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Rogério Trannin de Mello, diretor Comercial da Coamo |
O milho brasileiro nunca teve tanto espaço no mercado internacional. De janeiro a outubro deste ano, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, o Brasil exportou 31,5 milhões de toneladas do grão, mais que o dobro do ano passado. Um dos fatores que impactaram essa alta nas exportações foi a boa colheita de milho do Brasil. "Veio uma safra maior e teve excedente, e aliado a isso também teve problemas climáticos em outros países. A própria Ucrânia com problemas de produção e dificuldades de escoar, e o Brasil supriu o vácuo dos outros países", afirma Rogério Trannin de Mello, diretor Comercial da Coamo.
Boa parte do milho que vai para o mercado externo passa por cooperativas, e entre elas está a Coamo, a maior exportadora do cereal, que só este ano vai exportar 1,75 milhão de toneladas de milho, volume este que é o dobro do que foi vendido no ano passado. A expectativa é de que as exportações de milho continuem aumentando, isso porque a Coamo também pretende começar a vender para a China.
Os preços estão animadores. Com menos milho disponível os valores pagos pelo cereal no mercado externo dispararam o valor. Segundo especialistas, a balança comercial atingiu U$ 8.8 bilhões, de janeiro a outubro desse ano, enquanto que no mesmo período do ano passado atingiu U$ 2.8 bilhões. Ganhou o país e ganhou os agricultores.
O cooperado da Coamo, Adriano Bartchechen, de Araruna, diz que o preço de R$ 76,00 a saca é bom para produzir e pelo custo. “Tenho a esperança do preço subir um pouco mais até porque a exportação faz com que o produto do Brasil seja competitivo no mercado.” Com o milho nas mãos dos produtores e o aumento das exportações e o abastecimento no mercado interno, não há risco porque o Brasil é um grande produtor.
Fonte: Programa Globo Rural.
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