teve a cultura de se capitalizar. Além dos fundos legais, que determinam 50% de captação para reinvestimento, nosso estatuto prevê outros fundos, que podem ser transitórios, para capital de giro, por exemplo. O dinheiro que faturamos é administrado e devolvido em forma de investimentos em nossas unidades. Todo cooperado tem acesso aos mesmos produtos e serviços. Transitamos pelos períodos de difi culdades com tranquilidade, fazendo bons negócios, pagando à vista. Isso gera confiança. Em 53 anos, a Coamo sempre devolveu sobras", relata.

Outro diferencial é a industrialização das commodities. O volume chegou a 9,9 milhões de toneladas em 2023. A Coamo industrializa cerca de 50% da soja e 50% do trigo que recebe. Esses produtos, em forma de itens como farinha de trigo, margarina e óleo de soja, chegam ao varejo com a marca da cooperativa.

Para o milho, já está em operação a indústria de ração animal, que produz 500 toneladas ao dia, mas consome menos de 2% do que a Coamo recebe. Para agregar mais valor ao cereal, a cooperativa já começou a construir uma planta de etanol de milho, que receberá investimentos de R$ 1.6 bilhão e deverá ficar pronta no segundo semestre de 2026. Com ela, a Coamo passará a industrializar 20% do milho que recebe.

"Olhamos para o futuro com confiança. E o mais importante: com foco no cooperado conclui Galinari. "Ele é a razão de a Coamo existir."

Texto publicado na Revista Globo Rural

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