Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 508 | Novembro de 2020 | Campo Mourão - Paraná

FUNDADORES

79 homens com um só objetivo

Quando os 79 agricultores se reuniram e constituíram a Coamo, não imaginavam que 50 anos depois se tornaria uma das maiores cooperativas do Brasil. Eles se reuniram em prol de um só objetivo, que era o de buscar alternativas que pudessem viabilizar a agricultura em Campo Mourão. Meio século se passou, e hoje esses pioneiros são referenciados por terem acreditado no cooperativismo como importante ferramenta de desenvolvimento.

Fundadores por ordem numérica
01 - Lourenço Tenório Cavalcanti
02 - Joaldo Saran
03 - Ervalino José Guadagnin
04 - Theodoro de Andrade
05 - João Teodoro de Oliveira Sobrinho
06 - Chafik Simão
07 - Alcidio Brignoni
08 - Ermindo Appelt
09 - Sebastião Evangelista Bezerra
10 - Etelvino Eduardo Manfrin
11 - Franz Kaiser
12 - Martin Kaiser
13 - Orlando Palaro
14 - Antoninho Luiz Guadagnin
15 - Pedro Guerreiro
16 - Arnildo Guadagnin
17 - Manoel Geraldo de Souza
18 - Atílio Jacob Ferri
19 - Takeshi Ojima
20 - Silvio Gomes
21 - Bruno Gehring
22 - Benedito Rodrigues
23 - Balduino José dos Santos
24 - Elias Semiguem
25 - Créscio Costa
26 - Felipe Costin
27 - João Teodoro de Oliveira
28 - Fioravante João Ferri
29 - Ildefonso Cezar Ferri
30 - Benito Ildefonso Ferri
31 - Victor Alessi
32 - Moacir José Ferri
33 - Luiz Antonio Carolo
 Arthur Rodrigues Tramujas Filho
 Henrique Gustavo Salonski
34 - Jorge Gonçalves dos Santos
35 - José Cazusa da Silva
36 - Gedeão de Lima
37 - João Cordeiro da Silva
38 - Olindo Monti
39 - Paulo Costa de Faria
40 - Augusto Angelo Tonello
41 - Raimundo Marques de Souza
42 - Susumu Takassu
43 - Jaime Jovino Vendramin
44 - José Alves Pereira
45 - Emílio Gimenes
46 - Joaquim Alves Feitoza
47 - Lino Weber
48 - Nelson Teodoro de Oliveira
49 - Ewaldo Tierling
50 - Dirceu Sponholz
51 - Paulo Teixeira Duarte
52 - Emenegildo Carlos Dolci
53 - Gelindo Stefanuto
54 - João Antonio Aguirre Lamezon
55 - José Vasilio Moreira
56 - Gustavo Taborda
57 - Milton Coutinho Machado
58 - Waldemar Koblitz
59 - Noé José Monteiro
60 - José Paulino Carvalho
61 - João Batista Vieira Filho
62 - Emenegildo Geraldo da Silva
63 - Juvenal Manoel dos Santos
64 - Adolfo Geraldo da Silva
65 - Waldomiro Alves dos Santos
66 - José Corsato
67 - Romão Martins
68 - Kazuki Yano
69 - Jorge Elizardo Garcia Árias
70 - José Binote
71 - Jakob Baumann
72 - Waldir José Ferri
73 - José Maria Pereira Sobrinho
74 - Joaquim Inácio Pereira
75 - Durval Correia de Souza
76 - Madeireira Clauri Ltda
77 - Industria e Comércio Trombini S/A
78 - Odonel Procópio de Oliveira
79 - Rosalino Mansuetto Salvador

01 - Lourenço Tenório Cavalcanti 02 - Joaldo Saran 03 - Ervalino José Guadagnin 04 - Theodoro de Andrade

05 - João Teodoro de Oliveira Sobrinho 06 - Chafik Simão 07 - Alcidio Brignoni 08 - Ermindo Appelt

09 - Sebastião Evangelista Bezerra 10 - Etelvino Eduardo Manfrin 11 - Franz Kaiser 12 - Martin Kaiser

13 - Orlando Palaro 14 - Antoninho Luiz Guadagnin 16 - Arnildo Guadagnin 17 - Manoel Geraldo de Souza

18 - Atílio Jacob Ferri 19 - Takeshi Ojima 21 - Bruno Gehring 24 - Elias Semiguem

25 - Créscio Costa 26 - Felipe Costin 27 - João Teodoro de Oliveira 28 - Fioravante João Ferri

29 - Ildefonso Cezar Ferri 30 - Benito Ildefonso Ferri 31 - Victor Alessi 32 - Moacir José Ferri

33 - Luiz Antonio Carolo 33 - Arthur Rodrigues Tramujas Filho 33 - Henrique Gustavo Salonski 35 - José Cazusa da Silva

38 - Olindo Monti 39 - Paulo Costa de Faria 40 - Augusto Angelo Tonello 41 - Raimundo Marques de Souza

42 - Susumu Takassu 43 - Jaime Jovino Vendramin 44 - José Alves Pereira 45 - Emílio Gimenes

47 - Lino Weber 48 - Nelson Teodoro de Oliveira 49 - Ewaldo Tierling 50 - Dirceu Sponholz

51 - Paulo Teixeira Duarte 52 - Emenegildo Carlos Dolci 53 - Gelindo Stefanuto 54 - João Antonio Aguirre Lamezon

56 - Gustavo Taborda 57 - Milton Coutinho Machado 58 - Waldemar Koblitz 60 - José Paulino Carvalho

62 - Emenegildo Geraldo da Silva 64 - Adolfo Geraldo da Silva 65 - Waldomiro Alves dos Santos 66 - José Corsato

67 - Romão Martins 68 - Kazuki Yano 69 - Jorge Elizardo Garcia Árias 70 - José Binote

71 - Jakob Baumann 72 - Waldir José Ferri 74 - Joaquim Inácio Pereira 76 - Madeireira Clauri Ltda Teonaldo Siqueira Ribas

77 - Industria e Comércio Trombini S/A Ivo Mário Trombini 78 - Odonel Procópio de Oliveira 79 - Rosalino Mansuetto Salvadori

Monumento aos agricultores pioneiros da Coamo inaugurado em novembro de 2000, nos 30 anos da cooperativa

PRIMEIRO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
(1970-1974)

PRESIDENTE

Fioravante João Ferri

VICE-PRESIDENTE

Gelindo Stefanuto

CONSELHO DIRETOR- EFETIVO

Jorge Elizardo Garcia Árias

CONSELHO DIRETOR - EFETIVO

Rosalino Mansueto Pazzinato Salvadori

CONSELHO DIRETOR - EFETIVO

Sussumo Takasu

SECRETÁRIO

Nelson Teodoro de Oliveira

CONSELHO DIRETOR - SUPLENTE

Emilio Gimenes

CONSELHO DIRETOR - SUPLENTE

Lourenço Tenorio Cavalcanti

CONSELHO DIRETOR - SUPLENTE

Ermindo Appelt

PRIMEIRO CONSELHO FISCAL
(1970)

CONSELHO FISCAL - EFETIVO

Odone Procópio de Oliveira

CONSELHO FISCAL - EFETIVO

Joaldo Saran

CONSELHO FISCAL - EFETIVO

Theodoro de Andrade

CONSELHO FISCAL - SUPLENTE

José Binote

CONSELHO FISCAL - SUPLENTE

Sebastião Evangelista Bezzera

CONSELHO FISCAL - SUPLENTE

Martin Kaiser

“Coamo trouxe progresso e dignidade”

Lourenço Tenório Cavalcanti, cooperado fundador 01

"A gente não imaginava que a Coamo seria o que é, pois na época não tínhamos a noção da potencialidade dela."

O agricultor, engenheiro agrônomo Lourenço Tenório Cavalcanti, mais conhecido como “Tenório” é dos fundadores da Coamo ainda em atividade. Seu Tenório assinou a ata de fundação da Coamo com a matrícula número 01 e está na história entre os 79 agricultores fundadores da cooperativa. “Nós estávamos na reunião e ao final foi formada uma fila para acatar assinatura dos agricultores em uma folha de papel. Foi então que um colega sentado na mesa ao lado colocou o meu nome como número 01 e deu para eu assinar. Fui o número 01, mas poderia ser o número 79. O importante é estar entre os 79 fundadores que sonharam com a ideia de uma cooperativa”, lembra o agricultor que reside atualmente na região de Maracaju, no Mato Grosso do Sul.

O cooperado conta que estudou e se formou na mesma turma de Agronomia de José Aroldo Gallassini na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, na década de 1960. “Foi um trabalho muito interessante, a gente não imaginava que a Coamo seria o que é, pois na época não tínhamos a noção da potencialidade dela. A meu ver a Coamo trouxe dignidade ao produtor, e conhecimento que nos ajuda a progredir.”

“A gente vai melhorando e aprendendo. Me emociono ao olhar para trás e ver a evolução que ocorreu nesses 50 anos. O associativismo é uma coisa muito importante, assim como a gestão, que é essencial para continuarmos crescendo e tendo sucesso”, afirma seu Tenório.

O momento certo

Martin Kaiser, cooperado fundador 12

"Nosso objetivo era unir pessoas para trabalhar de uma forma justa aqui na região e, hoje, estamos no mundo."

O fundador, Martim kaiser lembra que a Coamo nasceu da necessidade dos agricultores. “Um ano antes de surgir a cooperativa nos reunimos e queríamos fundar uma cooperativa, pois estávamos à mercê de cerealistas. O Dr. Aroldo teve a ideia e todos nós acreditamos nele. O trigo foi a primeira cultura, depois veio a soja.”

O fundador conta que foi o 12º a assinar a ata e que estava buscando agricultores para participar da fundação. “Eu sou o número 12 porque eu estava chamando gente para se associar e o Orlando Palaro, que é o número 13, me perguntou como é que você quer que eu me associe, se nem você se associou ainda. Eu não tinha assinado ainda, mas estava batalhando para os outros assinarem. Aí eu assinei e ele assinou.”

Kaiser se emociona quando vê o tamanho da Coamo atualmente. “É inexplicável. Quando vejo, por exemplo, a indústria de Dourados, e lembro que estava junto quando tudo isso começou, me emociono. Nosso objetivo era unir pessoas para trabalhar de uma forma justa aqui na região e, hoje, estamos no mundo”, relata.

Ainda segundo Martin, seu pai e o primeiro presidente da Coamo, Fioravante João Ferri, já tinham experiência com cooperativas. “O seu Fioravente era de uma cooperativa de madeiras do Rio Grande do Sul e meu pai de uma de cereais na Europa. Somado a isso tinha o doutor Aroldo liderando e, então, a Coamo deslanchou. Penso que nós acertamos tudo. Fizemos na hora certa e com gente certa.”

De mãos dadas e com honestidade

João Teodoro de Oliveira Sobrinho, cooperado fundador 05

“Estamos marcados para sempre com essa história. É um orgulho fazer parte, pois foi a união de várias mãos que ergueram a Coamo, esse extraordinário estabelecimento.”

Antes da Coamo ser fundada, o cooperativismo não estava numa boa fase. Segundo o fundador João Teodoro de Oliveira Sobrinho, o incentivo de José Aroldo Gallassini, então extensionista da Acarpa, foi crucial para se fundar a cooperativa mourãoense. “Acreditamos nessa ideia, pois acreditamos, também, no Dr. Aroldo. Hoje, felizmente a Coamo é grande e respeitada. Ela mudou a imgem do cooperativismo.”

João Teodoro ressalta que 50 anos não são 50 dias. Na história da Coamo, são 50 anos de uma história inspiradora. “Estamos marcados para sempre com essa história. É um orgulho fazer parte disso, pois foi a união de várias mãos que ergueram a Coamo, esse extraordinário estabelecimento.”

Para o fundador número 5, a Coamo é a prova de que onde há honestidade, há prosperidade. “A Coamo deu certo porque aqui não tem corrupção, não tem ‘marmelada’, aqui não tem divisão injusta de recursos. Pelo contrário, se divide os ganhos entre os cooperados. A administração é a mais exemplar que um cidadão pode ter em sua vida. Sem contar, que houve uma transformação na vida de todos os envolvidos”, destaca.

Segundo João Teodoro, todos estão de parabéns por este jubileu de ouro da cooperativa. “Tenho gratidão por tudo que aconteceu durante esse tempo, por esse sucesso da Coamo. Parabéns a diretoria, parabéns para nós fundadores, parabéns aos cooperados que ajudaram isso aqui crescer dessa forma magnífica e que Deus nos dê condições de fortalecer ainda mais a Coamo.”

Família de fundadores

Moacir Ferri, cooperado fundador 32

“A meta sempre foi melhorar a cada dia. Com isso, fomos crescendo e crescendo. A cada ano, tínhamos que fazer um armazém novo, e a turma achava que era demais, mas depois de construído já não comportava mais a demanda."

A família de Moacir Ferri era do ramo da madeira. Eles vieram para Campo Mourão, explorar o segmento no final da década de 60. Porém, a madeireira fechou e eles ficaram sem rumo. Foi quando começaram a mexer com lavoura. Logo em seguida, começou a movimentação para se fundar a cooperativa. “Juntamos os agricultores das regiões de Campina do Amoral e Piquirivaí, e viemos para Campo Mourão. Nos reunimos na associação do Banco de Brasil e fundamos a Coamo. Nossa família não tinha muita noção sobre a lida com a lavoura”, recorda o fundador número 32.

Com diversos membros da família entre os fundadores, Moacir não imaginava que a Coamo se tornaria o que é hoje. “Entre os fundadores tinham meu tio, Fioravante João Ferri, meu pai, Afonso César Ferri, meu irmão, Benito Ferri, Vitor Alécio, meu cunhado, todos falecidos, e eu, que na época tinha 23 anos. Penso que nem nos melhores sonhos do Aroldo, ele imaginou que a Coamo chegaria aonde chegou. Nossa intenção era apenas montar um grupo para ter força nas negociações.”

Para o fundador, um dos segredos da Coamo foi a reunião de pessoas coesas e inteligentes. “A meta sempre foi melhorar a cada dia. Com isso, fomos crescendo e crescendo. A cada ano, tínhamos que fazer um armazém novo, e a turma achava que era demais, mas depois de construído já não comportava mais a demanda. Já faltava espaço, de tão acelerado que foi esse crescimento da Coamo.”

Outro aspecto que Moacir Ferri destaca é o crescimento que a Coamo trouxe à Campo Mourão. “A cooperativa trouxe um fluxo de dinheiro muito grande para Campo Mourão. É uma região essencialmente agrícola, os madeireiros que tinham foram embora, sumiram e Campo Mourão vivia da madeira. Como a madeira acabou, o dinheiro também acabou. Está aí a "olhos nus", aonde a Coamo se instala, as coisas melhoram. Ela leva conhecimento, condições e ensinamentos para os agricultores evoluírem.”

Orgulho dessa história

Etelvino Manfrin, cooperado fundador 10

"A Coamo é especial, ajuda o cooperado de verdade no que precisar. Eu tiro o chapéu para a nossa cooperativa e sempre serei Coamo.”

O orgulho de ser fundador é tão grande que nem cabe no coração de Etelvino Eduardo Manfrin. Isso porque ele sabe que aquela ideia que surgiu em 1970 deu certo. “A Coamo está indo muito bem. É uma grande cooperativa e com resultados incríveis. Quer motivo maior que esse para se sentir tão orgulhoso?!”, indaga o fundador número 10.

Ao lembrar do início dessa história, Etelvino conta que não imaginava que a Coamo se tornaria o que é. “Os cooperados confiaram na Coamo e sempre participaram da sua cooperativa. Isso fez toda a diferença. A Coamo é especial. Ela ajuda o cooperado de verdade, se você precisar, ela está aí. Eu tiro o chapéu pra Coamo e sempre serei Coamo.”

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