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Cooperada Rose Marie com o engenheiro agrônomo Marcio Rech dos Santos |
Pecuária e agricultura integram o sistema produtivo da associada |
Sentados em uma cadeira na área de uma antiga construção na Fazenda Ponta Porã, no município de Aral Moreira (Sudoeste do Mato Grosso do Sul), a associada Rose Marie Anache Georges e o sobrinho Alexandre Portiolli Georges receberam a equipe de reportagem da Revista Coamo. O dia quente estava propício para um tereré, bebida típica no Estado sul-mato-grossense e que fez parte da roda de conversa.
Entre uma fala um pouco mais descontraída e perguntas mais técnicas para o engenheiro agrônomo Marcio Rech dos Santos, da Coamo em Aral Moreira, o papo foi fluindo. O assunto principal, é claro, não poderia ser outro a não ser a agropecuária. Um pouco de lembrança do que foi a safra de verão, que devido a falta de chuva não saiu como o planejado, e sobre as boas expectativas com o milho que toma conta da propriedade na segunda safra. A pecuária também foi assunto já que é uma atividade que faz parte das raízes da família.
Rose Marie é cooperada da Coamo desde a chegada da cooperativa no município, em 2005. Formada em economia, ela atua na atividade agrícola há cerca de 20 anos, após ser convocada pelo pai Iskandar Georges (já falecido) para ajudar a conduzir as propriedades, que na época eram exclusivamente para a criação de gado. Além da Fazenda Ponta Porã, em Aral Moreira, que atualmente trabalha com agricultura e bois em confinamento, a associada tem outra propriedade em Bela Vista (Sudoeste do Mato Grosso do Sul), onde desenvolve a cria e recria de animais.
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“Eu me vejo fazendo a coisa certa. Gosto muito desse meio agrícola que participo. Me sinto útil.” Rose Marie Anache Georges, associada em Aral Moreira (MS) |
Todas as decisões tomadas nas propriedades são da cooperada. Ela é extremamente participativa e acompanha todo o processo da lavoura e da pecuária. “Devo tudo o que sei ao meu pai, que acreditou em mim desde o início. Aos poucos fui aprimorando o conhecimento, evoluindo e enfrentando todos os desafios, que foram muitos. Alguns deles, por eu ser mulher. Se hoje, ainda existem desconfianças, imagina há 20 anos!”, assinala a cooperada. De acordo com ela, mesmo com todos desafios nunca pensou em desistir. “Pelo contrário, isso me estimulou ainda mais. Encontrei grandes parceiros que me incentivaram”, frisa.
O chamado do pai para que o ajudasse na atividade agrícola, surgiu em um momento que a associada estava focada nos estudos. Ela fazia pós-graduação na área de Economia no Rio de Janeiro. Durante a conversa com ela, a pergunta se tinha se arrependido de ter feito a troca não poderia faltar e a resposta foi bem direta. “Eu me vejo fazendo a coisa certa. Gosto muito desse meio agrícola que participo. Me sinto útil”, destaca. Mas, faz questão de acrescentar que todo o conhecimento adquirido na vida acadêmica é utilizado na condução e administração dos negócios. “Conduzo as propriedades de forma empresarial. Trouxe a parte econômica e administrativa para dentro da propriedade”, comenta.
Dona Rose revela que a pecuária é uma paixão mantida pela família e que a agricultura começou com a ideia de reformar os pastos. “Meu pai sempre foi pecuarista e continuamos assim para conservar a paixão dele. No início, plantamos lavoura em algumas áreas para revitalizar o pasto. As plantas se saíram bem e aproveitamos o solo que tem nessa região para ampliar a cada ano as áreas de plantio. Atualmente, uma atividade complementa a outra. Quando uma não está bem, a outra ajuda a manter a renda da propriedade”, pondera.
Ela conta que quando a Coamo se instalou no município, já a conhecia de nome e sabia que era uma cooperativa séria e sólida. “Tenho a Coamo como uma grande parceira tanto na agricultura quanto na pecuária. Me sinto amparada pela cooperativa. Trabalhamos em cima de planejamento, com muita transparência e tranquilidade.”
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