Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 533 | Março de 2023 | Campo Mourão - Paraná

TOUR DA SAFRA

SAFRA MARCADA PELA CHUVA

A safra de verão 2022/23 tem sido desafiadora em toda a área de atuação da Coamo. O excesso de chuva foi o principal obstáculo para os cooperados, que precisaram se adaptar constantemente às condições climáticas para realizar todo o manejo e operacionalização no campo. Em algumas regiões, o plantio atrasou devido ao excesso de umidade entre setembro e início de outubro. Durante o desenvolvimento das lavouras, as condições climáticas contribuíram positivamente para um bom desenvolvimento da safra.

Já na colheita, o excesso de chuva atrapalhou a parte operacional, mas não comprometeu a qualidade dos grãos, que estão sendo colhidos em grande escala. Com isso, a produção de soja da Coamo está se consolidando como uma das maiores da história da cooperativa.

A demora para colher a soja afetou diretamente no plantio da segunda safra de milho, que não seguiu no mesmo ritmo da colheita. Diante do cenário, muitos cooperados mudaram o planejamento diminuindo a área ou trocaram o milho pelo trigo. 


Marcio Alexandre Pianaro iniciou a colheita de soja no dia 07 de março em Iretama (Centro-Oeste do Paraná). Ele comemora uma das melhores safras da história. “Apesar do atraso no plantio devido ao excesso de chuva, a safra se desenvolveu de forma satisfatória”, diz. No entanto, a mesma sorte não se repetiu em Campina da Lagoa, município distante cerca de 100 quilômetros de Iretama, onde o cooperado também tem propriedade. O excesso de umidade atrapalhou a dessecação e resultou em grãos avariados, reduzindo a qualidade da produção.

Pianaro fez um bom investimento na lavoura de verão. Fator que contribuiu para o sucesso da safra. Ele relata que o clima foi o grande responsável pela boa produtividade. “A produtividade superou as expectativas. A safra passada foi prejudicada pela seca. Colher uma boa produção de soja é ter a sensação de dever cumprido”, comenta.

Para a segunda safra, o planejamento do cooperado mudou. Ele pretendia plantar uma área maior com milho, mas a chuva atrasou a semeadura e ele decidiu continuar investindo no trigo. Cada safra tem suas características, e Pianaro destaca a importância de investir desde a correção de solo té os manejos adequados das lavouras, para produzir cada vez mais e superar os desafios que surgem a cada ano.  

"A produção superou as expectativas. A safra passada foi prejudicada pela seca. Colher uma média de 180 sacas de soja por alqueire é ter a sensação de dever cumprido."

 O engenheiro agrônomo Conrado Vitor Moreira de Souza Zanuto, da Coamo em Iretama, observa que havia receio de que o excesso de chuva pudesse prejudicar a produção. “O clima favorável permitiu a colheita de áreas com mais de 200 sacas por alqueire. o trabalho deve seguir até meados de abril, um pouco depois quando comparado com a safra anterior. Contudo, a produtividade está acima”, comenta.

Zanuto ressalta que o investimento adequado na lavoura está refletindo nos resultados dos cooperados. Ele destaca também a importância dos manejos adequados para prevenir doenças, como a ferrugem asiática, que pode prejudicar a produção. “Os cooperados da região estão investindo, cada vez mais, na agricultura, buscando aprimorar as técnicas para superar os desafios do campo. A diferença no investimento pode refletir diretamente na produção. Então, a orientação é para que os cooperados façam sempre o melhor para as suas lavouras”, assinala.

 Luis Carlos Batista de Novais, cooperado em Fênix (Centro-Norte do Paraná), comenta que apesar de uma produtividade recorde em sua propriedade, a colheita foi bem complicada devido ao excesso de chuva. "Não conseguíamos fazer um planejamento de trabalho. Quando saía o sol, corríamos para colher, mas sempre vinha uma chuva no meio do dia e interrompia os trabalhos. Essa foi a nossa rotina de trabalho durante a colheita da soja", relata.

Apesar das dificuldades, o cooperado afirma que a produtividade foi excelente. "Tivemos área com até com 202 sacas por alqueire. Bem diferente da safra passada quando colhemos 35 sacas por alqueire, devido à falta de chuva", explica. Apesar do excesso de umidade, Novais afirma que a qualidade dos grãos se manteve boa. "Houve um pouco de perda no peso e afetou a produção porque a máquina não entrava na lavoura em uma condição ideal. Mas, a qualidade ainda foi boa", diz.  

Marcio com o pai José Pianaro e analisando a colheita com engenheiro agrônomo Conrado Vitor Moreira de Souza Zanuto

"Nossa indústria é a céu aberto e sempre tem alguma adversidade. Nunca sabemos o que vamos enfrentar e temos que estar preparados. É importante fazer a nossa parte bem-feito."

 Para o cooperado, o trabalho no campo sempre tem seus desafios e é preciso estar preparado. "Nossa indústria é a céu aberto e sempre tem alguma adversidade. Nunca sabemos o que vamos enfrentar e temos que estar preparados. É importante fazer a nossa parte bem-feito", conclui.  

Luis Carlos Batista de Novais e o agrônomo Ulysses Marcellos Rocha Netto

 O engenheiro agrônomo Ulysses Marcellos Rocha Netto, da Coamo em Fênix, relata que os cooperados tiveram que lidar com períodos de até 12 dias sem poder colocar as máquinas no campo mesmo com a soja pronta para ser colhida. “Os cooperados aguardavam pelos poucos dias de sol para realizarem a colheita.”

Apesar das dificuldades, as plantas se desenvolveram bem e o resultado foi uma boa produção, ainda que com atraso. Segundo Ulysses, no dia 28 de fevereiro a colheita estava em 50% em Fênix, enquanto no mesmo período do ano anterior estava em 90%. No entanto, em 2022 a produtividade foi extremamente baixa, com médias de apenas 35 sacas por alqueire.  

  

 

"O ciclo da soja se alongou este ano devido as condições climáticas e fica a lição de que é preciso sempre investir para garantir um bom retorno."

Tarciso José Camilo, de Bragantina (PR)

Tarciso José Camilo, de Bragantina (Oeste do Paraná), diz que as condições climáticas foram favoráveis durante todo o desenvolvimento da lavoura, resultando em uma produtividade média de 180 sacas por alqueire. O cooperado revela que fez um bom investimento para colher uma safra de qualidade e contou com o clima favorável para garantir um rendimento superior ao esperado. Ele ressalta que o resultado deste ano foi ainda mais significativo considerando que a safra anterior foi bastante complicada, com uma colheita de apenas 50 sacas por alqueire, devido à seca. “O ciclo da soja se alongou este ano devido as condições climáticas.

A lição que fica é que é preciso sempre investir para garantir um bom retorno”, observa. A produção deste ano na propriedade do cooperado fechou em cerca de 10 mil sacas de soja, superando em muito as três mil sacas colhidas no ano anterior. “O sucesso da safra deste ano comprova que o clima é fator determinante na produtividade agrícola. A área é a mesma, os maquinários são os mesmos e o investimento é igual. O que mudou foram as condições meteorológicas.”

Segundo o engenheiro agrônomo Henrique Cortellini, da Coamo em Bragantina, a safra de soja na região apresentou médias que chegaram a 190 sacas por alqueire e em algumas áreas ultrapassando 210 sacas. De acordo com ele, além do clima favorável, outros fatores foram determinantes para o sucesso da produção como, por exemplo, o bom investimento em tecnologia e os manejos adotados pelos cooperados. 

Cortellini destaca que mesmo antes do plantio da safra, o departamento técnico da Coamo já vinha orientando sobre a importância de se fazer um investimento consciente e bem-feito na produção agrícola. “Na safra anterior o clima interferiu negativamente, mas era necessário que os cooperados continuassem com os investimentos para estarem preparados para uma boa safra e o clima favorável contribuiu para que isso ocorresse.”


Engenheiro agrônomo Dener de Paula Gonçalvez com Darcy, Itacir e Isaías Dalla Rosa

"O resultado bem-sucedido também se deve à parceria com Coamo, que ofereceu assistência técnica e insumos de qualidade."

Itacir Valentim Dalla Rosa, de São Pedro do Iguaçu (Oeste do Paraná), relata que as lavouras de soja se desenvolveram adequadamente, apesar de algumas preocupações iniciais com o excesso de chuva. Seguindo as orientações técnicas e empregando práticas de manejo apropriadas, ele conseguiu produzir uma colheita que atendeu às suas expectativas. Itacir trabalha em parceria com o pai Darcy e o irmão Isaías.

Ele relata ter alcançado produtividades médias de 165 a 170 sacas por alqueire, com picos de até 207 sacas em algumas áreas. Embora o clima tenha atrapalhado no início da colheita, a família conseguiu finalizar as operações após alguns contratempos na operacionalização. “O resultado bem-sucedido também se deve à parceria com Coamo, que ofereceu assistência técnica e insumos de qualidade”, diz.

Devido às condições climáticas, a família teve que mudar o planejamento inicial de plantio de milho segunda safra para aumentar a área de trigo. “O investimento realizado nas lavouras há várias safras vem cumprindo o papel de produzir bons resultados”, conta Itacir. O engenheiro agrônomo Dener de Paula Gonçalvez, da Coamo em São Pedro do Iguaçu, explica que o volume excessivo de chuva no início da safra atrasou o plantio, seguido por uma seca em dezembro e, durante a colheita, houve um alto volume de chuvas, muito acima da média histórica da região. “Apesar dessas dificuldades, os resultados foram surpreendentes para a região, com muitas médias oscilando de 130 a mais de 200 sacas por alqueire. Um resultado bem acima da média de 45 a 50 sacas por alqueire do ano anterior.”

Dener destaca que além dos fatores climáticos favoráveis, o uso de tecnologia pelos cooperados da Coamo contribuiu para o sucesso da safra. “Os insumos de boa qualidade e a busca por assistência especializada foram essenciais para obter um solo bem preparado. Os cooperados estão contentes com as médias deste ano, que superaram as expectativas”, ressalta.

Engenheiro agrônomo Leonardo Alexandre Pereira e Carlos Vaz Donaris Bukoski.

"A chuva atrapalhou somente na parte operacional, mas não posso reclamar. É graças as condições climáticas que estou obtendo uma produção tão boa."

Carlos Bukoski, de Goioerê (PR)

Carlos Vaz Donaris Bukoski, de Goioerê (Centro- -Oeste do Paraná), também enfrentou desafios para colher a soja, mas obteve a melhor produção da história. As médias foram de 170 a 180 sacas por alqueire, chegando a colher até 210 sacas em alguns talhões. “O sucesso da safra é resultado de um trabalho planejado, com investimento em todo o processo de produção e seguindo as orientações técnicas da Coamo”, frisa.

Bukoski ressalta que o clima funcionou a seu favor, com chuvas regulares e condições adequadas para os manejos necessários. "A chuva atrapalhou somente na parte operacional, mas não posso reclamar. É graças as condições climáticas que estou obtendo uma produção tão boa", diz. O cooperado colheu neste ano cerca de 90 mil sacas de soja em uma área de 510 hectares, um aumento significativo em relação as 26 mil sacas colhidas em 470 hectares no ano passado. “O clima "funcionou como um relógio". Embora a chuva tenha atrapalhado a colheita, o excesso de umidade não prejudicou a qualidade dos grãos. A produtividade deste ano trouxe novo ânimo no campo e nos incentiva para futuros investimentos”, relata.

O engenheiro agrônomo Leonardo Alexandre Pereira, da Coamo em Goioerê, destaca que os cooperados aproveitaram os períodos de tempo aberto para realizar a colheita da soja. “O clima influenciou para uma boa safra desde o início do plantio. As plantas tiveram uma boa emergência e os manejos foram realizados no momento adequado. A tecnologia investida também respondeu e os resultados foram positivos, com médias de 150 a 160 sacas por alqueire, chegando até a 220 em alguns casos.”

A produção é bem diferente do ano passado, quando os cooperados colheram uma média de 54 sacas por alqueire em Goioerê. Segundo Pereira, a evolução na produtividade se deve a vários fatores, incluindo o clima favorável, a tecnologia e o trabalho que vem sendo realizado no campo. “Os agricultores associados à Coamo estão implementando as tecnologias e seguindo as recomendações técnicas, o que tem gerado uma evolução constante que vem sendo coroada com o clima.”

Humberto Vignoli e o agrônomo Hugo Lorran de Mello Rocha

"O planejamento precisou ser ajustado constantemente. Quando havia uma janela de sol, aproveitávamos para colher o máximo possível."

Humberto Vignoli, cooperado em São Gabriel do Oeste (MS)

Humberto Vignoli, cooperado em São Gabriel do Oeste (Centro-Norte do Mato Grosso do Sul) revela que a safra deste ano se mostrou um pouco diferente das anteriores, com um começo sem chuvas e excesso de precipitações durante a colheita. “Embora a lavoura não tenha sido prejudicada, o excesso de chuva atrasou a colheita e o plantio do milho segunda safra. Outro fator que afeta a safra é a questão dos preços, que estão abaixo do que foi registrado no ano passado”, diz.

A produtividade média na área do cooperado foi de em torno de 79 sacas por hectare, um pouco abaixo da registrada na safra passada. Mesmo assim, ele destaca que esta está sendo a segunda melhor safra em sua propriedade. A previsão do cooperado era finalizar a colheita até 08 de março, mas a chuva interrompeu o processo. “O planejamento precisou ser ajustado constantemente. Quando havia uma janela de sol, aproveitávamos para colher o máximo possível”, conta.

Conforme Vignoli, o ritmo de plantio do milho segunda safra não seguiu o mesmo da colheita da soja. “A colheita é mais rápida. Um dia de sol já permite entrar no campo. Já o plantio depende de uma condição melhor de solo”, frisa. Apesar dos desafios, Vignoli resolveu manter o planejamento com o milho segunda safra.

Hugo Lorran de Mello Rocha, engenheiro agrônomo da Coamo em São Gabriel do Oeste, relata que a primeira safra de verão da cooperativa na região apresentou excelente produtividade, apesar de algumas dificuldades. Segundo ele, houve desafios durante o plantio devido à falta de chuva, mas as precipitações retornaram durante o desenvolvimento. “O excesso de umidade também causou problemas com a ferrugem asiática da soja, com incidência um pouco maior do que o normal. Os cooperados conseguiram manejar a situação e não houve grandes perdas de produtividade”, pondera. O agrônomo reitera que durante a colheita, a chuva causou atrasos na retirada dos grãos do campo, reduzindo o ritmo da colheita e, também, da semeadura do milho segunda safra. “Apesar disso, a safra foi muito boa para os produtores, que manterão o planejamento com o milho segunda safra.”

O agrônomo observa que os cooperados estão bem estruturados em termos de máquinas agrícolas, o que ajuda na operacionalização. “A perspectiva é muito boa e há um grande otimismo de que teremos uma grande safra de milho em São Gabriel do Oeste”, assinala.

Engenheiro agrônomo Enrique Gabriel Gimenes Gonçalves e Antenor Carissimi

"Nunca colhi tão bem assim, com médias entre 70 e 75 sacas por hectare."

Antenor Carissimi, cooperado em Sidrolândia (Centro-Norte do Mato Grosso do Sul), havia colhido pouco mais da metade da área de soja até o dia 14 de março. O atraso também afetou o plantio da segunda safra de milho. Na mesma data, a área semeada com o cereal correspondia a apenas cerca de 10%, enquanto no ano passado já passava de 80%.

Apesar das dificuldades enfrentadas, a safra de soja surpreendeu, sendo considerada a melhor da história na propriedade. “Nunca colhi tão bem assim, com médias entre 70 e 75 sacas por hectare”, frisa atribuindo o bom resultado ao clima favorável e a parceria com a Coamo, que fornece os insumos necessários e assistência técnica para atender todas as necessidades.

O engenheiro agrônomo Enrique Gabriel Gimenes Gonçalves, da Coamo em Sidrolândia, explica que os bons resultados na colheita de soja são frutos dos investimentos no campo. Segundo ele, os cooperados estão recebendo cada vez mais informações e utilizando as tecnologias de maneira adequada, o que tem contribuído para os resultados positivos. “A safra de verão está fechando com bons resultados e ainda há uma segunda safra de milho sendo plantada. Contudo, é importante que os cooperados se planejem para a próxima safra de verão, analisando tudo o que foi feito, corrigindo as falhas e continuando com o que está dando certo”, orienta.

"Fica a lição de que é necessário estar sempre preparado, com máquinas e insumos prontos para entrar no campo quando as condições do clima permitirem."

Mauro Luiz Miranda, de Maracaju (MS)

Mauro Luiz Miranda, de Maracaju (Sudoeste Mato Grosso do Sul), diz que a safra foi um pouco complicada no começo devido ao atraso na colheita e no plantio do milho segunda safra. “Todo ano é diferente, e é preciso estar preparado para entrar no campo quando as condições estiverem favoráveis. A chuva assustou um pouco, mas em Maracaju foi possível retirar a produção do campo sem prejuízos significativos”, diz.

Segundo ele, a soja foi semeada na janela certa, mas em algumas áreas houve falta de chuva, o que diminuiu as médias de produção em pontos isolados da lavoura. “Durante o desenvolvimento da cultura, a chuva não foi bem distribuída. Temos áreas distantes seis quilômetros uma da outra e com produtividades bem distintas. Onde choveu mais, a produção está mais alta, já onde não choveu tanto, produziu um pouco menos", afirma o cooperado. Ele continuará com o mesmo planejamento para a área de milho segunda safra.

Em comparação ao ano passado, a produção ficou 25% acima, apesar das adversidades. “Fica a lição de que é necessário estar

Engenheiro agrônomo Vitor Augusto Colato Granato e Mauro Luiz Miranda

sempre preparado, com máquinas e insumos prontos para entrar no campo quando as condições do clima permitirem. Como a colheita é mais rápida do que o plantio, um bom planejamento e acompanhamento diário do clima são essenciais para aproveitar as condições do tempo da melhor maneira possível.”

Conforme o engenheiro agrônomo Vitor Augusto Colato Granato, da Coamo em Maracaju, a safra de verão começou dentro de uma janela de plantio adequada, a partir do dia 10 de outubro. Ele conta que a cultura teve um bom desenvolvimento, mas faltou um pouco de chuva no final de dezembro, o que refletiu nas produtividades. “As primeiras áreas colhidas tiveram produtividades um pouco inferior às demais plantadas mais tarde. De modo geral, foi uma safra muito boa”, comenta e acrescenta que neste ano, devido às chuvas, o ciclo se alongou em mais de dez dias, o que influenciou na janela de plantio do milho segunda safra.

Maracaju é um dos municípios que mais produz soja no Mato Grosso do Sul, e a previsão é de uma média de produtividade em torno de 65 a 70 sacas por hectare. “Em áreas mais favoráveis, a produtividade pode chegar a 90 sacas por hectare.”

Miguel Mandotti, de Caarapó (Sudoeste do Mato Grosso do Sul), conta que a chuva foi aliada para o desenvolvimento das lavouras. "Atrapalhou um pouco a parte operacional, mas dá satisfação em ver a chuva que contribuiu para uma grande produtividade na nossa região", afirma Mandotti. O cooperado destaca que no ano passado a falta de chuva causou perdas na região. Já este ano, a safra de soja foi uma das melhores dentro da área agrícola que ele planta, com médias em torno de 75 a 80 sacas por hectare.

O resultado positivo é fruto de investimentos realizados já há algumas safras, com a implantação de tecnologias que melhoram o manejo. “Cada safra tem sua particularidade. Tinha receio de não conseguir plantar o milho devido ao excesso de chuva, mas conseguimos fazer o trabalho. Todo ano é um aprendizado. Esse foi diferente de todos e deixa muita bagagem para planejamentos das próximas safras. Os resultados com a soja já estão ficando para trás, e agora os trabalhos se voltam para o milho segunda safra, que esperamos também altas produtividades", revela Mandotti.

"Todo ano é um aprendizado. Esse foi diferente de todos e deixa muita bagagem para planejamentos das próximas safras. Os resultados com a soja já estão ficando para trás, e agora os trabalhos se voltam para o milho."

Agrônomo José Juracy Silveira Nobre Neto e Miguel Mandotti
Segundo o engenheiro agrônomo José Juracy Silveira Nobre Neto, da Coamo em Caarapó, o planejamento da safra de verão foi bem executado e a cultura de milho segunda safra está sendo bem programada. As chuvas foram benéficas, mas também trouxeram desafios, como o plantio em diferentes janelas e o desenvolvimento escalonado das lavouras dentro de uma mesma área. O clima úmido favoreceu o aumento das doenças, tornando os tratos culturais ainda mais importantes.”

Apesar dos desafios, a colheita da soja em Caarapó registrou uma grande produção, embora a retirada da produção do campo tenha sido mais complicada. O engenheiro agrônomo ressalta que a produção agrícola é influenciada diretamente pelo clima, tornando necessário estar sempre preparado para os imprevistos que surgem a céu aberto.

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