Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 531 | Dezembro/2022 - Janeiro/2023 | Campo Mourão - Paraná

SUCESSÃO NO CAMPO

GESTÃO COMPARTILHADA

Reni Frigo Bortoli com a filha Angelita

Reni Frigo Bortoli, de São Domingos (Oeste de Santa Catarina) foi um dos primeiros produtores a se associar a Coamo, logo que a cooperativa se instalou no município. A cooperativa cresceu, e o cooperado também se desenvolveu na atividade.

Reni completou 86 anos em setembro e trabalha ao lado da filha, Angelita, para quem está passando a administração da propriedade. De acordo com ele, tudo está caminhando bem, e ela está fazendo uma boa gestão. “Está dando certo. Ela fez agronomia, está sabendo cuidar de tudo isso e se sai até melhor que eu. Estou gostando do trabalho dela”, afirma o cooperado.

Angelita atuava na área de ciências da computação, mas viu a necessidade de estar ao lado do seu pai na direção da propriedade. Ela conta que escolheu a profissão muito jovem e após trabalhar por anos nesse setor, sentiu que faltava alguma coisa, e decidiu cursar a faculdade de agronomia. “Quando terminei a graduação, voltei para Xanxerê, onde moro. A partir daí comecei a me interessar mais pelos assuntos da propriedade. Não cheguei trabalhando com o meu pai. Primeiro fui trabalhar em outras áreas da agronomia e aí, com o tempo, fui me inteirando na propriedade. Hoje, nós fazemos o que eu chamo de uma gestão compartilhada, porque tem o pai do meu lado me auxiliando também. Assim vem dando certo.”

Reni e Angelita trabalham para o aprimoramento das atividades agrícolas Técnico agrícola da Coamo em São Domingos, Claudemir Dallagnol

Para Angelita, o pai sempre foi um grande exemplo a ser seguido, o que tornou o trabalho mais fácil e prazeroso. “Eu sempre tive muito orgulho da forma como ele levava o negócio e via que funcionava. Então, aproveitei a experiência dele. Ele sempre me disse que a vida do produtor é feita de decisões. Todo dia é preciso tomar uma decisão na propriedade. Sou abençoada por contar com a experiência dele para optar pelo melhor”, diz a cooperada.

Angelita observa que quando começou na gestão, a primeira ação foi se associar à Coamo. Além da bagagem que o pai traz, a cooperada pode contar com o auxílio da cooperativa. “Cheguei sem nenhuma experiência, mas com um propósito. Tendo isso, me associei àqueles que são melhores, que me ajudaram a chegar aonde queria, porque não conseguimos fazer nada sozinho. Nós temos um propósito que é de fazer uma agricultura sustentável, diminuindo insumos químicos e nos aproximando mais à natureza, produzindo alimentos com garantia. A Coamo traz tecnologia e conhecimento para alcançarmos o nosso propósito.”

Angelita revela que sempre participa dos eventos na cooperativa, que trazem informações importantes para o desenvolvimento na propriedade, considerando que a tecnologia está mudando toda hora e surgindo variedades diferentes, então o produtor precisa se manter atualizado.

Para ela, o cooperativismo representa parceria, pois quem está nesse sistema sabe que tem com quem contar. “No nosso relacionamento com a Coamo e Credicoamo, por exemplo, você encontra desde conhecimento a financiamentos, se for o caso, e produtos de alta tecnologia e assistência técnica. Nos sentimos seguros no lugar onde buscamos os recursos necessários para o bom desenvolvimento da lavoura. Entendo que o cooperativismo tem muito a ver com confiança”, ressalta

O técnico agrícola da Coamo em São Domingos, Claudemir Dallagnol, que acompanha a propriedade da família, diz que desde que se associou, em 2003, Angelita está à frente dos negócios da propriedade acompanhando a comercialização, implantação da lavoura e gerência de funcionários, mas o pai, Reni, sempre está ao lado, principalmente na hora de fazer o planejamento. “O pai sempre participa do planejamento com a opinião dele, devido a sua experiência. A Angelita ouve atenciosamente ao pai. Sempre chegam num consenso. Essa gestão dos dois está dando muito certo. É visível que ele está muito satisfeito com o comando da propriedade nas mãos da filha”, reitera Dallagnol.

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