"O seguro agrícola é a solução para amenizar os problemas provocados pela estiagem. Sempre orientamos, se tiver seguro o produtor não ganha dinheiro, mas também não fica endividado."
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JOSÉ AROLDO GALLASSINI,
Presidente dos Conselhos de Administração Coamo e Credicoamo
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Cada safra é diferente. Assim, semeamos nossas lavouras em um campo a céu aberto. De um lado, plantamos com as mais modernas tecnologias e do outro, esperamos por clima regular, bom desenvolvimento das culturas com altas produtividades e bons preços na comercialização.
Os números da safra atual devem registrar a menor produção de soja na região da Coamo nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A média deve ser em torno de 50% a menos, com colheitas que tiveram grandes variações para baixo e em poucas regiões pode ser considerada como safra regular.
Essas adversidades do clima provocaram frustração de safra em todas as regiões da Coamo. No Paraná, por exemplo, a produção deve ser de 11,6 milhões de toneladas, bem inferior ao volume projetado de 21 milhões de toneladas, segundo levantamento da Secretaria de Agricultura do Paraná. As perdas maiores estão na região Oeste, que é uma das principais produtoras do Estado, com uma redução que pode superar 2,9 milhões de toneladas.
Diferente do ano passado, em face da capitalização dos cooperados, neste ano cerca de 20% do total previsto para a safra já tinha sido comercializado por eles, contra mais de 40% no mesmo período em 2021.
O seguro agrícola é a solução para amenizar os problemas provocados pelas frustrações de safra. Sempre orientamos para que o seguro seja incluído no custo de produção, pois quem adere a este mecanismo de proteção pode recuperar as perdas. Bem diferente dos produtores que plantam com recursos próprios e não acionam o seguro rural ou o Proagro, e ficam sem proteção quando ocorre quebra da produção de suas lavouras e aí tem que assumir os prejuízos. Sempre falamos, se tiver seguro o produtor não ganha dinheiro, mas também não fica endividado.
A frustação da safra de verão 2021/2022 deve impactar diretamente na economia das regiões produtoras, em função da grande participação do agronegócio nas comunidades. Por sua vez, a Coamo está sempre atenta e reivindicando, com a Ocepar e outras entidades do setor, junto ao governo federal medidas que possam ajudar os produtores neste momento de dificuldades.
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