História da família Dias começou com os pais e, depois, oito filhos deram continuidade ao trabalho em família.
Irmãos Dias: Ester, Marta, José Tiago, Abel, Izabel, Raquel, Maria Madalena e Eunice
O princípio cooperativista da união, de fato está presente na propriedade da família Dias de Juranda no Centro-Oeste do Paraná. São o pai, Joaquim Vicente Dias, e oito filhos, Abel, José Tiago, Ester, Eunice, Izabel, Maria Madalena, Marta e Raquel, que trabalham e administram uma área de 110 alqueires. Cada um tem uma função e no final das contas o benefício é para todos.
José Tiago Dias lembra a história da família que começou com o trabalho do pai ‘seo’ Joaquim, mineiro, que chegou ao Paraná na década de 40 e no município de Juranda em 1962, onde adquiriu cinco alqueires. “Com o tempo fomos trabalhando e lutando, implantamos na época o feijão, uma cultura que dava retorno. Assim, ele foi conseguindo adquirir mais áreas. Por volta do ano de 1972, começamos a plantar soja e, no ano seguinte, compramos nosso primeiro trator. Atualmente, graças a Deus temos 110 alqueires, fruto do trabalho de toda família”, lembra Tiago.
Com soja no verão e, milho e trigo no inverno, Dias revela que as médias têm sido boas na propriedade. “As produtividades são positivas, mesmo com a falta de chuva, neste ano, fechamos com uma média de 150 sacas de soja por alqueire. O milho safrinha também vem se saindo bem, com 250 a 280 sacos por alqueire de média na área total. Com relação ao trigo, neste ano melhorou bem o preço e voltamos a plantar uns dez alqueires do cereal. É uma lavoura que gostamos bastante, mas havíamos parado há uns dois anos devido ao clima da nossa região.”
Adeptos de tecnologias e antenados com as novidades do mundo agrícola, os irmãos Dias procuram participar de eventos técnicos e também investem pesado quando o assunto é esse. José Tiago revela que no ano passado eles começaram a utilizar o consórcio do milho safrinha com a brachiaria ruziziensis. “Estamos preocupados em fazer uma boa cobertura do solo, melhorando a massa orgânica da terra. É um trabalho de longo prazo, mas que vale a pena”, considera.
A ala feminina da família Dias também coloca a “mão na massa”. Izabel, uma das irmãs, revela que cada um tem uma função para desempenhar e trabalho não falta. “Plantamos mandioca, abóbora, amendoim, enfim diversas culturas, e colhemos tudo manualmente. Uma parte também trabalha cuidando das criações, outra das plantações, do serviço de casa, uma irmã nossa cuida do nosso pai, e como somos numerosos, tem bastante trabalho”, explica.
Com uma propriedade bastante diversificada, Izabel Dias conta que da propriedade conseguem tirar grande parte da subsistência da família. “Temos alguns animais como vaca, galinha, porco, que nós mesmos cuidamos. Fica pouco para comprar, pois a maioria do nosso alimento temos aqui.”
Izabel valoriza esse trabalho realizado em família e diz que para eles é o melhor caminho. “Se dividirmos a área, ninguém consegue nada, já unidos, conseguimos muito mais. É uma forma para crescer. Sem contar, que nesse trabalho também entra a assistência técnica da Coamo, outro braço que nos auxilia por meio de informações atuais e que tem sido muito importante para nós”, garante.
Para o agrônomo do departamento Técnico da Coamo em Juranda, Sérgio Dziubate, a família Dias sempre está preocupada em se manter atualizada e o fato de estarem abertos às novas tecnologias tem contribuindo para essa evolução. “Eles investem em maquinário, correção de solo, todo ano experimentam uma nova semente, são uma série de ações, que os têm ajudado a se destacar e ter rentabilidade no negócio. Eles estão muito bem de produtividade, sem contar que são um exemplo de união”, comenta.
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