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Jaroslau e o filho Alessander Retkwa |
O pêssego é praticamente um membro da família Retkwa, de Roncador (Centro-Oeste do Paraná). Tudo começou em 1985, quando o seu Jaroslau comprou umas mudas na Coamo. Aos poucos eles foram aumentando o número de pomares na propriedade. De 20 mudas eles passaram para 1700. “Eu não sabia nada sobre essa cultura, e com o tempo fomos aprendendo e nos aprimorando.”
Há mais de 20 anos o pêssego chegou na família para ficar. Uma forma de diversificação que garante um bom rendimento para os Retkwa, mantém a família toda e gera empregos. Ao todo, 15 pessoas entre familiares e funcionários trabalham na propriedade de 21 alqueires. “O pêssego dá em uma época diferente da soja, assim temos renda o ano inteiro. Na entressafra da soja, o pêssego é nossa fonte de renda, além de principalmente, manter a família unida na roça”, conta seu Jaroslau.
A comercialização do pêssego no pico da safra é entregue para uma rede de mercados. Mais para o final, a venda é realizada para os chamados ambulantes. “Eles compram três vezes por semana em torno de 800 kg por vez, totalizando uma média de 2.000 kg por semana”, explica seu Jaroslau.
São frutos de qualidade, cultivados com carinho e cuidado. “A melhor parte da história é a qualidade do fruto. Todo mundo comenta que nosso diferencial é o sabor. A fruta é bem saborosa e tem um tamanho atrativo”, comenta o cooperado.
O pêssego também está na memória de Alessander Retkwa filho e braço direito do seu Jaroslau, um ajuda o outro e a pequena propriedade se torna mais lucrativa. “Lembro quando eu era mais novo, de quando meu pai pegou essas mudas. Tínhamos 20 plantas perto de casa e quando sobrava ele vendia para os mercados da cidade. Mas, por volta do ano 2.000, houve um programa da prefeitura de Iretama que incentivou o cultivo do pêssego. Um vizinho nosso entrou e nós decidimos plantar também.”
Alessander fala sobre o manejo do pêssego. “Antes de formar o pomar do pêssego, preciso pensar no ano seguinte. Tem que ter zelo na condução o ano todo, deixando livre de pragas e doenças. Por volta de junho e julho realizamos uma poda, e adubamos. Há um tempo passamos a realizar a fertirrigação que nos auxiliou bastante. Nosso foco é sempre trazer novas tecnologias”, explica.
Com erros e acertos, mudando variedades, os Retkwa encontraram o caminho certo. Hoje eles têm um diferencial competitivo e se destacam no mercado. “Buscamos aliar o sabor à aparência para entregar o melhor para nossos clientes”, destaca Alessander.
Segundo Alessander, o forte da colheita do pêssego é nos meses de outubro e novembro. “Esse ano adiantou um pouco, por conta das condições climáticas. É uma safra bem curta, onde temos que correr para ajeitar a comercialização, pois é um fruto bem perecível. Mas, graças a Deus temos uma clientela fixa e fiel.”
Esse ano deve fechar com uma produção de 30 toneladas em três hectares e meio. “Nesse ano tiramos uma parte do pomar para a renovação e, por isso, diminuiu um pouco nossa produção. Mas, sempre buscamos fazer essa renovação para garantir uma boa média de produção”, revela Alessander.
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Florada dos pessegueiros |
Frutos colhidos na propriedade da família Retkwa |
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