Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 496 | Outubro de 2019 | Campo Mourão - Paraná

EVOLUÇÃO

Papel do cooperativismo

Os associados da Coamo em Goioerê, Janiópolis, Quarto Centenário, Rancho Alegre do Oeste, Mariluz, Brasilândia do Sul e Paulistânia têm bons motivos para comemorar. Isso porque a cooperativa está completando dez anos de instalação nessas localidades, fruto do arrendamento, e depois incorporação da Coagel. 

Para saber o cenário e as mudanças nessa primeira década, a equipe da Revista Coamo percorreu as sete unidades e ouviu cooperados que conhecem bem a realidade do antes e depois da instalação da cooperativa.  As reportagens serão publicadas em duas edições (outubro e novembro).

O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, recorda que, na época, os produtores rurais demonstraram grande interesse e receberam muito bem a cooperativa. “Somos uma empresa voltada para os nossos associados, e a partir do arrendamento das unidades da Coagel, e depois com a incorporação, os produtores rurais destas regiões passaram a contar com os nossos produtos e serviços, entre eles a assistência técnica, o fornecimento de insumos, recebimento e armazenagem da produção, além dos benefícios oferecidos pela Credicoamo e Via Sollus”, destaca.

O ontem e o hoje

Imagem da inauguração da Unidade em Goioerê, em 2009. Gallassini com o então prefeito Beto Costa e o cooperado José Sestak

"Estávamos em uma cooperativa com dificuldades financeiras e a Coamo se propôs a assumir tudo e cumpriu com o que prometeu."


José Antonio Sestak, de Goioerê

Para o associado José Antonio Sestak, de Goioerê (Centro-Oeste do Paraná), a chegada da Coamo no município ficou marcada como um recomeço para os produtores rurais que passaram a contar com todos os benefícios e serviços do cooperativismo. “Estávamos em uma cooperativa com dificuldades financeiras e a Coamo se propôs a assumir tudo e cumpriu com o que prometeu. Só temos a agradecer pelo empenho da diretoria da Coamo que não mediu esforços durante todo o processo e hoje nos atende muito bem”, assinala. 

Sestak era conselheiro da então Coagel e associado da Coamo em Juranda, onde tinha propriedade, e no dia da inauguração da nova estrutura da Coamo em Goioerê representou os cooperados no descerramento da placa. “A Coamo trouxe mais segurança para nós. Junto, veio a Credicoamo com suas linhas de crédito beneficiando diretamente os associados”, diz.   

"A Coamo ajudou a mudar a vida de centenas de agricultores."


Sebastião Nivaldo Esquarize, de Goioerê

O associado, Sebastião Nivaldo Squarizi, chegou em Goioerê em 1965 e trabalha com a Coamo há mais de 30 anos. A história com a cooperativa começou em Mamborê. “Quando a Coamo veio para Goioerê os agricultores locais, também, passaram a contar com os serviços que já eram oferecidos em outras regiões como insumos, maquinários, peças, assistência técnica e local seguro para a entrega da produção. A cooperativa ajudou a mudar a vida de centenas de agricultores.”

Squarizi ressalta que Goioerê era carente no fornecimento de insumos e recebimento da produção. “A gente via caminhões parados por dois ou três dias na fila para descarregar a soja ou o milho. Hoje, não ficamos mais de meia hora. É um serviço que está melhorando a cada ano devido aos investimentos. Trabalhar com a Coamo é o mesmo que estar no quintal de casa.”

José Sestak, associado em Goioerê Associado, Sebastião Nivaldo Squarizi, com o gerente da Coamo em Goioerê, José Adilson Colaço

Goioerê

Associados: 337
Funcionários: 78
Capacidade de armazenagem: 90.000 toneladas

Novo olhar para o cooperativismo

Rancho Alegre do Oeste

Associados: 146
Funcionários: 34
Capacidade de armazenagem: 21,8 mil toneladas

"Os agricultores estavam sofrendo com a falta de produtos e crédito, e a melhor saída foi a Coamo."

Domingos Mercial, de Rancho Alegre do Oeste

Domingos Mercial, de Rancho Alegre do Oeste (Centro-Oeste do Paraná), pode ser considerado um cooperativista nato. Ele fez parte da administração da Coagel e acompanhou de perto o processo de transição para a Coamo. O associado recorda que a cooperativa incorporada não tinha mais condições de caminhar com as próprias pernas porque, segundo ele, havia passado por administrações ruins. “Os agricultores estavam sofrendo com a falta de produtos e crédito, e a melhor saída foi a Coamo”, frisa.   

Ele ressalta que a Coamo mostrou comprometimento com a região e com os associados desde o início, fazendo melhorias em toda estrutura adquirida. “Foram investimentos que ampliaram e agilizaram o recebimento da produção e que ficarão para as próximas gerações de associados”, destaca. 

A propriedade do associado é vizinha das instalações da Coamo. “É a extensão da minha casa. Sempre que sobra um tempinho vou até o escritório para tomar um café e conversar com os amigos. Aqui, me sinto em casa e tenho a tranquilidade de saber que tudo está sendo bem administrado.”  

Mercial ressalta que até a chegada da Coamo, nunca havia recebido um centavo de sobras e que atualmente aguarda com ansiedade pelo dinheiro. “A gente pega praticamente o valor de um carro por ano. Assim como eu, vários outros associados se beneficiam com as sobras. É um dinheiro que fica na cidade, ajuda a movimentar o comércio”, assinala.

Domingos Mercial, de Rancho Alegre do Oeste, diz que a Coamo é uma extensão da sua casa

Mais tranquilidade para os associados


JANIÓPOLIS

Associados: 218
Funcionários: 41
Capacidade de armazenagem: 47.000 toneladas

"Tínhamos uma estrutura precária e a Coamo fez outro Entreposto, mais moderno e com agilidade no recebimento da nossa produção."

Luiz Roberto Dalben Pires, de Janiópolis

“A vida do agricultor com o cooperativismo é mais tranquila.” A frase é do associado Luiz Roberto Dal Bem Pires, de Janiópolis (Centro-Oeste do Paraná). Ele destaca que mesmo na época da Coagel, com todas as limitações, os produtores rurais se sentiam amparados e com chegada da Coamo a realidade mudou para muito melhor. “Hoje temos mais facilidades e menos preocupação. Tudo o que precisamos para produzir, seja para a agricultura ou pecuária, encontramos na Coamo.”  

Ele ressalta que os serviços oferecidos pela Coamo como, por exemplo, os planos agrícolas são importantes para o planejamento dos associados no plantio e condução das lavouras. 

“É uma segurança a mais, pois podemos contar com todos os insumos no momento que precisamos”, acrescenta. O associado destaca ainda a comercialização dos produtos, com pagamentos no momento da fixação. “Se o cooperado tem dez ou mil sacas ficam armazenadas até que ele resolva vender, e o dinheiro sai na hora.” 

De acordo com Pires, a assistência técnica da cooperativa foi fundamental para a evolução das produtividades. Ele recorda que há dez anos colhia entre 100 e 120 sacas de soja por alqueire, por exemplo, e que hoje já chega a 180 sacas. “Estamos atrás das 200 sacas de médias e vamos conseguir. Somos motivados pela assistência técnica para investir em novas tecnologias que possam melhorar o sistema de produção. Se a Coamo cresce, nós crescemos também.” 

O associado ressalta ainda os investimentos realizados em Janiópolis. “Tínhamos uma estrutura precária e a Coamo fez outro Entreposto, mais moderno e com agilidade no recebimento da nossa produção. Nesses dez anos, a evolução foi muito grande e temos uma grande cooperativa em nosso município. Isso é gratificante para todos que se beneficiam direta ou indiretamente da Coamo.”

Luiz Roberto Dal Bem Pires, de Janiópolis, ressalta os investimentos realizados pela Coamo no município

Pioneirismo e segurança

Para Ivan Fuganti, de Quarto Centenário, solidez da Coamo que já estava há vários anos em outras regiões foi um diferencial para cativar os agricultores do município

"É uma parceria que vem dando muito certo. Todas as decisões e planejamento das safras são tomadas com o apoio da Coamo."

Ivan Fuganti, de Quarto Centenário

As palavras segurança e solidez foram as mais utilizadas pelos associados, que há dez anos passaram a contar com a Coamo. Para Ivan Fuganti, de Quarto Centenário (Centro-Oeste do Paraná), o cooperativismo da Coamo ajudou a impulsionar a região. “Evoluímos bastante. Mudamos a parte administrativa, melhoramos o sistema produtivo, adquirimos novos maquinários agrícolas e fizemos a construção de um novo barracão. Investimentos em parceria com a Coamo e com financiamentos da Credicoamo.”

Para o associado, a segurança e a solidez da Coamo que estavam há vários anos em outras regiões, foram um diferencial para cativar os agricultores do município. “Com a cooperativa temos segurança em adquirir insumos e retirar quando precisar, sem o risco de deixar na propriedade expostos. Também nos sentimos seguros para entregar a produção e comercializar conforme a necessidade.”

QUARTO CENTENÁRIO

Associados: 244
Funcionários: 48
Capacidade de armazenagem: 33.600 toneladas

A propriedade fica cerca de seis quilômetros distante da Unidade e, segundo o associado, o departamento técnico da Coamo tem atuação ativa e importante em todo o processo da produção. “É uma parceria que vem dando muito certo. Todas as decisões e planejamento das safras são tomadas com o apoio da Coamo. O bom relacionamento e a confiança que temos facilitam essas ações”, diz Fuganti, recordando que o pai foi um dos primeiros associados da Coagel. "Sem a Coamo ficaria bem mais difícil trabalhar. Para nós é um privilégio ser associado da Coamo.” 

Júlio Jerônimo dos Santos Júnior já era associado da Coamo antes mesmo da instalação em Quarto Centenário. Até então, toda a movimentação era com o Entreposto em Juranda, e ele rodava 90 quilômetros para entregar a produção. “Sempre pedimos para que a Coamo se instalasse aqui no município e isso só aconteceu há dez anos. Respeitamos as decisões da diretoria e agradecemos por todo o empenho desde a chegada em Quarto Centenário.”  

O associado lembra que os primeiros atendimentos da Coamo foram feitos em um container, enquanto o novo entreposto era construído. “Mesmo com todas as dificuldades, víamos o empenho e todos se ajudando. Desde então tínhamos a certeza de um caminho promissor, que se concretizou nesses dez anos.” 

Seu Júlio define a evolução da Coamo em quatro pilares: estrutura física, técnica, financeira e segurança na entrega da produção. “Desde a chegada em Quarto Centenário, a cooperativa sempre faz alguma coisa para melhorar a estrutura. É um investimento constante e acompanha a evolução no campo”, ressalta. 

Sobre a parte técnica, o associado destaca que a cooperativa ajudou a implantar novas tecnologias e a desenvolver as lavouras. “Faltavam coisas simples, como o calcário, por exemplo. Com apoio da Coamo fomos investindo em fertilidade do solo e melhorando o sistema como um todo. A cooperativa trouxe novas tecnologias como a agricultura de precisão, por exemplo, e novas técnicas para o manejo de pragas e doenças. Com a Coamo veio mais conhecimento, que tem ajudado a aumentar a produtividade das lavouras.”

"Faltavam coisas simples, como o calcário, por exemplo. Com apoio da Coamo fomos investindo em fertilidade do solo e melhorando o sistema como um todo."

Júlio Jerônimo dos Santos Júnior, de Quarto Centenário

A parte financeira é uma das principais questões e envolve todo um planejamento desde o custo de cada safra até a comercialização dos produtos. Na visão do associado, a cooperativa ajuda os agricultores na organização e oferece várias modalidades para comercializar a produção. “São vários os benefícios no sentido de orientar os produtores para que conduzam as lavouras da melhor maneira possível dando a oportunidade de negociação conforme a necessidade de cada um.” Júlio acrescenta ainda a segurança e classificação dos produtos na hora da entrega. “A Coamo trabalha dessa maneira. O que é teu é teu, e o que é dela é dela. Por isso, confiamos na cooperativa que vem tendo grande influência no desenvolvimento da região.”

Júlio Jerônimo dos Santos Júnior, de Quarto Centenário, define a evolução da Coamo em quatro pilares: estrutura física, técnica, financeira e segurança na entrega da produção
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