Grande esforço para receber a safra dos cooperados

Unidade da Coamo em Sidrolândia (MS) com silos bolsas e infláveis. Alternativa foi instalada em várias regiões para receber a safra dos cooperados

Nenhuma safra é igual a outra. A colheita de soja 2022/2023 está sendo marcada pelo atraso da retirada dos campos dos cooperados em função de vários períodos de chuvas. O volume no período foi 50% superior se comparado a anos anteriores.

Junto com o atraso da colheita, o cenário atual nas unidades da Coamo é de um grande volume de soja devido ao estoque de passagem dos anos anteriores, provocado pelo baixo volume de comercialização dos cooperados. “A Coamo sempre se prepara para atender as necessidades dos produtores analisando vários aspectos e considerando que cada ano é diferente um do outro. Nesta safra, a expectativa era de uma boa produtividade, o que está se confirmando com a colheita. Em alguns períodos, a soja foi colhida com uma umidade mais alta, diminuindo a velocidade de recebimento nas unidades. Como a nossa estrutura estava com armazéns lotados, tivemos que fazer um grande esforço para não deixar de receber a produção dos cooperados”, observa Edenilson Carlos de Oliveira, diretor de Logística e Operações da Coamo.

Ele ressalta que nessas situações de safra atípica, a capacidade de recebimento diminui. Mas, por outro lado, a cooperativa tem uma estrutura moderna e procura sempre investir para resolver os problemas na operacionalização da safra. “Uma grande safra nunca é problema. Então, temos que enfrentar os desafios e buscar as soluções necessárias para atender as demandas. As produtividades, de uma forma geral, estão muito boas e diariamente registramos marcas históricas de recebimento”, explica.

Silos infláveis estão sendo utilizados para armazenar produção de soja dos cooperados. Estrutura está sendo montada em unidades do Paraná e Mato Grosso do Sul

Imagem interna do silo inflável em Sidrolândia (MS)

Para enfrentar os desafios, a Coamo instalou silos infláveis como alternativa para receber a produção dos cooperados. Segundo Edenilson, os silos alternativos já são utilizados há alguns anos para armazenar a produção dos cooperados. “Em algumas unidades do Paraná e Mato Grosso do Sul instalamos estrutura com silos alternativos – infláveis e bolsa. Entramos numa safra com um grande volume de soja em função de que os cooperados não comercializaram suas safras anteriores. E isso tem impacto em toda a cadeia, pois ocorre, também, uma redução na exportação para os nossos clientes e queda nos volumes dos negócios", explica.

O diretor revela que a previsão é que a cooperativa chegue ao final da safra de soja com cerca de 450 mil toneladas de milho e soja em silos bolsa, principalmente no Mato Grosso do Sul, e entre 80 e 90 mil toneladas de soja em silos infláveis. Além disso, a cooperativa contratou armazéns de terceiros e tem produtos armazenados em vários municípios do Paraná, totalizando cerca de 600 mil toneladas.

Edenilson Carlos de Oliveira, diretor de Logística e Operações da Coamo, diz que a cooperativa está recebendo uma produção histórica

Para recepcionar esta grande safra em um período de poucas semanas, a Coamo conta com o profissionalismo de uma equipe com dezenas de pessoas de várias áreas que foram preparadas, treinadas e que sabem fazer um trabalho eficiente na estratégia de logística e operações. "É um exercício de planejamento constante para atender às necessidades dos produtores associados", conclui Edenilson.