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Foram abordados assuntos como regulagem de máquinas, diferenças entre sistemas de trilha, perdas na colheita, técnicas de colheita, entre outros pontos relacionados a qualidade de sementes |
A Coamo desenvolve em parceria com a Basf, o Programa de Sementeiros de Excelência (PSE), focado na produção de sementes. Segundo o gerente de Sementes da Coamo, Roberto Destro, o objetivo é levar conhecimento e agregar valor na produção de sementes, capacitando os cooperados e funcionários para boas práticas com os equipamentos, resultando em melhoria na qualidade da colheita. Para Destro, quanto mais conhecimento técnico para os produtores, melhor é a excelência e qualidade nas sementes, principalmente de soja e trigo. “A semente carrega consigo novas tecnologias. Ela tem um valor agregado, então é necessário entregar um produto com qualidade para que o produtor obtenha o êxito na sua lavoura.”
O treinamento foi dividido em três módulos. O primeiro foi realizado com o professor Ricardo Bagatelli e o público-alvo foram os responsáveis técnicos de sementes. Nesse módulo o professor enfatizou o processo de germinação, como analisar vigor dos lotes, meios de acompanhamento de qualidade de sementes, tratamento industrial de sementes, morfologia e fisiologia de sementes, efeito do clima na qualidade. Todo conhecimento focado em melhorar a qualidade da implantação da cultura da soja.
Durante a segunda semana do mês de março, foram realizados o segundo e terceiro módulo, com realização de um tour de capacitação, no intuito de melhorar a operação da colheita, com a participação de produtores e operadores de colhedoras de todas as regiões produtoras de sementes da Coamo.
Nesse módulo, o produtor observou os danos nas sementes causados pela colheita, percevejos, umidade. Assim correlacionando as atitudes que ele toma na condução da lavoura com a qualidade.
Durante o módulo teórico foram abordados assuntos como regulagem de máquinas, diferenças entre sistemas de trilha, perdas na colheita, técnicas de colheita, entre outros pontos relacionados a qualidade de sementes. Já no módulo prático todos esses pontos foram demonstrados in loco, para que o produtor pudesse observar com clareza as ferramentas que possui para amenizar danos na semente.
Uma das etapas do curso foi ministrada pelos professores da Unioeste de Cascavel, Emerson Fey e Flávio Gurgacz. Para Fey, uma boa semente depende de vários fatores, e a máquina é um deles. “É importante que o produtor, na hora da colheita, faça os testes para verificar se a máquina está bem regulada. Hoje vemos muito sementeiro fazendo os testes de danos mecânicos com hipoclorito, ou com água. Ou seja, o próprio produtor pode fazer esse teste na sua lavoura, antes de começar a colher, para evitar perdas.”
Gurgacz reforça que os ajustes das máquinas e os testes realizados antes do início da colheita são determinantes para a qualidade final das sementes. “Acertar a regulagem e ajustar a máquina são pontos importantes para evitar os impactos na semente e garantir a qualidade do produto.”
Diante do sucesso do programa, o objetivo é replicá- -lo nos próximos anos, tentando alcançar cada vez mais cooperados, operadores e agrônomos da Coamo. Nelson Rogério Bagini, cooperado em Mamborê (Centro-Oeste do Paraná), participou do treinamento. Ele produz sementes há 15 anos e garante que o aprendizado adquirido fará a diferença na produção. “Esse aprimoramento trará muitos benefícios. Pudemos ver onde precisamos melhorar, danos mecânicos ou de umidade, ponto certo de colheita. Tudo isso influenciará numa semente de boa qualidade lá na frente”, conclui.
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Além da parte teórica, treinamento contou com dinâmicas no campo |
Flávio Gurgacz, da Unioeste |
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Flávio Gurgacz, da Unioeste |
Nelson Rogério Bagini, cooperado em Mamborê |
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