Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 436 | Maio de 2014 | Campo Mourão - Paraná

Tecnologia

No rumo da produtividade

Família Bellé, de São Domingos (Santa Catarina), evolui na agricultura amparada por tecnologia e a assistência técnica da Coamo

Cumprindo seu objetivo de fomentar a agricultura dentro e fora da porteira, em toda a área de atuação da Coamo, ano após ano, as produtividades aumentam, permitindo o crescimento do quadro social da cooperativa. Amparados pela evolução tecnológica e a assistência técnica e creditícia oferecida pela Coamo, os mais de 26 mil cooperados espalhados pelos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, são impulsionados para o sucesso, seja na produção de grãos ou pecuária.

Um bom exemplo disso é o da família Bellé, da comunidade Quebra Queixo em São Domingos (Oeste de Santa Catarina), que há mais de 50 anos está inserida no meio rural, pelo menos 20 deles ao lado da Coamo. Há 11 anos (em 2003), a reportagem do Jornal Coamo esteve na propriedade da família e constatou a evolução alcançada pelos irmãos Nilson e Celso, e o patriarca Paulo Bellé, que hoje já não ‘lida’ mais na lavoura, mas opina nas tomadas de decisão dos negócios.

Darci Baggio, agrônomo da Coamo em São Domingos, e o cooperado Nilson Bellé, conferindo qualidade do solo da família, localizada na linha Quebra Queixo

De lá para cá, segundo Nilson, o crescimento em produtividade, favorecido pela utilização de tecnologia de ponta e muito capricho no manejo, foi constante. Os Bellé, utilizam análise e conservação de solo, fazem plantio direto e rotação de culturas. Tecnologias que de acordo com Nilson Bellé, ao longo dos anos vem contribuindo para aumentar a produção na propriedade, onde todo o sistema é planejado com bastante antecedência. “Além dessa tecnologia toda temos uma boa diversificação aqui, inclusive escalonando nossas lavouras. Nesta safra, assim como ocorre desde a última visita de vocês [Jornal Coamo] em 2003, tivemos os melhores resultados em produtividade de milho e trigo. A soja só não foi melhor porque tivemos um problema climático com as variedades de época normal. Se não, certamente teríamos tido também uma safra excelente com a cultura. Mas, ainda assim não foi ruim”, observa Nilson.

TECNOLOGIAS – A evolução da família está calcada na forte utilização de análise e conservação de solo, plantio direto, rotação de culturas e outras técnicas que agregadas, somam positivamente para o sucesso da propriedade de 74 alqueires de plantio. Um sistema que é planejado com bastante antecedência. “Fazemos sempre um terço da propriedade com milho, um terço com soja precoce e um terço soja normal. No inverno a área é dividida com trigo, que ocupa a maior parte, e aveia para cobertura”, revela o cooperado, lembrando que se não fosse o escalonamento que fazem e as tecnologias preconizadas correriam riscos desnecessários. “Tivemos neste ano uma safra de razoável para boa, justamente por conta das técnicas que utilizamos. O clima acabou sendo prejudicial para todo mundo, mas graças a Deus conseguimos ainda bons resultados por conta da qualidade do nosso solo, proporcionada pela forma como manejamos nossas lavouras. Cada vez que fazemos análise aqui percebemos a melhoria na qualidade da nossa terra. Não pensamos somente em ganhar dinheiro, mas também em aprimorar nosso negócio, começando pelo solo”, diz.

ESTRATÉGIA - Não colocar os ovos todos numa mesma sexta e, sobretudo, não brincar com o mercado agrícola é sempre uma das orientações mais importantes repassadas ao quadro social da Coamo. E os Bellé sabem muito bem disso. O agrônomo Darci Baggio, encarregado do Detec da Coamo em São Domingos, alerta que isso é fundamental para o bom andamento dos negócios no campo, sem contar a utilização de tecnologias de ponta e a prática de manejo sustentável da propriedade, como faz a família Bellé. “Não podemos conduzir os negócios somente baseado em mercado. É preciso ter um planejamento bem definido, manter a programação e seguir os passos aconteça o que acontecer. Assim, na somatória o resultado certamente será sempre vantajoso. Em cada tecnologia adotada o produtor galga um degrau na sua produtividade. Por isso, o processo é lento e a médio/longo prazo”, orienta o agrônomo.

Clima acabou sendo prejudicial para todo mundo, mas graças a Deus conseguimos ainda bons resultados por conta da qualidade do nosso solo

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