Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 435 | Abril de 2014 | Campo Mourão - Paraná

Vida do Campo

Recanto Feliz da família Casol

União e uso de tecnologias fazem parte da filosofia de trabalho da Família Casol

Catarinense do município de Descanso, ‘seo’ Ladir Casol, chegou ao Mato Grosso do Sul em 1962. Começou com o plantio de arroz, depois a soja, o milho e trigo. Com muito trabalho e acompanhando a evolução tecnológica que a agricultura passou nos últimos anos, o cooperado passa o conhecimento para os filhos que já seguem os mesmos passos do pai na propriedade chamada de Recanto Feliz.

Casol recorda que no começo o trabalho era praticamente braçal, depois na década de 70 a família comprou o primeiro trator. “No início era tudo muito difícil, dependíamos de Dourados para tudo. Tínhamos que levar a produção e comprar o que precisava por lá. Mas, agora e, principalmente depois da chegada da Coamo ao MS, estamos perto da cooperativa, e muito bem localizados”, conta.

Em 2006, a equipe de reportagem da Coamo esteve na propriedade de ‘seo’ Ladir. Na época a Coamo estava chegando ao Mato Grosso do Sul. Para o cooperado, a agricultura de lá para cá, evoluiu muito. Mas, ainda há o que crescer. “Depois que chegou a Coamo tivemos mais tranquilidade em todos os sentidos. Contudo, ainda estamos trabalhando muito para essa constante evolução, tem muitos produtores utilizando a agricultura de precisão, por exemplo, uma tecnologia de extrema qualidade e necessidade, pois conhecer o solo e saber o limite dele é essencial”, comemora Casol.

Com uma área plantada de 860 hectares, ‘seo’ Ladir planta soja no verão, milho e aveia no inverno, sendo 600 hectares de milho safrinha. O cooperado que tem um bom histórico de produtividades – até 60 sacas para a soja e até 90 no milho por hectare - revela que nos últimos três anos o clima não tem ajudado, mas o uso de tecnologias permite que se mantenha um equilíbrio na produção, sendo que nesta última safra colheu 45 sacos de soja. Além disso, ele revela que fez o consórcio do milho safrinha com a brachiaria ruziziensis para a cobertura do solo.

Trabalhando em família, Ladir Casol afirma que cada um tem uma função e o filho Rafael, é um dos apoios do pai. O primogênito valoriza a história da família e o que seu pai conquistou. “Antigamente, o recurso era menor, mas ele começou a trabalhar, cuidar e teve muitas conquistas. A cada dia aprendo algo diferente, meu pai passa a experiência que tem para nós e temos que dar continuidade. Ainda há desafios, o produtor precisa se atentar à comercialização, não pode ‘bobear’ no controle das pragas na lavoura. Então, a nossa parte e o que podemos cuidar, temos que fazer bem feito, pois só há um aspecto que não temos controle: o tempo”, explica.

Segundo o agrônomo do departamento técnico de Laguna Carapã, Diego Bonilha, um dos segredos do sucesso na família Casol está no planejamento. “Sempre conversamos antecipadamente e eles têm conhecimento de cada área. São 860 hectares onde há algumas áreas separadas, mas mesmo assim, observamos que até o conhecimento de histórico de planta daninha de cada área eles têm na ponta da caneta. Isso facilita até para nós na hora de fazer a recomendação de cultivar de soja de híbridos de milho e até qual produto aplicar e para qual praga. O seu Ladir entende e valoriza essa parte da tecnologia. Dessa forma, está obtendo sucesso e pretendemos manter desta forma”, comenta.

É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.